Love Me Like You Do - Dramione escrita por Talita Albuquerque


Capítulo 26
Você é a força que me faz andar. Você é a esperança que me faz confiar. Você é a vida para minha alma. Você é meu propósito, você é tudo.


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, antes de mais nada, parabéns para nós pelo nosso dia! Apesar do meu parabéns atrasado. Bom, e com tristeza que venho enformar que chegamos a reta final da nossa fanfic! A fanfic só terá 30 capítulos, depois do de hoje, só falta mais quatro capítulos para o fim. Reta final e fortes emoções vem por ai! Agradeço pela paciência comigo, por aceitar minhas demoras, meus dengos. Vocês são leitoras incríveis, espero escrever muitas histórias para vocês! Boa leitura e até a próxima!



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O quarto estava silencioso e o único som ouvido no momento, era o do vento batendo contra o vidro da janela. Ela e ele se encontravam abraçados por debaixo das cobertas abraçados, aconchegados e perdidos nos braços um do outro, enquanto se olhavam fixamente.

Draco pensava no quanto era sortudo por tê-la e principalmente por ela aceitá-lo, apesar de todos os erros que cometeu, de todas as humilhações e as palavras duras que dirigiu a mulher que agora, o abraçava com tanto carinho e cuidado; Merlin, por mais que tentasse esquecer o passado, em certos momentos era impossível não pensar em tudo.

Fechou os olhos com força e ao abri-los, lá estavam os olhos castanhos brilhantes, o olhando com uma emoção nova, contudo ele não conseguia decifrar o olhar dela. Desde da primeira vez que a olhou nos olhos, se encantou.

Alguma coisa, o puxava para ela, algo que ele não conseguia entender, contudo não conseguia fugir e para ser sincero consigo mesmo, não queria.

— Sua família é totalmente diferente do que eu esperava, aliás, do que eu sempre imaginei e esperei das famílias trouxas – comentou, sorrindo fraco, ao lembrar o quanto achava todos os trouxas inferiores e insignificantes, no entanto ao conhecer a família da namorada, viu algo totalmente diferente; todos eram unidos, companheiros um dos outros e era visível o quanto se amavam e se preocupavam com o bem estar uns dos outros, apesar de não conviverem todos juntos.

Uma verdadeira família; um laço de amor que valia mais do que qualquer sangue puro de todas gerações dos Malfoys; com toda certeza.

Ela se perguntava sobre o que ele pensava, no entanto não lhe questionou, aprendeu com o passar do tempo que ele se abriria com ela, quando organizasse seus pensamentos. Era sempre assim. O sonserino tinha medo de se abrir e voltar a se tornar o mesmo garoto arrogante que fora nos tempos de Hogwarts, por isso sempre media suas palavras quando se pronunciava a ela.

— Nunca imaginei que você gostasse de crianças – finalmente, perguntou o que tanto queria, sentindo o coração quase saltar pela boca. Agora era a hora da verdade e da certeza da mudança do namorado em relação ao assunto delicado; filhos.

O loiro sorriu compreensivo – Acho que passei a impressão de que seria um péssimo homem, desde do nosso primeiro encontro em Hogwarts, não é? – perguntou, e a castanha apenas confirmou com a cabeça, sincera – Acho que o Draco de antes seria bem rude, curto e grosso em relação a qualquer aproximação e principalmente no quesito que envolvesse crianças, mas agora analisando bem; eu sempre gostei de crianças, principalmente pequenas – afirmou, sorrindo envergonhado para a castanha, que sem nenhuma palavra dizer, apenas o abraçou com força.

— Posso saber o motivo de tão belo sorriso? – perguntou, a notando com um sorriso tão magnifico nos lábios – Espero ser o motivo de tal sorriso, odiaria sabe que outra pessoa é capaz de lhe fazer sorrir assim – admitiu, fazendo uma careta, antes de beijar os cabelos castanhos, agora lisos e cheirosos que tanto criticou nos tempos do colégio.

Hermione abriu ainda mais o sorriso, olhando nos olhos dele. Podia tascar-lhe o beijo que tanto ansiava agora mesmo, micro centímetros, era o que empatava, contudo decidiu que queria ser beijada por ele. Queria que ele lhe tomasse os lábios de forma carinhosa e ao mesmo tempo possessiva, como o mesmo sempre fazia.

­– Ciúmes? – perguntou, divertida, ficando por cima dele, com as pernas de cada lado da cintura do mesmo, com as mãos posicionadas precisamente no peito do namorado, e sorriu ao sentir o bater calmo do seu coração que era dona. Afinal, o coração dele a pertencia, da mesma forma que ela lhe entregou o seu, sem ao menos perceber.

— Por toda minha vida – ele disse sincero, a olhando bobamente. Tinha algo diferente nela, mas não conseguia entender ou enxergar o que ou talvez fosse apenas um bobo-apaixonado que veria sempre a mulher que amava com perfeição e sempre com um ar de apaixonado. Merlin, não sabia que poderia agir como um poeta, contudo o amor sempre traz mudanças.

— Não há motivos para sentir ciúmes e você sabe disso, entretanto ao conviver com você, pude ver que não se pode tentar contrariar um sonserino e principalmente um Malfoy – explicou divertida, se aproximando, finalmente o beijando.

— É inevitável não sentir ciúmes – ele resmungou, entre o beijo e gemeu quando ela puxou seu lábio inferior com um pouco de força. Merlin, ele tinha uma mulher doce, forte, elegante e bela pelo dia, mas a noite, essa mesma mulher se tornava; sexy, atrevida na medida certa e muito desejável, que o fazia estremecer como nenhuma antes.

­­– Estava pensando na gente – ela explicou, rompendo o beijo, mesmo contra sua vontade e sorriu ao ouvi-lo gemer frustrado. No entanto, a citação da gente; fez o loiro prestar a atenção na conversa que ela começava a estabelecer consigo.

— Na gente? – questionou, tirando a mecha dos cabelos do rosto para trás da orelha da mesma – No que exatamente? – completou a pergunta, fazendo carinho nos cabelos da mesma.

Os olhos dela brilhavam intensamente.

— Quando a gente começou a se relacionar, eu já estava ciente do que teria que enfrentar e me perguntava se você também estava ciente disso – explicou, o olhando com carinho – Quando pensei em te perguntar se você estava pronto para ser julgado por ser envolver com uma- sangue-ruim – continuou a última parte com a voz tensa e com um pouco tristeza, porém quando o namorado tentou se pronunciar, ela tocou os lábios dele com os dedos – Sim, eu sei que você não ligar mais para isso – acalmou o sonserino, que relaxou consideravelmente com as palavras da mesma.

— Continue... – o mesmo lhe deu a permissão para continuar o pensamento, afinal estava curioso com o que ela pensava.

— Então; quando pensei em lhe questionar; eu vi em seus olhos que você estava ciente disso e não se importava mais. E foi isso que me deu forças e coragem para seguir em frente com você – sorriu – Eu conversei com o Harry depois do jantar e ele afirmava que você estava me usando para afetá-lo e afetar Ronald, e que você iria me fazer sofrer. – lhe confidenciou sobre a conversa com o melhor amigo no dia seguinte.

Draco não estava surpreso. Sabia que o Potter pensaria algo assim e que ele realmente estava se envolvendo com ela, apenas para afetar e irritar dois, dos três que sempre perseguiu em Hogwarts.

— E que era uma burrice me envolver com você – completou incerta – Que era uma idiotice – completou, sorrindo para ele.

Mais ele estava sério.

— O que foi? – perguntou vendo a expressão séria do namorado e tão fria. Algo familiar nos tempos que se cruzavam nos corredores do colégio.

— Você não se arrependeu, Hermione? – ela franziu a testa confusa, sem entender. Ele notou que ela apertava os olhos, como sempre fazia quando estava confusa e completou a pergunta – De ter ficado comigo. Mesmo correndo todos os riscos, de que eu sei que a família Weasley, tirando Arthur e a namorada do Potter, lhe afirmava? – perguntou, lembrando da carta em cima da mesa da cozinha, direcionada a Hermione, da família Weasley para que ela fosse na Toca, um dia depois de todos descobrirem sobre o relacionamento deles. E qualquer um poderia imaginar o motivo da carta; ele e a preocupação da família, com o relacionamento deles, dois.

Hermione suspirou forte, foi tolice deixar a carta em cima da mesa, contudo não queria esconder nada do namorado. É claro que teve que escutar os, mil e um motivos para não se relacionar com Draco, mas ela tinha um motivo muito forte para ficar com ele; o amor que nasceu em seu coração e o outro motivo se formava em seu ventre; e a única coisa que ela pode fazer foi tentar tranquilizar a todos.

— Em nenhum segundo – respondeu firme, segurando o rosto do mesmo, entre as mãos, o olhando demoradamente. Ele absorvia cada palavra dela, como se fosse o céu e de alguma forma era – A escolha foi minha, e eu não me arrependo em nem segundo de tê-la tomado – completou e observou o mesmo soltar o fôlego com calma.

— Eu já estava acostumado com todas as críticas, ofensas e os olhares feios – começou a se abrir com ela – Afinal, eu fui fiel a um monstro que matava por prazer e pelo poder absolto – relembrou tudo que o Lord das Trevas fez aos longos dos anos e até mesmo depois do seu retorno – Eu tive medo que todos lhe jugassem e criticassem sua atitude, apesar de saber que lhe julgariam pelo seu próprio bem – garantiu ciente de que nunca seria bom o suficiente para ela e todo mundo bruxo e os amigos dela, estavam certos sobre isso.

Ela o escutou em silêncio, enquanto uma parte de si estava feliz por ele abrir-se com ela. Porque ela queria ser mais que sua namorada. Mais que a amante dele. Mais que sua confidente. Queria ser a quem ele buscará na dúvida, no medo, na tristeza, na felicidade e nos momentos difíceis. Queria estar ao lado dele, para tudo.

Da mesma forma que ela sabia que ele estaria ao lado dela, em todos os momentos, por que o sonserino e herdeiro dos Malfoys mostrou que conhecerá finalmente o significado das palavras; amor e cuidar.

— Está tudo bem, agora – ela firmou, lhe dando um selinho demorado nos lábios, tentando fazê-lo esquecer de tal pensamento.

Draco suspirou, mas sentia que precisava continuar ou explodiria – Eu- eu tive medo, muito medo que você desistisse de mim e ordenasse que eu me afastasse de você – confessou algo que guardou dentro da sua alma – E se você fizesse tal pedido, eu acataria sua decisão – completou, engolindo em seco, a olhando com os olhos cinzas brilhantes e cheios de uma dor que ela reconheceu de imediato.

— Draco – o chamou, baixinho sentido seu coração se contorcer por vê-lo tão frágil e agindo como um menino assustado.

E foi então que ela notou, algo que só o professor Dumbledore perceberá; Draco e Harry tinham muitas coisas em comum, no entanto, em situações diferentes.

O homem a sua frente, assim como seu amigo, tiverá que amadurecer mais rápido que o previsto, Harry para enfrentar o seu pior inimigo, antes mesmo de nascer, por que o mesmo queria matá-lo e Draco, por que deveria preencher as exigências de ser um Malfoy; orgulho, superioridade, elegância, arrogância e frieza em todas as situações que a vida lhe colocasse a prova.

— Está tudo bem, amor – ele disse doce, beijando a bochecha da namorada com carinho antes de olhá-la nos olhos – Eu só não entendo por que não desistiu de mim – comentou – Eu te fiz tão mal na época de Hogwarts – relembrou, fechando os olhos com força.

— Algo me puxava até você. No primeiro momento, pensei que fosse compaixão pelo que você passou – comentou, e ele entendeu que ela falava sobre a surra que levará – Mais quando comecei a cuidar de você, eu vi que era algo mais. E eu não fugi do que sentia, eu quis ver, sentir na pele o que era, e algo também me dizia que você sentia o mesmo, até mesmo com mais intensidade – sorriu ao final do comentário, porque era a mais pura verdade; Draco sentia seus sentimentos em relação a ela, com muito mais intensidade.

— Mesmo eu sendo um comensal da morte? – a questionou, sem intenção de testá-la, afinal não existia motivo para tal situação.

— Mesmo você sendo um ex comensal da morte – a castanha o corrigiu – Eu vi com meus próprios olhos, a sua mudança, e eu acreditei nela sem pensar duas vezes, ao certo não sei o que me fez acreditar, mas acreditei – afirmou – Você não tentou fingir ou me enganar; por que não era necessário, eu vi por conta própria. E de repente, seu passado, seus erros, os anos de perseguição em Hogwarts, tinham simplesmente desaparecido. Eu não o distinguia mais em você, simples assim.

— Você via o menino arrependido e que estava quebrado, literalmente – ele deu um sorriso amargo a ela.

— Errou de novo; Eu via um novo homem, um talvez que eu nunca tinha conhecido. De repente, passou a ser tão certo ter você em minha vida. Você tinha amadurecido, apesar de não fazer nenhum esforço para mostrar isso e tinha alguns momentos que agirá como um sonserino, e uma doninha branca, contudo com um pouco mais de delicadeza – ela disse sorrindo, e arrancando um sorriso dele – Mais mesmo assim; um homem totalmente novo, totalmente amável de sua maneira e muito desejável para mim – completou, sorrindo maliciosamente para o mesmo.

— Eu sabia que você não iria resistir muito ao meu charme – brincou, sorrindo confiante – E a propósito, você também é muito desejável – completou, e sem dá chance a ela de responder ou agradecer; lhe tomou a boca, enquanto girava seu corpo, ficando por cima dela.

Os beijos se tornaram intensos, à medida que a temperatura do quarto, aumentava consideravelmente. Era assim; em alguns momentos, os corpos procuravam, o corpo um do outro, com calma, carinho e amor, contudo em outros momentos, uma fome fora do normal os consumia por inteiros. Era a mistura de paixão, desejo, ansiedade e um fogo que queimava de dentro para fora. E sem reservas, um se entregou ao outro, como sempre faziam quando estavam juntos.

(...)

O dia chegou agitado, finalmente a família inteira estava reunida, e após dividirem as tarefas, cada um seguiu rumos diferentes, e claro depois da castanha tirar do namorado a varinha, afinal Draco estava acostumado a fazer tudo com ela e ela temia a reação do restante da família ao ver alguém fazer algo se mover sozinha, com apenas um aceno de varinha.

— Granger, eu preciso da varinha para me proteger – o loiro resmungou, olhando a castanha, enquanto ambos esperavam a mãe da mesma tirar o carro da garagem.

— Malfoy, estamos no mundo trouxa e faz anos que não recebemos nenhum tipo de aviso ou alerta nos jornais Bruxos – explicou, pela quarta vez, enquanto esperava sua mãe na frente da casa – E eu fiz isso, por que não quero que você faça minha família ter um ataque – completou ciente de que em casa, Draco usava a magia para tudo.

— Não se preocupe papai vai te ajudar em tudo que você precisar – acrescentou, o beijando na boca – Agora, eu tenho que ir, nós vemos mais tarde e se comporte – pediu, adentrando no carro com a mãe, a prima e avô Kate, todas iriam ao supermercado comprar tudo para o jantar especial no domingo de noite.

O sonserino viu o carro desaparecer do campo de visão, apesar de estar chateado pela namorada ter lhe tomado a varinha a atendia, afinal tudo em sua vida, envolvia a magia e ele não podia usar tal ajudar do momento. Pelo menos não com os outros parentes, fora os sogros.

Quando retornou para o quintal, encontrou os homens, limpando o mato do quintal, enquanto três deles, pintavam o cercado e Pietro, cortava madeira. Se aproximou do sogro, e rapidamente tomou seu lugar.

— Tem ideia para que esse jantar? – perguntou, enquanto cortava a madeira com o machado, contudo o sogro fez que não com a cabeça – Hermione está diferente – comentou, começando a suar.

— Laura também. Vive de sorrisinhos para todo lado da casa, e veio com uma conversa de que precisávamos redecorar o quarto da Hermione – contou, relembrando da conversa na cama – Eu achou que esqueci algo muito importante, mas não sei o que – explicou, fazendo a fogueira, e trazendo mais lenha para o genro cortar.

­– Aniversário de casamento? Aniversário dela?  - o loiro tentou ajudar o sogro, afinal o entendia, ou melhor se via futuramente na mesma posição do homem a sua frente, preocupado com algo que possivelmente poderia ter esquecido e que renderia uma semana de cara feia da sua esposa.

— Nada disso – disse firme - Mulheres são confusas, cara – comentou, fazendo todos os outros homens concordarem – O que podemos fazer é esperar e ver onde erramos – completou, e sorrindo todos voltaram a seus afazeres.

Ao finalizar a tarefa, o loiro tirou a camisa e foi ajudar o avô da namorada a pendurar as lâmpadas que iluminariam o quintal. Ao subir na escada, olhou para frente e se deparou com a casa vizinha; e dentro da piscina, usando mines-biquínis; duas loiras e duas morenas, que o viram e agora sorriam com malicia, acenavam e o chamavam.

— Como eu queria ser jovem de novo - o avô da castanha, comentou maroto e os outros homens concordaram com ele – Acho que ter os olhos quase cinzas e um peitoral desse deve ajudar bastante – completou, sorrindo dando um tapa na barriga do namorado da neta – Vem, vamos pendurar as lâmpadas em outros lugares – acrescentou e conversando com o loiro, ambos rapidamente terminaram de espalhar as lâmpadas pelo lugar.

— Ficou muito bom – comentou, vendo tudo quase posto no lugar. Seis mesas, com quatro cadeiras de madeiras espalhadas pelo quintal. Em um canto, a fogueira já estava pronta, com algumas cadeiras de plásticos para quem quisesse se sentar próximo do fogo para se aquecer.

Do outro lado, uma mesa, onde provavelmente ficaria a comida e as bebidas E no terraço, um som. Realmente seria um jantar interessante, aconchegante, muito familiar e harmonioso. Ele estava feliz por fazer parte de tal momento.

Seu celular tocou e ao pegar o pequeno aparelho e abri-lo, lá estava uma foto da castanha sorridente, apertando o botãozinho verde, ele atendeu a ligação – Olá, querida – saudou a namorada com um sorriso, enquanto ouvia o som de carros, também.

— Amor, eu esqueci de pedir para meu pai colocar mais uma mesa com quatro cadeiras, será que pode avisar a ele, por favor? – pediu, e sorriu ao ouvi-lo gemer frustrado do outro lado – Ah, vamos pare com essa birra, sim? – pediu, carinhosa.

— Achei que fosse um momento em família – comentou, contrariado, ciente de quem se sentaria nessas quatros cadeiras.

Hermione suspirou forte – Harry, Ginny, Ronald e Luna são minha família também – afirmou – Agora, pare com essa birra – pediu, enquanto observava a moça do caixa, passar as compras.

— A-di-lua vem também? – perguntou – Ok, parei – comentou, ao receber uma bronca da namorada – Droga, Granger será que nem por celular, eu escapo de uma bronca sua? – questionou, enquanto ouvia a mesma continuar com a bronca – Eu vou colocar as malditas cadeiras, ok? Satisfeita? – perguntou, tentando fazê-la parar e graças a Merlin, conseguiu.

— Obrigada, amor – agradeceu, sorrindo – Nós já estamos voltando. Está tudo certo por ai? – perguntou sobre a arrumação que as mulheres obrigaram todos os homens a fazer.

— Tudo pronto. Até paquerado em cima de uma escada, eu fui – disse, brincando – Alô? Hermione? – afastou o celular do ouvido ao não ouvir nenhum som do outro lado – A ligação deve ter caído – explicou, para si mesmo.

— Ela desligou, isso sim – Pietro disse – Vamos tomar um banho, garanhão da escada – comentou, dando algumas tapas nas costas do genro.

E juntos, os homens seguiram para dentro da casa, após uma briga sobre quem tomaria banho, primeiro, Draco em silêncio pegou um par de roupas e seguiu para o quintal, já iluminado. Ligou a mangueira e iniciou seu banho, começando pelos cabelos loiros, os lavando com seu Shampoo favorito; outra coisa trouxa que começou a apreciar.

(...)

As mulheres chegaram em casa, cheia de compras e rapidamente foram socorridas por seus maridos, menos Hermione que não encontrou seu loiro na sala. Olhou para o pai, ele apenas apontou para o quintal. Levou as compras até a cozinha, e olhando pela janela, o avistou deitado na rede, de olhos fechados.

Saiu da cozinha em direção a rede, e sorriu analisando o quanto o trabalho dos homens fora bem feito. O lugar estava bonito, aconchegante e bastante familiar.

— Boa noite, sabe-tudo – a voz dele, quebrou o silêncio do lugar – Como foi seu dia? – perguntou, a chamando para se deitar consigo na rede, pedido que ela aceitou prontamente.

— Muito bom – comentou, aconchegada a ele, sentido o cheiro do recente banho que o mesmo, tomará – Estou vendo que colocou a mesa – citou, avistando a mesa, um pouco distante das demais – Você mesmo fazendo o certo, não deixa de ser implicante – afirmou, recebendo do loiro, um sorriso típico sonserino.

— Tem sorte, por eu não colocar a mesa fora do quintal – afirmou, azedo – Seus pais conviviam com o pobretão? – perguntou, curioso. Afinal, Hermione para sua infelicidade em algum momento de insanidade foi namorada do ruivo.

— Rony só os encontrou, umas cinco vezes – comentou, relembrando o quanto era difícil arrastar o ex-namorado para o mundo trouxa, consigo para visitar os sogros – Mais pode ficar tranquilo, meus pais já tem um novo favorito – sorriu, relembrando o quanto, seus pais elogiaram Draco, desde o primeiro encontro.

— Ninguém resiste ao meu charme – brincou, fazendo ambos rirem, e aos poucos o silêncio tomou conta do lugar, contudo não era um silêncio constrangedor, era algo bom, familiar e aconchegante – Hermione, você pode me fazer um favor? – perguntou, gentilmente com um brilho nos olhos cinzas, enquanto a fitava.

— Claro – disse, o olhando com curiosidade. Afinal, Draco quase não lhe pedia nada, era mais ela, como sempre.

­ – Feche os olhos, por favor – pediu, gentil e mesmo confusa com o pedido, a castanha atendeu o pedido do namorado com um sorriso nos lábios, notará que ele sairá da rede, e franzido a testa, o chamou – Estou aqui – comentou, o loiro, procurando algo dentro do bolso e sorriu triunfante ao achar tal objeto com facilidade – Pode abrir – pediu para a mesma, finalmente abrir os olhos.

Ao abrir os olhos, Hermione se deparou com uma caixinha de plástico de cor vermelha, e dentro dela, duas alianças simples, mas muito bonitas – Draco – falou o nome dele, surpresa, enquanto sentia seu coração bater forte no seu peito.

— Não é um pedido oficial, ainda – explicou rapidamente – Mais são alianças de compromisso. Eu tenho total certeza de que quero você para toda minha vida, então – deu os ombros, a olhando carinhosamente – Eu vou entender se for muito rápido – comentou, ao notá-la paralisada, olhando as alianças um tanto assustada.

— O quê? Não é claro que não! – a castanha se explicou rapidamente, pôs em sua cabeça, imaginava que Draco descobrirá sobre a gravidez e por isso as alianças, no entanto, não era nada disso. O alívio no seu corpo fora notório para o sonserino – São lindas – disse, sincera tocando a superfície dos pequenos objetos com carinho.

Sua aliança era menor e menos grossa que a dele, mas ambas eram de cor de prata, contudo algo mais diferenciava a sua dá dele. A sua tinha, quatro diamantes encravados de forma ordenada e funda em uma parte da aliança, já a dele, simples, no entanto, muito bonita também.

— Posso? – perguntou, segurando a mão dela com carinho – Eu tirei a medida de um anel seu, que achei no seu porta-joias – explicou, olhando-a por um momento – Aliás, vamos marcar de irmos a uma joalheria comprar colares, pulseiras e brincos para você – afirmou, ao relembrar que a mesma, possuía poucas joias.

— Não é necessário – explicou, olhando ele colocar a aliança com carinho em seu dedo da mão esquerda – Agora é minha vez – comentou, sorrindo, segurando a aliança dele, levando-a aos lábios e beijando com carinho, antes de colocar no dedo dele.

— Hermione, eu aceitei quando você me comprou aquele aparelho trouxa – ele comentou – Será que agora, você pode ceder um pouco e aceitar os meus presentes? – perguntou ciente de que conseguirá fazê-la pensar.

— Tudo bem, eu aceito. Mas nada de exagero, ok? – pediu, ciente de que o loiro seria bem exagerado. Afinal, ele era um sonserino e ainda por cima, um Malfoy.

E voltando a posição inicial na rede, ambos se encontravam abraçados, com as mãos que estavam as alianças, entrelaçadas, enquanto observavam o céu estrelado. Estavam completos, felizes e realizados.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


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Notas finais do capítulo

E então, o que acharam do capítulo de hoje? O que esperam no próximo capítulo? Alguma dica, sugestão? Fiquem a vontade para compartilharem comigo. Até logo pessoal.