—Já está tudo pronto para irmos para Harvard.- Lukas disse olhando seu netbook.

— Tudo mesmo? – questionei terminando de fazer o almoço das crianças.

—Sim. Temos uma casa em Cambridge que fica perto da casa dos meus avôs, depois que as crianças pararem de crescer um pouco vou coloca-las na escola.

—Certo. Você está pronto mesmo.

—Mas se você quiser desisto de tudo. - ele disse e lhe dei um beijo.

—Não, precisamos de um ar diferente.

—Pai? - Nicole gritou descendo as escadas.

Logo nós dois voamos da cozinha e fomos para a sala.

—O que foi filha? - Lukas questionou pegando-a no colo.

—Nikko cortou meu cabelo. - ela disse chorando e Lukas olhou furioso para o filho que estava descendo as escadas.

—Por que você cortou o cabelo da sua irmã? - Lukas questionou sério.

— Por que o cabelo da Nikki parece com o da mamãe. E já que o da mamãe não cresce, cortei o da Nikki por que cresce. - Nicolas disse tentando parecer inocente.

—Você está de castigo Audric. - Lukas disse serio.

— Mãe. - ele implorou com os olhos cheios de agua.

—Castigo Audric, já para o seu quarto. - disse apontando a escada e ele bateu a o pé antes de subir reclamando e quando chegou ao quarto bateu a porta com força.

—Esse é o seu filho, temperamental igual à mãe. - Lukas disse e revirei os olhos enquanto Nicole começava a chorar.

—Meu cabelinho. - ela sussurrou chorando.

—Tudo bem amor, vou ligar para a sua tia Alice, com certeza ela vai dá um jeito nisso. - Lukas disse ligando para Alice que apareceu na porta.

—Cheguei. - ela cantarolou entrando.

— Tia Alice. - Nicole gritou descendo do colo do pai e correndo para Alice.

—Oi querida. Não se preocupe a titia vai dar um jeito no seu cabelo e você vai ficar linda.- ela disse pegando Nicole no colo e levando-a para a cozinha.

—Tia, ela é só uma criança. Então não vá fazer nenhuma loucura na cabeça dela. - Lukas alertou.

—Eu sei.- ela disse e revirou os olhos.- Vou ter que fazer um milagre, já que seu irmão cortou seu cabelo quase todo.

Alice rodou, rodou e olhou várias vezes para a cabeça da sobrinha, até que começou a cortar rapidamente e logo vimos o resultado.

Nicole estava com os cabelos acima dos ombros e todo cacheado tendo a franja presa por uma fivela de strass.

—Eu fiquei linda tia. – Nicole disse assim que se viu no espelho dado por Alice.

—Obrigada tia.

—De nada fofolete da tia. - Alice disse abraçando Nicole e lhe dando um beijo que o retribuiu.

—Tia, por que você cortou tanto o cabelo da minha princesa? - Lukas soluçou olhando para o cabelo de Nicole que estava no chão e para o novo corte de cabelo dela.

—Não fica triste não papai, eu gostei. - ela disse lhe deu um beijo antes de começar a recolher os cabelos do chão.

—Onde você vai com isso amor? - perguntei curiosa.

—Vou levar para o Nicolas, talvez ele queira mais. -ela disse com a mão cheia de cabelos e subiu correndo gritando o irmão.

—Sinceramente não entendo esses dois. - Lukas disse se sentando no sofá. - Em um momento eles só faltam se matar, e em outro são melhores amigos.

—São coisas de gêmeos. Eu e meu irmão também éramos assim, brigávamos por tudo. Mas ele sempre me protegia de tudo. - disse me sentando ao lado de Lukas e ele me puxou para o seu colo.

—E se ele estivesse aqui, ele teria protegido você de mim?

—Teria sim, por que ele iria dizer que você era uma má influencia para mim. - sussurrei e ele sorriu.

—Uma boa e deliciosa má influencia. - sussurrei e ele sorriu enquanto o empurrava para deitar no sofá e o beijava em seguida.

—Estou de saída. -ouvimos Alice dizer, mas não prestamos atenção. - Parem de se agarrar na sala, as crianças estão descendo.

Ignoramos Alice e continuamos a nos beijar.

—Eca. - Nicolas e Nicole gritaram e cobriram os olhos.

—Mais que coisa nojenta. - Nicole disse enquanto nos sentávamos no sofá.

—Continuei pensando assim filha pela eternidade inteira. - Lukas disse e olhei feio para ele.

—Lukas, para com isso. Um dia você vai ter que aceitar que seus filhos irão crescer e deixaram de ser seus bebês.

— Não quero isso. Venham cá meus amores. - ele disse e as crianças pularam em seu colo.

—Não quero crescer papai, quero ficar pequena e bonitinha para sempre. - Nicole disse e sorri enquanto Lukas acariciava seu cabelo.

—Eu também não papai. – Nicolas pediu.

—Vocês não irão, prometo. - Lukas disse enchendo as crianças de beijos fazendo-as rir.

—Hora do jantar. - cantarolei e as crianças voaram para a mesa.

—O que temos para o jantar hoje mamãe? - Nicolas preguntou fazendo cara feia.

Eles odiavam comida humana e para fazê-los comer tínhamos que ter muita criatividade na cozinha.

—Lasanha. - disse e eles comemoraram enquanto Lukas arrumava a mesa para o jantar.

Assim que eles terminaram de comer Lukas foi coloca-los na cama, fui espiar Nicolas que já estava totalmente espalhando na cama com o edredom no chão.

—Bons sonhos amor. - sussurrei lhe cobrindo e lhe dando um beijo de boa noite.

Sai do quarto de Nicolas e fui ver Nicole, mas parei no corredor assim que escutei Lukas lendo para ela o pequeno príncipe.

De repente ele parou de ler e acariciou o cabelo de Nicole de leve, antes de lhe dar um beijo na testa.

—Bons sonhos princesa. - Lukas sussurrou se levantando devagar da cama de Nicole.

—Papai... Lobinho... - ela pediu dormindo e sorri da cara que Lukas fez quando pegou o lobo de pelúcia de Nicole e colocou do seu lado.

Nicole havia ganhando aquele lobo de pelúcia de Seth quando era bebê e desde então só dormia com ele.

—Boa noite docinho. - ele disse dando um beijo na testa de Nicole, desligou a luz do quarto e ligou o abajur dela antes de fechar a porta.

—Você precisa se acostumar com a ideia de que eles irão crescer Lukas. E um dia os dois vão acabar se apaixonando pela Leah e pelo Seth. - disse e ele fez uma cara de dor.

—Não quero falar nisso por enquanto. Eles ainda são pequenos demais e quero curtir isso. - ele pediu suave e concordei.

—Vem, você precisa de um boa noite de “sono”. - disse arrastando-o para o quarto e ele sorriu deixando-se ser rebocado.

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—No que está pensando? - questionei acariciando a testa de Lukas de leve.

—As crianças estão sonhando, e a Nicole está em um país de algodão doce igual ao clip da Katy Perry.- ele disse e rimos.

—Isso é invasão de privacidade. - lembrei e ele revirou os olhos.

—Filhos não tem privacidade lembra? - ele questionou e concordei. - Até hoje eu ainda não tenho, imagine eles que são tão pequenos.

—É você tem razão, mas vamos fingir que damos “privacidade” a eles. Concorda? - questionei e ele sorriu.

— Concordo. - Lukas disse e me deu um beijo enquanto ficava por cima de mim, mas de repente ele parou.

— Que foi?- questionei confusa enquanto ele saia de cima de mim e voava para closet.

—Coloque isso. - ele disse me dando a camisa do seu pijama, e ele já estava vestido com as calças.

Assim que passei a camisa pela cabeça à porta foi aberta por dois pequenos vultos que pularam em cima de Lukas.

—Tudo bem, meus anjos tudo bem. - Lukas disse acalentando os dois.

Confusa olhei pela janela e percebi que estava caindo o maior toró lá fora, nisso eles puxaram a mim.

—Hoje vocês vão dormir conosco. - prometi afastando o edredom e Lukas colocou os dois no nosso meio.

—O que está havendo lá fora? - Nicole questionou chorando.

—É só uma chuva filha vai ficar tudo bem. - prometi acariciando o cabelo de Nicole que estava agarrada a Lukas, enquanto Nicolas estava agarrado a mim.

—Vai ficar tudo bem, não vou deixar nada machucar vocês. Eu prometo. - Lukas sussurrou acariciando o cabelo dos nossos filhos e começou a cantarolar para eles dormirem.

Não demorou muito até que os dois pegaram no sono novamente e nós ficamos babando os dois.

Era incrível como em tão pouco tempo não me imaginava em um mundo sem meus filhos, eles eram uma parte vital da minha existência. Eles eram meu mundo, meu ar assim como o pai deles.

Era lindo ver Lukas olhar para os filhos com tanta devoção e amor, a mesma devoção e amor que ele sempre me olhava. E eu compartilhava dos mesmos sentimentos que ele.

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—Bom dia. - Lukas cantarolou colocando uma bandeja de café na cama e sorri enquanto acariciava os cabelos dos meus filhos.

—Hora de acordar seus preguiçosos. - ele disse e ouvimos as crianças sorrirem sonolentas.

—Não papai. - eles pediram sonolentos e sorrimos.

—Lanna. - ele sussurrou e piscou para mim.

—Tudo bem. - disse e começamos a fazer cocegas nas crianças que riam alto.

Eles até tentaram escapar, mas os pegamos e os jogamos na cama continuando a brincadeira que nos fazia rir muito.

—Agora que vocês já acordaram, já tomaram café e já brincaram, está na hora de irem se arrumar para irmos ver seus avôs que tal? - questionei e eles pularam na cama felizes.

—Olha a bagunça crianças. - Lukas disse e os dois voaram para seus quartos enquanto eu começava a arrumar minha cama.

—Então.... É tudo que você imaginava? - Lukas questionou enquanto me ajudava a arrumar a cama.

—Não. – disse e ele me olhou confuso o que me fez ri. - É melhor seu bobo.

Ele sorriu e se inclinou para me dar um beijo.

—Eca. - ouvimos nossos filhos dizerem e nos separamos sorrindo.

— Por que vocês não param de ficar se beijando isso é nojento. - Nicolas disse e fez cara feia o que nos fez rir.

—Por que eu amo a mãe de você, e não poderia ficar um dia sem beija-la. - Lukas disse me abraçando por trás e beijando o alto da minha cabeça.

—E para que serve um beijo? - Nicole questionou confusa.

—Para demonstrar amor querida. - disse e ela ficou pensativa.

—Certo, mas por que é diferente?

—Diferente como? - questionei vendo Lukas ficar tenso antes de se soltar de mim e pegar Nicole no colo.

—É diferente por que eu e sua mãe somos marido e mulher e nos amamos, e é assim que um homem demonstra amor por uma mulher, querida. - ele disse suave enquanto acariciava o cabelo de Nicole e a olhava nos olhos. - Já com você e seu irmão é diferente, por que vocês são meus filhos. Entendeu anjo?

—Acho que sim papai. - ela disse e Lukas sorriu antes de beijar a sua testa.

—Podemos ir logo?! A Leah prometeu que ia me ajudar a andar de bicicleta. - Nicolas pediu e sorrimos antes de sair de casa.

—A Fase dos “porquês” está chegando. - Lukas disse enquanto andávamos de mãos dadas para a casa de Esme, tendo nossos filhos andando de mãos dadas na nossa frente.

—Nem me fale, estou começando a temer. - disse e ele sorriu.

—Isso é por que você não viu a Nessie nessa fase, ela me fazia cada pergunta que eu chorava. - Lukas disse e rimos.

Mas um vulto apareceu na nossa frente, me fazendo puxar as crianças para trás de mim assim como Lukas que ficou na frente delas.

Ele odiava admitir, mas eu era mais forte que ele.

E agora era minha vez de protegê-lo.

—Calma, está tudo bem. - ouvi Leah dizer com as mãos levantadas.

—Leah. - Nicolas gritou e correu para o colo dela.

Tinha que admitir, depois que Leah teve um imprinting por Nicolas ela estava mais bonita do que antes.

—Oi meu amor, como passou a noite? - ela questionou sorrindo para Nicolas que estava em seu colo sorridente.

—Não muito bem, choveu muito ontem e não gostei disso. - ele disse dengoso enquanto olhava nos olhos de Leah.

—Tem certeza que é ela? - Lukas questionou de repente.

—Tenho. Alice pediu para avisar e entregar isso para Lanna. - ela disse me dando uma caixinha de lentes de contato.

—O que houve? E o porquê das lentes?

—Louise está ai dentro com Daniel e Michael, e eles querem ver você. - Lukas disse receoso e paralisei.

—As crianças?!- sussurrei nervosa olhando para meus filhos.

— Seth e eu vamos leva-los pela porta dos fundos, e mantê-los no segundo andar. - ela prometeu.

—Vamos para casa. - pedi angustiada.

—Lanna, você estava querendo isso amor, seja corajosa.

—Não sei se posso.

—Você pode, sei que pode. - ele disse entrelaçando sua mão a minha e respirei fundo.

—Bom, meu serviço está feito. Vamos Nikki?- Leah perguntou oferecendo a mão a Nicole.

— Cadê o Seth , Leah? - ela questionou segurando a mão de Leah.

— Está lá dentro arrumando seu forninho cor de rosa.

—Ainda bem, afinal foi ele que quebrou. -ela disse enquanto caminhava para dentro ao lado de Leah.

—Pronta?- Lukas questionou assim que coloquei as lentes de contato que me incomodavam, já que meus olhos ainda não estavam castanho dourado.

Eles estavam mais para um laranja quase dourado.

—Pronta. - disse e começamos a andar em direção à entrada da casa.

—Mais suco Louise? - Esme perguntou a minha tia assim que entramos.

—Não obrigada Esme, só quero ver a Lanna. - Louise agradeceu e Esme olhou para mim.

—Mamãe. - sussurrei e Louise virou para me ver.

—Lanna?!- ela sussurrou se levantando em choque assim que me viu.

—Sim, sou eu. - disse e ela balançou a cabeça confusa.

—Você está tão... - ela não soube o que dizer.

—Linda filha. Uma princesa. - Daniel disse e me abraçou forte.

—Obrigada pai. - sussurrei temerosa.

Eu tentava não ouvir o coração dele batendo, seu sangue fluindo por suas veias ou o seu cheiro delicioso. Nervosa de afastei de Daniel com medo de machucá-lo.

Eu não podia machucá-lo, afinal ele era meu pai.

Um ser humano que merece viver.

Um ser humano que eu amava.

Repete esse mantra até que me acalmei e olhei para Lukas que estava em alerta para me impedir de fazer algo.

—Estou bem.- sussurrei tão baixo que só um vampiro seria capaz de escutar, e ele balançou a cabeça sinalizando que entendia.

—Estou feliz que você esteja bem e saudável. - Daniel disse amoroso e sorriu.

—Me desculpe pelo susto. - Louise disse suave e me abraçou, mas tremeu de leve em contato com a minha pele fria.

—Você está gelada meu bem. - ela disse preocupada e pegou meu pulso, mas me soltei dela.

Louise não podia sentir a minha inexistente pulsação, por que ela não entenderia o que eu era agora.

—Estou bem mãe. - garanti e senti Jasper a convencer com seu poder.

—É apenas uma reação a doença. A temperatura dela ficará assim por um bom tempo. - Carlisle disse e esticou a palavra tempo.

—Sei. - minha tia disse desconfiada.

— Louise, amor pare de ser tão desconfiada. Nossa menina está bem e é isso o que importa. - Daniel disse serio.

—Você tem razão. - ela disse vencida.

—Vamos sentar, você querem algo? - Esme questionou desconversando enquanto todos sentavam.

—Como foi à viagem? Não tivemos tempo para conversar, já que você adoeceu e pensei que fosse perder você. - ela questionou amorosa enquanto virava para me ver.

—Foi ótima, adorei tudo que vi. - disse animada e ela sorriu.

—Deve ter sido, por que você me mandou cada presente lindo. - Louise disse e rimos.

—Foi uma ótima viagem. Pena que não cumprimos o tempo previsto da lua de mel.- Lukas disse sentado ao meu lado enquanto segurava minha mão.

—Vocês são jovens, e além do mais tem todo tempo do mundo para continuar a viagem.- Daniel disse e Lukas sorriu suave.

—Acho que agora será um pouco complicado.

—Porque?

—Estamos programados em ir para Cambridge, por isso será complicado.- expliquei tentando desviar a atenção dos dois do real motivo do adiamento da nossa lua de mel.

—Entendo, e espero que vocês tenham um filho na programação. Por que quero muito ser avó. - Louise disse e nós paramos de respirar.

—Coitada. – ouvi Emmett dizer e rir enquanto assistia a seu jogo de beisebol no escritório.

Logo ouvimos a zoada de algo se quebrando e as vozes dos nossos filhos.

Não demorou muito para os dois descerem correndo as escadas.

—Mamãe. - Nicolas soluçou correndo de braços abertos e vindo direto para me abraçar.

—Mamãe, a Nikki colou chiclete no meu cabelo por vingança. - ele disse chorando em meu peito.

—Quem mandou cortar o meu cabelo. - Nicole gritou furiosa e batendo o pé.

—Tudo bem Leah e Seth nós resolvemos. - Lukas disse olhando para os dois que desceram correndo atrás das crianças que foram mais rápidas.

—O que está havendo?!- Louise questionou confusa enquanto olhava de mim para Lukas e depois para as crianças.

—Calma amor, mamãe vai resolver tudo. - disse me levantando com ele no colo e sem olhar para a minha tia.

—Não, deixa ele aqui mãe, ainda não terminei. Ainda tenho que bater nele. - Nikki disse e Lukas a pegou pelo braço.

— E a senhorita vem comigo. - Lukas disse serio.

—Me deixa pai, vou acabar com ele. - ela gritou enquanto Lukas a pegava no colo e Nicole esperneava furiosa.

—Mãe?! Pai?!- Louise e Daniel disseram confusos enquanto eu e Lukas levávamos as crianças para a cozinha.

—E agora? - questionei apavorada enquanto colocava Nikko na bancada e ele Nikki.

—Não sei. Pensei que ela fosse morre de susto. - Lukas disse tirando o resto de chiclete que havia na roupa, nas mãos e na boca de Nicole, enquanto eu cortava uma mecha do cabelo de Nicolas que estava com chiclete.

—Me dê, vou colocar no álbum de bebê como a primeira mecha de cabelo do nosso filhote. - Lukas disse e sorri.

—E o meu pai? - Nicole questionou ciumenta.

— O seu já guardei meu amor. - ele disse e beijou a ponta do nariz dela. - Peça desculpas ao seu irmão.

—Papai. - ela implorou com olhos cheio de lágrimas.

—Não adianta apelar Angélique.

—Me desculpe Nicolas. - ela pediu suave enquanto Nicolas cruzava os braços e fazia uma cara feia.

—Nicolas. - disse seria.

—Me desculpe Nicole. - ele disse e os dois se abraçaram.

—Ótimo, nada de brigarem. Prometem? - Lukas questionou.

—Prometemos. - os dois disseram juntos.

—Que bom, querem chocolate? - ele perguntou pegando duas barras de chocolate branco no armário.

—Sim. - os dois disseram e pegaram seus chocolates.

É, meus filhos são loucos por chocolate branco assim como o pai era.

—Lanna Marie Sant Clair Scofield. - minha tia gritou aparecendo na cozinha furiosa.

—Quem é essa doida? - Nicolas questionou para a irmã enquanto comia seu chocolate.

—Eu não sei não. - Nicole disse com a boca cheia de chocolate.

—Não se esqueça do Cullen Louise, pois ela é minha mulher. - Lukas a corrigiu.

—Cala essa boca, não falei com você. - Louise disse histérica e meus filhos se esconderam atrás do pai.

—Mãe para com isso. Você está assustando os dois. - disse e ela me olhou furiosa.

— Você vai me explicar direitinho por que essas crianças te chamam de mãe. - ela gritou descontrolada.

—Ora, por que ela é nossa mãe. - Nicolas disse como se falasse a coisa mais obvia do mundo.

—Ela não pode ser sua mãe. Ela só está casada há 4 meses e vocês parecem ter 3 anos, isso não é possível. E além do mais Lanna é estéreo.

—O que é estéreo pai? - Nicole questionou e Lukas colocou a mão na boca dela.

—Fica quieta querida. Depois o papai explica. - ele pediu nervoso.

—Lukas, você pode levar as crianças para cima. Preciso conversar com a minha mãe. -Pedi seria e ele me olhou confuso.

—Não se preocupe, vou contar tudo a ela.- disse e ele ficou mais aliviado.

Afinal, já havíamos combinados uma história para essa situação.

— Claro, vamos amores. - Lukas disse descendo as crianças da bancada e as levando para fora da cozinha.

—Podemos jogar vídeo game papai. - Nicolas pediu animado.

— Claro filho. - ouvi Lukas dizer e minha tia pigarreou pedindo atenção.

—Como você se explica Lanna? - ela questionou de braços cruzados.

—É meio complicado. - disse me sentando na cadeira e indicando que ela se sentasse.

—Sou capaz de entender.- ela disse seria.

—Nicolas e Nicole são sobrinhos de Lukas.- menti descaradamente e minha tia me olhou confusa.

—Como assim? - ela questionou e comecei a contar a história, que havíamos elaborado durante meses.

—Lukas tinha um irmão gêmeo idêntico, do qual ele nem sabia que existia, parece que os pais deles não tinham condições de ficarem com os dois e resolveram mandar um deles para o orfanato. Alguns meses atrás localizaram Lukas e lhe informaram que seu irmão havia morrido com a esposa em um acidente de carro.

—E as crianças?

—Por sorte elas estavam na creche. E decidimos adotá-los, afinal não podíamos deixar dois bebês abandonados. Aqueles dois são a única ligação de Lukas com o irmão que ele nunca conheceu.- disse emocionada e minha tia sorriu orgulhosa.

—O que vocês estão fazendo é um lindo gesto filha. Mas tem certeza? Afinal, vocês são tão jovens e recém-casados, talvez Carlisle e Esme possam ficar com as...- ela começou a dizer e me levantei da cadeira seria.

—Eles são meus filhos Louise, e ninguém além de mim vai cuidar deles.- disse furiosa e ela sorriu.

—Tudo bem “mamãe leoa”, sei que você é capaz disso.

—Me desculpe, não devia ter perdido o controle.- disse envergonhada enquanto me sentava novamente.

—Tudo bem, mas como eles te chamam de mãe tão rápido? - ela questionou curiosa e sorri.

—Com Lukas foi totalmente natural já que ele é idêntico ao pai deles, e no meu caso os dois pediram se poderiam me chamar de mãe e deixei. Desde então é pai para cá, mãe para lá.- disse orgulhosa e ela sorriu antes de segurar minha mão.

—Estou tão orgulhosa de você filha.

—A senhora acha que vou ser uma boa mãe? - questionei temerosa e ela sorriu.

—Isso nós aprendemos com o tempo amor, mas o principal posso ver que você já tem.

—Que seria?

—Amor, você ama aquelas crianças como se elas tivessem saído de você, e isso já lhe faz uma mãe incrível.

—Senti tanto a sua falta mãe.- sussurrei antes de abraça-la.

—Eu também querido, e vamos prometer que não vamos nos separar nunca. Promete? - ela questionou acariciando meu cabelo de leve.

—Prometo.

Odiava mentir para minha tia, mas era necessário para proteger meus filhos.

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Depois que terminamos de conversar levei minha mãe para conhecer os netos que estavam brincando com o pai de vídeo game na sala.

Meu pai estava encantado enquanto olhava para as crianças.

Sabia que Lukas já havia contado toda a nossa historinha a ele.

—Interrompemos? - questionei assim que aparecemos na sala.

—Claro que não amor.- Lukas disse desviando a atenção da tela.

—O senhor está falando isso por que está perdendo pai.- Nicolas disse fazendo todos rirem.

—Não é nada disso moleque fofoqueiro.- Lukas disse e bagunçou o cabelo de Nicolas que sorriu.

—Lukas é um excelente pai. - Daniel sussurrou orgulhoso para nós.

—Um pai modelo. - minha tia disse e sorrimos.

—É ele é um ótimo pai desde que pegou no colo. - disse e os dois sorriram.

—Meus amores, a mamãe quer apresentar duas pessoas muito importantes para ela. Será que vocês podem parar de jogar? - pedi e eles me obedeceram.- Vem cá meus amores.

Rapidamente os dois vieram até mim e me ajoelhei na frente deles, para que pudesse olhar ambos nos olhos.

—Vou preparar o lanche das crianças. - Lukas disse antes de sair da sala nos deixando a sós.

—Mãe, pai esses são seus netos. Nicolas e Nicole Cullen. - disse e eles sorriram.

—Pode me chamar de Nikki. – minha filha pediu sorrindo.

—E eu de Nikko.

—Vocês são lindos. - meu pai disse sorrindo encantado.

—Nós somos?!- meus filhos questionaram convencidos e revirei os olhos.

—São sim. - Louise disse e eles sorriram.

—Se vocês são pais da mamãe, porque parecem tão novos? Vocês são iguais aos nossos avôs?!- Nicolas questionou curioso enquanto olhava para Louise e Daniel.

— Na verdade sou tia da sua mãe e ele é o meu marido. - Louise explicou suave.

— E decidimos adotar sua mãe como nossa filha. - Daniel completou a explicação.

—Ah sim. - os dois disseram compreendendo a explicação.

— Hora do lanche meus pequenos. - Lukas cantarolou arrumando a mesa para o lanche das crianças.

—O que temos pai?- Nicolas questionou curioso.

—Bolo de chocolate branco.- ele comentou e nossos filhos sorriram.

—Adoro. - eles gritaram e correram para a mesa.

—Nada de sujeira. - adverti já vendo a bagunça que os três estavam fazendo.

Até Lukas se tornava uma criança ao lado dos filhos, se bem que todos nos comportávamos assim perto deles.

—Se não vovó Esme fica furiosa. - os dois disseram de boca cheia.

—Isso mesmo meus amores. - disse e eles continuaram a comer seu bolo.

—Papai, quero mais bolo. - Nicole pediu com a boca suja de chocolate.

—Também quero. - Nicolas pediu.

—Desculpem, mas nada de repeteco, se não vocês não jantam e ai a mãe de vocês vai passar a noite toda brigando comigo por fazer suas vontades. - Lukas disse com pesar.

—É verdade. - disse e Lukas revirou os olhos enquanto levava as crianças se limparem.

—Nós podemos chamar vocês de vovó e vovô? - minha filha perguntou assim que voltou para a sala.

—Claro querida. - Daniel disse e a pegou no colo. - Quantos anos você tem?

—Não sei. - ela respondeu confusa. - Quantos anos eu tenho papai?

—Uns 3 e meio. - Lukas disse pensativo.

— Isso é muito vovô? - ela questionou confusa.

—Não querida é bem pouquinho. - ele disse e Nicole sorriu.

—Nikki vamos brincar. - Nicolas implorou para a irmã assim que ele voltou do quarto.

—Tá bom. - ela disse cansada e deu um beijo na bochecha de Daniel que o pegou de surpresa. - Tau vovô.

—Tau vovó. - ela disse e beijou a bochecha de Louise antes de sair com Nicolas.

—Estou encantada com os dois, eles são tão doces e carinhosos. - Louise disse e sorri orgulhosa enquanto Lukas se sentava do meu lado.

—Eles são crianças muito amáveis. - ele disse orgulhoso e ouvimos um choro.

—Louise, acho que o Michael cansou da minha companhia. - Bella disse entrando na sala com meu primo no colo.

—Obrigada por ficar com ele Bella. - ela disse pegando o filho no colo.

—De nada, foi um prazer. Adoro crianças. - Bella disse sorrindo.

—Imagine quando você tiver os seus. - ela disse e sorrimos.

—Talvez, quem sabe. - Bella disse e piscou para o filho antes de sair.

—Agora que você é pai Lukas vai parar de tentar roubar os filhos dos outros. - Daniel brincou e rimos.

—Tenho amor para dar é vendar Daniel. Posso pegar o Michael no colo? - Lukas pediu e minha mãe sorriu antes de colocar Michael em seu colo.

—Ele está lindo mãe. - disse assim que Lukas se sentou ao meu lado e me mostrou meu primo que dormia sereno no colo do padrinho.

—É ele está crescendo rápido, daqui a pouco já vai estar correndo por aí.

—Não exagera Louise.

—Não se preocupe, sei como é. - Lukas disse e deu um beijo na testa de Michael.

—Pai. - Nicole sussurrou traída assim que entrou na sala e viu Lukas com outro bebê no colo. -Hei, esse pai é meu e não seu.

—Angélique pare com isso. - a repreendi enquanto ela chorava sem parar e andava em direção ao pai.

—Ele é meu pai. Meu e não seu, sua coisinha feia. - ela sussurrou entre lagrimas. - Meu papai. Meu.

—Ele é nosso pai. – Nicolas gritou possesso de ciúmes. – E só aceito dividi-lo com a Nicole e com a mamãe.

—Crianças parem com isso agora. - pedi assim que Michael começou a chorar e Lukas levantou para acalenta-lo.

—O papai não gosta mais da gente mãe?!- Nicole perguntou chorando sem parar.

— Não é isso filha. - sussurrei e ela correu para abraçar as pernas do pai.

—Papai, volta a ser o meu pai. Prometeu que não vou mais brigar com o Nicolas. - ela prometeu chorando.

—Meu amor... - Lukas sussurrou sem saber o que falar enquanto Nicole abraça sua perna com força e Nicolas chorava em meu peito.

—Louise, pegue-o, por favor. - Lukas disse dando Michael a Louise e pegou Nicole no colo logo em seguida. - Jamais vou deixar de seu pai meu amor.

—Você queria sim. - ela disse com birra enquanto abraçava o pai pelo pescoço.

—Não queria não docinho, você e seu irmão são meus tesouros e jamais trocaria vocês por outro bebê da face do mundo. - ele disse acariciando o cabelo preto de Nicole.

—Jura papai? - Nicolas questionou choroso e Lukas o pegou no colo indo se sentar no sofá.

— Eu juro. Por que vocês estão desse jeito?! Por que esse ciúme todo? Vocês nunca ficaram com ciúme da Alessya ou da Wanessa.

—Por que elas são diferentes. São como a gente, já ele não. É pequeno e bonitinho. - Nicole disse com ciúme e sorri.

—Você também é pequena e bonitinha docinho. - Lukas disse e apertou o nariz dela de leve que não riu.

—O senhor quer trocar a gente por ele? - Nicolas questionou sério e de braços cruzados.

—Claro que não amor, jamais vou trocar vocês dois por ninguém. - Lukas explicou carinhoso. - Ele é meu afilhado e gosto dele.

—Mais do que da gente? - Nicole questionou seria.

—Claro que não, são amores diferentes. Eu amo muito vocês. Muito. – Lukas cantarolou enchendo os dois de beijos fazendo-os rir.

—Nós também papai. - eles sussurraram e abraçaram Lukas com força.

—Agora peçam desculpas a Louise e Daniel.

—Desculpe. - os dois disseram sem graça.

—Tudo bem. - Louise disse e fez um carinho na cabeça dos dois que bocejaram alto.

—Pai, soninho. - Nicole disse esfregando os olhos.

—Não quero tirar soneca. - Nicolas reclamou sonolento.

—Tudo bem, vou colocar sua irmã para dormi e você me ajuda a terminar de ler o pequeno príncipe para ela.

—Tá bom. - ele concordou bocejando alto.

—Me desculpe, mas vou coloca-los na cama.

—Tudo bem Lukas, eles parecem cansados.

—Tau vó. Tau vô. - os dois disseram sonolentos enquanto Lukas subia com eles.

—Eles são uns amores Lanna. - Daniel disse e sorri orgulhosa.

—São pai, Lukas baba aqueles dois de uma forma que me deixa furiosa. Vivo dizendo a ele para não mimar tanto os dois e ele não me ouvi. Só diz “Eles são meus únicos filhos, tenho que os baba-los mesmo”. – disse imitando a voz dele perfeitamente.

—Ele tem cara de fazer isso mesmo.

—Ou pior. - Louise discordou.

—Posso pedir algo? - perguntei hesitante e me levantei do sofá.

—Claro filha.

—Não digam nada aos meus avôs ainda. Quero contar tudo pessoalmente, principalmente para o meu avô.

—Prometo querida. - Louise sussurrou acariciando meu rosto.

—Nos prometemos amor, não se preocupe. - Daniel disse e agradeci aliviada.

Depois que meus pais foram embora subi para ver meus amores no antigo quarto de Lukas, abri a porta sem fazer barulho para não acordar as crianças.

—Adoro esse livro. - sussurrei assim que Lukas terminou de ler e fechou o livro.

—Eu também. - ele sussurrou acariciando o cabelo das crianças e lhes deu um beijo na testa antes de levantar da cama.

—Disse a você que tudo iria sair bem, não disse? - Lukas comentou enquanto me abraçava e sorri.

—Você disse, mas não gostei de mentir sobre meus bebês.- disse olhando em seus olhos.

—Eu também não. Mas era necessário para a segurança deles.

—Eu sei, por isso menti tão descaradamente na cara dos meus pais.- disse e Lukas viu se as crianças estavam dormindo antes de se virar para mim.

—Que tal se aproveitássemos para namorar um pouco enquanto nossos bebês dormem? - ele sugeriu malicioso e sorri.

—Só se for agora.- sussurrei puxando-o pelo casaco enquanto nos beijávamos.