I'll Stay For You escrita por Baunilha0106


Capítulo 2
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Ei! Estou de volta! Eu queria, primeiramente, agradecer ao comentário no prólogo. Obrigada, moça. Que você tenha milhões de comentários em sua vida. Era só isso mesmo. Agora, leiam. Muahahaha ~what?~



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"I'm not sleeping

I'm not breathing" — Forever, S.D.B.

A chuva forte caía pelo lado de fora da caverna. A madeira da fogueira já estava chegando ao fim e a brisa fria que entrava dentro da caverna estava me deixando como um picolé, mesmo com o meu casaco de lã e minha calça jeans. Eu não tinha nada para fazer e se tinha, a chuva me impedia. A única coisa que eu podia fazer naquelas horas era escrever. Eu adorava escrever. Desde os meus medos até os meus sentimentos. O meu espírito para escrever foi o único que me restou depois da depressão. Então eu arrumei um caderninho, tipo um diário — sem ser um diário —, e comecei a escrever meus medos, sentimentos e o que eu queria fazer antes de morrer. Eu achava que a depressão iria me matar, e eu estava certa...

Peguei a minha mochila e tirei de lá o caderninho preto com uma caveirinha na frente e nos cantos. Eu amava caveiras. Só de pensar que eu vou virar uma um dia eu fico até feliz. Quando abri o caderninho, era como se alguém tivesse passado por mim velozmente. Olhei ao redor da caverna mas não havia ninguém. Suspirei e encostei a minha cabeça na parede da caverna. Eu tenho que repensar quem sou e o que estou fazendo...

Meu nome é Claire Johnson, tenho dezesseis anos, cabelos escuros, pele pálida e esqueci a cor dos meus olhos. Não lembro se eram verdes ou castanhos, mas, pelas minhas lembranças, acho que são pretos...Isso não importa agora e não vai me ajudar muito. Continuando, fugi da minha vida chata e sem graça na casa onde morava com meus pais, Morgan e Gertrude, para a floresta procurar algo impossível e aterrorizante para as pessoas. Se pensarmos desse jeito, podemos dizer que eu não sou uma pessoa.

Por volta dos meus oito anos, minha professora passava vídeos de lendas para fazermos trabalhos baseados nelas. Quando eu vi a lenda Bloody Mary, fiquei com tanto medo que nem queria mais olhar para a TV e ver as outras lendas. No instante em que eu baixei a cabeça e foquei no chão branco da sala, minha antiga amiga que estava do meu lado, Isabelle, perguntou se eu estava bem e eu disse que sim. Só que, como se meu rosto fosse tão transparente assim, ela deduziu pela minha cara que eu estava com medo. Ela começou a rir baixinho e contou para o outro grupinho de garotas, que também eram minhas amigas, e elas ficaram me zoando. Quando comecei a me distanciar delas, graças a Deus elas pararam. Mas isso não deixou eu escapar de ser a piada da escola.

Sempre tinha alguém me zoando. A maioria das vezes era por causa do meu cabelo ou por causa do jeito que eu me vestia. Acreditem, eu era bulinada por usar roupas pretas sempre. Touca preta, calça preta, tênis preto, casaco preto...ou seja, tudo preto. Minha família sempre foi um pé no saco também. Minha tia era rica e amava muito minha mãe, também sua irmã mais nova. Ela dividia a fortuna com a minha mãe e por isso, hoje sou conhecida por ser filha de Gertrude Johnson, a assistente pessoal de Karina Winchester, uma das maiores empresárias dos Estados Unidos. As únicas pessoas que eu gostava da minha família eram meus primos, Julie e Nathan. Eles sempre brincavam comigo quando vinham me visitar. O resto da família me odiava mas nunca falavam e me tratavam como se eu fosse qualquer uma. Foi por esses e outros motivos que eu me afastei de tudo e de todos. E foi ai que dei inicio a depressão.

Durante esses dois anos de depressão, perdi o meu medo de monstros e comecei a vê-los de outra maneira, como se estivesse com outros olhos ou como se apenas estivesse vendo a escuridão e o que há nela mais claramente. Logo, qualquer monstro para mim passara a não ser perigoso e amedrontador e se fosse, poderia me matar à vontade, não tinha medo da morte e nem me importava de morrer novamente. Bem, no meu caso, quando comecei a ter depressão, podia ser considerada uma morta-viva. Eu comia pouco, andava mais devagar do que o normal (o que resultou em vários atrasos tanto no período escolar quanto em compromissos), ficava desanimada com as maiores e as menores conquistas e o resto de coisas que as pessoas depressivas com certeza já tiveram ou têm.

Agora, graças a minha loucura, estou aqui em uma caverna escura, iluminada apenas por uma fogueira quase apagada, procurando por um ser quase impossível de existir. Mas ele existe. Tenho toda a certeza do mundo que ele existe. Aquilo não pode ter sido um sonho, e não foi, assim eu espero...

Sem nada para fazer, abro o "diário", pego uma caneta de tinta azul em minha mochila e começo a escrever.

"21/07/2015

Olá, meu mundo sombrio. Lembra-se de mim? Sou eu. A garota inútil que conversa com a própria mente e vive por trás das mentiras da vida que parece infinita e perturbadora e da morte insuportável e agonizante. Resumindo, sua dona. Há quanto tempo, não é mesmo? Bem, não tenho muitas novidades. Ainda continuo depressiva como sempre. Mas agora eu sou uma depressiva com um objetivo: encontrar o Slender. Bem, isso parece meio suicida mas é apenas o meu instinto pedindo por perigo. E ele, na verdade, nem é perigoso. Como previsto, ele é apenas alguém que precisa de um abraço."

Eu não tinha mais ideia do que escrever e minhas mãos estavam quase congelando com o frio que estava dentro da caverna. Guardei o "diário" e a caneta de volta na mochila, me encostei na parede, peguei uma pequena coberta em minha mochila e dormi ali mesmo. Sem me preocupar com os perigos que eu poderia estar enfrentando.


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Notas finais do capítulo

E então? Gostaram? ~não me deixem no vácuo. Se deixarem, vou roubar o Ps4 de vocês!~



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