—Bom dia. -Lanna sussurrou no peito e sorri.

—Bom dia amor. - disse e lhe dei um beijo.

—O que você quer para o café?-perguntei.

—Hum... Panquecas.

—Certo. -disse enquanto me levantava e ela me olhou estranho.

—Que foi?- questionei fazendo carinho em seu cabelo.

—Nada, só estava olhando você. -ela admitiu corada.

—Sei. -disse e lhe dei um beijo.

Fui para a cozinha fazer o café de Lanna e Alessya estava lá terminando o seu.

—Lukas?-ela me chamou e virei para olha-la.

—Quando sua filha nascer, você não irá se esquecer de mim não é?-ela questionou me olhando.

—Claro que não. - disse e a abracei forte. -Você é minha prima querida e sempre vou ama-la.

—Eu também amo você. -ela disse e sorri.

—Viu querida, eu disse que seu primo jamais se esqueceria de você. - tia Rose disse lavando as louças do café de Alessya.

—Agora vá brincar com seu pai amor.

—Claro mamãe. -Alessya disse e foi para a sala.

—Como você está?-ela questionou preocupada.

—Bem. -disse e ela sorriu.

—Você não está assustado por que vai ser pai?- ela questionou me espiando de canto de olho.

—Sempre quis isso, só deixei de lado por que Lanna não podia ter filhos, mas aconteceu um milagre. -disse rindo e minha tai riu.

—Você merece ter um filho e a Lanna também. Alessya foi e é a melhor coisa na minha existência, e sei que vocês também se sentiram assim em relação aos seus filhos.

—Eu sei tia. -disse terminando de arrumar a bandeja.

—Diga a ela que já estou indo fazer uma visitinha. -ela disse e sorri.

—Claro.

—Sua irmã vem passar o dia aqui.

—Renesmee?! Serio?-questionei dando meia volta.

—Serio, seus pais foram busca-la.

—Eles estão morrendo de saudade dela assim como eu. -disse e minha tia sorriu.

—Todos nós. -ela disse sorrindo e fui para o quarto.

—Mãe, fica calma. -ouvi Lanna dizer nervosa.

—Prometo que não vou morrer sem vê-la de novo. - ela sussurrou segurando as lágrimas.

—Não se preocupe, nem parece que estou em um hospital está mais para um SPA cinco estrelas daquelas que íamos com a mamãe. -ela disse suave enquanto enxugava algumas lagrimas.

—Não se preocupe, pense em mim saudável e feliz como sempre fui. -ela disse suave enquanto respirava fundo.

—Eu amo você. -ela sussurrou e desligou o telefone enquanto caia no choro.

Coloquei a bandeja na cama e me sentei olhando para ela enquanto ela chorava.

—Hei querida, o que foi? – perguntei e ela enxugou suas lagrimas.

—Meus pais querem me ver, eles acham que não vou... -ela disse em um sussurro de dor e a abracei.

—Você não vai morrer. Eu não vou deixar. -disse acariciando seu cabelo.

—Eu sei. -ela sussurrou me abraçando mais forte.

Fiquei abraçado a ela por horas até que ela se acalmou.

—Tenho uma surpresa. -cantarolei feliz.

—Que tipo de surpresa?

—Adivinha?

—Não posso ver tudo amor. - ela disse suave e amorosa.

—Renesmee está vindo de La push para ver você. -disse e ela sorriu contente.

—Verdade?

—Verdade.

Depois do casamento Nessie havia se mudado para La push com Jacob, meu avô concluiu que a sua gravidez não era de alto risco então ela optou por morar lá.

—Lanna. -Renesmee gritou entrando no quarto devagar, pois estava com a barriga enorme.

Ela abraçou Lanna meio de lado, foi até engraçado ver as duas tão unidas e gravidas o que me fez rir levemente.

—Anthony sai do quarto agora. Nós vamos ter uma “conversinha entre mulheres.” -disse Nessie se levantando da cama e começando a me empurrar para fora.

—Não posso deixar a Lanna sozinha. -disse enquanto ela me empurrava para fora.

—Eu sou alguém sabia?! Agora, cai fora. -ela disse e bateu com a porta na minha cara.

Desci as escadas bufando de raiva e ouvi todos na sala.

—Olha quem chegou. O novo papai do clã. - Jacob disse e todos riram enquanto eu revirava os olhos.

—Elas colocaram você para fora não foi?-tio Emm perguntou.

—Foi tio, foi. -disse resignado e ele começou a rir.

—Duas mulheres gravidas trancadas no quarto não é boa coisa. - ele disse serio.

—E desde quando duas mulheres juntas é boa coisa?!-meu pai questionou.

—E por que não?-minha mãe perguntou seria.

—Resumindo: Elas vão falar mal dos maridos. -tio Jazz disse e todos riram.

—Nessie não faria isso, não sou um péssimo marido. - Jacob se defendeu.

—Ai de você. - todos rosnaram de leve.

—Lanna não faria isso, ela me ama. -disse e todos riram.

—Ah tá bom. Ela quase quebrou a casa na sua cabeça, além de quase matar você. Com certeza ela tem motivos para falar mal de você. -Jacob disse serio.

—Meta-se na sua vida. -rugi e ele riu.

—Tudo bem, eu não disse nada. - Jacob disse levantando as mãos como se estivesse se rendendo.

—Serio Jake, você perdeu todo o show pirotécnico que Lanna deu. A casa toda tremeu. -Emmett contava animado.

—Eu ainda acho que Lanna tem algo de bruxa. Uma bruxa poderosa demais. -meu pai disse pensativo.

—Lanna não é uma bruxa pai, ela é humana.

—Vamos mudar de assunto. -pedi.

—Claro. -todos disseram.

—Como foi que você perdeu a virgindade?!- Jacob perguntou e o encarei furioso.

—Vai pro inferno Jacob. -gritei furioso.

—Ow, nada de brigas, essa mesa é uma antiguidade e se vocês quebrarem... -minha avó ameaçou.

—Carlisle, Lanna já vai fazer 1 mês gravida e ela ainda não deu a luz, será que tem algo errado?-minha mãe questionou preocupada.

—Não sei Bella. Os exames indicam que não, mas Lanna ainda é nova além de termos os dois fatores de risco. Se bem que ela já passou por muitas emoções para uma gravida de alto risco.

—Até você vovô?!-gemi e todos riram.

E não podemos esquecer a Susan que também persegui a vida da Lanna. -Alice lembrou.

—Dessa eu cuidei, mas se ela voltar a ligar para perturbar a Lanna, eu não vou ser cavalheiro. - disse e todos concordaram.

Foi então que ouvimos dois gritos desesperados.

Um de Lanna e outro de Nessie.

—Lanna. -gritei me levantando da cadeira e voando para o andar de cima.

—Nessie. -Jacob gritou ao mesmo tempo que eu e correu atrás de mim.

—O que foi?-gritei desesperado.

—Acho que ela está em trabalho de parto. -Lanna gritou apontando para Nessie.

—E eu acho que ela também está. -Nessie gritou apontando para Lanna.

—Ai. -as duas gemeram juntas de dor e eu corri para o lado de Lanna assim como Jacob correu para o lado de Nessie.

—Precisamos leva-las para a biblioteca. -disse segurando a mão de Lanna.

—Claro Jacob leve-a agora. -meu avô disse e Jacob correu com Nessie e meus pais foram atrás.

—Lukas. -Lanna sussurrou sentindo dor.

—Sim meu amor. -sussurrei enxugando seu rosto.

—Estou com medo. -ela sussurrou apavorada e a abracei.

—Não fique eu estou aqui. -sussurrei e ela apertou meu braço com força.

—É outra contração amor. Respire fundo. -disse e coloquei todo meu conhecimento médico em ação.

—Suas contrações estão demorando muito. -disse pensativo.

—E o que isso tem haver?! Eu estou com dor. -ela gritou chorando.

—São contrações falsas, claro. - sussurrei para mim mesmo e a deitei na cama. - Agora Marie respire bem fundo e quando sentir dor aperte a minha mão sim?

—Tudo bem. -ela soluçou e respirou fundo várias vezes.

—Lukas.

—Sim amor.

—Está passando. -ela sussurrou mais calma.

—Vai passar meu anjo, são apenas contrações falsas, só isso você ainda não vai dar a luz.- sussurrei e beijei a sua testa.

—E a Nessie?- ela perguntou calma e sem dor.

—Ela sim estava em trabalho de parto. - disse ouvindo o pensamento de todos.

—Queria ver logo os nossos filhos. -ela disse decepcionada.

—Eu sei, mas é melhor assim amor, você vai precisar de todos os médicos da família para ajuda-la. -disse carinhosamente.

—Eu sei. -ela sussurrou cansada e eu a envolvi em um abraço fazendo-a adormecer.

—Como ela está?- tia Alice questionou preocupada.

—Foi alarme falso, mas temo que seja um ensaio.

—Ainda bem por que o parto da Nessie foi um pouco complicado, mas tudo correu bem. - minha tia disse aliviada.

—Graças aos céus. Ela está bem?- perguntei enquanto Lanna se remexia levemente na cama e gemia de dor.

—Shh amor, vai ficar tudo bem. - sussurrei e de um beijo em sua testa.

—Você é tio de uma linda menininha.

—Sou?!- disse feliz e sorrindo. - A senhora pode ficar com a Lanna, por favor, adoraria ver minha sobrinha.

—Claro. -ela disse se sentando ao lado de Lanna.

—Posso ver minha sobrinha?- perguntei na porta do antigo quarto de Nessie.

—Claro irmão entre. -ela me chamou e entrei no seu quarto me sentando ao seu lado.

—Lukas, essa é a sua sobrinha Wanessa Eduarda Cullen Black. -Renesmee disse colocando sua filha em meu colo.

—Oi Wanessa, sou seu tio Lukas. -disse emocionado enquanto ela me sondava com um par de olhos verdes e inesperadamente sorriu para mim.

—Você é linda querida. -sussurrei e lhe dei um beijo.

—Lukas para de babar a minha filha espere pela sua. -Jacob disse e revirei os olhos.

—Meu irmão é padrinho dela Jacob e ele pode baba nela quantas vezes quiser. - Nessie disse furiosa.

—Ness, não precisa brigar. -pedi sem graça. - Ela se parece com você.

—É, e ela tem os antigos olhos do papai. -Nessie disse orgulhosa.

—Ainda bem que ela se parece com o lado magnifico da família. -tia Rosalie disse sorrindo feito boba para Wanessa.

—Tia para, a Wanessa também é filha do Jacob. - Renesmee disse furiosa.

—Se acalme meu amor, você precisa descansar. -minha mãe disse para ela que concordou.

—E a Lanna?

—Foi alarme falso, ela está dormindo agora.

—Que bom, pois quando chegar a hora ela vai precisar de toda assistência medica possível. - meu avô alertou.

—Eu sei vovô. -disse e suspirei.

—O que foi Lukas?-Renesmee perguntou preocupada.

—Lanna se fingi de forte, mas hoje vi que ela está assustada. -sussurrei perdido em pensamentos.

—Tanto quanto você não é?- minha mãe questionou tocando meu ombro.

—Sim, mas temo por ela e por nossos filhos. -sussurrei tocando a mão da minha mãe.

—Não tema vai dar tudo certo filho. - ela disse e me abraçou.

—Espero mãe, espero por isso.

“Anthony , a sua esposa está chamando você.” –tia Alice pensou.

—Preciso ir, Lanna está me chamando. - sussurrei me soltando da mão e indo para o meu quarto.

—O que houve tia?-perguntei me sentando na cama e olhando para o rosto levemente perturbado da minha esposa.

—Acho que ela está tendo um pesadelo, ela se mexeu pela cama toda e chamava por você o tempo todo. - tia Alice disse e toquei o rosto de Lanna que estava febril.

—Ela está com febre. -disse preocupado e pegando um termômetro colocando nela.

—Isso não é nada bom, vou chamar o papai. - tia Alice disse e sumiu do quarto.

—Lukas. -Lanna me chamou sem forças.

—Estou aqui amor. -disse segurando a sua mão.

—Prometa pra mim, que você vai cuidar deles por mim. -ela pediu apertando levemente a minha mão e me olhando no fundo dos meus olhos.

—Eu prometo meu bem, agora fique calma. - pedi.

—Prometa que você não vai deixa-los de lado se eu morrer. -ela implorou chorando.

—Não vou fazer isso amor, eu prometo. E você não vai morrer.

—Eu vou Lukas, acabei de ver e você terá que escolher entre mim e nossos filhos. -ela sussurrou exausta e a olhei em choque.

—Não posso ficar sem você. - sussurrei desesperado.

—Eu sei, mas você precisa escolher a vida dos nossos filhos e não a minha. -ela implorou angustiada.

—Não posso fazer isso. - sussurrei chorando. – Não posso escolher entre eles e você. Eu os amo e não quero perde-los.

—Você não vai nos perder, sempre vou ama-lo e os nossos filhos vão ser um pedaço meu e seu. -ela sussurrou tocando meu rosto de leve.

—Não posso perder você, não sei existir sem você. -sussurrei beijando a sua mão que tocava meu rosto.

—Já vivi tudo que era para ser vivido, mas os nossos filhos não, eles precisam sobrevier e sei que eles vão e que você será um excelente pai para eles. - ela sussurrou exausta.

—Não se preocupe vou fazer o que prometi. - sussurrei com a voz embargada.

—Vou ser eternamente grata a você. -ela sussurrou tremendo levemente por causa da febre alta.

—Eu sei Lanna, eu sei. - sussurrei soltando a sua mão cobrindo-a.

—Como ela está?- meu avô perguntou enquanto a examinava.

—Nada bem vovô, nada bem. - sussurrei perdido em pensamentos e olhando para a janela.

—Lukas está tudo bem?- meu pai perguntou me sondando com o olhar.

—Sim está. - disse o olhando o sol a pino de meio dia.

“Ela pediu para que eu escolhesse salvar a vida do Nicolas e da Nicole e deixa-la morrer. Mas eu não consigo imaginar viver sem ela, eu a amo demais para perde-la assim. Mas por outro lado também não posso imaginar viver sem os filhos que eu amo tanto mesmo sem nunca tê-los visto.

Não sei o que fazer pai. ”- pensei olhando para a janela e ele tocou meu ombro.

—Faça o que você achar certo meu filho, estarei ao seu lado.

—Eu sei pai, eu sei.- disse olhando para a janela.

—Vou sedar a Lanna para que ela descanse, mas precisamos ficar de olho nela. - meu avô disse colocando-a no soro e sedando-a.

—Tudo bem vô, obrigado. -disse e me ajoelhei ao lado da cama segurei a mão de Lanna e sussurrei no seu ouvido. –Vou fazer o que você me pediu.

—Obrigada. -ela sussurrou totalmente inconsciente.

Faria o que ela me pediu por mais que me matasse por dentro, optaria por salvar a vida dos nossos filhos e cuidaria deles com todo amor que eu sentia por eles e pela mão deles.

Eu morreria sem ela, mas tinha que levantar a cabeça por que daqui a poucos dias duas pessoinhas irão depender de mim por toda a eternidade e eu os amaria por toda eternidade também.