I'll Stay For You escrita por Baunilha0106


Capítulo 13
Capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

Estou de volta com mais um capítulo. Olha, só entre nós, estou chorando por causa desse capítulo. Agora se é de alegria ou tristeza, vocês tem que ler pra saber.



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"So with a wink and a smile in a dial of meth

I took his hand and then we walked through the shadow of death" — Kill Me, The Pretty Reckless.

Aquele cara irradiava alegria, sério. Chegava a me dar enjoo.

Kayla me explicou que estávamos na casa de Splendor Man, que era o irmão feliz, colorido, feliz, engraçado, feliz, alegre...já disse feliz? Então, ele era o irmão feliz de Slender. Acho que era esse o lugar seguro que Jeff queria que eu ficasse...espera um pouco...

—Kayla, onde está o Jeff? — Perguntei, deixando a xícara de chá de lado. Splendor Man tinha servido um chá para nós. Eu tinha aceitado apenas por educação, já que eu não sentia fome ou sede. Nem sei onde esse chá vai parar ou onde iria parar mas ok.

—Ele ainda deve estar na floresta. Talvez ele chegue daqui a pouco... — O seu tom de voz me deixou meio insegura. E se ela estivesse mentindo? E se Jeff não vir, o que eu farei sem ele? Ele devia estar aqui, cuidando de mim! Ok, isso está ficando meio dramático e já parece um daqueles filmes românticos em que a protagonista fica fazendo drama por causa da demora do amado e...ah, vocês entenderam.

—Querem comer alguma coisa? Vocês parecem famintos! — Splendor Man já estava me irritando com toda aquela felicidade. Fico imaginando Jeff perto dele. Aposto que ele iria se irritar e incendiar a casa, matando todos dentro dela, incluindo eu.

—Candy, você está com fome? — Perguntou Kayla, olhando para a Garota Invocadora de Lúcifer — que apelido estranho — que agora estava acordada. Seus cabelos, agora roxos, estavam amarrados em um lindo coque. O seu vestido preto, assim como as botas de salto, a deixavam com um ar de emo/gótica. Ela ficava tão fofa com aquela maquiagem preta! Estou parecendo uma patricinha, reparando na maquiagem e pensando na palavra "fofa"...odeio coisas fofas e nenhuma maquiagem foi feita para ser usada por mim.

Enfim, Candy negou com a cabeça e Splendor Man começou a enlouquecer, sugerindo outras coisas para fazer, tipo pescar, brincar de jogar pedrinhas para elas saltarem pelo lago, fazer barquinhos de papel... Isso me deixou irritada, mas a última coisa que ele sugeriu foi uma das melhores.

—Que tal irmos visitar minha amiga, Eve? Ela é uma ótima pessoa, vocês vão adorá-la! — Splendor Man jogou confete no ar para alegrar o clima, o que não funcionou muito bem mas ele pareceu não notar esse detalhe.

—Ah, não...Eve não... — Kayla começou.

—Eve sim! — Splendor Man se aproximou dela, quase a beijando, com um sorriso enorme no rosto. Tá, agora aquele sorriso era assustador.

—Quem é Eve? — Perguntei.

—Eve é a deusa da sede de sangue, da tortura eterna, dos psicopatas, sanguinários, canibais e tudo que envolve morte, sangue, dor e tortura. — Respondeu Kayla. — Ela é minha...ela é minha...

Kayla não conseguia completar. Ela estava pálida e parecia que ia vomitar.

—Eve é mãe de Kayla. — Disse uma voz atrás de mim. Eu conheceria aquela voz em qualquer lugar.

Me virei e vi Jeff parado à porta. Ele olhou para mim e seus cortes se alargaram; ele devia estar sorrindo.

—E eu odeio minha mãe. — Acrescentou Kayla. — Ela é tão repugnante. Não me orgulho nem um pouco de ser filha dela, já Sádica...bem, ela acha a mãe a melhor pessoa do mundo depois dela.

—Isso é bem o tipo dela, se colocar em primeiro lugar sempre. — Disse Jeff, se aproximando. Ele parou bem ao meu lado. AGUENTA CORAÇÃO! Ah é, esqueci. Não tenho coração...e se tenho, ele não está batendo.

—Espera, como o Diabo teve dois demônios com uma deusa? — Perguntei, meio confusa.

—Não teve. Lúcifer só escolheu Eve como nossa mãe. Ela não ajudou na parte da formação, só ajudou a "educar" e criar direito e deu a sua benção. Por isso a Sádica é daquele jeito. — Respondeu Kayla.

—Ok, não precisa contar toda a sua história de novo. — Disse Jeff, pegando a sua faca. — Bom, eu quero levar Claire para conhecer Eve. Acho que ela deveria aprender algumas coisas com essa deusa fajuta.

Todos olhamos para ele, espantados.

—A primeira coisa que Eve fizer quando você colocar os pés lá, será te matar. — Falou Kayla.

—Não estou nem aí. Vem, Claire. — Jeff pegou a minha mão e me puxou para fora da casa de Splendor Man.

O clima no lado de fora da casa estava frio. Eu não conseguia enxergar nada naquela neblina. Se Jeff não estivesse segurando o meu braço — sim, ele desistiu de segurar a minha mão, já que eu não conseguia enxergar e ele queria que eu ficasse do lado dele para conversarmos — e me guiando, acho que eu teria tropeçado na primeira pedra no caminho. Não consegui identificar se era dia ou noite, mas eu ouvia alguns barulhos vindo das árvores. Corujas, talvez?

—Não estou gostando muito dessa história de ver Eve... — Comecei mas Jeff me interrompeu.

—Ela não é tão má assim, calma. Ela é como a Sádica só quando está com raiva, quando está feliz ela é como a Kayla. Tenho certeza que você vai gostar dela.

Não disse nada, apenas gemi e dei um suspiro em seguida. Foi aí que eu me toquei que estava faltando alguém na casa de Splendor Man...

—Jeff, cadê o Slender? — Perguntei, parando de andar.

—Depois conversamos sobre isso, Preciosa. — Jeff tentou me arrastar mas eu me segurei em um galho — que galho forte, hein?

—Jeff, cadê o Slender? — Repeti, com um tom de voz mais "agressivo" e olhando nos olhos dele.

—Olha Claire, acho melhor não conversarmos sobre isso agora...

—Responde!

—Claire...

—Anda logo! — Jeff tentou me desprender da árvore, mas não conseguiu. — Eu não vou sair daqui até você me contar onde está o Slender!

Jeff se aproximou de mim, fazendo-me encostar com o meu corpo na árvore. Eu conseguia sentir a sua respiração no meu pescoço e ele — um cretino lindo e esperto — beijou a minha bochecha. Me arrepiei e ele deu uma risada baixa e suave.

—Olhe para mim. — Pediu ele.

Me virei e olhei bem nos olhos dele.

—Vai me contar onde está o Slender? — Perguntei.

Entrei em pânico no momento em que ele aproximou o seu rosto do meu. Ele parecia que ia me beijar. ELE IA ME BEIJAR!

—Jeff...

—Fica quieta. — A sua boca estava quase encostando na minha.

Quando Jeff ia finalmente me beijar, ele me puxou para o seu peito e me colocou sobre o seu ombro.

Nunca achei que fosse dizer isso, mas fui iludida.

Não acredito que eu achei mesmo que ele ia me beijar. Nossa...Jeff me magoou muito agora. Cretino.

—Cretino. — Jeff riu ao me ouvir dizer aquilo.

—Achou mesmo que eu ia te beijar? — Eu não disse nada. Fingi chorar para ele me colocar no chão. — Preciosa, eu não sou tão besta assim. Sei que você não está chorando.

—Me coloca no chão. — Falei. Comecei a sentir aquele sentimento estranho dentro de mim, aquela queimação estranha. — Jeff...

Ele me colocou no chão e beijou a minha testa, o que me deixou meio envergonhada.

—Desculpa, força do hábito. — Ele deu um sorriso sádico, me fazendo ficar corada. Ele não pode fazer esse tipo de coisa. Se tivesse feito antes de eu me declarar, tudo bem, mas agora que ele sabe vai ficar usando isso contra mim. Gostei.

—Se eu estivesse irritada, te beijaria até não poder mais. — Falei, quase sussurrando. Jeff riu e colocou as suas mãos em minha cintura, me puxando mais para perto. Ele olhou bem nos meus olhos e ficou ali, parado, apenas olhando para os meus olhos. Aproveitei e olhei os deles.

—Então, você quer um beijo? — Perguntou ele, sem tirar os seus olhos dos meus. Não respondi, apenas continuei olhando os seus olhos. — Responde, garota. Eu não tenho o dia todo.

Dei um sorriso e respondi com sinceridade:

—Quero, quero muito mesmo. Mas querer não é poder, sendo que isso não significa nada para mim. — Suspirei sem parar de olhar os seus olhos. — Ah, que se dane. — Me agarrei a Jeff e o beijei sem pensar. Como eu não sabia beijar, o beijei de qualquer jeito. O bom foi que ele cedeu e começou a me guiar para ajudar no beijo, que ficou mais intenso.

Era tão boa a sensação de beijá-lo. Era meio nojento pensar que a língua de Jeff estava...bem, vocês que já beijaram sabem o meu drama estranho.

Depois que nossas bocas — e línguas — se afastaram, dei um sorriso e Jeff também. Ele parecia estar...feliz com o beijo.

—Idiota. — Disse ele, encostando a sua testa na minha.

—Cretino. — O abracei e acariciei os seus cabelos negros. Jeff deu um beijo em meu pescoço e depois um selinho. Pude sentir o gosto do sangue de suas cicatrizes. Era tão bom!

—Vamos, acho que Eve sabe que estamos perto. — Jeff pegou a minha mão e continuamos andando pelo caminho da dor e tortura.


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Notas finais do capítulo

Morta.
Comentem!