Love Me Like You Do - Dramione escrita por Talita Albuquerque


Capítulo 8
O reencontro de dois corações


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal, por favor não me matem! Sei que fiquei bastante tempo sem postar. Estive muito ocupada por esse tempo, mas o capítulo está prontinho para ser lido por vocês, minhas leitoras! Sei que esperavam ansiosamente pelo reencontro do nosso casal, então ai está! Boa leitura. Espero muitos comentários, e comentários de novos leitores também, beijos.



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Lá estava ele, sentado em uma mesa afastado de todos, com um copo de whisky na mão, enquanto olhava ao redor chateado e aborrecido com a situação inesperada que estava sendo forçado a suportar por causa da insistência do amigo, em traze-lo para essa festa no ministério.

Sorriu amargo, ao notar o olhar de indignação, que as pessoas davam toda vez que se viravam para olha-lo. Apesar de ter se passado quase cinco anos, após a segunda grande guerra bruxa, as pessoas ainda o olhavam com repulsa.

Não que ele fosse bonzinho, afinal ainda era e para sempre seria, um sonserino e todos ali sabiam com clareza, as qualidades que destacavam com precisão qualquer serpente, das outras pessoas.

Pensando seriamente em se retirar da festa, ficou de pé e enquanto abotoava seu paletó marrom claro. Começou ao ouvir as pessoas murmurando sobre algo e guiando seus olhos azuis, a razão de tantos cochichos, sentiu seu coração bombear forte contra seu peito e o sangue correr com força total por suas veias, com a visão diante dos seus olhos.

Na ponta da escadaria se encontrava, Hermione Granger, enrolada naquela mais fina seda, tão delicada, sua cintura levemente apertada dando um ar de mulher poderosa, mas nada vulgar, o azul pertencente ao pano destacava ainda mais o seu belo sorriso, ela estava linda como jamais alguém ficaria, ela estava perfeita!

O sonserino observou hipnotizado, a mulher descer as escadas com calma e com uma elegância invejável. Notou, os olhares invejosos e enciumados das mulheres, e infelizmente também o desejo nos olhos dos homens solteiros e também acompanhados.

É um ciúme incontrolável e uma sensação de possessividade, lhe dominou o corpo em proporções descomunais e totalmente desconhecidas. Só tinha certeza de uma coisa; Não queria nenhum homem a olhando com desejo e cobiça.

Nenhum tinha o direito de olha-la assim. Fechou os punhos com força, nunca sentiu tanta raiva e tanto desejo em uma só situação. Abominou com todas suas forças, o fato de se sentir tão abalado, temeroso e frágil com a simples conclusão que sua consciência lhe afirmou; sempre foi e estava de novo, completamente apaixonado por essa garota, que infelizmente tinham o dom de despertar o desejo de todos os homens do planeta.

Hermione se sentia observada, e varrendo, seus olhos castanhos, pelo grande salão, sentiu seu corpo se arrepiar, ao mesmo tempo que ficava em uma linha rígida ao notar a fúria nos olhos azuis, que eram tão calmos e serenos, em sua casa, exalavam nesse momento. E enquanto o olhava, as lembranças do pesadelo, na mansão Malfoy explodiam em sua mente e teve que apoiar as mãos na cadeira, por conta da tontura e da falta de ar que lhe dominou enquanto ainda o olhava nos olhos.

Draco não desviou o olhar do dela, entretanto, atento aos gestos da garota, observou a tensão no corpo da mesma, porém foi o olhar cheio de temor da castanha que lhe chamou a atenção.

“Desde de quando, Hermione Granger tinha medo dele?” Se perguntou enquanto a observava sorrir falsamente para as pessoas que se aproximavam dela para cumprimenta-la.

“Essas pessoas são cegas? Será que elas, não viam que ela não estava bem? Acercavam, como urubus cercavam a carne” Esses pensamentos corriam livremente pela mente do homem, que nunca se preocupou com ninguém, além da sua mãe e seu melhor amigo.

A castanha antes mesmo de conseguir se acalmar, já estava cercada por no máximo, cinco pessoas, entretanto mesmo distraindo sua mente das lembranças, ainda podia sentir os olhos azuis, sobre si. Pediu licença a todos e com passos rápidos se conduziu ao banheiro, onde pretendia se acalmar um pouco e também para fugir do olhos, que sabia que ainda estava em cima de si.

“Porque ele a encarava tanto? Será que o sonserino arrogante que teve que aturar nos tempos de Hogwarts, tinha retornado?” se perguntou enquanto, analisava seu reflexo no espelho.

O loiro a observou se afastar de todos e no mesmo lugar, observou a garota rumar em direção ao banheiro. E guiado por seus instintos, que o alertavam, que algo estava errado, decidiu esperar por ela no corredor que era o caminho mais curto, entre o banheiro e o salão.

Os Malfoys, sempre foram, um sobrenome conhecido, por ser uma linhagem de sangue-puros, extremantes ricos e também por todos os membros dessa família pertencer a casa da sonserina. Todos Malfoys, eram astutos e desconfiados, e no momento que o homem deveria perceber estava sendo observado, por três homens, o loiro estava concentrado demais na garota para notar.

(...)

Hermione estava quase saindo do banheiro, quando avistou três homens mau encarados, próximos a porta, no entanto, o que lhe fez recuar de fato, foi a conversa esta envolvendo, ninguém menos que Draco Malfoy.

– Ele nem parece que levou uma surra a cinco dias, atrás – diz, um homem moreno de olhos castanhos, com a voz indignada e insatisfeita.

– Você esqueceu que somos bruxos? Ele deve ter tomado alguma coisa para os hematomas desaparecem mais rápido – comenta, um loiro de cabelo curto, com uma cicatriz horrenda na bochecha direta.

– Pode ser – concorda, o ultimo de cabelo ruivo curto – Aquele cara, nós pagou para deixarmos, o playboyzinho bastante machucado. Então, acho que temos que fazer outra visitinha ao herdeiro Malfoy – acrescenta – Mais dessa vez, vamos deixa-lo inconsciente e quando ele acordar, sequer vai ter forças e coragem para levantar do chão – aperfeiçoa, recebendo dos dois companheiros, sorrisos malignos e ameaçadores.

– Com todo prazer, chefinho – comentam em conjunto – Dessa vez, o Malfoy vai aprender – comentam, rindo – Vamos procura-lo e segui-lo, e quando ele estiver sozinho, acabamos com ele – completa, e rindo, os três voltaram para o salão.

Hermione ouvia tudo horrorizada, porém ciente de que precisava encontrar o loiro, antes dos capangas do mandante da surra. Sim, esses três, eram apenas fantoches de alguém que queria acabar com o sonserino. Precisava alertar Malfoy do perigo que o cercava, e suspirou aliviada, quando os viu, virarem o corredor.

Saiu do banheiro às pressas e com passos rápidos, seguiu para o salão, implorando em sua mente, para encontrar o loiro, antes deles.

E como o destino estava a favor da garota, a mesma acabou por escolher voltar pelo mesmo corredor que o sonserino estava a lhe esperar.

– Malfoy – disse o sobrenome do loiro aliviada, por avista-lo, a alguns metrôs do banheiro e não conseguindo conter, o alivio, a saudade e os batimentos cárdicos apressados do seu coração, se jogou nos braços do homem, envolvendo seus braços ao redor da cintura dele e a cabeça no peito do mesmo.

– Granger – conseguiu sussurrar o sobrenome dela, surpreso com a atitude da mesma, contudo, o que realmente lhe fez demorar para processar o que tinha acontecido foi realmente, a sensação surreal que dominou seu corpo ao se chocar ao dela, e também o perfume envolvente e marcante dela.

O cheiro dela era tão bom e tão tranquilizante, de uma maneira, que o homem sentiu o mundo e o peso das suas escolhas do passado, simplesmente desaparecerem por completo. Nunca chegou a abraça-la enquanto esteve na casa dela, mas o abraço da mulher, era muito mais do que esperava. Era o melhor abraço do mundo e foi então que ele entendeu que queria morar nesses braços, pelo resto da sua vida.

Hermione tentou se afastar, entretanto, os braços fortes a impediram de criar um espaço entre eles, e envergonhada pela situação um tanto intima que compartilhava com seu inimigo, coçou a garganta, forçando um pouco mais o afastamento, entretanto antes que pedisse para ele solta-la, passos vindo em direção ao corredor que estava vazio, lhe fez segurar na mão do loiro, e assustada o arrastou pelos corredores, sem soltar a mão dele.

Enquanto caminhava com o loiro pelos corredores, pensava onde poderia ir e ao passar por uma porta um pouco afastada das outras, acabou por adentrando no local e em silencio, subiu as escadas que os levariam a cobertura do prédio.

Draco se deixou ser arrastado, mesmo confuso com as reações da castanha acabou por se levado onde ela quisesse leva-lo e ficou ainda mais intrigado quando chegaram a cobertura do prédio.

– O que diabos, está acontecendo? – pergunta, voltando os olhos azuis em direção a garota, e perdeu a linha de raciocínio, com a bela visão diante dos seus olhos.

O vento balançava os cabelos lisos da bela mulher a sua frente, enquanto a mesma, passava os próprios braços ao redor da cintura em uma tentativa de se aquecer e por trás dela, o céu da noite tão belo, apenas iluminado pelas estrelas que brilhavam intensas no céu escuro e pela grande lua amarela.

– Eles, estão aqui – ela diz, enquanto notava o loiro a olhando fixamente, com os olhos azuis brilhando com intensidade.

– Eles, quem? – consegue pergunta, vagamente enquanto ainda se perdia na visão perfeita, da castanha sobre o luar.

– Os rapazes que deram aquela surra em você – explica, agora vendo finalmente, terno marrom impecável que o sonserino usava – É eles tão te procurando para te darem outra surra é dessa vez, garanto que você, sequer iria conseguir mover uma parte do seu corpo – completa, enquanto sentia um calafrio lhe subir a espinha, enquanto relembrava as palavras ditas pelos três homens.

Draco ouvia as explicações da castanha em silencio – Como você sabe disso? Por isso se jogou nos meus braços, daquela maneira? – pergunta, um tanto desapontado com a razão da castanha abraça-lo daquele modo.

Hermione estranhou o tom de desapontamento do loiro, quando o mesmo lhe fez a segunda pergunta, contudo preferiu responder a primeira pergunta e ignorar a segunda – Eu estava saindo do banheiro, quando os peguei falando de você – explica, um pouco envergonhada – Eles estão a mando de alguém – acrescenta – Alguém mandou te dá uma surra, Malfoy e pelo que parece quer que você leve outra – completa, com o olhar apavorante.

– Eu já imaginava isso – comenta – Aqueles três idiotas, são mais de bater, do que pensar – acrescenta – Como você está? – faz uma pergunta totalmente diferente, antes de guiar seus olhos azuis aos castanhos.

– E-eu estou bem e você? – devolve a pergunta o olhando nos olhos também enquanto também o analisava – Não esperava te encontrar nessa festa – comenta e em troca, recebeu um sorriso típico sonserino que dizia “Adoro está nos lugares que não me querem”

– Granger, você precisa me mostrar esses caras – lembrou – Preciso descobrir, quem é o mandante dessa perseguição – completa, ciente do olhar questionador da sabe-tudo de Hogwarts.

– Você deveria procurar as autoridades – sugeriu – Conta a eles, o que está acontecendo – acrescenta – Eles que deveriam tentar descobrir, quem quer acabar com você – diz, a última parte com um nó na garganta.

– Como se eles fossem se importar – comenta, irônico – Granger, acorda – falou um pouco mais alto do que pretendia, fazendo a garota se afastar assustada - Ninguém se importar com o que acontece com o ex-comensal da morte, aqui – coloca a mão direita sobre o peito – Todos por anos, e gerações vão sempre enxergar minha família e a mim, como comensais da morte – completa, sentido sua cabeça tonta por conta das emoções que lhe dominavam nesse exato momento.

A castanha o ouviu em silencio, porque sabia que ele precisava desabafar sobre tudo que teve que suportar sozinho, tanto em Hogwarts, dentro da própria casa por longos meses e também o fato de sedo forçado a se tornar um seguidor do Lorde das Trevas. O homem a sua frente, era a prova viva de o quanto, apenas uma escolha ou uma ameaça era capaz de acabar com uma vida, pelo menos era isso que ele pensava.

– Vai todo mundo sempre me julgar pelo que fiz no passado – afirma – Se ele está assim é porque merece, todos vão pensar assim – explica, em um desabafo inevitável – Ninguém se importar – repetiu – Ninguém se importar – completa, murmurando baixinho, enquanto guiava a cabeça para cima, olhando o céu estrelado acima de si.

As palavras dele, eram tão duras e tão sofridas. Ela simplesmente odiava vê-lo assim mais uma vez. A única vez que viu, Draco Malfoy frágil dessa maneira foi no dia que o encontrou machucado e ele em delírios, chorou em seus braços, como um menino assustado – Eu me importo – afirma, palavras que brotavam do seu coração com força e saiam por sua boca – Eu me importo com o que acontece com você – diz, uma verdade, porque foi por esse motivo que foi procura-lo em desespero e pânico.

O homem ouviu as palavras da mulher a alguns metros, entretanto, estava perdido demais nas sensações que se agarravam ao seu coração e corpo para sequer conseguir sair do lugar.

– Granger, o que está acontecendo com a gente? – pergunta, desejando de todo seu coração, que a garota mais inteligente de Hogwarts, pudesse lhe explicar o que estava tanto acontecendo consigo quanto com ela.

Hermione sentiu seu coração bater apressado em seu peito, tanto por conta da pergunta, quanto por ver que o homem também notara a mudança repentina que o quase relacionamento, nada amigável de ambos, nos tempos de Hogwarts se modificará.

– Eu não sei, Malfoy – responde sincera – Talvez a convivência, tenha mudado a forma que, um via o outro em Hogwarts – diz, uma meia verdade, o olhando nos olhos.

– E como você me ver, agora? – faz finalmente a pergunta que assombrava sua mente, desde do momento que saiu da casa da garota.

– Me responda primeiro, como você me ver agora? – devolve a pergunta ao loiro. Nunca foi covarde, contudo, falar abertamente com o homem que fez sua vida mudar de maneira drástica, em apenas quatro dias de convivência era assustador e também estava lidando com um sonserino, ou seja, alguém totalmente diferente do que estava acostumada e também a entender.

O loiro sorriu – Sabe, desse jeito nunca vamos, da outro passo para algo que poderia acontecer entre nós – comenta, sorrindo levemente para a garota, enquanto lentamente dava um passo em direção a ela.

Ambos estavam tão próximos, e ao mesmo tempo tão longe de fazer acontecer, o que os corações de ambos, queriam e imploravam. O único som ouvido, eram as respirações e o vento que soprava forte enquanto se olhavam.

– É melhor, eu ir agora – comenta, incomodada com o frio, porém, o que realmente lhe fez querer ir embora, foi o silencio angustiante de ambos, e as muralhas que eram invisíveis, contudo que os separavam e talvez os separassem para sempre.

– Hermione, espera! – ele pediu com a voz em um desespero que nunca teve na vida – Eu sou louco por você, e para ser sincero comigo mesmo e com você, sempre fui – as palavras que fluíam pela boca do sonserino, fazia tanto o coração dela quanto o dele baterem apressados contra seus peitos. – Por favor, não vá, não pelo menos sem dizer o que sentir por mim – completa, com a respiração suspensa enquanto esperava qualquer sinal vindo da mulher parada a alguns metros de si.


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Notas finais do capítulo

Cara, eu nem sei o que falar desse capitulo, sinceramente, gostei bastante de escrever o reencontro do nosso casal. As reações de um perante o outro, foi algo que quis escrever com a maior calma do mundo, porquê eu queria mostrar o quanto um ficava afetado na presença do outro. Hermione, correu para ajudar nosso sonserino. Ai ai ai, quem será o mandante da surra ao nosso loiro, hein? Não me matem, não me matem. U.u Até a próxima ô/ Quero ver muitos comentários, ô/