Diario da Academia escrita por Draco Michaelis


Capítulo 6
A briga, parte final


Notas iniciais do capítulo

Olá meus docinhos!

Antes de me matarem, leiam todo o capitulo certo? *sorrindo*
Agora, vou aqui agradecer ao docinhos que comentaram:
MissSutcliffSpears e Vic Dragneel.
Obrigada.

***

Então sem mais delongas... Boa leitura



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— Aqui, deixe-me fazer isso... como... uma retribuição. — murmurou William tomando um lenço em suas mãos e se aproximando de Grell. O ruivo assustou-se e arregalou os olhos. O que é isso? Pensou ele confuso.

— Wi...ru — disse Grell com a voz entrecortada pela proximidade de que William estava de si. O que há com ele? Pensaram ambos ao mesmo tempo.

O moreno secou o sangue nos lábios do ruivo com seu coração batendo aceleradamente. Grell não desgrudava os olhos dos de William e respirava pesadamente. Assim que o lábio parou de sangrar, o moreno se afastou, sentando-se no sofá e tomando uma das xícaras já servida com o chá em mãos e levando-a aos lábios.

— O que faz aqui? — perguntou Grell após sair de seu estado de semi choque. William fechou os olhos ao beber do chá insossos preparado por Grell.

— Quero meu... "caderno"... de volta — disse ele com cuidado para não proferir a palavra “diário” para não parecer sentimentalista. Grell se sobressaltou com a informação e desviou os olhos.

— Por...que... — murmurou o ruivo de cabeça baixa. O moreno se preparou para dizer algo, mas foi impedido por Grell que, com os olhos marejados, exclamou — me diga o porque, que eu te devolvo o diário! — o moreno baixou a cabeça, certamente envergonhado e sem poder evitar suas bochechas tomaram um tom rosado.

— Não sei do que está falando... — murmurou William, em um tom baixo. A figura vermelha tornou-se em pé e com algumas lágrimas já lhe escorrendo pela face, lançou um olhar de ódio para o outro.

— Mentiroso! William, por Deus! Diga-me! Diga-me o que foi que eu fiz para você seu baka! — Gritou o ruivo segurando os ombros de William com os olhos arregalados. O moreno tentou desviar os olhos, mas a visão de Grell naquele estado fez algo lá fundo de seu peito ferir-se, odiar-se por inflingir tamanha dor.

— A... festa... — murmurou ele com um nó apertado na garganta. O ruivo olha-o com tristeza. — A maldita festa de Alexander Dubois. Eu te disse para não ir e você foi! — esbravejou William se soltando das mãos de Grell.

— Mas eu não entendo... Porque me odiar depois daquilo? — questionou o ruivo entre lágrimas.

— Por...que... — uma pequena lágrima se formou no canto dos olhos verdes e inexpressivos de William. Mas que droga... não dá mais para mentir... eu... não consigo... pensou o moreno deixando aquela lágrima escorrer pelo semblante tenso — Aquele... beijo... era meu. — desabafou apertando os lábios.

— O-o que... o que quer dizer com isso? — perguntou o ruivo surpreso. William se manteve calado, apenas deixando as lágrimas caírem de seus olhos sem fazer nenhuma objeção.

— Leia... pagina... 51... — murmurou o moreno de cabeça baixa.

Grell assentiu meio relutante. Oh Wiru... um sentimento de amargura se remoia em seu peito. Andando a passos incertos ele enfim chegou ao quarto, abrindo as portas do guarda-roupas lentamente, ainda pensando nas ultimas palavras proferidas por William, e logo retirando os diários. Acho que... talvez... deva mostrar isso a ele também... pensou encarando a capa do seu pertence secreto.

Os passos em direção a sala foram dados mais espaçados agora, com certa ansiedade e medo.

Grell sentou-se ao lado de William e segurou sua mão. O moreno sentiu como se um choque percorresse todo o seu corpo de maneira hostil e dramática. Eram muitos sentimentos de uma vez para aquele que tentara, ao máximo, desviar-se destes. Medo, raiva, angustia e... amor.

Grell recolheu sua mão e lhe entregou seu diário, temeroso. William olhou para tal objeto sem compreender o que acontecia.

— Acho que tem este direito também. — balbuciou o ruivo voltando os olhos para o diário negro em seu colo.

Ele hesitou. A face manchada pelos rastros de maquiagem manchada por causa das lágrimas tinha uma expressão de duvida. Não há como voltar atrás... pensou suspirando com os olhos cerrados. Os dedos finos e pálidos percorreram a capa mais uma vez, sentindo-a enquanto tentava desmanchar o nó enorme preso em sua garganta. Seja corajosa... vamos! Disse para si mesmo abrindo o volume. Correu as folhar até a página indicada.

Página 51 - Diário de William T. Spears – dia 31 de outubro de 1799

Sei agora como é aquele sentimento diversas vezes descrito em livros humanos, aquele sentimento que corrói diversas almas e leva-as a cometerem loucuras.

Coração partido. Muito li a respeito, mas nunca achei que doesse tanto. Vou contar-lhe o que aconteceu, este será nosso segredo. Para todo o sempre.

Às oito horas em ponto estávamos eu e Grell sentados em nossa classe conversando sobre a matéria que cairia no exame teórico em menos de duas semanas, quando Alexander se aproximou de nossa mesa.

Ohayōgozaimasu Grell-chan e William-kun! disse ele arrogantemente. Grell sorriu e eu me mantive sério.

Ohayō— murmurei de volta, sem interesse em falar com aquele baka.

Ohayõ Alex-chan. respondeu Grell com as faces coradas, como sempre ficava após aquele maldito depositar um de seus beijos mortais em suas mãos.

Odeio-te murmurei com um tom inaudível. Debois balançou os cabelos de um lado para o outro e lançou um olhar provocativo junto com um sorriso sarcástico para Grell. A raiva me fervilhou.

Bom, de qualquer modo... Gostaria de convidá-los para uma festa de Halloween que estou organizando para esta noite e... Ache de imenso descabimento tal convite e tal festa. Faltam menos de duas semanas para os testes e eles pensam em festas?

Lamento, mas eu não poderei ir. cortei-lhe. Alexander murchou seu sorriso sínico, como se importasse o fato de minha pessoa estar presente em uma festa profana como aquela.

Bom... é realmente um pena... e você my fair lady? murmurou o loiro olhando novamente para Grell. Mordi meu lábio inferior e olhei para meu amigo.

E-eu não sei Alex... as provas estão bem próximas... disse ele olhando para as anotações em seu caderno. Ele parecia querer ir a festa, mas sabia que seria algo que me magoaria e acho que foi por isso deu essa desculpa por causa das provas.

Depois daquilo Alexander ficou tentando convencer Grell a comparecer no baile até o professor da próxima aula chegar.

Durante o resto da manhã me peguei diversas vezes distraído olhando para Grell com o canto dos olhos. Tenho parado para reparar melhor nele desde o incidente com o russo. Sua franja sempre caindo sobre seus olhos e ele levando as mãos no rosto para retira-la, aquilo por algum motivo me parecia adorável. Seus gestos delicados me tiravam quaisquer resquícios de concentração. Sua voz doce... Mas que tipo de pensamentos são esse? Grell virou seu rosto para mim e murmurou algo, acordando-me de meus devaneios.

Algum problema? perguntou-me ele com um sorriso amigável. Neguei e voltei a olhar para o quadro onde o sensei estava falando alguma coisa sobre a ética de shinigami e que não devemos interferir na vida dos humanos.

Meu coração batia aceleradamente. O que será isso? Perguntava-me tentando entender o que acontecera.

A tarde nossa agenda de aulas estava livre e não tínhamos nenhuma tarefa de estagiários para fazer, então voltamos para o dormitório após o almoço.

Grell largou o material sobre a escrivaninha e se espreguiçou bocejando ao mesmo tempo.

Cansado? questionei enquanto abria meu caderno e o dele para copiar algumas anotações, pois as dele eram muito mais fáceis de entender. Ele sorriu e balançou a cabeça, relaxando os ombros.

Não... essas aulas que são entediantes... mantive meus olhos presos aos cadernos observando-o com a visão periférica, já imaginando onde ele pretendia chegar. Sabe Wiru... Porque não vamos a festa? perguntou sentando-se na cadeira ao meu lado. Suspirei e olhei para ele.

Eu não acho que uma festa seja mais importante que as provas no final do semestre... murmurei em um tom baixo, tentando bloquear a raiva que sentia.

Eu não quis dizer isso e você sabe. Eu me importo com as provas, mas sei que não dá para ficarmos assim, estudo, trabalho e mais estudo, precisamos de um descanso de vez em quando. Wiru, a festa seria uma ótima oportunida... murmurou ele com os olhos brilhando em expectativa. Eu bufei e ri, não querendo ser rude, mas a inocência dele, mesmo após o acontecimento com o Russo, se mantinha inabalável.

Grell, você ainda não entendeu? Acha que o que aconteceu com Dimitri Yovitch foi a primeira vez que tive que te defender? disse exaltado saiba que Alexander Dubois é tão baka quanto aquele garoto, ou até mais! Não vá nessa festa, por favor, podemos achar outra coisa para fazer, você pode escolher, mas não vá nessa festa. implorei olhando em seus olhos. Os mais belos e misteriosos olhos de todos.

Wiru... sei que só quer o meu bem... sei que é meu amigo... mas eu sei me cuidar... o que aconteceu com o russo... não vai mais acontecer... murmurou Grell com um fio de voz. A maneira carinhosa como ele me apelidou... aquilo me doía o coração... sei que és meu amigo, mas algo que sinto por ti é mais forte...

Não vá... por favor. pedi novamente, desta vez segurando suas mãos e ele assentiu. Dei um meio sorriso para ele que retribuiu tristonho.

Passamos o resto da tarde estudando e quando o relógio soou as 21 horas Grell tirou de sua maleta uma espécie de jogo de tabuleiro. Ficamos, até perto das 23 horas, jogando quando ele disse que iria se arrumar para dormir. Guardei o brinquedo me sentindo feliz por tê-lo feito desistir da festa e acabei por adormecer enquanto esperava Grell sair do banheiro.

Despertei com um facho de luz entrando por uma fresta aberta da porta.

Grell? Perguntei tateando a mesinha na procura de meus óculos. Grell, está acordado? disse pondo os óculos e indo até sua cama. Ele não estava lá. Baka! gritei.

Sai do quarto e esbarrarei com Eric Slingby. Nós trocamos meia dúzia de palavras e eu descobri que ele sabia onde estava acontecendo a festa do desprezível Alexander Dubois e até se ofereceu para ir comigo. Resisti um pouco, mas acabei cedendo.

Chegamos ao local e um cheiro de álcool misturado com alguma droga que não pude identificar logo entrou em minhas narinas. Eric e eu entramos lá e começamos a procurar por Grell.

Diversos shinigamis dançavam e se esbaldavam na festa, alguns se beijavam e me senti desconfortável ao ver um casal se tocando de uma forma inapropriada para uma situação pública.

Tentei evitar olhar para aquelas pessoas e me concentrar em encontrar logo Grell antes que o pervertido do Alexander Dubois tentasse fazer algo contra ele.

Depois de andar pelo espaço todo encontrei uma porta de vidro que dava para um jardim de inverno muito belo e lá estava Grell, sendo beijado por Alexander.

Meu coração se apertou e meus olhos marejaram, porém me recusei a chorar por causa disso, pelo menos não choraria ali.

Sinto muito William foi o que Eric disse ao ver minha reação diante de tal cena.

Eu vou embora... murmurei e sai andando sem olhar para trás.


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Notas finais do capítulo

Então... não me batam por favor *implora*

Novamente encerro um capitulo desta forma e isso não é legal, eu sei, mas era necessário.

Bem tem um pronunciamento a fazer:

Este é o penultimo capitulo da fanfic *porfavornãomematem!*
Oya,Oya, mas o que vocês não esperavam era que eu anunciasse pequenos bônus (OVA's) então surpresa, é o que vai ter!

—--* interrompemos o pronunciamento para exibir um comercial*---

Olá docinhos, gostaria de recomendar as fanfics da MissSutcliffSpears, porque são muito boas.

—--* voltando ao pronunciamento*---

Bem... espero que tenham gostado *youtuber mode on* se gostaram deixem um gostei, adicionem ao favoritos, compartilhem *you tuber mode off*
Nos vemos no proximo capitulo.
Kissus de uva coberta com chocolate.



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