Skeletons In The Closet escrita por OmegaKim


Capítulo 22
VINTE E DOIS: Metade.


Notas iniciais do capítulo

Oi gente!!!! Eu deveria ter vindo postar há um tempão, mas aí eu fiquei com preguiça e minha cabeça tava cheia de coisa... Então não vim por aqui.
Valeu pelos comentários, adorei todos!! rsrsrs
Boa leitura e bem vindos leitores novos!
Pov´s da Johanna e Katniss.



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Capítulo VINTE E DOIS: Metade.

Johanna

– Você é louca. – ele disse no pé do meu ouvido e deu uma risada contra a minha pele, fazendo eu ter arrepios. – Não achei que ia dá certo, até o momento em que deu certo.

Acabei rindo também. Finnick tinha as mãos em volta da minha cintura e estávamos meio abraçados meio afastados, meio rindo e meio se beijando na sala do apartamento de Gale, que não estava em casa e eu duvidava que ele voltasse hoje, pois eu tinha uma leve ideia de onde ele estava.

Finnick e eu estávamos falando sobre o sucesso do plano louco que eu tinha bolado. A parte sobre cortar a luz do hotel foi uma jogada e tanto. Claro, existia o risco de sermos pegos e presos, porque deve existir algum artigo contra isso mas foi por um bem maior, totalmente necessário para que Katniss ficasse com Peeta. Tudo bem, que isso acabou com a Premiação, no entanto o que é uma Premiação perto do amor verdadeiro? Premiações acontecem aos montes por aí, uma a menos ou uma a mais, não faz diferença.

– Achei que íamos ser presos na hora que você danificou o quadro de luz.

– Não tinha ninguém lá para prender a gente. – falei. – E além do mais, foi necessário. Conhecendo aqueles dois, eu aposto que eles iam ficar um em cada canto esperando o tempo passar sem dizer uma palavra um pro outro. E você estava de guarda, lembra? Qualquer coisa a gente corria. – completei com um sorriso ao imaginar essa cena.

Eu e Finnick correndo pelos corredores do Plaza como dois adolescentes pegos fazendo uma travessura.

– Tem razão. – concordou. – Mas danificar o quadro de luz do Plaza Hotel deve ser contra lei.

– Foi por um bem maior, amor. – falei no pé da sua orelha e fiquei satisfeita quando senti sua pele se arrepiar.

– Sabe o que é um bem maior? – ele se afastou um pouco de mim pra poder me olhar. Seus olhos verdes brilhando com malicia.

– O que? – perguntei com falsa inocência.

– Isso. – ele simplesmente disse e me pegou no colo do nada.

Ainda surpresa soltei um gritinho e depois comecei a rir quando ele me levou em direção ao nosso quarto e nos minutos que se seguiram entre beijos e todas as preliminares, nos tornamos um só. Braços e pernas entrelaçados, cada parte nossa se tornando uma só. Nós já andamos por tantos lugares, rodando por aí como um pião louco sem saber quando parar... Mas paramos, a loucura dele anulando a minha. Ele me fez parar. E todo o vazio que eu sempre senti vai embora quando estamos juntos, quando seu suor se mistura com o meu. E quando nos misturamos, a única certeza que tenho é que agora não sou mais metade.

~~

Katniss

Existe um mito grego que fala que no começo do mundo não existiam homens e mulheres, mas sim, seres com quatro braços, quatro pernas, duas cabeças que eram extremamente fortes e por conta disso Zeus, o rei do Olimpo, separou-os. Criando os homens e mulheres e desde então os humanos tem buscado sua metade pelo mundo afora. Essa sempre foi uma das minhas histórias prediletas, porque de um jeito trágico se assemelha a busca pelo amor verdadeiro. Existe apenas um, a sua cara metade, sua alma gêmea, existe alguém, que no fim, vai te completar. É nisso que estou pensando quando eu e Peeta chegamos no meu apartamento, porque era o mais perto. Abro a porta com os dedos tremendo e realmente não sei porque me sinto tão nervosa com a presença dele.

– Você quer beber alguma coisa? – acabo perguntando depois que observo ele se sentar no sofá, Peeta parece tão desconfortável quanto eu. – Eu tenho suco na geladeira. – que patético, Katniss! Suco?

Peeta nega levemente com a cabeça sem encontrar meus olhos.

Vou até a cozinha, lá tiro meus sapatos de salto e abro a geladeira logo em seguida. Olho seu conteúdo sem muito animo e sem realmente olhar, cada célula do meu corpo está totalmente focada no loiro sentado no meu sofá. Estou tão nervosa, me perguntando se ele não está arrependido de ter dito aquelas palavras pra mim, se ele quer ir embora agora ou se está nesse momento criando uma desculpa qualquer pra ir embora e dizer que não pode fazer isso porque apenas me ver como amiga. Droga de insegurança!

Pego um chocolate da caixa de chocolate que comprei ontem. Tiro sua embalagem e como, frustrada com meus próprios sentimentos. Mas afinal, ele disse que me ama, não disse? Isso com certeza, é um sinal e tanto de que ele quer ficar comigo. Mas então viemos o caminho inteiro em silêncio, enquanto ele dirigia até aqui. Contudo, de novo, ele não segurou minha mão o caminho inteiro? Dou mais uma mordida no chocolate. São dez anos sentindo esse amor todo e então quando ele finalmente se declara eu ajo como uma idiota insegura? Hum... Não posso ficar cometendo erros por que estou com medo, não tenho mais 17 anos e não sou mais uma garotinha assustada. E subitamente me lembro de quando eu tinha 7 anos e não consegui subir numa árvore como todos os meus colegas, porque eu estava com medo de cair. Então minha mãe olhou pra mim e disse:

“Como pode saber se vai cair se você nem ao menos tentou subir? Querida, é preciso correr riscos de vez em quando. ”

Lembro que acabei subindo na árvore, no fim e levei um belo de um tombo. Um dos galhos em que eu estava apoiada quebrou e não consegui me segurar em outro, acabei ganhando uns pontos no joelho. Mas eu estava bastante feliz, lembro que exibi essa cicatriz para Annie com orgulho, era a prova de que eu tinha feito algo perigoso, que tinha enfrentado meu medo. Mas então aqui estou eu, de novo, com medo de subir demais e depois cair. Mas como posso saber se vou cair se ainda nem tentei subir?

Isso, está na hora de tomar uma atitude, chega de se esconder! Chega de ter medo!

– Katniss? Tudo bem? – Peeta aparece do nada atrás de mim.

Não sei quanto tempo fiquei encarando a porta da geladeira fechada e mastigando o chocolate, mas a voz de Peeta me fez dá um pulo. Me virei pra ele com a mão livre no coração:

– Você me assustou.

– Desculpe, foi sem intenção. É só que fiquei preocupado, você veio pra cá enão voltou mais, então pensei que... – ele gesticula enquanto fala, olhando pra baixo, para as paredes, pra geladeira mas nunca pra mim. Em vez de isso me deixar triste, me deixa irritada.

Deixo o chocolate meio comido na bancada da pia, que fica ao lado da geladeira. Olho bem pra ele e simplesmente vou até ele, com passos firmes no chão gelado da cozinha. O puxo para um beijo, interrompendo seu discurso sobre qualquer coisa. Colo meus lábios nos dele e a sensação é tão boa. Sim, minha mãe tinha razão é preciso subir pra poder cair. Porque eu estou caindo, caindo em meio ao fogo, pois é assim que me sinto: fervendo. Apenas o toque dos lábios dele nos meus faz meu corpo inteiro se acender como uma supernova. Sinto quando os braços dele envolvem minha cintura, me trazendo pra mais perto dele. Ele pede passagem pra aprofundar o beijo, eu deixo. Peeta me guia até a bancada da pia, põe suas mãos em ambas minhas coxas e me iça, para que eu fique sentada na pia, eu arregaço meu vestido e envolvo minhas pernas na sua cintura. Seus lábios se descolam dos meus, ele os desce pela minha bochecha até meu pescoço. Marca o local com mais beijos ou apenas descansa o rosto ali, sente meu cheiro. Então para... Ficamos assim um tempo, acaricio sua nuca de olhos fechados. É bom assim, só ficar perto sentindo seu cheiro e o calor do seu corpo. Eu não preciso ter uma transa espetacular com ele pra provar o quanto eu o amo, eu preciso disso. Dele e pronto.

– Eu te amo. – acabo dizendo baixinho como um segredo, no pé da sua orelha. Essas palavras demoraram tanto pra sair da minha boca, mesmo quando ele disse o mesmo horas atrás no saguão do hotel eu não consegui dizer de volta porque estava em choque, porque não conseguia encontrar minha voz, porque não conseguia respirar, porque estava com medo...

Peeta levanta a cabeça da curva do meu pescoço. Me analisa com seus olhos azuis até que diz:

– Mesmo depois de eu ter gritado com você na Austrália?

– Você estava com raiva e confuso, já te perdoei por isso.

– Sério? Porque lá no saguão do Plaza, você não disse nada quando eu disse e também não disse nada durante o resto do caminho. Achei que tinha me trazido aqui pra me dá um fora por eu ter sido um burro e nunca ter visto que sempre te amei.

Sorri com essas palavras.

– A burra fui eu. – disse. – Eu devia ter contado pra você sobre a gente desde o começo.

– Isso é verdade. – falou, uma mão em cada lado do meu corpo, minhas pernas ainda em volta da sua cintura. – Mas estamos aqui agora, não estamos? Vamos deixar tudo isso pra trás e começar de novo?

– Fazer novas lembranças? – perguntei tocando seu rosto.

Peeta sorri e aproxima sua boca da minha.

– Fazer novas lembranças. – concorda e me beija. – Por mim podemos começar agora. – ele declara depois que terminamos o beijo.

– Não tenho nenhuma objeção quanto a isso. – digo e trago ele mais uma vez pra perto de mim, minha boca quase tocando a sua.

Mas é ele quem acaba com a distância. Seus lábios estão quentes e molhados quando tocam os meus, tem gosto de saudade, de tempo perdido, de chuva no fim de tarde, tem gosto de Peeta. Eu quero fazer isso pra sempre, ficar junto dele, está ao alcance das suas mãos...

Não tenho forças para me separar dele e nem quero ter. Assim é o jeito certo, a terra continua rodando, as horas estão passando, alguém está nascendo nesse momento e eu estou nos braços dele. Sim, é isso. Não tem outro jeito, não tem outra formula, não tem nenhum outro caminho. É assim e pronto. Simples, fácil e premeditado, porque eu sabia disso desde a primeira vez que o vi entrando na sala de aula. O garoto novo, todo inseguro e inteligente. Foi o que escrevi no meu caderno de anotações naquele dia: “ Tenho a impressão de que ele vai ser muito importante pra mim. ” Minha mãe sabia disso também quando contei a ela o que acontecerá naquele dia, o soco que dei em Gale por ele ter empurrado Peeta na quadra. Minha mãe olhou pra mim com seus olhos estreitados com uma certeza que eu não compreendi na época, mas agora sei. Não é engraçado que as mães tenham essas coisas de saber o que vai acontecer com o filho? Como se fosse um superpoder ou algo que você ganha quando vira mãe.

Peeta me pega no colo, ainda rio contra a curva do seu pescoço e deixo que ele me leve. Logo ele me deposita na cama. Eu me sento em cima da mesma, mas assim que faço isso a luz apaga. Não só a do meu quarto, mas sim do bairro inteiro, sobra apenas a luz da lua que entra pela janela do meu quarto. Solto uma gargalhada ao passo que sinto Peeta senta à minha frente na cama.

– Acho que é um complô. – ele diz brincalhão, sua voz reverberando no ambiente, meu corpo se impulsiona em sua direção, ponho minha mão no seu joelho.

– Eu não me importo se é um complô. – digo. – Contanto que você esteja comigo, eu posso enfrentar tudo.

Na luz da lua seu cabelo parece prateado.

– Claro que vou ficar junto de ti. – ele põe sua mão sobre a minha. – Somos pra sempre, lembra?

Quando ele diz isso tenho vontade de chorar de emoção. Ele lembra, finalmente, ele lembra! Só Deus sabe quanto sonhei com esse momento, o momento que ele ia falar comigo diferente, me olhar diferente e me tocar diferente. Meu coração dá um salto no meu peito e por um momento penso que ele vai sair do meu peito e correr pros braços do Peeta.

– Eu te amo. – digo mais alto dessa vez com mais certeza. E me inclino em sua direção pra encontrar sua boca mais uma vez.

Peeta coloca as mãos na minha costa e me trás pra mais perto e depois que nos separamos, ele diz no pé do meu ouvido:

– Eu te amo. – e dar-me um beijo na pele abaixo da minha orelha. – Eu te amo. – sussurra mais uma vez e desce seus lábios até meu pescoço, beija meu ombro, desce a alça do meu vestido e beija a pele desnuda. – Eu te amo – ele está sussurrando contra minha pele, sua respiração quente me deixando quente também.

De olhos fechados, eu me deixo levar pelas sensações. Não tenho mais controle sobre meu corpo, não posso conter o surto de sensações que está me vindo, não posso me conter. Mas, eu não quero. Eu vou subir e subir... é isso, apenas vou deixar acontecer. Peeta encontra o zíper lateral do meu vestido e o abre, deixo o tecido cair revelando a parte de cima do meu corpo nu, sinto um arrepio quando isso acontece o que faz os meus seios se enrijecerem. No entanto, não me cubro.

Levanto minhas mãos e com os dedos trêmulos de ansiedade, desabotoo a camisa de Peeta. Ele junta nossos corpos mais uma vez, beija meu ombro, meu pescoço enquanto me apresso em livra-lo de todo esse pano. Num desejo louco preciso sentir a pele dele contra a minha, apenas rasgo sua camisa. Abro-a num rompante, fazendo os botões voarem pra qualquer lugar e deixo que minha mão toque seu peitoral e escorregue por sua barriga, sinto o quanto sua pele está quente salpicada aqui e ali de suor, mas mesmo assim me inclino beijo sua pele provando o gosto salgado da sua pele. Subo beijando da sua barriga definida até o seu peitoral e continuo subindo, deixando pra trás o rastro dos meus lábios. Beijei o seu ombro e seguo até seu pescoço, fui subindo até que encontrei sua boca.

Depois do incidente com a camisa dele, fui mais cuidadosa com o resto das suas roupas e com uma meticulosidade irritante nos livramos, ambos, de todo aquele pano.Por que usamos tanta roupa mesmo? Mas agora estava tudo como devia ser, sua pele contra a minha, nossas respirações se misturando assim como nos mesmos. Foi aí, quando Peeta e eu nos tornamos um só que eu pensei outra vez no mito grego sobre as primeiras pessoas com seus muitos braços e pernas que foram separados por causa do medo de Zeus. Porque eu tinha acabado de encontrar minha metade, agora estamos juntos de novo do jeito que sempre foi e do jeito que sempre vai ser.

Nossas respirações juntas e nossos corações batendo como um só, tudo no seu devido lugar.

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Notas finais do capítulo

Bom, eu sei que eu disse que a fic não ia passar dos 21 capítulos, mas acabou passando pq eu tive q dividir um cap q ficou grande demais e meio estranho... rsrs
O negocio é q: A fic tá no fim. O próximo cap já é o último ou penúltimo, ainda não decidi. Mas de qualquer forma, existem mais dois caps pra sair.
É isso. Comentem!! E passem no meu perfil, lancei uma fic nova no tag de JV.
bjs.



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