Ela entrou no apartamento correndo e jogou a bolsa sobre o sofá indo em direção ao banheiro enquanto tirava os sapatos e ligava o chuveiro ao mesmo tempo, havia recebido uma mensagem de James dizendo que a pegaria em meia hora para irem a casa dos avôs. Haviam algum tempo que ele andava mais afastado desde a viagem da sua irmã, chegava em casa e saia na companhia de um amigo que havia se formado a pouco mais de um ano.

Enrolou-se na toalha e pegou um macaquinho preto repleto de corações jogando em cima da cama e abrindo seu armário na parte dos calçados optou por uma sapatilha preta simples e confortável para enfrentar o terreno de terra batida na casa dos seus avôs. Vestiu-se rapidamente e foi arrumar o cabelo e a maquiagem olhou para o seu celular e viu o número de James brilhar na tela. Puxou a bolsa e saiu trancando tão rápido que teve a leve sensação de ter deixar aberta teve que voltar para verificar, mas estava mesmo trancada.

No elevador ela colocou seus óculos e sol e respirou fundo nunca se arrumou tão rápido na vida nem quando estava atrasada para a faculdade. O elevador parou no saguão do prédio e ela cumprimentou gentilmente o porteiro e saiu encontrando James encostado no carro usando uma calça jeans, uma camiseta xadrez com manga 3/4 e um tênis confortável.

– Boa tarde senhorita. - disse educadamente e a ruiva sorriu balançando a cabeça negativamente e indo até ele para dar um beijo na sua bochecha - Nossa você fica dois dias sem me ver e eu ganho um beijinho desses? - ele perguntou fazendo uma careta e puxando ela pela cintura.

– Você me apressou e agora esta demorando. - ela disse revirando os olhos para o moreno que arregalou os olhos azuis e soltou a garota indo em direção ao lado do motorista.

– Eu tenho uma surpresa para você, mas antes vamos ir à casa da vovó por que ela disse que gostaria de passar uma tarde com os únicos netos que não estão viajando. - ele disse imitando um pouco o drama de Molly.

A garota entrou no carro e logo ligou o rádio coisa que James detestava, ele não gostava de escutar música ao volante, mas a namorada amava e ele sempre acabava sedendo, aos poucos se acostumou com a mania e nem ligava mais. Só para ver aqueles belos sorrisos e seus olhos brilhantes ele fazia qualquer coisa o que nunca na vida dele poderia imaginar que aconteceria.

– E que surpresa é essa? - ela perguntou virando para ele que parecia concentrado no transito.

Um pequeno sorriso surgiu no rosto do moreno enquanto ele balançava a cabeça negativamente, a ruiva bufou e cruzou os braço virando para frente sabendo que não arrancaria nada dele. O caminho a casa dos avós foi tranquilo as vezes ela perguntava algo para ele, mas ele se fingia de surdo e não a respondia.

Ela sorriu quando avistaram a casa simples e grande dos Weasley. E quando estacionou na frente a mulher mais velha parada na frente com um sorriso enorme no rosto. Rose baixou do carro assim que James desligou o motor e sua vó pareceu querer esmaga-la nos braços.

– Vovó. - Rose disse sorrindo - Onde está o vovô Arthur?

– Nos fundos querida. - Molly disse indo apertar James em seus braços gorduchos.

A ruiva virou para o namorado e riu da cara de pavor dele enquanto a senhor apertava suas bochechas e fazia um longo discurso de quão magro ele esta. Ela deixou os dois e foi em direção aos fundos onde seu vô parecia concentrado analisando uma peça de carro antiga, ela sem fazer nenhum barulho sentou ao lado do senhor idoso.

– Uma linda peça não acha? - ele perguntou virando para neta que sorriu.

– Linda! - ela disse dando um beijo na bochecha dele.

– Como vai minha querida? - Arthur perguntou sorrindo para a ruiva ao seu lado.

– Estou ótima vovô! - disse e o homem curvou as suas sobrancelhas - Estou bem, mesmo, só curiosa. - ela encarou as unhas perfeitamente pintadas de roxo escuro - James está me escondendo alguma coisa.

– Vocês me lembram Lily e James. - ele disse de repente e a ruiva o olhou sem entender - Eu sei que não existem pessoas iguais e que o amor de vocês é completamente do deles, mas ao mesmo tempo é igual, vocês se amam e sempre vão buscar algo para implicar com o outro.

– Eu amo mesmo ele. - ela disse e nem percebeu que duas pessoas curiosas observavam a conversa - De vez em quando ele me irrita, mas ele tem aqueles malditos olhos azuis que não me deixam ficar furiosa com ele por muito tempo.

– Me perdoe por não ter ficado ao lado de vocês quando precisavam. - o homem baixou a cabeça e foi surpreendido por um abraço carinhoso da neta.

– Sabemos que você ama a vovó Molly e tinha que ficar ao lado dela. - ela disse - E mesmo que não tenha se colocado de uma lado ou a menos se pronunciado.

– Vamos entrar e comer alguma coisa! - a voz de Molly se fez presente e os dois olharam para trás e viram a mulher sorrindo.

Foi uma tarde agradável com seus avôs. James ficou um pouco calado quando Arthur tocou no nomes dos seus avôs, ele não os conheceu, mas queria muito ter conhecido. Ao entardecer se despediram deles e seguiram caminho a cidade mais uma vez, antes de chegarem na entrada James parou o carro.

– O que aconteceu? - Rose perguntou olhando para os olhos azuis que a encaravam.

– Bota a faixa nos olhos. - disse abrindo o porta luvas e tirando uma faixa preta de dentro ela o olhou desconfiada - Coloca.

– Por que? - perguntou erguendo as sobrancelhas.

– Só confia em mim. - James disse colocando a faixa na garota.

Ela sentiu quando o carro andando, mas aquela agonia de estar vendada esta deixando-a nervosa. Seu coração parecia que iria sair pela boca até que ela sentiu a trancada do carro estacionando, mas sabia que não poderia tirar a venda até James pedir para ela.

Percebeu quando ele saiu do carro e abriu a porta do carona pegando levemente de sua mão para ela sair do carro, podia sentir o quão tenso ele estava sem nem ao menos olhar em seus olhos e isso por um momento a assustou. Ela conhecia ele tão bem.

Aos poucos ele tirou a venda e ela apertou os olhos para se acostumar com a sensação e devagar abriu os olhos vendo uma linda casa de dois andares com várias janelas e três portões de garagens iluminados e um belo fundo nas cores do anoitecer.

– Gostou? - James perguntou olhando para a garota que encarava cada parte da casa.

– É linda! - ela disse batendo palmas baixinho - De quem é? - perguntou virando-se para ele.

– Depende - disse dando um sorriso e ela curvou a sobrancelha -, vamos entrar.

Eles entraram na casa e tinha um enorme comodo o qual Rose supos que ficaria uma sala perfeita perto de uma sala de jantar um pouco ao longe e entre uma porta de vidro que dava para um incrível jardim e pode ver também a ponta de uma piscina perto da lareira uma escada com várias luzes nas pontas estava.

O moreno pegou a mão dela e conduziu pelos degraus entrando em um corredor com cinco portas. Uma principal e duas em cada lado, as portas eram de madeira rustica.

– De quem é essa casa, Jay? - ela perguntou e o moreno a levou para a porta principal.

Assim que abriu o quarto estava coberto de rosas no chão e na porta de vidro que dava para uma sacada velas estavam espalhadas por toda a extensão nas duas portas lareais corações dependurados. Ela virou para o moreno sem entender.

– Essa casa é nossa, Rosie. - disse - É claro se você escutar o que tenho para lhe dizer.

– James...

– No momento em que te vi naquelas escadas na casa de Victoire eu pensei que seriam os piores momentos da minha vida nunca descobri o por que aquele ódio todo que nutríamos um pelo outro. - ele começou e a garota encheu os olhos de lágrimas quando percebeu o que ele estava fazendo - E aos poucos os seus cabelos presos para cima e seus olhos brilhantes me chamavam mais atenção do que sua mania por controle, e quando eu escutava seu riso eu já ganhava meu dia, mas eu nunca pude demonstrar nada.

"Pedi conselhos para suas melhores amigas, e Ayra me mandou ficar longe se fosse para te fazer sofrer, só que eu não conseguiria nem que eu quisesse por que se eu quebrasse o seu coração que descobri que já tinha um curativo eu quebraria o meu e milhões de pedaços que ninguém poderia ser capaz de juntar. - falou e se aproximou dela sem desviar os olhos um do outro uma lágrima solitária escorreu pelo rosto da ruiva - No momento eu que eu admiti que estava apaixonado por você tudo em minha vida fez sentido e meu dia mais feliz foi quando você disse que me amava e que estava disposta a enfrentar nossa família para ficarmos juntos, no momento em que eu descobri que te amava, eu disse para mim mesmo que queria ter você pra sempre comigo".

Ele parou e respirou fundo soltando uma mão dela e colocando-a no bolso tirando uma caixa preta de veludo e abriu revelando um lindo anel fino de prata com um lindo diamante na forma princesa na ponta.

– Rose Eleanor Weasley você aceita ser minha esposa? - perguntou por fim.

– Aceito! - ela disse se entregando as lágrimas que caiam livremente pelo seu rosto enquanto estendia a mão para o moreno colocar a aliança no seu dedo.

Ele se aproximou dela e lhe deu um beijo, mas era diferente dos outros era mais apaixonado se possível. Eles eram como almas gêmeas dispostas a qualquer coisa para ficarem juntos, apesar de demorarem para admitir, eles se amaram desde de o momento em que os olhos castanhos e os azuis se cruzaram quando mal sabiam falar seus nomes.

Seus corações seriam ligados pela eternidade. E seus nomes juntos formariam a mais bela das famílias. Eram como a continuação de uma tradição, mas ao mesmo do jeito deles, com as manias dela e as irresponsabilidades dele, se completavam como ninguém. E sabiam que sempre teriam um ao outro para contar sobre o que quer que seja.