Just a Dream escrita por ColorwoodGirl, WaalPomps


Capítulo 6
Capítulo 5




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“Estes são Lucio Malfoy, Severo Snape, Artur Weasley, Cornélio Fudge e, é claro, Tom Marvolo Riddle.” Sirius apresentou cada um dos presentes no hall de entrada.

O primeiro, um loiro de cabelos compridos, lhe deu um sorriso gélido ao apertar sua mão. O segundo, um homem pálido de cabelos oleosos, apertou sua mão sem expressão no rosto. O terceiro, um ruivo sardento e sorridente lhe apertou a mão efusivamente. O seguinte, um homem já de idade, com cabelos brancos e um chapéu coco do século passado, parecia temeroso. Mas foi o último que chamou a atenção de Harry.

Tom Riddle devia ter quase sessenta anos, mas ainda tinha os cabelos escuros e bem penteados. Sua pele clara tinha poucas rugas e marcas temporais, o que levou Harry a pensar em tratamentos estéticos. Usava uma roupa elegante e de marca, e se aproximou do rapaz com um sorriso frio e calculista.

“Harry Potter. Você é muito parecido com James, mas já devem ter lhe dito isso.”

“Sim, mas para mim é um elogio.” Respondeu Harry e a expressão do homem vacilou.

“Bem, que tal irmos para a sala de reuniões?” Propôs Sirius e todos concordaram.

No caminho, Harry foi observando o local, grande e imponente, exatamente como Lene lhe descrevera. A manhã de compras foi divertida para ambos e proveitosa para o rapaz, que teve várias coisas explicadas.

Antes dela chegar, havia usado a conexão de internet do escritório e pesquisado sobre a empresa da qual era dono. Descobriu que, além de visionários, os antepassados eram criativos. Controlava uma empresa de brinquedos chamada Zonko’s, uma rede de docerias chamada Dedos de Mel, uma grife chama Madame Malkins e uma editora chamada Floreios e Borrões, entre outros seguimentos.

“Sua avó, Mary, sempre falava sobre a criatividade família.” Disse Lene, enquanto reviravam uma loja de marca em busca de um terno Madame Malkins perfeito para ele. “Não tinham medo de entrar em negócios arriscados e o que chamava atenção eram os nomes criativos para suas empresas.”

Quando chegou ao Beco Diagonal, horas depois, viu que havia diversos prédios ali, cada um com o nome de uma das empresas que coordenavam. E o último, Gringotes, era a sede de tudo.

Chegando à sala de reuniões, todos começaram a tomar seus lugares. Harry parecia perdido sobre onde deveria sentar, até que Sirius interveio.

“Tom, você não acha que, agora que Harry está aqui, ele deveria se sentar na cadeira do presidente?” Perguntou com um sorriso de canto e o homem mais velho o olhou irritado, porém concordou com um sorriso.

“Claro que sim. Por favor, jovem Potter.” Pediu, se levantando e indicando a cadeira com o maior espaldar. Harry caminhou até ela meio tímido, e sentou-se desconfortável diante de tantos olhares.

“Pois bem, vamos ao que interessa.” Começou Lupin, sentando duas cadeiras a direita de Harry, ao lado de Sirius. “Cornélio, pode, por favor, ler o testamento de James?”

“Claro Sr. Lupin.” Concordou o velho homem, apanhando alguns documentos. “Eu, James Potter, deixo tudo o que tenho para meu filho, Harry James Potter. No caso da minha falta e de minha esposa, Lilian Evans Potter, meus bens devem permanecer congelados até que Harry atinja a maioridade. Nesse caso, sua guarda deve ficar sob custódia do padrinho, Sirius Black, e ser liberada uma mesada mensal, determinada abaixo. É basicamente isso.”

“Bom, levando em conta que Harry já é maior da idade, a parte da guarda é irrelevante. Os bens de James estarão sendo liberada essa tarde, e a presidência da empresa já é de Harry. Agora só temos que decidir o que fazer sobre Hogwarts e...” Começou Sirius, mas o rapaz o interrompeu.

“Perdão, Sirius, Hogwarts?”

“Oh sim, Universidade de Administração e Gestão de Hogwarts.” Explicou Black sorrindo. “Você está matriculado lá desde que nasceu.”

“Eu recebi uma carta deles, mas meu tio rasgou.” Lembrou Harry.

“Outro item a ser discutido. Cornélio, os advogados já estão atrás dos Dursley?” Perguntou Lupin e o homem confirmou.

“Dois advogados já estão nos Estados Unidos, um cuidando do caso dos Dursley e outro auxiliando o Sr. Olivaras.” Avisou Fudge e Harry sorriu, tranquilo pelas coisas em sua antiga casa estarem sendo resolvidas.

“Mas, se eu for para Hogwarts... Onde fica Hogwarts, na verdade?”

“Basta dizer que é longe, Harry, o suficiente para você ter que passar a semana fora. O que nos leva a questão de que, enquanto estiver estudando, não terá muito tempo para cuidar da empresa e...” Sirius começou a explicar, mas foi interrompido.

“Coisa que eu farei com o maior prazer, como venho fazendo todos esses anos, Harry.” Disse Riddle, que estava sentado à esquerda de Harry.

“Contra a vontade de James.” Protestou Artur e Tom o fuzilou. “Fudge, leia a segunda página do testamento, a que fala sobre a presidência da empresa.”

“Enquanto Harry não puder exercer seus deveres de presidente das empresas Peverell, é de meu desejo e agrado que os vice-presidentes, Sirius Black e Remo Lupin, dividam essa função, deixando Peter Pettigrew e Tom Riddle como vice-presidentes.” Leu o homem, tremendo diante do olhar de Riddle.

“Mas se bem me lembro, meu pai e os demais membros da diretoria concordaram que, levando em conta o que havia acontecido com Peter, Remo e Sirius deveriam se manter na vice-presidência e meu pai assumir a presidência, cargo que ele passou para mim.” Continuou Tom, sorrindo forçadamente.

“E se eu bem me lembro, vocês tentaram diluir a empresa, entre outras ações ridículas, que graças a Deus, James barrou no testamento. Porém, Harry está aqui agora, e cabe a ele essa decisão.” Ficou evidente naquele momento que Sirius e Riddle não se suportavam.

Harry sentiu todos os olhos sobre ele, especialmente os negros e finos de Tom Marvolo Riddle. Mas não iria se intimidar. Pelo que vira, seu pai não se intimidava. Suspirou profundamente antes de começar.

“Eu irei para Hogwarts e estudarei. Durante a minha ausência, Sirius ocupará meu lugar, porém deve me informar de todas as decisões, que não serão finalizadas antes de aprovadas por mim. Remo, se você não se importar, gostaria que continuasse vice-presidente. E Tom, você deve voltar a função que seu pai exercia nessa diretoria antes de todo o ocorrido, que era...”

“Responsável pelo departamento financeiro.” Disse Sirius com gosto. “Ah sim, acho que não falamos. Fudge é responsável pela área jurídica da empresa, Artur trabalha nos Recursos Humanos, Snape lida com a parte de segurança do local e Malfoy cuida da parte de imprensa.”

“Não havia dito, mas Lene me contou mais cedo. Bom, se não se importarem, eu gostaria de fazer um tour pelo local.”

“Eu e Remo temos uma reunião agora. Artur, você se importa?”

“Claro que não.” Concordou o homem, com um largo sorriso. “Vamos, Harry?”

O rapaz concordou e saiu na companhia do ruivo, sendo logo seguidos por Fudge, Snape e Malfoy. Sirius e Remo recolhiam suas coisas, quando perceberam que Tom não havia se movido.

“Vamos lá, Tom... O departamento de finanças o aguarda.” Disse Lupin e o homem ergueu os olhos, uma expressão gélida no rosto.

“Podem rir... Riam enquanto podem.” Ameaçou com um sussurro, apanhando suas coisas e saindo tempestuosamente.

“Remo... Ligue para Kingsley.” Pediu Sirius e o amigo confirmou. “Veja como andam as investigações, por favor.”

Na rua de ladrilhos que ficava entre os diversos prédios, Harry e Artur iam conversando animadamente.

“Temos um refeitório aqui Artur? Estou com fome.”

“Temos o Caldeirão Furado, que é o restaurante do Beco Diagonal.” Propôs Artur e Harry confirmou.

Já sentados, pediram seus pratos e se puseram a comer, o jovem com a típica voracidade de um adolescente, o que fez Artur rir.

“Perdão pela falta de modos.” Pediu Harry e o homem negou com a cabeça.

“Não tem problema. Tenho sete filhos, conheço o apetite da idade. O mais novo, Rony, é quase uma máquina de comer!”

“Sete?” Espantou-se Harry e Artur confirmou. “Perdoe-me a indiscrição mas, todos com a mesma mãe?”

“Sim, todos com Molly.” Confirmou o homem, apanhando a carteira. “Aqui estão. Gui, Carlinhos, Percy, os gêmeos Fred e George, Rony e a caçula, Gina.”

Harry encarou firmemente a foto. Não era apenas o nome, mas o rosto. Ele conhecia aquelas pessoas, especialmente aqueles dois. Rony e Gina. Gina. Aquele nome lhe parecia música.

“E o que eles fazem?” Perguntou o rapaz, devolvendo a foto relutante. Não queria se afastar do rosto de Gina.

“Gui é contador no Gringotes e Percy, advogado. Fred e George trabalham na Zonko’s, são os responsáveis pelo seguimento Gemialidades Weasley. Carlinhos trabalha na África, estudando animais exóticos. Rony acabou de se formar e vai para a academia de cadetes de Londres, e Gina está no último ano do colégio, mas quer ser jornalista.”

“Vários deles trabalham aqui. Há quanto tempo você trabalha aqui, Artur?”

“Desde meus 18 anos. Mas meu pai e avô vieram antes de mim. Seu bisavô, na verdade, comprou a empresa de meu avô. Nossa família era dona de uma das maiores distribuidoras de alimento do país, até meu bisavô falecer, nos deixando muitas dívidas. Meu avô e seu bisavô se conheciam de eventos e, quando soube da falência, Michael logo comprou nossa empresa, mas deixou meu avô no comando. Meu pai veio logo depois, mas eu preferi trabalhar no RH. Tenho fascínio por lidar com pessoas. Especialmente americanos. Eles são tão semelhantes e ao mesmo tempo, diferentes de nós. Um dia, você se importaria de me contar algumas coisas?”

“Claro que não.” Concordou Harry. “Que tal jantarmos um dia? Adoraria conhecer sua família.”

“Basta marcar a data.” Concordou Artur, mas seu celular vibrou. “Droga, tenho que ir. Você vai para onde?”

“Encontrar a Tonks daqui a pouco. Ela vai me levar para casa.” Respondeu Harry e Artur concordou, se levantando para ir para o caixa. “Pode deixar, Artur, eu pago. É a primeira vez na vida que posso dizer isso: eu posso pagar, porque tenho dinheiro para isso.”


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Notas finais do capítulo

Heeeello
Estive ausente, I know, mas está tudo meio louco na minha vida. Se tornar adulta é uma porcaria, entendam.
Fico muito feliz com os reviews, e de ver que estão gostando. Espero que, dessa vez, eu consigo terminar a história o/o/o/
See you soon ;*
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