Just a Dream escrita por ColorwoodGirl, WaalPomps


Capítulo 5
Capítulo 4




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Acordaram extremamente cedo na manhã seguinte, e após um rápido e farto café da manhã, estavam a caminho do aeroporto onde o jato particular da Peverell os esperava. Harry se mantinha relativamente calado, ainda um pouco atordoado com tudo que havia acontecido nas últimas 24 horas.

Assim que chegaram ao aeroporto, Harry se maravilhou com o avião, o primeiro que ele via ao vivo na vida. Sirius e Remo riram de sua excitação, o primeiro sentindo certo alívio pelos Dursley terem sido tão negligente com Harry... Haveria muitas coisas que o rapaz não havia feito e aprendido, e caberia a Sirius essa honra.

No avião, Harry desenhou a linha genealógica de sua família por parte do pai para tentar compreender melhor o que Sirius e Remo haviam explicado no dia anterior. Aparentemente, desde Ignotus, o único a ter mais de um filho havia sido Marvolo, e pelo que Sirius falara, Morfino, o mais velho, havia sido preso quando era ainda bem novo e morrido na prisão.

Quando questionou esse fato, Sirius apenas deu de ombros.

“Ignotus considerava Louis seu filho e, creio eu, isso fez com que nunca tivesse vontade de ter mais um. Do restante, a não ser seu pai que morreu muito cedo, não sei o porquê de todos terem tido um filho apenas.” Explicou o padrinho.

O voo levou quase seis horas e eles chegaram a Londres já era mais de 18h, o que pegou Harry de surpresa.

“Você sabe o que é fuso-horário, certo?” Perguntou Remo e o rapaz confirmou.

“Mas não deixa de ser estranho. Para onde vamos agora?”

“Bom... Que tal conhecer sua casa?” Propôs Sirius e o coração de Harry deu um salto.

“Eu adoraria.” Disse ele com a voz rouca de emoção.

O caminho foi relativamente curto, mas Harry não prestava atenção. Estranhou num primeiro momento a mão inglesa, contrária a que ele era acostumado a ver. Porém, após um primeiro susto, o rapaz assumiu um ar silencioso e pensador.

“Harry...” Chamou Lupin do acento do motorista. “Bem-vindo à mansão Potter.”

Ele olhou pela janela e viu uma grande casa, talvez a maior que já havia visto. Tinha um ar jovial e moderno ao mesmo tempo, e Sirius explicou que, apesar de ter sido construída pelo avô paterno de James, quando o rapaz e Lily se casaram reformaram parte da residência.

“Achei que eles moravam na mansão dos Peverell.”

“Antigamente era costume que morassem na casa da família do homem. Então, quando sua avó se casou com o Potter, eles vieram para cá. Por isso, você deve entender que os Potter eram tão ricos e poderosos quanto os Peverell.” Explicou Lupin. “Porém, a mansão dos Peverell ainda existe e é sua propriedade, apesar de quem estar morando lá atualmente ser Tom Riddle, o filho.”

“Não me importo muito com isso. O que eu quero agora é conhecer a casa dos meus pais. Posso entrar?”

“E ainda pergunta... Corre lá, rapaz, vamos pegar algumas coisas e já te alcançamos.” Avisou Sirius.

O rapaz concordou distraidamente, caminhando lentamente até a grande porta dupla de madeira. Tocou a maçaneta dourada, virando-a com um cuidado sobre-humano, e abriu a porta. O hall de entrada era enorme, grande e imponente. Havia diversas pinturas que, quase vinte anos antes, deviam ser consideradas modernas e, aos olhos de Harry, deixavam o ambiente mais acolhedor e caloroso. Passando o hall, havia o que Harry acreditou ser um salão de festas e também a sala de estar da casa.

“As famílias ricas sempre tiveram salões grandes assim para festas.” Disse alguém e Harry se virou, dando com um senhor baixo e extremamente magro, de grandes olhos azuis e orelhas de abano. “Muito prazer Sr. Potter, sou Dobby, mordomo desta casa há quase 40 anos.”

“Er... Muito prazer Dobby. Tem mais alguém aqui?”

“Apenas Winkie e Monstro, meu senhor. Monstro está terminando de arrumar seus aposentos e Winkie finalizando o jantar, mas Dobby quis vir recebê-lo.”

“Ah sim...” Disse ele vagamente, ainda meio envergonhado diante do olhar quase fanático do mordomo. “Você viu se Sirius e Remo já entraram?”

“Estamos aqui, Harry.” Chamou Sirius e ele se virou, vendo os dois homens com duas mulheres e cinco crianças, todos carregando presentes. “Feliz aniversário, garoto.”

Sua boca se abriu e seus olhos se encheram de água, enquanto o grupo se aproximava. Uma das mulheres, a mais velha, parecia profundamente emocionada. A outra, mais jovem e com uma grande barriga de grávida, parecia animada. As crianças se dividiam em surpresas e curiosas.

“Eu nem lembrava que era meu aniversário.” Admitiu Harry com um gesto de ombros. “Esses presentes são para mim?”

“Para quem mais seriam?” Questionou o menino mais velho, que devia ter uns doze anos.

“Bom, no meu aniversário, todos os anos, meus tios davam presentes para o Duda, por ele ter me aguentado mais um ano.”

“Você nunca recebeu os presentes que mandávamos?” Perguntou a mulher mais velha e Harry negou. “Mas Dumbledore garantiu que eles estavam sendo enviados.”

“Depois conversamos sobre isso.” Pediu Sirius lhe abraçando pelos ombros. “Havia muita coisa que nem Dumbledore sabia que estava acontecendo. Mas hoje é um dia para comemorarmos. É a primeira vez em 17 anos que Harry está conosco em seu aniversário, e ainda mais, virando maior de idade.”

Sirius se aproximou e abraçou Harry apertado, que retribuiu. Logo depois veio Remo, seguido pela mulher grávida.

“Prazer, sou Tonks. Sou a esposa do Remo. Ah, e esse aqui é o Teddy.” Completou ela, apontando a grande barriga. “Mas ele só vai poder te dar oi daqui três meses.”

“Muito prazer Tonks... E Teddy.”

“Harry, essa é a Lene.” Apresentou Sirius e a mulher mais velha se aproximou, sorrindo emocionada ao abraçá-lo.

“Eu fui a primeira pessoa para quem sua mãe contou que estava grávida.” Contou ela e o rapaz sorriu. “Você se parece muito com seu pai, exceto os olhos. Você tem os olhos...”

“Os olhos da minha mãe, eu sei.” Disse ele rapidamente e os adultos se assustaram. “Er, eu vi na foto que o Sirius me entregou ontem. É um prazer conhecê-la, Lene. E vocês são?”

“Eu sou Samantha e esse é o Roger, meu irmão.” Apresentou-se a menina mais nova, que parecia ter cinco anos.

“Muito prazer, Sam e Roger.” Ele apertou as duas mãozinhas das crianças.

“Eu sou Dimitri. Essa é Alexa, minha irmã mais nova, e Medward.” Se apresentou o menino mais velho

“Dimitri.” Repreendeu Lene e Harry riu. Sempre imaginou como seria uma relação de irmãos, e agora que via, mais uma vez desejava que tivesse tido isso.

“Meu nome é Edward, não Medward.” Corrigiu o menino, que devia ser pouco mais velho que os gêmeos de Lupin.

“Bom, é um prazer conhecer todos vocês.” Disse Harry e Dobby reapareceu.

“O jantar está servido.” Avisou o mordomo e todos se dirigiram para a sala de jantar, onde uma mesa de vinte lugares estava posta para eles com uma diversidade surpreendente de comida.

“Como não sabíamos do que você gostava ao certo, pedimos que fizessem a maior variedade possível de comidas. Esperamos que você goste Harry.” Explicou uma animada Tonks.

Aquele foi, sem dúvida nenhuma, o melhor jantar que Harry já teve na vida. Além da excelente comida, a companhia daquelas pessoas era maravilhosa, bem diferente da dos Dursley.

Após uma refeição animada, foram para uma das salas anexas, com diversos sofás de couro pretos e paredes brancas. Lá, Harry abriu os presentes que lhe deram, ganhando um laptop de última geração, um relógio e um tênis da moda. O último presente, o menor deles, deixou o rapaz surpreso.

“Uma chave?”

“Lá fora, na garagem.” Explicou Sirius. Os primeiros a correrem foram os três menores e quando Harry chegou do lado de fora, as crianças gritavam extasiadas. Estacionado ali estava um Ford Maverick 1976 vermelho, inteiramente restaurado.

“É meu?” Perguntou surpreso e Sirius confirmou.

“Seu avô deu esse carro para seu pai quando ele tinha 18 anos, o carro era novo em folha.” Explicou o homem, abraçado a esposa. “Mas depois que você nasceu, ele começou a usar um carro mais... Família.”

“Mas o carro parece novo!”

“Nós mandamos restaurar para você poder usar. O motor está mais potente, a pintura mais moderna e trocamos o estofamento de couro. E agora, ele toca CD’s.”

“Nossa, muito obrigado.” Agradeceu Harry, eufórico, correndo até o carro e abrindo as portas.

“Harry, você leva a gente passear?” Pediu Roger, entrando no banco de carona com Edward, enquanto Sam sentava no colo de Harry.

“Claro, Roger. Eu só preciso aprender a dirigir antes.”

“Você não sabe dirigir ainda?” Questionou Tonks e ele negou.

“Então começamos suas aulas amanhã, quando eu vier te buscar para ir ao Beco Diagonal.” Prometeu Sirius.

“O que seria o Beco Diagonal?” Perguntou Harry, recebendo um olhar descrente de Dimitri.

“Tem certeza que ele é o Harry certo?” Perguntou o garoto, recebendo um beliscão da mãe. “Ai mãe, doeu.”

“Beco Diagonal é o nome dado a ‘cidade’ onde está concentrada a sede da maior parte das empresas da Peverell.” Explicou Lupin. “Amanhã você irá conhecer o lugar e a diretoria do grupo... Mas acho que precisará de roupas novas.”

“Com certeza. Esses jeans têm três anos e estão um pouco curtos.”

“Faz três anos que você não compra roupas?” Guinchou Alexa. “Você é bonito, mas se vestindo desse jeito, não vai a lugar nenhum.”

“Alexa Black, você tem apenas 10 anos, pode parar. Bom, então Lene virá lhe buscar para fazerem compras... E cortar o cabelo. Não que eu acho que vá adiantar, já que são iguais os de James.” Suspirou Sirius.

As duas famílias ainda ficaram ali por algum tempo, porém chegou à hora de ir embora. Eles se despediram efusivamente, logo saindo em seus carros. Harry ficou à porta, vendo-os partir.

“Dobby...” Chamou Harry e o velho senhor apareceu, com uma reverência. “Por favor, isso não é preciso.”

“Eu insisto, senhor Potter. No que posso ajudá-lo?”

“Você pode me mostrar meu quarto?” Pediu Harry e o homem concordou.

Eles subiram as escadas e atravessaram metade do corredor direito, até uma porta de carvalho elaborada. O rapaz abriu a porta, se deparando com um grande quarto, todo em tons amarelos e vermelhos e amadeirado.

Após dispensar Dobby e apanhar calças de moletom, ele se deitou em meio aos lençóis de malha e arrumou a foto dos pais apoiada na mesa cabeceira.

“Obrigado por tudo.” Sussurrou para a foto, antes de pegar no sono.


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Notas finais do capítulo

Heeeello peanuts, como vão?
Gente, acabou o semestre, mas a vida adulta já se mostra completamente tomada pela falta de tempo. Que merda. ANYWAY, quero deixar aqui um grande beijo para a querida Rodela, que deixou um review que me fez arranjar tempo em meio ao sono da madrugada para revisar e postar esse capítulo. Você fez meu dia e encheu meu coração de alegria *.*
E aí? Estão gostando? Muita gente não tinha sacado que Harry e Tom são parentes beeeem distantes, mas é realidade Brasel. Pelo menos, de acordo com a árvore genealógica que eu achei na época HAHAHAHAHA E tão curtindo como os elementos tão sendo inseridos? Capítulo que vem vamos conhecer o Beco Diagonal e descobrir como muitas outras coisas foram inseridas nesse contexto. Espero que gostem.
See you ;*
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