Kissu´s escrita por LiLiSaN


Capítulo 12
Mizūmi de no mītingu




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/617554/chapter/12

 

(Imagem: Sakura e Shaoran - Fanart)

...

“Sempre gostei de animais, sabe? Quando era pequeno, ia muito ao zoológico...”- Ela tinha um sorriso em seus lábios, mas um semblante de que estava desconcertada. O veterinário de cabelos negros, pele branca, e de olhos azuis por detrás do óculos de grau, lembrava Eriol. Mas ele era mais alto e muito falante. Sakura tinha pedido uma carona até o templo. Decidiu que iria até lá, mesmo achando que ele já não esperava mais por ela. Ao mesmo tempo em que pensava no que estava fazendo, tentava prestar atenção no falante médico - “Então quando me dei conta, me tornei médico veterinário, e você?”.

“Eu?”.

“É, você. Exerce alguma profissão?”.

“Na verdade, eu…”- Lembrou da vida corrida que está trilhando em Tóquio- “Eu trabalho em Tóquio, sou camareira, e estudo para ser admitida na Faculdade de Tóquio, pretendo cursar letras”.

“Nossa! Que legal! Você paga suas contas e estuda, hoje em dia as pessoas...”. Ele dirigia calmamente.

A vontade que ela tinha era de pedir que ele pisasse fundo no acelerador. Ela olhou o relógio do pulso, e viu que era 17 h:58min. Ele não devia está mais lá mesmo... O carro diminuindo de velocidade, chamou sua atenção, ele estacionava em frente a uma farmácia -“Importa-se? Não vou demorar!”. Saiu apressado do carro, ela suspirou inconformada.

—------------------

“Você os vê?!” - Tomoyo tinha os olhos brilhando, procurando por Sakura e Shaoran, enquanto filmava o noivo - “Pena que não estou filmando desde o início”. Concluiu arrasada.

“Não os vejo” - Fitou a noiva- “Como você sabe que ela veio?”. Eriol sorria para a câmera.

“Conheço Sakura. Se Shaoran fez o que pedi, ela, com certeza, veio ao encontro dele”.

“Você está sempre nos bastidores Tomoyo”.

“Hihihihi. Eu não consigo evitar!”.

“Tomoyo-chan, Eriol-chan!”. Viraram-se, Nakuru acenou, e logo correu até eles. Atrás dela, vinham andando os irmãos Yue e Yukito, acompanhados por Touya.

“Nakuru-chan!” - Tomoyo olhou a todos, e cumprimentou- “Se tivéssemos combinado, não daria tão certo!”.

“Porque mesmo vocês não nos chamaram, programa de casal?”. Nakuru estreitou os olhos, ressabiada.

“Não Nakuru-chan, é que vi tão apressada com medo de perder os melhores ângulos de uma linda história de amor que está se iniciando nesse festival”. Falava com a mão presa ao coração, e a outra apoiava o rosto. Nakuru nada entendeu.

 —------------------

“Yuuko parece uma bruxa sabe? Vive falando as coisas, e PÁ! As coisas acontecem!”- Kimihiro continuava a falar- “Um dia, ela disse: ‘vai chover’ eu disse: ‘não, sem chance’, o dia estava belo, um sol lindo! E choveu...”.

Estava cada vez mais difícil acompanhar suas conversas. O que pôde notar, é que ele era um bom homem. Um gentil, educado e falante homem. Falava tanto de uma mulher chamada Yuuko como de outra chamada Himawari.

Seu olhar se perdeu nas horas do relógio do carro: 18 h:10 min. Deu um suspiro, desanimada. Será que ele foi embora muito chateado? Agora, ela estava em uma espécie de dívida com ele.

“O que foi? Preocupada com seu gato? Ele está bem! Só ficou repousando! Ele é um gato forte”.

“Ele sempre apronta, mas nunca passamos por isso. Foi um grande susto”- Sakura relembrou a cena de Kerberos passando mal- “Mas estou tranquila em relação a ele. Sei que ele está sendo bem cuidado”.

“Então o que te preocupa?”

“N-nada...”- Ele a olhava com olhares interrogativos, enquanto esperava o sinal abrir. Ele não ia desistir de saber o que a preocupava. Resolveu contar - “É que, é que…Tinha que me encontrar com uma pessoa, mas acho que ela não está mais me esperando”.

“Porque não me disse antes?!”.

“N-não, não precisa se apressar. O encontro era às 17 h, já estou bem atrasada”. Gesticulou com as mãos, as balançando em sinal de negação.

“Sakura, segure-se!”- Kimihiro a alertou, pôs o pé no acelerador, assustando Sakura- “Eu dirijo feito uma tartaruga, mas as vezes é necessário ser tornar um coelho”.

“M-mas, ele não deve está mais lá, não precisa!”

“Sakura, quando você decide parar ou começar alguma coisa, seja como for, você tem que seguir em frente. Tudo o que você precisa é de atitude e determinação”. Ela não entendeu muito bem o que ele quis dizer. Alias, nem teve tempo, ele acelerou e cantou pneus.

—------------------

“Não estou vendo os dois… Será que não vão sair daí nunca?”- Meilin, com ajuda de um binoculo, do outro lado da rua, observava o templo - “Será que já foram embora?”. Ela viu quando o primo chegou, mas quando ele entrou junto de Mizuki o perdeu de vista. Esperava pelo primo. Que raiva que sentia! Queria descobrir o que o primo estava tramando… Ele estava mesmo gostando daquela menina boba?

O barulho dos freios de um carro, parando bruscamente, chamaram a sua atenção. Arregalou os olhos e gaguejou: “A-a-a-aquela idiota, chegou agora?!”. Estava atônita.

“O-obrigada senhor Watanuki”. Agradeceu, tonta, antes de sair do carro.

“Kimihiro! Não há de quê Sakura. Boa sorte, espero que a pessoa ainda esteja aí! Não esqueça do que falei!”

Ela deu tchauzinhos e tentou se recompor, olhou o relógio de pulso novamente: 18h:18min. Apressou o passo, depois se pegou praticamente correndo. Não prestou atenção na mulher que vinha na direção oposta, ela entrou no carro do veterinário falante.

“Você até que chegou mais cedo, tartaruga” - A mulher de cabelos negros, colocou o cinto- “Quem era ela?”.

“A mãe de um dos meus pacientes, dei uma carona”. Sorriu.

“Hum… Gostei da energia dela… Ela é uma boa pessoa”. Ainda dava para ver sua figura correndo, entrando no templo.

“Não começa com essas coisas de bruxa, Yuuko!”

….

Sakura ofegante, tentava recuperar o fôlego. Passou a olhar para todos os lados do templo. O festival estava lotado, além de bonito. Viu muitas pessoas que faziam suas preces, casais, idosos, famílias e algumas crianças, mas nada dele. Decidiu andar e procurar com mais calma. Olhou para trás, podia ter passado por ele na pressa.

Depois de andar por alguns minutos, ficou parada e concluiu desanimada: “Ele realmente foi embora...”. Olhou novamente para todos os lados.

“Gostaria de provar os avelãs de nosso templo?”- Uma mulher de cabelos ruivos, a ofereceu um delicado pacote amarelo. Sakura o pegou e fez menção de pagar - “Não Sakura. É uma cortesia do templo”.

“Ah! Srta. Kaho, você trabalha aqui?”. Sakura a reconheceu. Ela estava no jantar de noivado de Tomoyo. Era a elegante e bonita mulher que Touya a apresentou. Sentia uma paz inexplicável na presença dela.

“Me chame de Mizuki. Na verdade, eu moro aqui. Estou ajudando no Festival. Perdida?”

“Não, procurando por alguém, mas já não está mais por aqui...”.

“Entendo...”- Mizuki percebeu o desapontamento dela - “Sabe, se você seguir por aquela direção, você irá encontrará um lago chamado Espelho da Lua, ele tem esse nome por refletir a lua. Lá você pode prever o futuro. Tudo o que você tem que fazer é caminhar até a beira do lago, junte as mãos, e leia o futuro olhando para o reflexo da lua. Quem sabe ela ajuda você a adivinhar aonde essa pessoa está. Aconselho que vá até lá”.

“Certo”. Ouviu atentamente. Mizuki despediu-se, pois avistou Meilin entre a multidão.

Ficou parada, sem saber para onde ir. Olhou para os lados. Bufou ao lembrar do celular. A tecnologia já está tão evoluída, quando iam criar baterias autocarregáveis? Voltou a caminhar, a esperança de encontrá-lo ali, dissipou-se. Pensou em ir emboras, mas ao lembrar das palavras daquela linda mulher, a curiosidade em conhecer o lago surgiu, e decidiu ir até lá antes de voltar para casa.

“Como essa japonesa sem sal se atreve a deixar Xiaolang plantado?” - Meilin fechava a mão, a vendo ir embora. Mizuki a continha - “Aposto que ele deve ter indo embora e eu não vi. Vou para casa e gritar um sonoro bem-feito para ele!”. Mizuki nada disse, apenas sorriu.

“Mama! Meilin-chan!”. Nakuru gritou.

“Caramba, desse jeito vamos ser reconhecidos!”. Yue a olhou recriminando. Nakuru ficou sem graça, e Yukito riu ao vê-la daquela forma. Touya encarou Mizuki e ela retribui com um sorriso.

Eles foram todos até as duas. Quando começaram a perceber que chamavam a atenção de algumas pessoas mais atentas, voltaram a caminhar pelo festival. Mizuki decidiu ser a anfitriã.

“Cadê o Shaoran-chan?”. Perguntou Nakuru a Meilin.

“Deve estar em casa, triste que nem um tolo”.

Eriol e Tomoyo se entreolharam, preocupados.

—------------------

“Que lindo!”. Admirou-se com a beleza do lago. A luz da lua refletida nele era espetacular. Quando parou de admirá-lo, percebeu que algumas pessoas faziam o que Mizuki havia falado minutos atrás. Sorriu de lado.

Aproximou-se da beira do lago passando por algumas pessoas. Fez o que Mizuki disse, em vez de tentar prever seu futuro, pensou se poderia adivinhar aonde ele estava. Na verdade, o melhor seria tentar adivinhar o que ia acontecer entre os dois.

Fechou os olhos e respirou fundo. Várias imagens surgiram... A primeira vez que o viu no quarto de hotel enrolado na toalha branca, com o seu olhar hipnotizante, o sorriso de homem galanteador nos lábios, em como fugiu dele, do beijo… Seu primeiro beijo. A imagem de Shaoran sorrindo, dizendo algo, indecifrável, e ao fundo o pôr do sol, surgiu. Que cena era essa?!

“Sakura!”- Ela abriu os olhos, e virou-se. Ele notou que ela arregalou de leve os olhos verdes. Estava tão surpresa quanto ele - “Como você se atreve a me deixar esperando?!”. Disfarçava a felicidade com a falsa cara de bravo, a vontade que tinha era de abraçá-la. Era ela. Não podia acreditar que ela estava lá, já tinha perdido todas as esperanças. Antes sentado no banco, próximo ao lago, mal acreditou quando a viu.

“Shaoran!”-Tentava se recuperar do susto em saber que ele ainda estava lá. Notou as bochechas dele coradas, será que veio correndo? Então ele ainda a esperava? - “E-eu.. Desculpa!”. Fez repetidas reverências, como no dia em que entrou no quarto de hotel em que ele estava. Ela apressava-se em explicar, mas ele a interrompeu.

“Nem fale nada, agora, nós vamos comer alguma coisa, estou faminto! Depois você me explica o motivo do seu atraso”. Fingindo uma chateação imperdoável, deu as costas. Ouviu um sonoro “sim” de Sakura e seus passos apressados, correndo atrás dele.

...

“Está bom?”. Shaoran perguntou a ela.

“Sim! Muito gostoso!”. Andando lado a lado, comiam yakitori (espetinho de frango ao agridoce).

“Que bom!”. Sorriu serenamente ao contemplar aquele sorriso, mas lembrou-se do papel que estava fazendo: homem abandonado e chateado. Fez bico e virou o rosto, mordendo um pedaço do seu espetinho.

“Ainda não contei o motivo do atraso..,”- Shaoran desdenhou, como se não tivesse interessado em saber. Resolveu continuar a falar, mesmo não obtendo nenhum comentário dele - “Bem, meu gato comeu...”. Não pôde continuar, Shaoran a encarou inconformado.

“Não sou seu professor do primário querendo saber o motivo de você não ter feito a lição de casa...”. Comeu o resto do espetinho com uma cara cômica de raiva.

“Shaoran, falo sério. Meu gato teve uma reação alérgica ao comer um peixe as escondidas. Ele está bem, mas ficou na clínica veterinária em observação. Liguei para você, mas bateria do meu celular descarregou e não pude avisar, mas a verdade é que...”- Ela evitou seu olhar, antes de continuar. Parou de andar- “Eu não iria vim”.

Foi surpreendido pela sinceridade dela: “Entendo” - Agora a mensagem de Tomoyo fazia todo o sentido - “Mas já que você está aqui, vamos aproveitar” - Abriu um largo sorriso - “Já está satisfeita?”.

“Sim. Não precisava compr...”. Shaoran a interrompeu.

“Vamos!”- Ela o olhou com curiosidade- “Já que estamos em um templo, vamos rezar pela saúde de seu gato”. Mostrou seu melhor sorriso.

Ficou surpresa com aquele gesto. Apesar de saber que Kerberos estava bem, seu coração continuava apertado, mas ao ouvi-lo, sentiu uma leveza e um alívio instantâneo.

….

Lado a lado, juntaram as mãos, quase em sincronia, e fecharam os olhos: “Qual é o nome dele?”.

“Do meu gato?”- Ele confirmou com a cabeça, ela respondeu - “Kerberos”.

“Kerberos?!”. Franziu as sobrancelhas.

“Eu tirei o nome de um livro. Conta a história de um feiticeiro que...”- Ao chegarem mais pessoas, Sakura subitamente desconversou - “Vamos rezar, depois conversamos!”. Fez sinal de silêncio.

—------------------

“Nada?”.

“Continua desligado. Shaoran não retornou?”- A negativa do noivo, a preocupou- “Será que não deu certo mesmo?”.

“Tomoyo-chan, seus planos não dão errado. Ainda mais quando se trata de planos que envolvam aqueles dois, o mundo conspira a favor deles” -Tomoyo nada disse, estava petrificada. Seus olhos brilhavam- “O que foi?”- Mexeu a mão na frente do rosto dela, tentando a tirar daquele transe hipinótico. Resolveu seguir os olhares dela. E sorriu com a cena. Shaoran e Sakura, lado a lado, deixavam suas preces no templo - “Eu não disse a você?”. Ao olhar para Tomoyo, tomou um susto. Ela filmava tudo, dava zoom na cena.

—------------------

Abriu os olhos, e o fitou, ele ainda rezava. Aproveitou para analisar aquele homem ao seu lado. Sua boca, seu nariz, o queixo, a testa… Tudo era bonito. Seus cabelos castanhos estavam caindo em seus olhos, fez um esforço danado para ignorar a vontade de tocar naqueles cabelos.

Ele abriu os olhos, e ao virar o rosto, as esmeraldas estavam lá. Nunca havia visto olhos como aqueles. Verdes. Com um brilho estonteante. O coração bateu forte. Ela era a causadora de novos sentimentos que brotavam em seu peito.

Os olhares se cruzaram, um leve rubor cobriu a face de Sakura. Aquilo parecia cena dos doramas, que costumava assistir nas noites solitárias de Tóquio, só faltava uma música de fundo para evidenciar aquele momento.

Ao ver ele aproximando o rosto, apavorou-se: “Ele vai me beijar?!”

“Que lindo!”. Comemorou Tomoyo, que filmava de longe.

Shaoran tirou uma pequena folha seca, da franja de Sakura. Notou que ela ficou petrificada e tensa, caiu em si, ela achou que iria beijá-la. Não faria isso até que ela permitisse, mas a vontade de roubar outro beijo e voltar a sentir aqueles lábios, era grande.

Descontraído disse: “Essa folha não estava combinando com a sua beleza”. Não se deu conta que acabará de elogiar. Sakura olhou para baixo e apertou as mãos.

“Quer ir até o lago onde há peixes!?”. Ele levantou bruscamente, ficou sem jeito depois de perceber que a elogiou. Comportava-se como um garotinho envergonhado. O Shaoran sexy, provocador, repleto de erotismo, um dos vocalistas mais cobiçado da banda, era só uma fachada.

“V-vamos!”. Ela gaguejou.

Passar entre a multidão estava sendo difícil, Shaoran olhou para trás e viu a dificuldade de Sakura em acompanhá-lo, às vezes ficava para trás. Pensou em segurar sua mão, mas não tinha coragem suficiente para isso e também tinha medo da reação dela. Parou de andar.

“Sakura, segura na minha blusa”. Pediu, timidamente.

“Sim”. Por um momento hesitou, mas fez o que ele pediu. Apertou a blusa de algodão preta e juntos seguiram, agora mais próximos um do outro.

….

Ela reparou que o lago era maior que o primeiro que foi 'prever' seu futuro. A iluminação envolta do lago, facilitou enxergar uma movimentação maior na água. Realmente lá havia peixes, e muitos até.

“Você conhece bem este templo, não é?”

“Passei boa parte da minha infância aqui” -Shaoran a guiava- “Costumava vir para cá compor”.

“Sério?”.

“Sim. A primeira canção que escrevi, foi deitado debaixo daquela árvore”- Apontou- “Venha, eu provo”. Caminhou apressado até lá, ela tentava acompanhar seus passos.

Era uma Carvalho Sawtooth e kunugi, árvore de grande porte usada, no Japão, desde tempos antigos, na produção de carvão vegetal.

Notou que ele olhava o tronco da árvore com bastante atenção, parecia procurar por algo.

“Aqui!”- Sorriu para ela - “Veja” - No tronco, estava escrito: Unravel — “É o nome dela, da primeira música. Faz tanto tempo”. Não sei se foi sua impressão, mas ele pareceu ter ficado com olhar tristonho. Acompanhou com os olhos ele sentando-se debaixo da árvore, ela fez o mesmo.

“A música, ela tem significado para você?”.

“Sim. Quando a escrevi, era um moleque revoltado com algumas coisas”- Fez uma pausa- “Quando me mudei para cá, eu tinha 6 anos de idade. Foi depois que meu pai faleceu...”.

“Ah eu sint..”.

“No começo, eu chorava todos os dias com saudades de casa. Implorava para minha mãe para ver ela e minhas irmãs. Queria voltar para casa”.

“Deve ter sido muito difícil”.

“Foi. Eu cresci com raiva dela. Não falei com ela até completar 12 anos, e entender o porquê de ter vindo morar com Wei”- Shaoran tinha um sorriso doce em seus lábios- “Ele sempre cuidou bem de mim, teve muita paciência e persistência. Ele é meu tio, mas me criou como se fosse o seu filho e eu o vejo como um pai”.

“Ele deve ser uma boa pessoa”.

“Quer ouvir?” - Shaoran, ao notar a feição de dúvida que ela fez, continuou - “A música. Eu não lembro muito bem a letra, mas...”

“Não vai incomodar?”

“Não, Sakura”- Ele olhou para frente, deixou de olhá-la - “Mas não ria, eu só tinha 11 anos quando escrevi”. Corou

"Não vou rir".

Ele fitou o nada, e de novo Sakura notou seu olhar vago, tristonho. Agora, não era impressão sua.

Ele fechou os olhos e começou a cantar.

 

Oshiete oshiete yo sono shikumi wo

Diga, me diga, como isso funciona
Boku no naka ni dare ka iru no?

Existe um outro alguém, aqui dentro de mim?
Kowareta kowareta yo kono sekai de

Nesse quebrado, quebrado mundo em que estou
Kimi ga warau nani mo miezu ni

Você ri, em meio a tanto desespero

 

Ao ouvir os primeiros versos, sentiu uma pontada de tristeza em seu coração. A melodia que ele criou, era bonita, mas, a letra era triste.

 

Kowareta boku nante as

Eu me sinto tão danificado
Iki wo tomete

que não consigo respirar.
Hodokenai mou hodokenai yo

Não posso mais acordar, não mais.
Shinjitsu sae...Freeze

E até a realidade... congela.

 

Por um momento, ela conseguiu imaginar toda a tristeza dele de ficar longe da família com tão pouca idade, através daquela canção. Flashes daquele menino do vídeo, chorando copiosamente ou pedindo pela mãe, tomaram forma em sua cabeça. Como ele deve ter sofrido, tão novo, sem entender nada.

 

Kowaseru, kowasenai

Ser humano ou desumano
Kurueru, kuruenai

Ser capaz ou incapaz
Anata wo mitsukete

Até te encontrar
Yureta yuganda sekai ni tatta boku wa

Me deixa e não adianta me procurar
Sukitootte, mienaku natte

Me deixe escondido nesse mundo que resolvi ficar
Mitsukenaide boku no koto wo

Não olhe pra mim, em meio a esse caos

 

Shaoran aumentou o tom, cantar aquela música o fez sentir arrependimento. As coisas que disse para mãe, a memória do tempo em que se recusou a falar com ela, as ligações, as cartas, as mensagens e os presentes que ignorou, ainda o incomodava. Tudo isso, por não entender os motivos de ter sido afastado dela, de suas irmãs, de sua casa. Do seu lar.

 

Mitsumenaide

Não me procure
Dare ka ga egaita sekai no naka de

Nesse mundo em que alguém está imaginando,
Anata wo kizutsuke taku wa nai yo

eu não quero te machucar (...)

 

Os olhos lacrimejaram. Sentia seu coração em pedaços, estava envolta de uma tristeza tremenda. Como ele suportou tanta dor?

Seu nariz foi ficando vermelho, e quando se deu conta, as lágrimas caiam. Não as limpou, continuou o olhando cantar.


(…) Oboetete boku no koto wo

Apenas se lembre de mim
Azayaka na mama
do quanto vívido eu fui.

 

Parou de cantar. Arregalou os olhos, surpreso com as lágrimas. Por que ela estava chorando daquele jeito? Sentiu-se horrível: “Sa-sakura, o que foi?!”. Estava atordoado, a voz saiu alta.

“Por favor...”- Enxugou as lágrimas com a mão direita, e depois sorriu de lado- “Não escreva mais canções tristes”.

Surpreso, arregalou os olhos, surpreendendo-se com aquele pedido. Lembrou de dizer alguma coisa, enquanto a via ainda enxugar os olhos. Com as mãos esticadas para trás, aproximou-se dela, movimentando o corpo para o seu lado, quase encostando o ombro no dela, dizendo: “Eu estou bem agora, Sakura”. Beijou sua cabeça, acima de sua orelha.

Ela ficou imóvel, pega de surpresa, em um movimento ingênuo, encostou sua mão na dele. Ele arregalou os olhos levemente, mas voltou a sorrir. Sua expressão de surpresa com a atitude dele e com o tocar das mãos, foi dando lugar a um olhar amável. Olhavam-se carinhosamente. Ele queria tanto beijá-la.

—------------------

“Acredita em mim agora?”. Perguntou Eriol a Tomoyo que filmava toda a cena. Estavam escondidos detrás de uma árvore.

“Sempre acreditei”. Filmava, com olhos brilhando, mas os arregalou quando viu as pessoas que se aproximavam.

—_

“SAKURA!”- Os dois assustados pelo grito, seguiram a voz - “O que diabos você está fazendo aqui e ainda com esse pirralho?¹”. Touya levantou a mão fechada, com veia da testa pulsando.

“To-Touya-chan!”. Gaguejou. Logo ficou vermelha, seu irmão não estava só. Yue, Yukito, Nakuru e Meilin, bobos com a cena, olhavam para os dois que estavam quase de mãos dadas.

“XIAOLANG, TIRA ESSA MÃO DAÍ!”. Gritou Meilin.

Os dois ficaram vermelhos, mas não tiveram tempo de dizer nada. Como se fosse uma simples borracha caída no chão, Touya “juntou” Sakura e a tirou de lá. Shaoran assustado com o que acontecia fez menção de ir atrás deles.

Yue se colocou na sua frente, o impedido: “Me deixa passar Yue!”- Ele nada disse, apenas continuou parado. Shaoran tentou se desvencilhar dele, mas sem sucesso- “Yue, sai da minha frente!!”.

“Não”.

“Ma-s… O que você está fazendo?!”. Perguntou indignado.

“Estou protegendo a irmã de um amigo, de outro amigo, só que mulherengo, um que não leva a sério as mulheres” - Yue cruzou os braços - “Sakura é diferent...”

“EU SEI!”- Shaoran gritou olhando para baixo - “É por isso que estou gostando dela!”. Yue arregalou os olhos. Yukito e Nakuru tinham seus queixos caídos. Meilin fitou o chão, tristemente, mas foi tomada pela raiva.

“Como você sabe, idiota?”- Meilin foi para cima do primo - “Você mal a conhece, não sabe nada dela! Nem sabe se ela sente o mesmo por você. Estou desde pequena ao seu lado, e você nunca percebeu o quanto eu amo de você!”.

Meilin saiu correndo. Nakuru tentou impedi-la, assim como Yukito. Shaoran gritou pela prima.

Tomoyo e Eriol viram a cena: “Meilin...”. Tristemente Tomoyo, murmurou.

—------------------

“Touya… E-espera! Para aonde estamos indo?”.

“Para casa! Você e eu vamos ter muito o que conversar”- Touya puxava a irmã entre as pessoas sem se importar com os olhares- “Pirralho irritante, quer me tirar o bem mais precioso que cuidei praticamente a minha vida inteira”. Sentiu um peso, estava difícil puxá-la. Olhou para trás, e Sakura estava parada. Recusou a continuar a andar.

“Touya-chan… Está tudo bem. Eu também estou assustada”. Ela sorriu, o irmão largou sua mão.

—------------------

“Meilin! Meilin”. Gritavam pelo lago, a procura da chinesa.

Shaoran procurava afoito pela prima, estava começando a ficar preocupado com seu repentino sumiço.

“Ninguém a viu do outro lado”. Nakuru ao lado de Yukito, chegou dizendo.

“Mas que droga!” - Shaoran chutou o vento - “Não era para ter sido desse jeito”.

“Acalme-se Shaoran, vamos achá-la. Ela só está chateada”. Disse Yukito.

Yue nada disse, apenas observava o chinês angustiado. Recordou da cena, minutos atrás:“EU SEI! É por isso que estou gostando dela!”.

Então Shaoran gostava mesmo dela? Sakura não estava caído nas garras do amigo mulherengo e inconsequente? Lembrou das vezes em que Eriol dizia que o chinês só precisava encontrar alguém especial, que tudo iria ser diferente. Desejou do fundo do seu coração, que o sentimento de Shaoran fosse verdadeiro. Apesar do lado mulherengo, ele era um bom homem.

—------------------

Meilin, sentada detrás de uma árvore, abraçada as pernas, chorava. Ele realmente estava gostando dela. Sakura fisgou o primo de uma forma que ela ate agora não entendia. E Sakura não fez absolutamente nada. Apenas fez as caras e bocas, de uma menina boba e tímida.

Talvez fosse aquilo que alguns sentem quando olham para alguém pela primeira vez e sentem o coração palpitar, chamam de amor a primeira vista. Foi isso que sentiu pelo primo desde criança e tinha certeza toda vez que o reencontrava.

Bateu levemente a cabeça no tronco da árvore e lembrou-se quando veio a Tomoeda, com 12 anos.

~~~~~~

Lembrança Meilin

XIAOLANG!” - Acenava em demasia para o primo e Wei que a aguardavam no portão de desembarque. Ele acenou com um sorriso. Ela correu e deu um longo abraço apertado- “Como você está bonito”. Por um momento, ele sentiu que ia perder o ar, pela força do abraço da prima.

Você também está muito bonita Meilin”. A prima o encarou corada e com os olhos apaixonados.

Me dê suas bagagens Srta Meilin”. Pediu Wei. Ela sem graça o cumprimentou.

"Vai ficar quanto tempo?”. Perguntou o primo, que agora podia respirar normalmente.

Não sei. Pretendo passar o maior tempo possível com você, Xiaolang!”.

Me chama de Shaoran”.

Não! Aqui todos chamam você assim. Eu quero ser a única a chamar você assim. A Ú-N-I-C-A”. Soletrou sorridente.

Você hein?” - Ele revirou os olhos - “Vamos”. Encantada, agarrou no braço do primo. Prometendo a si mesma que não soltaria nunca.

~~~~~~

A dor no peito estava insuportável. Saber dos sentimentos do primo, foi como se tivesse levado uma facada no peito. No fundo, sabia que um dia isso aconteceria. Mas nunca pensou se estaria pronta quando esse dia chegasse.

“Meilin?”. Meilin olhou para o lado e viu Tomoyo aproximando-se.

Logo estavam as duas caladas, lado a lado, sentadas. Meilin puxava o ar pelo nariz entupido. Depois de minutos em silêncio. Tomoyo falou: “Me desculpa Meilin” - Ela a olhou, sem entender- “Eu estive tão preocupada em juntar Sakura e Shaoran que não percebi que feriria os seus sentimentos, por isso, me perdoe”.

“Tudo bem, ela é sua amiga...”

“Você também é Meilin”- Meilin deu rabissaca- “Não passamos a maior parte do tempo juntas ou conversamos todos os dias, nem ao menos fiz um vestido para você. Mas eu gosto muito de você desde o dia em que nos conhecemos, nutro bons sentimentos por você, e a quero bem, isso a torna uma amiga para mim”.

“Você quer meu bem, juntando Xiaolang e Sakura?”.

“Meilin, você sempre soube. Shaoran ama você, mas não da forma que você gostaria” - Ao ouvi-la, Meilin entristeceu. Ela está certa, sempre soube - “O fato de você ter ignorado e ter passado por cima disto, causou dores aí”. Apontou para o peito esquerdo de Meilin.

“Eu s-sempre achei que...”

“Que Shaoran se cansaria de ser mulherengo e olharia para você?”.

“Sim”.

“Entendo”- Tomoyo apertou sua mão- “Sabe, você é uma mulher forte. Logo vai ser capaz de entender os seus sentimentos e os de Shaoran. E quando fizer isso, você se sentirá leve e capaz de enfrentar qualquer obstáculo que surgir. Terá experiência de sobra, pois terá vencido um dos piores obstáculos. E se precisar de uma força extra, pode contar comigo Meilin”. Meilin sorriu, mas as lágrimas voltaram a cair, cobriu o rosto e chorou alto entre as mãos. Tomoyo a puxou para perto.

“Eu sempre gostei de Xiaolang, Tomoyo! Sempre, sempre! Não é justo!”- Soluçava, enquanto Tomoyo a abraçava- “Eu sempre disse a mim mesma que nunca permitiria que outra o tirasse de mim!” - Não continha o choro - “O que me deixa com muita raiva, é que não consigo sentir raiva da Sakura! Mas isso não muda o fato de que perdi o Xiaolang, Tomoyo!”- Meilin gritava enquanto chorava- “Eu quero chorar muito até não ter nenhuma lágrima para quando rever o Xiaolang!!”. Chorava alto. Tomoyo a olhava triste.

Tudo o que podia fazer, era abraçá-la.

Meilin, já mais calma, segurou a mão estendida de Tomoyo. Ela lhe chamou para ir encontrar os outros: “Obrigada Tomoyo...”. Agradeceu envergonhada.

“Meilin!”. Ela olhou o primo ofegante e suado. Certamente estava assim, por está a procurando. Não disse nada, apenas evitou o olhar do primo.

“Eu vou indo...”- Sorriu Tomoyo, deixaria os dois a sós. Ao passar por Shaoran, sussurrou em seu ouvido - “Ela vai ficar bem”.

Tomoyo se foi e Shaoran continuou encarar a prima, que o evitava. Ele olhou para o chão: “Meilin eu...”

“Você é um idiota!”- Praguejou, cruzou os braços e fez bico- “Sempre preocupado com quem você gosta. Olha seu estado, todo suado e sujo”- Ele sorriu de lado- “Você sempre foi assim, desde criança cuidando de mim”.

“Você sempre foi atrapalhada Meilin. Alguém tinha que cuidar de você, além dos seus pais”.

A pose de durona se desfez: “Desculpa...”- Meilin desviou o olhar - “Sempre soube que eu sou como uma irmã mais nova para você. Nunca me viu de outra forma... A forma que eu gostaria que você tivesse enxergado. Eu preferi fantasiar que um dia você me enxergaria a encarar a verdade”.

“Eu amo você Meilin”.

“Eu sei. Também amo você”- Meilin não corou ou o olhou com esperanças. Sabia que tipo de amor ele sentia - “Mas agora nossos sentimentos serão colocados no mesmo patamar, como eu deveria ter feito há muito tempo”- Ela o olhou desconsertada, lembrou-se da cena, horas atrás- “Desculpa pela cena que fiz...”.

Embaraçada não prestou atenção no primo que se aproximou. Arregalou os olhos, ao sentir o seu caloroso, afetuoso, e inesperado, abraço: “Desculpe por não retribuir os seus sentimentos. Tenho certeza de que você achará alguém que a mereça e que a fará muito feliz”.

“Obrigada Shaoran”.

“Shaoran?”. Repetiu o seu nome. Estranhando o fato de ela não chamá-lo por “Xiaolang”.

“Sim”- Meilin saiu dos braços do primo, com um sorriso sincero - “Eu não sei o que você viu naquela japonesa sem sal, mas já que você está gostando e me trocando por ela, exijo que as coisas se saiam bem, senão, você me paga Shaoran!”- Bufou, fingindo uma falsa irritação. Logo, segurou o rosto do primo entre as mãos - “Espero que você seja muito feliz, Shaoran”.

“Meilin! Você está bem?”- Nakuru correu até ela, que chegava junto de Shaoran. Meilin sorrindo balançou a cabeça, positivamente - “Ufa! Que bom! Nós ficamos tão preocupados!” - Suspirou aliviada. Meilin ficou tocada pela cena, olhou envolta e viu Yukito, Yue, Eriol e Tomoyo felizes com a sua presença - “Não faça mais isso com a gente!”. Foi pega de surpresa por outro abraço apertado, dessa vez de Nakuru. Logo Meilin estava rodeada por todos.

“O que vocês estão fazendo aqui mesmo?”. Shaoran aproximou-se de Eriol.

“Tomoyo quis vir ao festival. Disse que queria filmar umas coisas. Já o pessoal disse que vieram curtir um pouco” - Percebeu o olhar perdido do amigo para atrás dele. Certamente, ele fitava o caminho que levava de volta ao festival - “Sakura já foi”.

“...”. Shaoran nada disse.

“Não se preocupe. Ela está bem”. Bateu no ombro do amigo.

"Não estávamos fazendo nada de errado”.

“Eu sei. Acontece que Sakura é rodeada por muito amor. O irmão dela é só mais um dos que a protegem”.

“Se você gosta mesmo dela: Eu vou te apoiar”- A voz de Yue assustou Shaoran - “Mas se você a fizer chorar, teremos uma conversa de homem para homem” - Shaoran sentiu um arrepio de medo correr pelo corpo com as últimas palavras que ouviu. Yue descruzou os braços e bagunçou os cabelos de Shaoran - “Idiota”. Deu as costas, em direção ao festival.

—------------------

Casa dos Kinomoto – 20 h: 10mim-

Abriu a porta do quarto, e mais uma vez sentiu o coração apertado. Ver a cama vazia ou a caminha ao lado da sua sem a presença de Kerberos a entristecia. Sabia que ele estava bem, mas queria logo ele ao seu lado. Sentada na cama, tirou a toalha dos cabelos.

~~~~

E foi isso o que aconteceu...”. Sakura sentada no sofá da sala, contou toda a estória com Shaoran. Omitiu o beijo. O seu primeiro beijo.

Moleque...”. Touya levantou bruscamente do sofá oposto.

Touya...”. Olhou o irmão aflita.

Escuta aqui Sakura!”- Touya a encarou- “Se aquele pirralho estiver se aproximando de você com a intenção de te fazer sofrer, vou quebrar ele inteiro!”.

~~~~

Será essa a intenção dele? Talvez ele estivesse interessado por ela, pela forma diferente que ela reagiu a suas investidas… Ela seria apenas uma curiosidade? Um brinquedo novo? Uma criança fica animada e feliz, quando ganha um brinquedo novo, mas depois de um tempo, o deixa de lado.

Ela tinha tantas perguntas. A principal, o que aconteceria entre eles? Seria melhor ela dá um ponto final nisso. Não queria sofrer. Há vários motivos que fazem que o está acontecendo não tome mais forma. Ele é famoso, ela uma simples camareira, que estuda em busca de um lugar ao pôr do sol. Ele é rico, bonito, deve ser cobiçado por mulheres lindas, ricas, modelos… Ela… Uma simples mortal batalhando no dia-a-dia, que nem ao menos passou um batom ou blush hoje enquanto esteve com ele. E quando ele fosse embora? Sim, esse dia chegaria. Ele iria embora de Tomoeda, seguir com seus shows, com a sua vida. E ela estaria em Tóquio.

O vibrar do celular a despertou dos pensamentos, desbloqueou a tela e leu a mensagem: “Sakura, desculpa se causei qualquer atrito entre você e seu irmão, não foi minha intenção ... Gostaria de ver você novamente, dessa vez prometo que cantarei uma canção alegre =D. Boa noite ^^ . Shaoran”.

Sorriu com a mensagem. Não sabia o que responder.

Recebeu outra em seguida: “P.S: Acho que preciso conversar com seu irmão. Minhas intenções são boas. =/ Até mais”.

Aquela mensagem seria a resposta para as suas dúvidas?

.

.

.

.

Continua....

.

.

.

.

~~~~
        A Música desse capítulo, a acho linda, apesar de triste hehehe:
      Unravel by TK from Ling Tosite Sigure (Abertura do anime d Tokyo Ghoul, versão ACÚSTICA):

https://www.youtube.com/watch?v=DN0u8CPdUZA&spfreload=10 

 

~~

Mizūmi de no mītingu: Encontro no lago.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Olááá! Esse capítulo foi inspirado em dois episódios do anime da Sakura, episódio 67: Sakura e Shaoran no Templo Tsukimine e no episódio 60: A Valiosa Amiga de Sakura. Pai amado, chorava toda vez que assistia esse episódio 60, sempre gostei muito da Meilin, meu coração fica em pedaços =/ achava ela muito parecida comigo. Kkkkkkkkkkkkk

Enfim, espero que tenham gostado. Como sempre: critica, elogios, sugestões? Mandem!

A Música desse capítulo, eu acho ela linda, apesar de triste hehehe:
Unravel by TK from Ling Tosite Sigure (Abertura do anime d Tokyo Ghoul, versão ACÚSTICA): https://www.youtube.com/watch?v=DN0u8CPdUZA&spfreload=10

Beijos! E até a próxima=***



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Kissu´s" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.