Skeletons In The Closet escrita por OmegaKim


Capítulo 20
VINTE: Quando ele fala


Notas iniciais do capítulo

OI. Quem tava doido por esse cap? kkkk... Eu finalizei ele agora e vim correndo postar. Então aproveitem!!!!
Boa leitura e bem vindo leitores novos.
Pov da Katnniss!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/616574/chapter/20

Capítulo VINTE: Quando ele fala.

Katniss

Ainda esmurrei a porta por um bom tempo, gritei por Johanna ou por qualquer pessoa, mas minhas forças minguaram. Depois de um tempo apenas deixei meu corpo escorregar pela madeira da porta e me abaixei a cabeça, enfiei meu rosto entre minhas mãos e chorei. Chorei de raiva por Johanna se meter assim na minha vida, chorei de frustração por não poder sair desse quarto por uma hora e chorei de tristeza porque tudo que eu não queria nesses três meses era ficar no mesmo recinto que o cara que quebrou meu coração sendo que passei esses três meses tentando supera-lo.

– Katniss. – sua voz me alcança sobre todo o meu choro. Eu quero me virar, mas não o faço apesar de todo o meu show de lagrimas, eu não quero que ele me veja assim. Então apenas fico parada, enxugo meus olhos com as costas da minha mão e espero. – Não precisa se desesperar, em uma hora Johanna vai voltar e então você vai poder voltar pro seu executivo engravatado. – o tom empregado em sua voz me chama a atenção, nunca tinha ouvido Peeta soar tão irônico. Acabo por olhá-lo, mais pra saber se foi ele que disse do que por querer olha-lo.

– O quê? – pergunto, as lágrimas pararam de descer mas ainda sinto minhas bochechas molhadas.

– Samuel Snow, não é esse o nome dele? – ele arquea uma sobrancelha e os olhos azuis estão incrivelmente brilhantes de... raiva?

– Do que você tá falando? Mal nos conhecemos. – me levanto pra poder encara-lo na mesma altura, já que com esses saltos eu estou do tamanho dele.

– Pra pessoas que mal se conhecem, vocês pareciam bem íntimos pra mim. – Peeta cruza os braços, seu olhar azul tão afiado quanto uma navalha.

– Mas o que é isso?! – me exaspero. A noite já está suficientemente ruim pra mim e ainda tenho que aguentar esse ataque do cara que não quer nada comigo? Cruzo meus braços também e olho pra ele igualmente afiada. – Desde quando de quem eu sou intima é da sua conta?!

– Então você admite que são íntimos?

– E se eu formos? – descruzo meus braços e dou um passo em sua direção, meu queixo erguido em desafio. – Foi você quem não quis nada comigo! – ainda não posso acreditar que estamos tendo essa conversa.

Mas não pude evitar, eu sempre fui uma pessoa que fica com raiva muito rápido e acaba dizendo coisas sem pensar, como agora. Em situações normais, eu nunca que diria isso assim. Mas o estrago já foi feito, as palavras saíram da minha boca com tamanha verdade e raiva que por um momento não me dou conta do efeito delas sobre Peeta, é apenas quando ele descruza os braços com o rosto bonito todo contorcido em espanto é que me dou conta do que acabei de dizer. No entanto, minha mente continua sussurrando: Foi ele quem começou. Como se de alguma forma isso fosse me fazer sentir melhor.

Me limito a virar de costas pra ele, tudo que eu não quero ver é sua expressão de pena por não poder corresponder aos meus sentimentos. Fico parada e de costas pra ele escuto seus passos se aproximando de mim, meu corpo inteiro se retesia em apreensão. Espero que ele diga alguma coisa, que me toque no ombro do jeito que ele sempre fazia quando brigávamos por bobagens na adolescência contudo nenhuma dessas coisas acontece, eu recebo um grande e imenso nada como resposta do loiro. Relaxo os ombros, respiro fundo e sinto a dor, a dor de sermos nada hoje em dia, nós que já fomos amigo e amantes...

– Eu... Me desculpe. – Peeta diz, sua voz soa baixa cheia de culpa, nada da raiva ou ironia de antes.

Me viro pra olha-lo e me surpreendo com o quão longe ele se encontra de mim. O quarto onde Johanna nos trancou não é tão grande ou tão charmoso. Peeta se encontra sentado, de costas pra mim, na cama. O loiro está olhando pra parede, o cabelo meio bagunçado, as costas com músculos contraídos. Uma parte de mim quer ir até ele, colocar minha mão no seu ombro e dizer algo reconfortante, vê-lo nesse estado de culpa sempre faz meu coração perder uma batida.

– Eu não quis me intrometer na sua vida pessoal. – Peeta continua. – Você tem todo o direito de ter alguém, afinal não temos nada.

Não temos nada. As palavras caem sobre mim como pedras e sinto uma súbita vontade de chorar, porque meu coração quebrado está voltando a doer outra vez. Mas não o faço, engulo as lágrimas, deixo-as pra outro momento. É nessa hora, em que estou forçando as lágrimas pra longe dos meus olhos, que somos envolvidos num breu total. Queda de energia.

Era só o que faltava.

Solto um suspiro audível e volto a deixar que meu corpo encontre o chão frio do quarto.

– Katniss? – escuto. – Você está bem?

Ouço barulho de passos, Peeta esbarrando em algo. O barulho desse algo se estilhaçando no chão.

– Estou aqui. – falo e logo ele esbarra em mim no chão. – Oi.

– Oi. – sua voz está normal, sem raiva e sem culpa. Apenas a voz do velho Peeta: amigável.

Está tudo escuro, o que torna meu sentido da visão inútil. Mas em compensação meus outros sentidos estão se aguçando.

– O que você quebrou? – pergunto.

– Acho que foi o abajur. Espero que não seja tão caro.

Solto uma risada. E só então percebo que aquela tensão que estava entre nós não está mais aqui, foi embora junto com a eletricidade. O escuro de um jeito estranho está atuando como uma ponte para a relação que tínhamos antes: leve e fácil. E esse breu todo me faz ficar consciente das coisas a minha volta, mas me faz – principalmente – ficar consciente dele. Do corpo de Peeta sentado ao lado do meu, o leve roçar que seu cotovelo no meu, o som da sua respiração... Fecho os olhos para apreciar esse momento. Por que, afinal, quando vou tê-lo tão perto de mim outra vez? Do jeito que nossa relação está quebrada, provavelmente nunca.

– Katniss?

– Hum? – digo entorpecida.

– Você que falta muito tempo pra dá uma hora?

Me afasto um pouco dele depois dessa pergunta.

– Acho que sim. – digo tentado disfarçar a amargura em minha voz. Minha presença o incomoda tanto assim?

Ficamos em silêncio depois disso. Peeta se mexe repetidas vezes, posso imaginar o quanto tedio ele está sentido e quase posso ver seu pé balançando em ansiedade. Mas o tempo parece que está se arrastando, esperamos ansiosos pelo momento em que abriram a porta ou que a luz ira voltar mas ele parece nunca chegar. E sinceramente, esse silêncio está começando a me tirar do sério, nunca fiquei tanto tempo em silêncio com alguém ou parada num mesmo lugar. Então eu resolvo fazer a única coisa que tem me incomodado durante esses três meses depois que voltei de Peth, Austrália.

– Hum... – começo sem saber como entrar nesse assunto, e ouço Peeta se mexer pra perto de mim avido por qualquer coisa que afaste esse tedio silencioso. – Aquela caixa que te dei, tem te ajudado?

Posso imaginar ele comprimindo os lábios sem saber o que responder.

– Um pouco. As lembranças têm voltado com mais facilidade depois que me deu aquela caixa.

– Mesmo? – pelo menos em alguma coisa eu ajudei.

– Sim.

– E o que você lembrou? – ansiedade em cada palavra dita.

– De muitas coisas. – diz e sinto sua voz meio envergonhada. – Mas tenho lembrado, principalmente, de você.

Sinto meu rosto esquentar e agradeço por estar escuro assim ele não pode me ver nesse estado.

– Katniss, eu quero te perguntar uma coisa.

– Sim?

– O que aconteceu no dia do acidente? Quer dizer, como foi que aconteceu o acidente?

Sinto meu corpo inteiro se retesiar como se alguém tivesse tocado minha nuca com dedos gelados. Eu sabia que esse momento ia chegar, o momento que eu teria que responder essa pergunta então apenas tomo um ar, e começo a falar:

– Foi tudo ideia do Gale. – começo. – Ele estava inconformado com o fim do nosso namoro e com o começo do meu namoro com você. No dia do baile, ele propôs que fossemos, nós oito, - Darius ainda estava vivo - passar uma semana na chácara do seu pai como que para relaxar e como um pedido de desculpas pra mim e pra você. Ia ser uma semana sem obrigações, sem brigas, só nós oito sendo nós oito de novo. Porque, você sabe, não éramos mais tão amigos assim. Eu andava mais contigo e com a Annie enquanto Madge preferia a companhia de Johanna, Finnick e Gale apenas Darius falava com todos, ele transitava entre esses dois grupos...

As imagens começaram a se formar na minha mente, passando como um filme diante de meus olhos. Vi Gale no seu elegante smolking do baile sorrindo pra mim e me fazendo o convite. “Vai ser legal, Katniss. ”

– Eu teria dito não, mas você insistiu para aceitarmos. Disse que estava na hora de parar com essa briguinha boba. Mas era tudo uma armadilha. O desgraçado tinha planejado tudo. Uma brincadeira diabólica armada pela cabeça sádica dele. – falei com desprezo. – Quando estávamos todos na chácara, Gale insistiu que fizéssemos uma trilha na floresta ali perto. Ninguém se opôs, estavam todos extasiados com a beleza da propriedade da família dele, tudo que queríamos era explorar aquele lugar.

Claro como o dia, me vi fazendo a trilha. Peeta ao meu lado, eu segurando sua mão toda vez que podia e ele sorrindo pra mim em momentos aleatórios. Vi minha cara de surpresa quando chegamos na cachoeira. Era tão bonita, tão alta... que não pude evitar andar até a borda, tentar ver onde ela terminava. Existe uma coisa engraçada sobre abismos, quanto mais perto da borda você fica mais impelido a pular você fica.

“Quer dá um pulinho? ” Gale me perguntou me assustando, sua voz baixa no meu ouvido.

Não parece seguro” eu disse.

“Ue, está com medo? A minha Katniss não tem medo de nada. ”

“Ela não é sua Katniss”. Peeta disse me surgindo ao meu lado. Depois disso voltamos pra chácara e foi durante a noite que o pior aconteceu:

– Ele nos tirou do quarto onde estávamos dormindo, me puxou pelo braço e eu conseguia sentir o cheiro de álcool que vinha dele. Você veio atrás de nós, tentou libertar meu braço do aperto dele, mas Gale estava com tanta raiva que vocês acabaram brigando. Finnick separou vocês, mas ele estava tão bêbado quanto Gale. A única que parecia sóbria era Johanna, ela tentou afastar Gale de nós. Mas ele começou a gritar e dizer coisas horríveis pra nós. E quando você fez menção de ataca-lo, Finnick te segurou e Gale aproveitou isso e me levou. Ele me pôs no seu ombro como se eu fosse um saco de batatas e me levou pra fora da chácara.

Mesmo de noite, eu reconheci a trilha. Lembro de ter gritado e batido com meus punhos nas costas dele, mas tudo que Gale fez foi me mandar calar a boca. Nos embrenhamos na mata, eu podia escutar você gritando meu nome contudo não podia fazer nada.

A cena se moldou diante dos meus olhos. Vi a cachoeira brilhando sob a luz da lua, vi Gale me pondo no chão e olhar maníaco que ele deitou em mim. O jeito que ele começou a rir da minha expressão de terror, o jeito como ele exigiu respostas para a sua pergunta de sempre – Desde quando você me traí?

Então você, Finnick e Darius surgiram por entre as árvores.

“Já chega, cara. ” Finnick tentou com as mãos levantadas em rendimento e sorrindo achando aquilo tudo realmente engraçado. Ele deu alguns passos cautelosos até Gale. “Você disse que era só uma brincadeira. Já deu, Gale. Estão todos assustados o suficiente. ” Ele olhou pra mim divertido. Eu sentada no chão perto da cachoeira, estava tremendo e algumas lágrimas de pânico me escapavam dos olhos.

“Tem razão. ” Gale disse e sorriu pra Finnick. “Foi mal se peguei pesado. Foi só uma brincadeira. ”

Ele deixou que Peeta se aproximasse de mim e erguesse do chão. Ainda estávamos todos assustados com o que o moreno fizera, mas parecia ter sido apenas uma brincadeira de muito mau gosto.

Quando Finnick tentou levar Gale de volta, ele falou que precisava falar conosco. Então veio até nós. Darius que estava do nosso lado, fez uma careta quando Gale se aproximou.

Desculpa, Catnip” Gale disse.

“Você é louco! ” Gritei pra ele.

Louco por você. ” Seus olhos estavam incrivelmente brilhantes na luz da lua cheia. “Você sabe que eu te amo e que faço tudo pra ficar contigo, não sabe? ”. Tentou tocar no meu rosto mas Peeta afastou sua mão de mim.

“Fica. Longe. Dela. ” Peeta disse entredentes.

– Gale estava armado, ele puxou uma pistola do cós da sua calça e apontou pra você. Num ato de puro de reflexo eu me pus na sua frente. Ele riu de nós, então simplesmente atirou no chão perto de nossos pés. Eu nunca senti tanto medo como naquele momento, eu só conseguia pensar em proteger você. Foi movida por esse medo que simplesmente me atirei em cima de Gale, nós lutamos por um tempo, o elemento surpresa me ajudou. Lembro que em algum momento lutamos pela posse da arma e ela simplesmente disparou, a trajetória do tiro foi pra esquerda na direção onde você e Darius estavam, mas o tiro tinha acertado Darius e como vocês dois estavam na borda, ele foi impelido em direção ao vazio e em sua tentativa de não cair, ele segurou em você... Então vocês caíram juntos. – e não consegui dizer mais nada.

Foi só então que percebi que estava chorando enquanto a imagem de espanto de Darius piscava por trás das minhas pálpebras fechadas. Ele poderia ter sobrevivido? Sim, o tiro por si só não o mataria, o que o matou foi a queda. Meses depois eu seria indiciada por homicídio culposo, quando não há intenção de matar porquê de acordo com a perícia foi eu quem apertou o gatilho da arma.

– Não foi culpa sua, Kat. – e senti seu braço me envolver.

– Claro que foi. Fui eu que puxei o gatilho.

– Foi um acidente. – Peeta disse, ele tinha me envolvido num abraço. Minha cabeça estava enterrada na curva do seu pescoço e as lágrimas desciam livremente. – Eu não culpo você.

– Ah, Peeta... – chorei. – Você deveria me odiar.

Ele se afastou de mim abruptamente. E meu coração falhou uma batida.

– Odiar você? – ele disse espantado, e eu agradeci por está escuro. Não queria ver sua expressão. – Nunca, Katniss, nunca diga uma coisa dessas! Não existe chance alguma de eu te odiar. A culpa disso tudo é de Gale. Ele fez isso com você, ele fez isso conosco...

Eu limpei minhas lágrimas com as minhas mãos e funguei numa tentativa de fazer o choro parar, respirei fundo e simplesmente fiquei calada. Mas por mais doloroso que foi dizer tudo isso em voz alta, eu me sentia incrivelmente leve. Acho que o fato de poder dividir isso com alguém aliviou minha consciência.

Katniss? – e tocou no meu joelho, a palma da sua mão estava incrivelmente quente o que me perceber que eu estava com frio.

– Hum.

– Desculpa.

– Pelo que?

– Por ter feito você lembrar disso.

– Você tinha direito de saber como perdeu a memória. – falei com sinceridade e como ele estava perto o suficiente, deitei minha cabeça no seu ombro.

– Sabe, eu preciso te dizer uma coisa.

Esperei.

– Katniss, nesses três meses que não temos nos falado... Eu tenho sentido sua falta.

– Eu também tenho sentido a sua. – confessei, porque senti que deveria falar. A falta de luz me dava conforto pra dizer qualquer coisa, fazia eu me sentir corajosa e depois nada que eu dissesse poderia fazer ele me amar.

– Mesmo?

– Mesmo.

Silêncio.

– Kat?

– Hum. – meus olhos estavam cerrados.

– Vamos voltar a ser amigos agora? – a voz dele parecia incerta.

Demorei um pouco pra responder. Pensei em tudo o que passamos, nas nossas aventuras quando éramos amigos na adolescência e depois quando viramos namorados. Então pensei no acidente, no jeito que ele esqueceu de nós e no jeito que tive que ser a amiga quando tudo que eu sentia por ele ia muito além de amizade. E por último pensei em como o loiro gritou que não existia nós e de alguma forma não existia mesmo contudo, aqui está ele me perguntando se vamos voltar a ser amigos e a única resposta que tenho é:

– Não.

– Não?

– Não posso ser sua amiga, Peeta. Meus sentimentos por você vão muito além de amizade.

– Mas Katniss...

– Não podemos, Peeta. Eu não posso fazer isso comigo. Eu nunca vou poder olhar pra você e ver só um amigo. – tirei minha cabeça do seu ombro. – Desculpa, eu sei que você não sente o mesmo, mas tenho que ser sincera contigo.

– Katniss, eu... – ele começou e sua mão encontrou a minha no escuro.

Mas seja lá o que ele fosse dizer, teve seu momento perdido. Pois a porta foi aberta e uma luz focou direto em nós dois. Nos levantamos com dificuldade, pois ficamos muito tempo sentados na mesma posição e nossos ossos enrijeceram.

– Katniss?! – a pessoa com a lanterna perguntou. Eu pus a mão na frente dos olhos, Peeta soltou minha mão. – Graças a Deus! Estão todos loucos atrás de você!

Foi quando reconheci a voz de Cinna. E me aproximei dele, ele me pegou pela mão no momento que a energia voltou e todas as luzes se acenderam num rompante me cegando por um momento, mas quando dei por mim Cinna me levava pela escada do Plaza em direção onde a Premiação deveria está acontecendo, mas quando chegamos lá não tinha quase ninguém. Salvo apenas Portia, Annie, Sêneca, Finnick, Samuel e Johanna sentados numa mesa. Foquei meus olhos em Johanna durante todo o caminho até a mesa ao passo que a morena desvio seu olhar do meu, achando o palco vazio bastante interessante de repente.

– Onde estão todos? – perguntei.

– A Premiação foi cancelada por causa do apagão. Ficou pra próxima semana. – me explicou.

– Ah.

Á meio caminho da mesa onde todos estavam, Samuel se levantou da mesa assim que me viu e veio em minha direção.

– Oh, Katniss! Onde você se meteu? Todos ficamos preocupados com seu sumiço.

– Eu fiquei presa num quarto. – falei olhando feio pra Johanna que teve a audácia de sorrir.

Acabei sendo pega de surpresa quando Samuel Snow me apanhou num abraço.

– Você me deixou tão preocupado, querida.

– Han... – falei surpresa. Nem consegui retribuir o abraço. Mas antes que eu pudesse dizer algo coerente, sou brutalmente puxada dos braços de Samuel. Por um momento não entendo que se passa até que foco meus olhos num certo loiro carrancudo. – Ei! Qual o seu problema?! – e solto meu braço do seu aperto.

– Precisamos conversar. – ele diz meio bravo olhando de soslaio pra Cinna e pra Samuel. – Sozinhos. – e os dois se afastam, mas Samuel ainda diz pra mim, antes de ir, que estará me esperando na mesa o que só serve pra aumentar o olhar bruto que Peeta lança sobre ele.

Cruzo os braços. Achei que estávamos nos dando bem há alguns minutos, mas pelo visto eu devo ter alucinado tudo aquilo.

– Então? – solto meio aborrecida pelo jeito como ele segurou meu braço.

– Katniss, eu... – ele começa, então desvia seus olhos pra qualquer lugar que não seja eu. Peeta subitamente mudou de bravo pra incerto, percebo pelo jeito que ele mexe as mãos que ele está nervoso. – Você... Eu... Não podemos ser amigos. – ele finalmente diz.

Abaixo meus olhos diante dessa verdade. É tão infeliz que depois de tudo o que passamos não podermos nem ser amigos...

– Eu sei. – digo miseravelmente.

– Mas não porque eu não quero... É porque eu não posso, não quando você sente esse amor por mim.

– Que você não pode corresponder. – constato, minha voz baixa e meu peito doendo.

– Não. – ele diz. – Quer dizer, não que eu não... Aí, céus! É tão difícil falar. – reclama.

– PELO AMOR DE DEUS! SE BEIJEM LOGO! – Johanna grita da mesa.

Sinto meu rosto queimar e estou pronta pra responder qualquer coisa quando Peeta passa seu braço pela minha cintura e sua boca cai sobre a minha. Surpresa demais pra fazer qualquer coisa, eu apenas aceito o beijo. E depois que os lábios dele se separam dos meus, como num sonho escuto o loiro dizer as palavras que tenho desejado escutar a tanto tempo:

– Eu te amo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Então gente taí! Acidente esclarecido, Peeta se declarou... todo mundo feliz rsrs...
Hum, eu gosto desse cap porque o Peeta tem um ataque de ciúmes bunitinho kkk.
Comentem, favoritem, recomendem! Façam uma autora feliz!;-)
bjs e até o próximo.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Skeletons In The Closet" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.