Lá estava ele deitado ao lado da mulher mais incrível, doce, gentil e carinhosa do mundo inteiro. A menina que lhe roubou o coração desde da primeira vez que cruzou o olhar desafiador com os dele, no primeiro ano de Hogwarts para defender seus amigos. Nunca se imaginou gostando tanto de ficar em cima de uma cama depois de uma transa, mas permaneceu na cama; a admirando em silencio, com um sorriso pequeno, contudo verdadeiro nos lábios.

O cômodo estava silencioso naquele momento, o único som ouvido era a respiração serena e ritmada da bela mulher que dormia aconchegada contra seu corpo. De fato, era um sortudo por tê-la, olhá-la, beijá-la e principalmente por ter uma chance de recomeçar, e ainda por cima recomeçar com a mulher que amava.

Não tinha muita certeza na sua vida, desde da volta do Lord das trevas. Não tinha certeza se era bom ou ruim! A única certeza que tinha era dos sentimentos que carregava no peito por Hermione Jean Granger desde da primeira vez que a viu. Mesmo não aceitando com facilidade tal sentimento. Contudo, tal sentimento era a única coisa real, verdadeira e concreta naquele momento.

– Obrigado – murmurou, entre os cabelos castanhos dela, enquanto um cheiro incomum e único invadia seus sentidos; Baunilha! Tudo nela era único e incrível de se descobrir! E como ele era um sonserino, teria todo prazer e paciência para conhecer cada pedacinho, cada cheiro, cada gesto, e cada olhar da bela mulher que dormia em seus braços.

– Onde estão seus pensamentos? – a voz doce e carinhosa dela lhe tirou dos profundos pensamentos e planos que se formavam em sua mente, e abaixando um pouco a cabeça seus olhos encontraram os belos castanhos um pouco sonolentos, com um sorriso gentil e carinhoso nos lábios.

– Em você – respondeu sincero, antes de dá um beijo na testa da castanha, enquanto se movia pela cama e com tal movimento, um grito de surpresa junto com um sorriso divertido vinha da castanha que agora se encontrava por debaixo do mesmo – Acordada a muito tempo? – pergunta, enquanto sua mão esquerda deslizava pelo rosto delicado e sedoso da mesma.

– A alguns minutos – admite, fechando os olhos por um momento com o gesto doce vindo do sonserino – Com fome? – pergunta, guiando seus braços pelas costas do mesmo, e sorriu ao senti-lo suspirar forte, enquanto suas unhas se moviam pelas costas musculosas do loiro.

– Faminto – diz, tentando se controlar diante do momento íntimo, no entanto de uma forma simples, e normal entre um casal, acontecia entre ambos. Não era tão fácil manter o auto controle, com as unhas dela se movendo por seu corpo, e tê-la nua com o corpo contra si, separados apenas por um fino lençol – Vai ser comida trouxa, não é? – pergunta, e jogou o peço do seu corpo completamente sobre o dela, ao ver o sorriso afirmativo que ela lhe dava.

Hermione o abraçou sorrindo, enquanto lhe fazia carinho nos cabelos loiros curtos – Se quiser podemos ir comer na padaria, o que acha? – insinua, e rapidamente o loiro se afastou um pouco para olha-la

– Ainda é cedo, então – deu os ombros, e sorriu ao vê-lo saltar da cama, empolgado com a ideia. Ele realmente gostava muito daquela padaria trouxa. Ele se tornava leve, brincalhão, sorridente e muito mais carinhoso quando estava lá. E bom, ela adorava vê-lo sorrindo, com um brilho nos olhos cinzas.

(...)

Eles voltavam de mãos dadas, enquanto conversavam sobre coisas banais e comuns, e se entreolharam ao passarem pela pracinha que guardava o mais belo dos segredos; as palavras, os gestos, a sinceridade e os beijos trocados naquela noite. Foi a partir daquele noite que dois se tornaram um.

A castanha nunca imaginou se jogar em um relacionamento dessa maneira, todavia era exatamente isso que estava fazendo e fazendo com ninguém menos que Draco Malfoy. Quando percebeu, ambos já estavam se declarando, se beijando e se gostando mais e mais a cada dia que se passava.

– Nós nos vemos mais tarde? – pergunta, já em frente à casa, enquanto olhava ao redor da rua, antes de focar os olhos no namorado.

– Com toda certeza – afirma a olhando fixamente – Até mais tarde, amor – diz, dando um beijo na testa da mesma, e se virando seguiu para o princípio da rua, deixando para trás a castanha que o observava caminhar com uma postura firme, contudo relaxada com um sorriso nos lábios.

E agora o olhando, Hermione viu que fez a escolha certa. Ela o escolheu mesmo com seus defeitos, erros, acertos, mesmo sabendo que o relacionamento deles, não teria nada de simples e fácil. A mesma o escolheu mesmo sabendo dos riscos. Draco Malfoy era como uma granada que poderia explodir seu coração, mas pela primeira vez na vida queria arriscar.

Depois que ele sumiu do seu campo de visão, a mesma adentrou na casa, e rapidamente foi recebida pelo seu fiel amigo, o pegando nos braços seguiu para a cozinha, onde pretendia alimenta-lo, tomar um banho e seguir para o ministério da magia.

Enquanto se arrumava não conseguia evitar o gigantesco sorriso dos lábios, enquanto pelo reflexo do espelho, observava a cama. Não conseguia evitar, e apenas se via dentro de uma bolha de felicidade.

(...)

Hermione se encontrava deitada no sofá, lendo um relatório quando a campainha tocou, sorriu ciente de quem era. Deixando o livro sobre o pequeno centro da sala, seguiu para a porta principal com um sorriso enorme nos lábios. Era incrível, como apenas pensar nele lhe fazia soa frio por dentro. E uma sensação fora do comum no seu estomago lhe fazia o coração acelerar sobre o peito.

– Achei que não viria mais – disse, enquanto abria a porta, contudo não era o namorado que se encontrava do outro lado, sim Ronny, Harry e uma Ginny com um sorriso tímido nos lábios – Ahh... Oi pessoal – disfarçou enquanto os olhava com um sorriso nervoso nos lábios.

– Oi, Mione – Ginny, é a primeira a se pronunciar ao notar a tensão e a confusão que se tornou o momento, desde do momento que a amiga afirmava que esperava por outra pessoa. E bom, ela tinha plena certeza de quem ela esperava.

– Como vai? – perguntou, notando que tanto Harry quanto Ronny ainda se encontravam parados em total silencio enquanto a observava.

– Eu estou bem – responder e ao notar o olhar da amiga, se redimiu antes que ambos a questiona-se – Entrem – dá passagem aos três que rapidamente adentraram, e no meio do caminho trocou o olhar preocupado com a amiga – Que supressa boa – diz uma meia verdade, apesar do momento não ser o melhor. Não queria esconder o namoro dos amigos, mas não sabia como Harry, Ronny e Draco reagiriam quando estivessem frente a frente, depois de tantos anos de inimizade entre eles.

– Pois é – Ginny comenta enquanto se sentava no sofá – Ronny teve essa ideia brilhante de te visitar – explica, olhando o irmão com um pouco de raiva. Afinal, a amiga provavelmente estaria com o namorado curtindo o namoro.

– Ginny, até comentou que talvez você não estivesse em casa – Ronny, explica a olhando – Mas é claro que você estaria em casa. Afinal, você não é muito de sair, não é Mione? – o mesmo afirma e pergunta a ex-namorada, ainda a fitando.

– Bem, é verdade – comenta – Mas, eu estou indo muito ao mudo trouxa, então – diz, dando os ombros, olhando os amigos, antes de passar o olhar pela janela da sala. Draco podia chegar a qualquer momento, e ela simplesmente não sabia o que fazer. Afinal, nunca se viu dividida entre os melhores amigos e o namorado. Harry, Ronny eram seus companheiros desde do primeiro ano de Hogwarts, e ela gostava de estar com eles, contudo agora existia outra pessoa em sua vida. Uma pessoa que a fazia muito bem, de verdade.

A mesma percebia o olhar aflito da amiga, e rapidamente entendeu o que estava acontecendo. Draco podia chegar a qualquer momento, e a amiga temia o encontro. E até ela mesma agora, começara a temer como seria o encontro entre eles. Ciente do que precisava fazer, disfarçou e disse que iria tomar um ar do lado de fora, e rapidamente saiu de dentro da casa, olhando ao redor. E foi então que seus olhos azuis se depararam com Draco Malfoy parado a olhando, desconfiado.

Suspirou forte, e caminhou em direção ao mesmo, que continuava parado a olhando

– Olá, Malfoy – o cumprimentou com um sorriso tímido nos lábios, afinal lembrou do que aconteceu no último encontro entre eles.

– Wesley – devolveu o cumprimento seco – O que faz aqui? – pergunta, olhando por cima do ombro, a procurar da namorada, contudo Hermione não se encontrava no seu campo de visão – Veio me jogar longe mais uma vez? – pergunta, irônico a olhando com um pouco de raiva.

A ruiva suspirou.

– Não, eu não vou joga-lo longe – explica – A propósito, quero lhe pedir desculpas pela minha atitude – se redimiu ao sonserino, algo que nunca fez antes perante a ninguém.

– Tudo certo, Wesley-fêmea – afirma – Bom, se veio só me pedir desculpas, okay. Agora se me dá licença, vou ver minha namorada – explica, começando a passar por ela, e seguindo em direção aos degraus da escadaria.

– Você não pode vê-la agora – explica, ciente de que ele parou no lugar e permaneceu parado – Acredite, esse não é o melhor momento – completa, pensando em Harry e principalmente seu irmão ao saberem que Hermione estava recebendo em sua casa; Draco Lucius Malfoy.

– Porque diabos, eu não posso ir ver minha namorada? A fome deixou você louca, Wesley? – pergunta, irritando com a situação. Se Hermione estava chateado com algo, ou se voltou atrás no namoro, ela mesma que lhe dissesse isso. Não usar a amiga.

– Não, Malfoy – explica, irritada – Eu só estou tentando salvar seu pescoço – afirma – Agora vá para casa, que depois a mione vai lhe explicar tudo – sugere, começando a guia-lo em direção à rua principal do bairro.

– Me solta, garota – se solta da ruiva, a olhando com raiva – Eu vou falar com ela e você não vai me impedir – afirma – Hermione – chamou alto pela namorada, pelo menos isso era o que pesava que ainda era da castanha – Hermione – chamou em alto som, enquanto Ginny tentava lhe calar a boca.

– Malfoy, cala a boca – ordena – Malfoy – tentou faze-lo parar de gritar antes que atrai-se a atenção da vizinhança toda e para piorar; o namorado e o irmão – Harry e Ronny estão na casa – confessa, fazendo o loiro parar de gritar e olha-la enquanto piscava os olhos, mais de uma vez.

– O que você disse? – pergunta, olhando para a casa por um momento, antes de focar na ruiva mais uma vez – Potter e Wesley? – completa a pergunta.

– Sim. Eles estão lá dentro – explica – Entendeu porque não é um bom momento? – questiona o loiro que a olhava em silencio – O que? – indigna ao notar o olhar feio do mesmo.

– Seu irmão? O que diabos seu irmão quer com minha namorada lá dentro? – não consegue conter o ciúmes e o medo que lhe dominava nesse momento.

– Harry está lá dentro também – explica, surpresa com o ciúmes visível do loiro em relação a amiga – Malfoy, onde você vai? – pergunta, quando o loiro virou as costas e seguia pela rua abaixo em passos firmes e punhos fechados.

– Acho que fiz merda – diz para si mesma, enquanto caminhava para a porta da casa – Hermione vai me matar – afirma, abrindo a porta e adentrando na casa. Recebeu olhares curiosos do namorado, irmão, e da castanha um olhar questionador e preocupado. E sem sombras de dúvidas, ela a mataria.