Meu trabalho é um parto! escrita por Pixie Hale


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Demorei, mas vocês também não comentaram nada :(
Vocês viram que a fic tá de capa nova? Feita pela linda da AhLupin, recomendo muito!



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Lily buzinava sem parar na frente do prédio da sua amiga. Dorcas sempre fora a lerdeza em pessoa, mas Lily nunca ia se acostumar com isso. E o melhor era que Lene se esgoelava cantando uma música da Madonna no banco do passageiro, e a ruiva tinha que escutar. Santa Madonna.

– Droga Lily! Para com isso! – Gritou Dorcas fechando a porta de vidro atrás de si e aproximando-se do carro.

– Esquenta não Doe, ela só está ansiosa para ver o chefe querido dela. – Disse Lene parando de cantar um pouco enquanto a loira entrava no carro. – O Amus sabe para onde você está indo?

– É só um compromisso de trabalho Marlene! Não vou ligar pro Amus para dizer uma besteira dessas. – Pelo tom que Lily usou, Lene percebeu que ela estava tentando convencer a si mesma.

– Oh, pense assim querida. – Rebateu Dorcas mexendo a cabeça de um lado para o outro. – Só sei que preciso estar no Morning às quatro.

– Não se preocupe querida. – Lily disse tirando umas das mãos do volante. – Só vamos chegar lá, falar com ele e ir embora.

– Nem vem Lílian. Temos que, pelo menos, aproveitar as bebidas dele. – Lene falou encarando a amiga. – Não estou indo, gastando minha beleza, à toa. Essas oportunidades, temos que agarrar.

– Oportunidade? Ele me chantageou Marlene! – Respondeu a ruiva irritada.

– Queria que me chantageassem assim. – Dorcas rebateu mexendo a cabeça de um lado para o outro. Lene sempre a achara muito expressiva. – Pense bem: ele te deu a chance de continuar com seu emprego, e ainda te convidou para uma festa!

– Ok, ok. Não adianta discutir com vocês. – Lily resmungou. – Lene, o endereço.

– Espera.- Marlene disse procurando o papel com o endereço em sua carteira. – Lily, tem certeza que você me deu?

– Absoluta. – Ela respondeu ficando irritada estacionando o carro.

– Pelo menos sabíamos o bairro! – Retrucou Lene batendo a porta do carro. – Eu perdi o endereço.

– Tudo que sei é que não podemos ficar aqui paradas por muito mais tempo. Qualquer estuprador surtaria vendo essa cena. – Dorcas falou analisando o ambiente em que estavam. – Liga para ele.

– Não faça isso comigo Doe. Com certeza conseguiremos achar a casa dele sem o endereço. Já estamos no bairro certo! – A amiga continuou com carinha de cachorro pidão. – Lene, vamos perder nossa entrada triunfal.

– E ainda tinha a ousadia de dizer que só iria lá dar um “oi”. – A morena falou rindo.

– Lene... – Lily implorou pela última vez.

– Liga para ele! – Responderam as duas amigas em uma só voz.

– Ok, tudo bem. – A ruiva se rendeu afastando-se um pouco das outras duas e pegando seu celular. – Impacientes.

– Isso vai dar rolo, não é? – Lene perguntou enquanto observava Lily de cara feia falando com o chefe no celular.

– Se eu bem a conheço, como vai. – Dorcas respondeu, e a amiga logo se aproximou.

– Um amigo dele vem nos buscar. – Disse ela ainda de mau humor.

Passou-se pouco tempo até um homem loiro aparecer dobrando a esquina e se dirigir a elas, e assim que o avistou um brilho de reconhecimento surgiu nos olhos da loira.

– Espera um pouco. Remus Lupin? – Ela disse abrindo um sorriso. No momento em que ouviu esse nome, Lily o reconheceu, sem saber de onde.

– Dorcas Meadowes? – Ele respondeu parecendo um pouco atordoado com o reencontro, dando um abraço nela.

– Meu Deus, como você está diferente! Como uma pessoa pode mudar em quatro anos, não é? – Ela continuou afastando-se um pouco e iniciando uma conversa, que segundo a vasta experiência de Lene não iria durar pouco.

– Você é quem vai nos levar para a tal festa? Porque se for, acho mais seguro vocês continuarem o papo lá. – Ela falou sem travas na língua.

Depois que Lene disse isso, o suposto amigo da Dorcas começou a guia-las a caminho do prédio, sem interromper a conversa entre os dois.

Quando eles entraram pela porta do apartamento, Lily ficou espantada. Só a sala do apartamento do seu chefe deveria caber três do seu inteiro. Mas ela não teve muito tempo para observar o ambiente, porque ele logo veio em sua direção.

– Ruiva, ruiva... Sabia que você não iria me decepcionar. – Ele falou colocando o braço ao redor do seu ombro.

– Você é terrível. – Lily respondeu ficando de frente com ele.

– E onde estão suas amigas? – James perguntou olhando ao redor.

Foi aí que a ruiva percebeu que suas amigas não perdiam tempo. Dorcas estava com uma taça de vinho tinto em mãos, ainda conversando com seu amigo, e Lene estava pegando uma bebida no bar enquanto trocava olhares com alguém que Lily não conseguia identificar.

– Traidoras. – Ela disse, e depois apontou para as duas.

– Muito obrigada ruiva! Não imaginei que você teria tanto bom gosto na escolha de amigas. Que bom negócio eu fiz. – O moreno falou com um sorriso maroto.

– Como você é gentil, Potter. – Ela disse cinicamente.

– ALICE! Vem aqui conhecer alguém. – Ele gritou, e Lily percebeu que ele já tinha bebido.

– O que deseja, Jamezito? – Disse Alice em meio a uma gargalhada indo em direção aos dois.

– Oompa loompa, essa é a Lily. Ruiva, essa é a Alice. – Ele falou, enquanto piscava para um loira que estava na varanda. – Vou deixar vocês se conhecendo.

A ruiva revirou os olhos, um hábito que pensou que já havia abandonado, e deu um sorriso torto.

– Então, hum, Lily, você gosta de ler? – Perguntou Alice pegando um Martini de alguém que estava ao seu lado.

– Eu amo ler. Isso me fez procurar um emprego em uma editora, mas não deu muito certo. – Lily respondeu sem grande entusiasmo.

– Sabe aquele ali? – Ela perguntou apontando para o cara que estava conversando com a Dorcas. – Ele escreveu “Chuvas de Verão”.

– Verdade? Mas esse é um dos livros de mais sucesso que a editora já publicou! – Lily entusiasmou-se enquanto se aproximava do bar e servia-se de um copo de suco aparentemente sadio. Só quando tomou seu primeiro gole, percebeu que o álcool tirava quase todo o gosto da fruta. – Hum, aqui tem tequila! – Exclamou, engolindo outro gole grande em uma careta.

– Até a água nessa casa tem alguma porcentagem de álcool, minha cara! – Respondeu a mulher, já aparentando estar um pouco entorpecida pela quantidade de bebida que havia ingerido.

As duas continuaram sentadas no bar, conversando sobre banalidades. Lily não sabia dizer quantos copos daquele suco estranho já tinha tomado quando começou a rir sem motivo nenhum e sua vista começar a ficar embaçada.

Foi nesse momento que Lily percebeu que Marlene não estava mais sentada no mesmo lugar de antes, e em nenhum lugar em que pudesse ser vista. Lily deduziu que sua amiga estava aproveitando a festa com algum estranho, amigo de James, e deixou pra lá.

– Frank! – Alice gritou, se jogando no pescoço de um homem moreno que havia se aproximado das duas, dando em seguida um beijo meloso na frente de todos. – Que bom que você voltou, meu amor! Que tal irmos para quarto de visitas? Tenho certeza que o James vai deixar... – Ela disse em meio a soluços e risadas bêbadas.

– Lice, você se superou ficando bêbada desse jeito em apenas duas horas e meia de festa. – O suposto Frank falou enquanto recebia beijos em seu pescoço. – Desculpa por isso. – Ele continuou parecendo perceber pela primeira vez que Lily estava ali. – Eu sou Frank Longbottom, namorado dela.

– Lily Evans, prazer. – Apertando a mão do rapaz, ela percebeu que mesmo ficando com os primeiros sinais de embriaguez, ainda estava lúcida.

– Desculpe de novo Lily, mas acho que vou ter que leva-la lá para dentro, antes que aconteça um acidente por aqui. – Ele falou pegando a namorada no colo e andando em direção ao corredor. – Foi um prazer te conhecer! – Continuou antes de sair de vista.

Lily, ainda chateada por estar na situação em que se encontrava, só pode seguir o conselho de Marlene e provar todas as diferentes bebidas do chefe.

Lene reparou que ele não tirava os olhos dela desde ela havia passado pela porta.

Foi direto para o bar, deixando Lily com o novo chefe, enquanto um moreno não parava de lhe provocar de longe. Não soube quantos drinks havia tomado quando decidiu se aproximar do local onde ele estava. Ela começou a conversar futilidades com um loiro qualquer, perto da sala de TV.

Talvez por que sua carreira estava finalmente dando uma alavancada, talvez por que o seu ex, Mason, foi um idiota e acabou com ela por mensagem a pouco mais de duas semanas, talvez porque estava muito bêbada, ou pelo simples fato do cara ser completamente gostoso. Qualquer um desses motivos podia estar colaborando com sua atitude naquele momento. Ela não era atirada, nem ficava com (muitos) caras em festas de pessoas desconhecidas. Porque ela estava tão a fim dele?

Uma coisa era certa: ela não estava em seu estado normal. Por que se ela tivesse, com certeza não estaria cogitando a possibilidade de aceitar o convite que ele havia feito. Ele tinha acabado de entrar em um dos quartos, sozinho, depois de lhe dar uma encarada mortal. Se ela fosse uma mulher normal riria daquela situação, afinal, nem sabia seu nome! Mas ela era a inconsequente Marlene, que não mediu sua atitude antes de segui-lo.

Mal fechou a porta e sentiu duas mãos a pressionando na parede e lábios desesperados a procura dos seus.

– Marlene McKinnon. – Ela disse em meio a beijos desesperados, enquanto jogava os saltos longe.

– Sirius. – Ele respondeu, e Marlene pode ver como sua voz era grossa. Ela sempre tivera uma obsessão por homens de vozes grossas. – Black.

Ela começara a pensar, e perceber aquilo que estava prestes a fazer. Relações com um desconhecido? Isso não era nada seguro. Mas Lene não conseguiu terminar seu pensamento, porque em um movimento rápido, o sujeito abrira o fecho do seu sutiã. Como ela podia pensar com aquelas mãos em sua coxa?

Decidiu deixar seu lado racional, se é que ela tinha algum, de lado em meio a um suspiro, e esperava que tivesse esquecido toda aquela loucura pela manhã, quando estivesse sóbria. Se já tinha entrado naquela situação, era melhor mergulhar de cabeça.

Dorcas já tinha passado da fase de ficar envergonhada de suas amigas há muito tempo, então se divertiu vendo Lily provocar o Potter em sua embriaguez. Não dizem que os bêbados são os mais sinceros? Pois é, sua amiga comprovava totalmente essa teoria. Era bom que ela desse uma saidinha de vez em quando, pra aliviar o estresse.

Dorcas quase caiu da cadeira quando viu a hora. Ela já deveria estar chegando no trabalho, eram quase quatro da manhã, e uma das suas amigas estava bêbada enquanto a outra estava desaparecida.

– Remus? – Ela perguntou se aproximando dele, sabendo que estava parecendo preocupada. – Você poderia me arrumar um táxi, nessa região? Porque eu preciso ir imediatamente para o estúdio.

– Nada disso, moça. – Ele respondeu pegando a chave do carro que estava ao lado da TV. – Não vou deixar você se arriscar pegando um táxi a essa hora. Eu te levo.

– Não precisa Remus, sério. Eu me viro. – Dorcas sabia que não adiantaria nada insistir, pois já conhecia ele há muito tempo.

Ele só olhou mais uma vez para ela dando uma risadinha antes de pegar uma outra chave em cima da mesa de centro e ir se despedir do dono da casa.

No fundo Dorcas sabia que Remus se ofereceria para leva-la no trabalho, e ficou feliz com isso. Ela tinha tido um caso mal resolvido com ele na faculdade, e nunca se arrependeu tanto de alguma coisa como de ter dito não a ele. Remus Lupin era o homem mais gentil e despretensioso do mundo, além de ter uma mente brilhante.

Ele era uma daquelas pessoas que conseguia ser boa em tudo que fazia. Como alguém que consegue chegar ao fundo de uma poesia conseguia realizar os cálculos mais mirabolantes com números complexos? Dorcas não sabia. Ela mesma quase tinha sido reprovada em uma cadeira de estatística na universidade, que não chegava aos pés do que ele conseguia fazer. E foi assim que eles se conheceram, ele era o monitor.

Dorcas nunca tinha gostado tanto de calcular. Estar com Remus era um remédio para suas preocupações, até quando a matemática estava envolvida. Como ela já deveria ter previsto, alguma coisa rolou entre eles até o dia em que finalmente se beijaram. Mas, como sempre tem alguma coisa (ou alguém) para atrapalhar a felicidade alheia, Dorcas namorava com Jake desde o ensino médio, e quando chegou a hora da decisão, ela não foi forte o suficiente para escolher o incerto. Porém, em menos de três meses ela concluiu a universidade e o seu namoro.

Nesse ponto ela e Remus nem se viam mais, e ela decidiu ser um pouco mais forte em relação a homens. Claro que nunca esqueceu ele, como poderia? Mas nunca previu um reencontro. E agora tão perto, ela sentia tudo de novo.

– Doe? – Ele falou abrindo a porta e dando espaço para que ela fosse a primeira a sair do apartamento.

– Obrigada. – D respondeu um pouco sem jeito, dado o gesto de cavalheirismo.

Durante quase todo o trajeto, nenhum dos dois soltou uma palavra. Remus percebeu que a alegria e animação inicial do reencontro havia se dissipado.

– Remus? – A loira começou um pouco receosa. – Porque você está sendo tão gentil? Eu estraguei qualquer tipo de relação que pudesse haver entre nós e você continua sendo o mesmo Remus.

Nesse ponto, ele havia acabado de estacionar em frente ao estúdio de gravação, e a olhou melancólico sem dizer nada.

– Quer dizer, se você estiver disposto a esquecer a minha estupidez, poderíamos sair para almoçar hoje. – Vendo que Remus continuava mudo, ela continuou antes de abrir a porta do carro. – Esse é o meu cartão.

Mas, antes que pudesse sair do carro, ele a puxou delicadamente pelo braço, mantendo-a sentada ao seu lado.

– Doe, não podemos passar nossa vida pensando no que fizemos ou deixamos de fazer. – Começou aproximando-se, e acariciando a bochecha dela, que não queria que aquele momento acabasse. – Vamos deixar o passado para trás.

Remus realmente queria ter se controlado. Se ele tivesse um pouco mais de sensibilidade com a própria situação, não a teria beijado. E todos aqueles “e se” que ficaram em sua mente desde que a conhecera, não pareciam só coisas da sua imaginação. Se em algum momento ele fosse descrever aquele beijo a outra pessoa, usaria o termo “beijo de necessidade”, porque um necessitava do outro naquele momento. Foi uma urgência.

Da mesma maneira repentina com a qual foi iniciado, foi bruscamente separado.

– Dorcas, desculpa, eu... eu não sabia o que estava fazen...

– Não se preocupe. – Ela saiu do carro e se abaixou para conseguir olhá-lo pela vidro do carro. – Até mais.

– Até mais.

Remus voltou a dirigir em direção ao seu apartamento, pensando em como consertar a besteira que tinha feito, graças a sua grande amiga impulsividade.

Lily acordou sentindo alguma coisa gelada entre seus dedos. Depois em suas canelas, coxas e costas. Quando finalmente abriu olhos, se viu imersa em uma grande banheira.

– Madalena, ela acordou! – Alguém gritou ao seu lado. – Finalmente ruiva, estava começando a achar que você estava em coma alcoólico. – Riu.

. Apesar de saber exatamente quem estava em pé ao seu lado, e ter a consciência que estava apenas em suas roupas íntimas, ela não conseguia pensar claramente. Sua cabeça parecia que iria explodir a qualquer segundo, então, em um movimento involuntário, levou a mão à têmpora.

– Potter, você faria a gentileza de sair e me deixar tomar banho? – Falou quase em um sussurro.

– E eu achando que você me chamaria para entrar aí com você. – Ele respondeu alto, fazendo Lílian fechar os olhos. – Que mal-agradecida ruiva.

Assim que terminou seu banho, Lily levantou e procurou seu vestido, e a única roupa que achou foi uma blusa e uma saia, que estavam penduradas ao seu lado. Sendo sua única opção, vestiu-as e viu como a saia tinha ficado curtíssima. Na verdade, mais do que curtíssima. “coisa do Potter”, pensou imediatamente.

Saiu do banheiro e achou sua bolsa em cima do sofá, procurando imediatamente uma aspirina.

– Não antes de comer alguma coisa ruiva. – O individuo disse segurando uma tão querida cartela de aspirina.

Lily nunca pensou que poderia odiar tanto uma pessoa como naquele momento. Contra sua vontade sentou na bancada e mordeu uma maçã que estava na fruteira, que ficou vazia.

– E o meu vestido Potter? - Ela perguntou depois de tirar a aspirina das mãos dele. – Vão achar que sou uma prostituta se sair assim na rua.

– Pois acho que você está um arraso assim. – James riu. – Então você não se lembra de nada mesmo, não é?

– Me lembrar do quê? – Lily respondeu confusa. Apenas um segundo depois, ela percebeu que a maior parte da sua noite eram apenas vultos em sua mente, e se sentiu envergonhada por não ter se controlado na bebida. Aquela ressaca tinha que ter vindo de algum lugar, afinal.

– Você vomitou no seu vestido ontem.

L tossiu um pouco, tentando esconder seu constrangimento. Levantou para procurar um copo e tomar sua aspirina quando uma voz ecoou no corredor.

– Ei Jay, você não vai acre... – Ele parou encarando a ruiva desconhecida.

Dessa vez Lily não pôde evitar ficar vermelha, já que um moreno extremamente gostoso entrou na cozinha só de toalha.

– Desculpa cara, não imaginei que ainda teríamos visitas a essa hora. – Ele disse com um sorriso de lado.

– Vocês moram juntos? – Ela perguntou estagnada. Quando uma ideia surgiu em sua cabeça, não pode conter a risada. – Vocês moram juntos!

Apesar dos dois demorarem a entender o que Lílian estava insinuando, quando perceberam não poderiam ter se sentindo mais ofendidos.

– Essa ruiva realmente gosta de brincar com fogo. – Sirius falou assim que um sorriso voltou ao seu rosto. – E falando sério, se eu fosse mesmo gay, com certeza conseguiria um partido melhor que o meu amigo James aqui.

– Lily, esse é o Sirius.

– Legais seus amigos, Potter. – Ela disse sorrindo um pouco de canto, só para provocar. Ela realmente não sabia o motivo de estar tentando provocá-lo, mas já tinha em mente que a partir do momento que pisasse em sua casa ia esquecer tudo que tinha acontecido naquela noite fatídica e naquela manhã conturbada, então preferiu não se importar.

– Eu vou pegar um moletom meu para ver se você consegue cobrir alguma coisa a mais aí. – Ele riu dando uma longa olhada em suas pernas. Saiu da cozinha dando uma risadinha e sumiu no corredor.

– Então, Lily... – Sirius falou olhando para o teto, pensativo, mas com um sorriso maroto. – Você conhece alguma Marlene que veio para festa do Jay ontem?

– Lene? – Lily perguntou desconfiada. – O que aconteceu?

– Nada, nada. – Ele respondeu ainda com aquele sorriso, que Lily considerava muito irritante, no rosto. Ela ia insistir, mas foi interrompida pela chegada de James a sala, que logo começou a falar.

– Eu vou te levar até o carro, só para garantir sua segurança. – Ele disse abrindo a porta para deixá-la passar primeiro. – Não vai ser fácil para nenhum homem na rua se controlar, com você assim.

Lílian continuou calada durante o curto percurso até seu carro, com o objetivo de não fazer ou falar mais absolutamente nada que pudesse trazê-la vergonha no trabalho na semana seguinte.

– Obrigada, Potter. – Disse usando um tom nem um pouco agradecido.

– Quando precisar, ruiva. – Ele falou piscando e se afastando para liberar a porta do carro.

Então uma coisa muita inesperada aconteceu. James sorriu para ela e ela retribuiu, e se sentindo muito envergonhada após esse episódio, entrou no carro rapidamente e saiu daquela rua sem olhar para trás.

Ela até pensou em tirar aquele moletom, porque sentia que usar aquilo era quase trair Amus, mas acabou se perdendo em seus próprios pensamentos, e esqueceu. Sua cabeça ainda latejava, e ela mais uma vez desejou que não tivesse bebido tanto na noite anterior.

Foi subindo as escadas lentamente até o terceiro andar, e demorou quase dez minutos para conseguir achar suas chaves na bolsa. Quando entrou em casa, achou que estava vazia, mas suas pernas ficaram bambas ao ver quem a esperava no sofá.

– Amus?


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Notas finais do capítulo

Gente, eu adoreei escrever esse capítulo! Comentem e me incentivem a postar o próximo hahaha.
bjs, pixie



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