Perseguida Pelo Inferno escrita por Fada Dos Tomates


Capítulo 8
Conflitos entre Casais


Notas iniciais do capítulo

Ah,esse cap...kkkk Só lendo pra ver!



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–Izanagi? – pergunto chocada com mais um deus aparecendo.

–Sim e obrigado por me tirar dali, estou preso há tanto tempo! – ele suspira – Minha esposa deve estar tentando matar o garoto, certo?

–Ela está lutando com Jun. – conto.

–É, dá pra ouvir. – comenta ele e é verdade, no grande salão há uma barulheira.

–Você vai ajudá-lo? Onde está minha mãe, Amaterasu? – indago – Isso ainda está confuso...

–Vou parar Izanami e procuraremos sua mãe depois – decide.

Vamos até o grande salão, Izanami e Jun estão disputando num canto. Izanagi grita:

–Querida voltei!

–Ora, ela libertou você?! Suma daqui imbecil! – ordena Izanami.

–Como fala isso pra seu próprio marido? Largue esse garoto e venha acertar as contas – diz ele.

Ela atira nele uma lâmina, Izanagi se protege. A deusa cerra os dentes com ódio e corre de Jun que quase acerta sua cabeça. Ela e Izanagi lutam, deus contra deus, esposa contra marido.

Vou correndo até Jun, mas ele nem olha pra mim, ainda quer lutar com Izanami.

–Jun! – chamo – Jun acorde! Pare com isso!

Coloco a mão em seu ombro, mas ele me empurra pra parede. Corre em direção aos deuses e tento impedi-lo.

–Jun pare! – o seguro – Acorde! Recobre a consciência!

Ele parece se irritar por ser segurado e quase me dá um tapa, seguro seu braço fortemente antes de levar o golpe.

–Jun? Que houve com você? – pergunto estupefata, antes ele não tentaria me bater.

–Tenho que salvar minha mãe – diz Jun – Deixe-me salvar minha mãe!

Ele me joga, me encontro com a parede com um grito abafado e fico desnorteada. Jun me atacou? Ele está enfeitiçado, não seria capaz disso se não estivesse.

Não percebo que Jun está prestes a me dar um soco e fico chocada com o que ele fez. Como foi capaz de me ferir assim? Jun sempre me protege e me trata como sua irmã, nunca faria isso. Mas continua, dá uma joelhada em minha barriga e não posso evitar um grunhido fininho que parece um grito.

–Jun pare... – peço com a mão na barriga doendo por causa da joelhada – Sou a Higure, sua onee-chan...

–Minha mãe...Tenho de salvá-la! – ele pega meus cabelos e me empurra pra longe.

Caio de joelhos no chão querendo chorar. Não aguento ficar apanhando de Jun e não posso machucá-lo, ele é meu amigo, meu...irmão.

–Jun... – levanto – Jun olhe pra mim!

Ele para de andar e me olha, não e o mesmo com certeza, seus olhos estão selvagens e pegando fogo, ele não vê quem sou.

–Eu sei que ainda há o Jun que eu conheço aí dentro – seguro seu braço.

Ele não fica feliz com isso, me joga de frente pra parede e soca minhas costas, evito um grito.

–Minha mãe... – pronuncia ele antes de me virar bruscamente pra frente e apertar meu pescoço com as mãos – Amaterasu.

Do que ele está falando? Não entendo porque ele fala “mãe”.

Jun chuta minhas pernas e me dá um soco no rosto, isso dó, ainda mais porque foi ele quem fez isso. Ele fica em cima de mim me enforcando.

–Por que você prendeu minha mãe?! – indaga ele com raiva, mas isso não faz sentido, não prendi ninguém.

–Jun, Izanami é a inimiga não eu! Pare de me machucar! – pego – Esqueceu que sou sua nee-chan?

–Você não me deixa salvar Amaterasu, vou matá-la! – ele pega sua espada.

–Jun lembre-se de mim! Lembre-se de quem é! – confesso que fico desesperada.

Jun ergue a espada e está prestes a perfurar meu coração, porém do nada Washi aparece e empurra ele pra longe de mim.

–Washi? – ainda estou trêmula porque fiquei a beira da morte novamente.

–Seu... – Jun corre e ataca Washi, mas paralisa e cai no chão desmaiado.

–Jun – murmuro.

–Vamos Izanagi! – chama Washi – Yomi é prioridade.

Izanagi foge de Izanami que protesta loucamente:

–Vou pegá-lo! – ameaça – Você cometeu um erro terrível quando me deixou com Yomi! Só porque minha aparência mudou, só porque estou morta! Mas irei prendê-lo comigo no inferno e nunca mais voltará! Seu...

Washi nos leva por um portal e não consigo ouvir o resto.

Vamos até o quarto de Washi pelo portal.

–É ótimo estar livre dela! – exclama Izanagi – E é bom vê-lo de novo, Washi.

–Digo o mesmo – Washi sorri e coloca Jun na cama.

–Você se meteu numa bela encrenca com Yomi e Amaterasu, não é? – questiona Izanagi.

–É – afirma ele – Infligi as regras de anjo, como foi à filha de Amaterasu ela não teve piedade.

–Mas pra ter uma punição tão severa deve ter feito algo grave.

Washi fica vermelho.

–Ah...Eu...Bem...Não consegui me conter e...Tirei a virgindade de Akari.

Perco o equilíbrio. Foi isso que ele disse? Que tirou minha virgindade?

–Akari você está bem? – pergunta ele, devo estar pasmada – Sei que é um choque, mas não se preocupe, isso foi com antiga Akari.

Isso me alivia, mas pensar que ele me viu, tocou, que se uniu a mim, é algo difícil de assimilar.

–Acho Amaterasu rígida demais, o amor é lindo e necessário. Você não pode ser obrigado a ser anjo, e se Akari o ama melhor ainda – fala Izanagi – Imagina sua alegria ao reencontrar a amada, eu não tive a mesma sorte.

–Ela nem se lembra de mim e acho que não sente mais nada do amor que tinha antes.

Entrelaço meus dedos e aperto minha mão, eles falam como se eu nem estivesse aqui.

–Tenho certeza que dará tudo certo, quando salvarmos Amaterasu ela será benevolente já que estará em dívida. Deixará vocês juntos.

Izanagi cochicha algo no ouvido de Washi que faz um meio sorriso envergonhado.

–Aqui tem comida? – o deus muda de assunto – Posso ser um deus, mas comer faz bem.

Washi aponta pra porta e Izanagi sai do quarto.

–Akari... – Washi se aproxima.

–Que história foi aquela? – corto ele – Você e eu...

–Você quis...

–Eu quis?

–Você disse: “Quero sentir você, depois poderemos fugir, mas se não der certo quero ter feito isso” – conta ele.

Não acredito que eu possa ter dito isso, me dá ânsia de vômito só de pensar.

Washi se aproxima mais, quero ir pra trás, mas estou encurralada. Washi coloca uma mão em minha em minha cintura e outra em meu pescoço. Meu acelera tanto que chego a senti-lo nos dedos.

–Eu queria...fazer aquilo de novo – comenta ele – Posso pelo menos beijá-la?

Fico sem fala, acho que só beijei umas duas vezes. Uma foi num jogo de verdade ou consequência, outra foi uma brincadeira de mau gosto.

Washi fica me olhando esperando a resposta.

–Hum... – suspiro -...beija.

Eu não quis dizer isso, mas Washi tendo sua permissão me beija. É tudo tão surreal, o mundo gira, meu cérebro fica desnorteado, está tudo sem sentido. De repente eu e Washi estamos nos agarrando. Por instinto passo a mão por seu peito, ele é musculoso e forte. Washi acaricia minhas costas e depois coloca as mãos por debaixo de meu moletom, não o afasto, na verdade penso: faça isso Washi! Vai!. Ele está fazendo algo que me arrepia, que me deixa excitada e não consigo descrever. Até que percebo que ele está colocando a mão por debaixo de meu sutiã e tocando...você sabe o que.

Me liberto dele com um gritinho e me encolho toda.

–O q-que vo-você p-pensa que es-tá fazendo? – gaguejo.

–D-desculpe eu me precipitei. – Washi esta mais envergonhado do que nunca,

Quero chorar, porém uma parte de mim pensa: Quero que ele faça isso novamente.

–Mãe! – Jun acorda num pulo da cama – Temos que salvar nossa mãe, sei onde ela está!


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Notas finais do capítulo

Ai o Washi...kkkk Ninguém merece!
E Jun estava dizendo que tinha de salvar a mãe dele e sabe onde ela está. Alguém sabe de quem ele está falando? ^_^