Love Me Like You Do - Dramione escrita por Talita Albuquerque


Capítulo 5
Inimigos desarmados


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, mais um capítulo fresquinho para vocês, espero que vocês curtam o capítulo, sei que não estou postando nos dias que citei no penúltimo capítulo postando, e infelizmente não teria dia certo para postar, entretanto, prometo postar sempre que possível. Quero ver muitos comentários, viu? Quem ainda não comentou faça uma forcinha para me fazerem feliz, sim? Vou ama, vê gente nova nos comentários! Abraços e boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/615928/chapter/5

Hermione já se encontrava sentada na pequena mesa da cozinha, enquanto mantinha os olhos fixos na garrafa que descongelava a cada segundo. E da mesma forma que a água derretia na superfície da garrafa, seus pensamentos envolvendo o loiro também fluíam por sua mente com liberdade e ousadia.

Em menos de dois dias, viveu momentos inacreditáveis e para piorar tal situação, o responsável era ninguém menos que Draco Malfoy. A castanha se arrependia a cada segundo que se passava de ter entrado no quarto do loiro e ter o pego em uma situação tão íntima. Só a lembrança, fazia suas bochechas ficarem vermelhas.

Sentiu a presença de alguém na cozinha e guiando os olhos para o lado, encontrou o loiro já vestido encostado na porta da cozinha, com os braços e pernas cruzadas enquanto seus olhos cinzas olhavam para tudo dentro da cozinha simples e moderna da mesma.

O homem usava uma bermuda preta e uma camisa azul de manga curta que combinava perfeitamente com a cor seus olhos nesse exato momento

– Estou vendo que comprou a tal pizza – afirma olhando para a caixa redonda em cima da mesa que já estavam com os talheres, copos e refrigerante encima.

– Claro – afirmou – Sente-se – ofereceu a cadeira a sua frente com um sorriso zombeteiro sobre os lábios – Eu estou morrendo de fome – confessa para o mesmo – Espero que goste – completa, colocando uma grande fatia da pizza de mozarela no prato frente ao loiro – Bom apetite, Malfoy – completa, antes de provar um pedaço da fatia de pizza dentro do seu próprio prato.

Draco olhou para a comida posta a sua frente, como se ela fosse devora-lo a qualquer momento, contudo não podia negar que o cheiro era agradável e convidativo para prova.

–Peste – murmura baixinho direcionado a mulher ao seu lado, antes de imitar o movimento feito pela castanha. E devagar e incerto, levou um pequeno pedaço dentro da própria boca.

O queijo derretido lhe trazia uma sensação muito boa, o queijo era uma combinação perfeita com a massa de pão e em questão de segundos, o loiro fechou os olhos, enquanto sentia o sabor tão bom lhe agradar o paladar de uma maneira nova e estranha ao mesmo tempo. Quando deu por si já estava cortando outro pedaço para experimentar de novo tal sensação e sabor.

Hermione observava pelo canto dos olhos, o loiro se deliciar mais uma vez com uma refeição trouxa e sorriu ao notar que aos poucos, o mesmo estava mudando sua visão sobre os trouxas.

– Fica melhor com esses dois complemento aqui – aponta para o ketchup e a maionese no centro da mesa.

– Okay. – aceita a sugestão da castanha, antes de pegar o ponte de coloração vermelha – Como está o trabalho no Ministério, Granger? – pergunta dando início uma conversa com a garota.

– Bem – responde, um pouco incerta pela tentativa do homem para inicia uma conversa consigo – E você, Malfoy? O que fez depois que saiu de Hogwarts? – pergunta enquanto, ambos comiam pela primeira vez em anos juntos e em harmonia.

– Bom, depois de Hogwarts e até antes, mesmo de voltar para lá, você já sabia que eu não seria bem aceito de fato – explica – Depois que terminei, viajei por algum tempo e quando retornei decidi meio que me afastar um pouco da influência dos meus pais – desabafou – Pois é, o herdeiro dos Malfoy, não vê os pais há exatamente cinco meses – completa, vendo o olhar surpreso de Hermione.

– Por que isso? – pergunta, sem entender exatamente pela distância imposta pelo loiro entre os pais – Por que decidiu ficar tão distante? – Acaba por pergunta sem conseguir se conter de tanta curiosidade.

– Precisava me despoluir – Argumentou sincero – Granger, eu não esqueci meu passado e tenho certeza que as pessoas também não – completa, a olhando fixamente.

A garota o olhou com carinho, nunca imaginou estar conversando com Draco dessa forma e principalmente vê-lo tão arrependido e machucado por conta das escolhas no passado.

– O passado não pode ser mudado, contudo o futuro sim – o encorajou sorrindo – E vejo que o primeiro passo, você já deu – elogia a postura do homem perante a má influência que infelizmente seus pais exerciam sobre o mesmo – Não que eu ache correto, você simplesmente cortar os laços com seus pais – explica-se rapidamente o olhando – no entanto, vejo que agora, você precisa pensar e errar por si próprio, sem ter ninguém para descordar de cada escolha e cada passo seu – completa, sorrindo verdadeiramente para o loiro.

– Granger, você às vezes me assusta – diz sorrindo para a castanha que o olhou sem entender – Essa sua inteligência absurda, as vezes parece que lê a mente das pessoas, cruzes – brinca, fazendo uma careta para a castanha que gargalhou levemente.

– Quase isso – comenta, brincalhona – Estou vendo que gostou da pizza – completa, observando o loiro comer com vontade.

– É gostosinha – comenta, a olhando de relance – Você fez a poção? – pergunta bebendo um pouco o refrigerante.

– Sim – responde – Antes de você dormir, eu te dou, okay? – dá uma sugestão.

– Certo – aceita a sugestão da garota – Então, você e o Wesley oficializaram, o que só Merlin sabe o que existia entre vocês – faz a pergunta que rondava sua mente desde do momento que acordou na casa dela.

– Hm... Não – finalmente consegue responder a pergunta feita pelo seu ex-quase colega de escola – Rony e eu não demos certo – explica, ao sem sabe porque queria lhe dá explicações.

– Entendi – responde – Você e ele são opostos incompatíveis – argumentou algo que sempre percebeu nos tempos de Hogwarts.

– É pode ser – concorda – Mas ainda temos um carinho e um enorme respeito um pelo outro, além é claro, da nossa amizade – completa, sorrindo ao lembrar do amigo com carinho – E você, Malfoy, não deu certo com a Parkinson? – perguntou, zombeteira e sorriu quando o loiro em resposta lhe dirigiu uma careta de desgosto.

– Merlin, não – responde rapidamente – E nós nunca tivemos nada sério naquele época, e em época nenhuma teremos – acrescentou rapidamente olhando fixamente para o rosto da castanha.

– A poção, vou busca-la – diz, dando fim ao contato visual intenso que trocava com o loiro – Quanto mais cedo você beber mais rápido os hematomas e as dores vão diminuir – explica, pegando uma jarra de vidro com um liquido grosso e marrom dentro.

– Isso parece nojento – comenta olhando o liquido dentro da jarra e o desgosto ficou pior quando, Hermione lhe estendeu um copo com o liquido dentro – Ah, não – diz com firmeza, olhando para a garota e o corpo algumas vezes.

– Malfoy, deixa de ser frouxo – provoca o loiro, com a voz autoritária e firme – Bebe logo isso – aproxima o copo um pouco mais em direção ao homem que deu passos para trás.

– Não mesmo – responde a olhando – Agora se me dá licença, vou para o quarto – completa, seguindo com passos firmes e rápidos em direção a escadaria, entretanto sua trajetória foi mudada ao ver uma caixa preta com imagens coloridas e vozes em frente ao sofá branco.

– Malfoy – Hermione o seguiu determinada a fazê-lo beber a poção, contudo seus planos mudaram ao se deparar com o Sonserino parado no meio da sala com os olhos vidrados na Tv.

A imagem na tela, era um cenário de guerra, e de alguma forma, ela sabia que Draco estava relembrando de tudo, que ambos passaram a quase cinco anos atrás, mesmo estando de lados opostos na guerra, ela sabia e sentia que ele ainda sofria com as escolhas feitas no passado.

O homem ouviu a voz autoritária da castanha, porém, estava envolvido demais nas dolorosas lembranças para conseguir desconectar a mente de tudo. Seu coração batia dolorosamente em seu peito, da mesma maneira que as lembranças, dos apelos das pessoas que viu morrer diante dos seus olhos, do desespero das pessoas, sabendo que seria o próximo ou o último, dos corpos estendidos pelo chão dos terrenos de Hogwarts e também na sua própria casa.

Até todas as minhas mangas estão manchadas de vermelho
De todas as verdades que eu disse
Venha, honestamente eu juro
Pensei que você tinha me visto por um instante, não, eu tenho andado à beira de um precipício, então

Diga-me o que quer ouvir
Algo que agradará os seus ouvidos
Cansado de toda esta insinceridade
Então abrirei mão de todos os meus segredos
Dessa vez
Não preciso de outra mentira perfeita
Não me preocupo se as críticas nunca aparecem de uma só vez
Eu estou me desfazendo de todos os meus segredos

Fechou os olhos fortemente em uma tentativa boba de expulsar as lembranças, e ao abrir os olhos, viu aquela que um dia também esteve estendida sobre o chão da sua própria casa, sendo torturada e marcada como uma sangue-ruim.

Hermione viu tanto sofrimento naqueles olhos cinzas, que a vontade de chorar por ele lhe veio à mente, entretanto antes de sequer pensar, o sonserino já estava a apenas um passo dela, e em silencio, viu a mão dele pegar o seu braço direito, e com a respiração tensa, a mesma sentiu os dedos da mão esquerda do homem subirem a manga da blusa que usava, e foi então que ela sentiu. Sentiu os dedos frios e longos dele, tocarem exatamente onde estava a cicatriz feita pela tia do mesmo.

– Me orgulho dela – disse em um sussurro, que Draco só pode ouvir por conta da aproximação que estava com ela – Me orgulho de onde venho e me orgulho do sangue que corre por minhas veias – completa, com a voz cheia de emoção.

– Sei disso – afirma, o homem que ainda contornava a cicatriz com calma – Já eu, não me orgulho de ter estado lá e não ter feito nada – dá um sorriso triste em direção a castanha – Repito, eu não mereço um gesto bom vindo de você, Granger – completa, engolindo em seco.

– Quem decide isso, sou eu – acrescentou firme, enquanto a aproximação do homem a perturbava e a acalmava ao mesmo tempo.

– Tão teimosa – exclamou sorrindo fraco – Vou dormir, boa noite, Granger – deseja boa noite a castanha, pegando o copo que a mesma sequer notava que estava na mão esquerda – Durma bem – completa, seguindo escada acima sem olhar para trás.

– Você também – murmura, enquanto continuava imóvel no centro da sala, olhando em direção a escada, onde o homem subia sem olhar para trás um segundo sequer.

(...)

Já deitada na cama, relembrou a cena, vivida a alguns segundos, e tocado no próprio braço percebeu que nem mesmo Rony tinha tocado na cicatriz com carinho e respeito, como o sonserino tinha feito. Ao contrário, ele sentia raiva e ódio ao ver a cicatriz em seu braço. Mesmo Rony sendo seu amigo durante tantos anos e namorado por três, o próprio não percebia o orgulho que ela sentia por ter a cicatriz em seu braço direito.

Draco revirava na cama, temendo o momento que fecharia os olhos e os pesadelos lhe tomassem a mente e o sono tranquilo que tanto desejava essa noite. A conversa franca com sua ex-colega de escola de alguma lhe tirou um peso enorme das costas. De fato ter estar presente no momento que ela foi torturada, tanto fisicamente e emocionalmente o fazia ter náuseas e repulsa de si mesmo, por ver uma mulher passar por algo tão horrível e não fazer nada para ajudar.

Não há razão
Não há vergonha
Não há família
A quem eu possa culpar
Não me deixe desaparecer
Eu vou lhe contar tudo

Separados por alguns metrôs e por duas portas, contudo unidos pelos pensamentos. Tanto ela quanto ele, estavam mexidos demais com uma aproximação que nunca aconteceu nos tempos de Hogwarts. E juntos, ambos se permitiram pensar, o que teria acontecido se em algum momento nos tempos de Hogwarts, ambos se sentassem por algum momento para conversar.

(...)

Hermione foi a primeira a acordar e se sentindo bem, como a muito tempo não se sentia, levantou da cama com um sorriso, antes de seguir para o preparo do café da manhã para seu hospede e por incrível que pareça estava começando a gosta da presença do loiro em sua residência.

Draco estava no ótimo sono, quando sentiu alguma coisa peluda se esfregar em seu pescoço constantemente e abrindo os olhos lentamente se deparou com um gato amarelo peludo o olhando fixamente.

– Não acredito nisso – comenta para si mesmo, enquanto o gato folgado voltava a se esfregar nele com carinho – Saia – empurra o bicho para longe com delicadeza.

O gato mia, antes de volta para cima do peito do homem, justamente para o pescoço, se deitando entre o pescoço e o travesseiro do mesmo.

– Saia daí, gato esquisito – tenta espanta o gato que do lugar não saio, apenas resmungou um miado fluxo, antes se se aconchegar mais uma no pescoço quente de Draco – Eu mereço – retrucou, enquanto se aquentava na cama com o gato colado ao seu pescoço.

O homem permaneceu calado por alguns segundos, contudo, a fome fez seu estômago roncar e decidido a pôr fim a mordomia do gato, pulou da cama, o deixando para trás – Tchauzinho, esquisito – se despende do gato, fechando a porta e sorrindo caminhou pelo corredor.

– Ah bom dia, Malfoy – Hermione, vinha em direção ao quarto do mesmo para chama-lo para tomar café, quando o pegou vindo pelo corredor – Estava indo lhe chamar para tomamos café – explica, sorrindo levemente para o homem a sua frente.

– Humm, bom dia, Granger – cumprimentou de volta, a castanha – Deixa eu adivinha, comida trouxa para o café? – questiona, enquanto cruzava os braços com um sorriso amigável nos lábios.

– Com certeza – afirma, sorrindo zombeteira em retribuição ao sorriso de lado do mesmo – Vamos desce, você vai gosta – completa, amenizando a careta do loiro.

Draco e Hermione caminhavam em silencio em direção a cozinha, contudo não era um silencio perturbador, sim algo que ambos descreviam como paz e tranquilidade por estarem no mesmo ambiente por tanto tempo sem nenhuma troca de ofensas ou feitiços dirigidos um ao outro.

– Uau – diz, Draco surpreso com o belo café da manhã posto na mesa da cozinha – Granger, desse jeito, eu nunca vou embora da sua casa – admitiu, brincalhão, enquanto puxava uma cadeira para se sentar em frente a bela refeição a sua frente.

Pães de três tipos, suco de maracujá, torradas, morangos, uvas, maças e um bule de café faziam parte de uma mesa recheada de guloseimas que realmente estava abrindo o apetite do loiro sem sombras de dúvidas.

– Qualquer coisa, eu te expulso – acrescentou, já sentada a mesa frente ao loiro.

E assim, o café da manhã se passou, com dois inimigos declarados nos tempo de Hogwarts, conversando e se conhecendo de uma forma nunca permitida antes. Entre o café da manhã e o almoço, Draco voltou ao quarto, Hermione no primeiro momento pensou que ficaria sozinha na sala, contudo para sua surpresa, o loiro voltou com o livro da noite anterior para a sala e se sentando no sofá, se voltou para o livro que a mesma identificou como sendo; Orgulho e Preconceito.

– É um ótimo livro – comenta, sorrindo para o loiro, que apenas afirmou com a cabeça – Realmente, eu não esperava isso –apõe apontando para o livro – Sabe que esse livro mesmo sendo traduzindo, continua a se referir ao século XIX, de um modo geral, certo? – pergunta o olhando brevemente, antes de se volta para os pergaminhos que precisavam ser preenchidos.

– Granger, assim como você, a literatura para mim é algo indispensável na minha vida – explica – Eu só não vivo enfiado na biblioteca ou com mil livros do meu lado – comenta de um modo brincalhão, não irônico – E acredite, prefiro livros com escritas antigas do que as de hoje em dia – completa, piscando para a garota antes de se volta para o leitura do livro mais uma vez.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Oi de novo pessoal, bom... Não quero parece chata, então vou deixa a critérios de vocês os comentários, espero que vocês tinham gostado do capitulo. Esse capitulo foi um pouco maior, nê? Prometo tenta fazer maiores em todos os capítulos! Até a próxima!