Perseguida Pelo Inferno escrita por Fada Dos Tomates
Notas iniciais do capítulo
Último capitulo. Chegou o dia do casamento, mas há uma pessoa que ainda não sossegou. Será que vai dar tudo certo como Higure planejou?
O castelo fica lindo depois que Amaterasu faz algum tipo de magia, essa é minha nova casa, me pergunto o que vou fazer depois de me casar com Washi.
–Passar sua Lua de Mel em algum lugar, é claro – Amaterasu, ou melhor, minha mãe, lê pensamentos.
–Lua de Mel? – estremeço ao pensar no que é isso – Mas...
–Vocês já fizeram isso uma vez, vai dar tudo certo – diz ela.
–Mas isso foi quando eu era Akari, nem sequer lembro disso!
–Está com medo?
–Sei lá... – não quero admitir que estou.
–Talvez se eu conversasse com você...
–Não é necessário!
Essas conversas de mãe e filha não são minha praia (quando se trata de algo como lua de mel). Resolvo mudar de assunto:
–E o que vai acontecer com Jun? Ele não pode voltar à Terra?
–Acho que ele vai se dar bem melhor na Terra, pode nos visitar de vez em quando, mas ele é um astro lá – fala – Tenho certeza de que vai ficar bem, vou cuidar pra que nada lhe aconteça.
–Então acabou mesmo – sinto certa decepção, agora a vida vai voltar ao normal.
Não pensei que os momentos de tortura fossem me fazer falta, mas ter que preparar tudo para o casamento e pensar na lua de mel é uma tortura maior ainda. Prefiro lutar contra Yomi.
–Pensei que quisesse se casar com Washi – comenta minha mãe.
–E quero, mas... Penso que algo de ruim pode acontecer, sei lá.
–Vou providenciar para que tudo dê certo, amanhã é seu dia.
Será mesmo? Nem consigo crer.
O outro dia é uma correria, arrumam aqui e ali, tem que ser tudo perfeito. Não sei mesmo o que fazer, mas ainda sinto que algo ruim acontecerá. Mesmo na emoção de vestir o vestido branco lindo, ainda penso nesse mal estar. A hora passa voando e quando ver estou caminhando até o altar, nem acredito. Será que é um sonho? Não sei mais...
Chego ao altar, olho para Washi naquelas roupas lindas, estou linda e prestes a me casar. Passarei a vida inteira ao lado dele, não pode ser tão ruim. Sorrio.
Mas então ouço alguém gritar:
–Ei! Não acham isso meio injusto?
É Fukosei, e está com um exército de demônios atrás de si.
–Vocês vão pagar pelo que fizeram com minha mãe! – grita ele.
E os demônios começam a atacar os convidados, alguns até se parecem com humanos, mas estão cobertos de trevas.
Corro pra longe, minha mãe luta contra os demônios destruindo tudo com seu poder de deusa e Washi ataca Fukosei, devo ajudá-lo. Minhas espadas aparecem em minhas mãos. Tento ferir Fukosei, mas ele também tem duas espadas e se defende bem. Lutamos ataque dali, defesa daqui e vice-versa. Ele faz uns rasgões em meu vestido que não me agradam.
–Você estragou meu dia! – rosno investindo.
Ele resiste, mesmo que dois lutem contra ele, Fukosei não se deixa perder.
Mas isso não pode durar pra sempre, estamos prestes a apunhalá-lo, quase o ferindo seriamente.
–Death Magic Kuro Kuusou! – grita ele antes.
Então tudo desaparece e ficamos num tipo de mundo paralelo no espaço-tempo, tudo a nossa volta é uma mistura de negro, roxo e azul, o que lembra o espaço.
–Onde estamos? – indago.
–Droga! – pragueja Washi.
De repente um monte de correntes pontiagudas nos acerta, perfura minha barriga e meus ombros, finca em minhas pernas e meus braços, tudo muito rápido e doloroso. Ficamos presos.
Fukosei ri.
–Pensaram que tudo acabaria e viveriam felizes pra sempre? Yomi nunca para, ela vai persegui-los até o fim do mundo, vai vingar-se.
–Yomi está presa! – diz Washi sangrando – E logo você estará também.
–Logo você estará morto – conta Fukosei.
Ele tem uma lâmina negra nas mãos, a mesma com o símbolo de caveira. E apunhala Washi uma, duas, três, quatro vezes.
–Pare! – grito antes que ele faça mais – Pare de feri-lo!
Fukosei me olha com os olhos brilhando.
–Você é tão bonita pra morrer.
Ele passa a mão por meu corpo, solto gemidos, não posso fugir.
–Não... toque...nela! – ordena Washi fraco.
–Ou o que? Você vai chorar? – debocha Fukosei que aperta meus seios.
–Pare, por favor! – peço apavorada.
–Solte-a! – Washi tenta se libertar – Seu demônio imundo!
Fukosei lhe dá um tapa no rosto e o apunhala mais uma vez, Washi cospe sangue e grunhe.
–Não! – tento me soltar – Pare! Faça o que quiser comigo, mas deixe Washi em paz!
–Não... Akari... – murmura Washi.
Fukosei vai até mim sorrindo maliciosamente.
–Vai se sacrificar pelo anjo ali? Que lindo! – ele zomba e me agarra.
Dói, pois as correntes me puxam pra trás e elas estão perfurando minha pele.
–Solte-a... – Washi continua lutando com as correntes que o prendem – Não se atreva...
Fukosei abre um pouco o fecho do meu vestido, choro e me debato.
–Quietinha – fala Fukosei.
–Não! – grita Washi – Akari! Akari!
–Akari vai ser minha agora... – Fukosei me anoja, é repugnante.
Eu estava prestes a me casar com o homem que amo, agora estou prestes a ser estuprada por um demônio. Não quero isso! Não quero ser usada assim!
–Não vou deixar! – decido e um poder fluiu em meu corpo.
As correntes pegam fogo e com um movimento brusco elas se partem, estou livre para lutar contra Fukosei. O ataco com as próprias correntes flamejantes que ainda estão em mim. Golpeio seu rosto queimando sua pele e acerto várias vezes outras partes de seu corpo.
–Você é um monstro! – insulto batendo nele com as correntes.
Ele pragueja um pouco queimado, sente dor.
–Isso dói? – pergunto desferindo outro golpe.
Ele não consegue se proteger das correntes e está fraco.
–Vadia! – me insulta – Vai me pagar!
Fukosei ignora a dor e tenta me ferir com a lâmina que carrega, faço um escudo de magia que Amaterasu me ensinou, ele não pode contra mim. Desfiro mais um golpe com as correntes, ele tenta se defender com a lâmina, chuto-a longe e o machuco com as correntes novamente.
–Tire-nos daqui! – peço – então pouparemos sua vida.
–Nunca obedecerei vocês – se nega.
Pego a lâmina do chão rapidamente e enfio em seu coração.
–Dead Oni Shiro Mahou Tame ni! – digo o que Amaterasu me ensinou para mandar demônios de volta ao inferno – Jigoku modotte ga!
O cenário começa a rachar e se quebrar, Fukosei desparece numa luz negra e voltamos ao local do casamento. Washi geme no chão sangrando.
–Akari! – Amaterasu corre até nós – Hã?
Estou com a lingerie que usava por baixo do vestido porque Fukosei tinha aberto meu vestido e ele tinha saído.
–Ah! – me escondo – Droga!
Washi é curado com magia, Fukosei voltou ao inferno, mas meu casamento foi arruinado. Fico em meu quarto decepcionada.
Alguém bate na porta.
–Entre – permito.
Washi entra no quarto.
–Você está bem? – questiona.
–Mais ou menos – respondo.
Ele fecha a porta e senta na cama esperando que eu fale.
–No fim tudo foi por água abaixo – digo triste.
–Nem tudo, ainda estamos vivos, e estamos juntos.
–Mas nosso casamento foi arruinado, tudo foi destruído pelos demônios e você até me viu de lingerie!
Ele põe o dedo em minha boca para que eu me cale.
–Ainda podemos nos casar – me beija – E podemos mais...
Nos beijamos e ficamos nos beijando, quando fui ver já estávamos nos agarrando na cama. E não ouso fazê-lo parar com isso, vamos até o fim.
Não durmo depois que tudo acaba, conversamos sobre o que fizemos, foi minha primeira vez apesar de que para Washi foi a segunda. Foi inexplicável!
–Agora podemos ser marido e mulher – ele está muito feliz.
–Será? – sorrio, mas ainda penso em Yomi – Como será que ela está agora?
–Esqueça Yomi!
–Será que ela está mesmo planejando vingança?
Washi me beija mais uma vez para que eu preste atenção nele e não em Yomi.
Algo me diz que ainda estou em perigo, mas é melhor curtir o momento. Retribuo o beijo.
–Eu te amo.
Mas "Yomi nunca para, ela vai persegui-los até o fim do mundo, vai vingar-se"
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Higure e Washi estão ótimos juntos. Mas será que Yomi descansará enquanto está presa no Inferno?