Pov. Lukas:

–Onde você vai? Pensei que fossemos passar o dia na piscina. - Lanna questionou confusa assim que fui até a piscina me despedir dela e das crianças.

Estavamos passado as férias de verão em Forks, por que assim poderíamos ficar mais perto dos pais de Lanna, assim como os meninos poderiam ficar perto de Seth e Leah.

–Tenho que resolver um assunto muito importante do clã. Mas prometo não demorar, talvez eu consiga aproveitar a tarde com vocês.- disse e ela concordou antes de me olhar atentamente, me analisado.

–Você parece perturbado. Aconteceu alguma coisa? - ele questionou preocupada enquanto me olhava nos olhos.

–Talvez o fato de ver você nesse biquíni esteja me perturbando.- brinquei e ela sorriu antes de revirar os olhos.

–Então, fiquei e aproveite.- ela pediu e sorri triste.

–Você sabe que por mais que eu queira desesperadamente, tenho que cumprir com meus deveres para com o clã.

–Sei disso, e nunca reclamei. Você quer que eu vá junto?

–Não precisa, aproveite o dia com os nossos filhos.- pedi antes de lhe dá um beijo.

–Onde você vai pai? - Nicolas questionou assim que apareceu na piscina com várias latas de refrigerante.

–Seu pai vai resolver algum assunto altamente secreto do clã.- Lanna disse sorrindo e revirei os olhos.

–Você quer que eu vá? - ele questionou e neguei.

Apesar de ser meu filho e ter direito a participar e saber de todos os segredos que cercam o Clã de caçadores Artiolli, sempre tentava manter Nicolas às escuras sobre certos assuntos, pois ainda não era a hora certa de ele saber.

E esse era um dos casos.

–Não amor, pode ficar com a sua mãe e a sua irmã.

–Ótimo, por que assim ele pode nos contar as fofocas do clube de vocês.- Nicole disse trazendo vários sacos de salgadinhos.

–Isso é uma boa ideia filha.- Lanna a elogiou e olhei pra Nicolas que sorriu.

–Fica tranquilo pai, posso amar as duas mais jurei segredo e vou cumprir.- ele disse e sorri orgulhoso antes de lhe dá um beijo na testa.

–Sei disso meu príncipe.

–E vocês duas, parem de tentar arrancar algo de Nicolas. Afinal, nós dois não ficamos questionando sobre o que vocês fazem na sala reservada as mulheres do clã.

–Nem precisa perguntar papai, eu lhe digo. Passamos as reuniões todas tomando chá, e eu odeio chá.- Nicole reclamou antes de eu lhe beijar a testa.

–Sei disso filhinha, e eu te amo.

–Também te amo pai.- ela sussurrou antes de me dá um beijo na bochecha.

–Prometo não demorar.- sussurrei assim que me aproximei de Lanna.

–Mas e se você demorar?

–Prometo te levar ao cinema, que tal? - ofereci e ela concordou antes de ficar na ponta dos pés para me beijar.

–Vou sentir saudade.- ela sussurrou assim que nos separamos.

–Eu também amor.- sussurrei antes de lhe dá um último beijo e sair.

Dirigir até a igreja que pertencia ao meu clã, lá além dos casamentos do clã eram feitas reuniões extremamente secretas que deveriam ser apenas do meu conhecimento e de alguns poucos privilegiados.

–Onde ela está padre Fabio? – questionei nervoso ao protetor da igreja assim que entrei.

–Por aqui alteza.- ele disse e me conduziu para os subsolos da mesma onde ficavam as salas secretas.

–Vou deixá-los a sós.- ele disse abrindo a porta e concordei antes de entrar.

–Olá querido.- aquela voz suave do passado disse e corri para abraça-la com saudade.

–Nunca mais me deixe de novo. Fiquei apavorado sem você por perto.- sussurrei chorando em seu cabelo e ela sorriu antes de acariciar minhas costas para me acalmar.

–Sei disso querido, mas eu precisava me ausentar e você sabe o porquê.- ela disse enquanto me afastava dela para olhar seus olhos verdes.

Os mesmos olhos verdes que meus filhos herdaram da mãe.

–Eu sei.- disse enquanto ela indicava que me sentasse.

–E como vão nossos três bruxos amados? – ela questionou enquanto pegava uma bandeja com um bule e duas xicaras antes de sentar ao meu lado.

–Vão bem, você viu as fotos que lhe mandei?

–Sim, e os três estão adoráveis.- ela sorriu amável antes de servir o chá das duas xicaras.- Eles não manifestaram nenhum poder depois do feitiço?

–Não, os poderes de Lanna morrerem quando ela morreu. E os das crianças estão “bloqueados pela mãe”.

–Ótimo, e ela já desconfiou que não é a razão do bloqueio do poder dos filhos?

–Nunca.

–Bom, é deve continuar assim. Lanna jamais deve sonhar que sou eu que bloqueio as crianças.

–Você não acha que já está na hora de contarmos tudo a ela? - questionei e ela me olhou confusa.

–Claro que não Lukas.

–Mas já faz tanto tempo. Posso explicar tudo a ela com calma e sei que Lanna irá entender.- ofereci e ela me olhou triste.

–Por mais que deseje ainda não está na hora. Preciso ficar nas sombras. Ainda mais agora que Aro está devastando tudo atrás da espada de Florença.

–Ele ainda não desistiu? Ninguém sabe dessa espada a séculos.- disse e ela sorriu antes de me oferecer uma xicara de chá.

–Essa espada junto com o poder que bloqueio dos seus filhos é a chave para um mundo de trevas Lukas. Se Aro souber do esconderijo da espada e do grande poder que corre pelas veias de seus herdeiros o mundo estará em perigo.- ela disse e concordei antes de beber todo o chá.

–No seu sangue, que é mais puro que o de seus filhos está a resposta. Afinal, você é descendente direto da mais poderosa sacerdotisa da magia. Deixe o chá liberar a sua mente para os segredos que se ocultam em seu sangue.- ela sussurrou e logo fechei os olhos antes de sentir alguém segurando a minha mão.

Sempre soube que podia confiar nela desde que nos encontramos a primeira vez após eu ter me recuperado do feitiço de Alec. Uma recuperação que me devolveu todas as minhas lembranças de quando eu era humano, tais lembranças que me permitiram reconhece-la em uma loja.

Desde então, ela vem me ajudando e protegendo. Graças a ela, Lanna pode resistir a gravidez e aos poderes que ela possuía sem ao menos saber, pois ela fazia inúmeros feitiços para controlar o vasto poder que meus filhos possuíam.

Um vasto poder que junto com o da mãe era grandioso demais para que ela suportasse, se não fosse por ela as três pessoas que mais amo nesse mundo não estariam vivas hoje.

–Sei onde está.- disse exausto após mais uma tortura de horas para acessar a um passado do qual não participei.

–Isso é bom, finalmente conseguimos.- ela disse feliz antes de se levantar e me ajudar a deitar no sofá que havia ali.- Vou chamar Matheus para que você conte a ele o esconderijo da espada, precisamos guardá-la antes que Aro saiba onde está. Agora descanse meu filho, você fez um excelente trabalho.

–Espere, você não vai nos deixar de novo não é? - questionei preocupado e ela sorriu antes de beijar a minha testa.

–Não meu amor, você precisa de mim assim como minha filha e meus netos.

–Promete Alana?- questionei sonolento e ela sorriu maternal antes de sussurrar no meu ouvido.

–Prometi ao seu pai e a sua mãe que não deixaria você sozinho lidando com o poder Sforza, ainda mais sem preparação alguma. Agora descanse meu bem.- ela sussurrou antes de sair da sala enquanto eu desmaiava de cansaço.