O casal caminhava de mãos dadas em direção a igreja que já estava no campo de visão, enquanto ambos seguiam pela calçada, já vendo muitos convidados em frente à igreja, onde a prima da castanha se casaria. A carta que atrapalhou o momento que começará a se tornar intenso, era um convite da prima mais próxima da mesma para seu casamento.

E para a surpresa do mesmo, Hermione o convidou para ser seu acompanhante tanto por não querer ir sozinha e ao mesmo tempo porque queria mostrar a ele que de fato também estava entregue a relação que eles começaram a desenvolver com o passar dos dias, apesar de não sabe definir de fato a afinidade dessa relação.

Ela usava um vestido bege de renda, um pouco acima dos joelhos, uma par de sandálias de salto na cor branca, uma maquiagem leve em seu rosto como a que usou no encontro com o loiro. A única diferença eram os cabelos castanhos que estava com uma franja bonita, soltos e ondulados nas pontas.

Draco apesar de não demostrar com facilidade; estava nervoso com a situação. Ficou imensamente feliz com o convite dela, porém ficar de frente aos pais e familiares da mesma, não era algo que o deixava calmo, com a proporção real desse encontro. Ele usava um terno de cor integralmente cinza, por dentro uma camisa branca e uma gravata azul, lhe dando um destaque especial.

A cada passo para mais próximo à igreja, o sonserino sentia seu sangue correr por suas veias em uma velocidade assustadora, e jurava em pensamento que podia sentir os batimentos do seu coração, a cada passo para mais próximo da igreja; mais próximo do encontro com os pais dela. E ciente do que precisava se assegurar, segurou o braço da castanha com delicadeza, fazendo a mesma deter os passos e rapidamente se virou para olha-lo, no entanto seus olhos avelãs o analisavam preocupada ao notar a expressão angustiante que ele demostrava.

– O que houve? – perguntou preocupada enquanto se aproximava um pouco mais do mesmo – Draco? – o chamou ao notar o mesmo a olhando fixamente enquanto engolia em seco, demostrando confusão e desespero.

– Se seus pais e sua família perguntarem, o que somos um do outro, o que você vai responder? – pergunta – que dizer; eles vão estranhar não é? Você está acompanhada de um homem que eles nunca viram antes – completa, o raciocinou quanto a olhava profundamente.

A castanha pensou um por momento – Que somos amigos? – pergunta, confusa com o questionamento do mesmo, perante que tipo de relacionamento eles tinham.

O homem negou com a cabeça – Eles não vão acreditar – afirma convicto – Pense em algo melhor – estimula, a castanha que ergueu a sobrancelha, como fazia quando começava a pensar.

– Que estamos nos conhecendo melhor? – pergunta, cada vez confusa com a atitude do mesmo.

– Nós já nos conhecemos, Granger – explica – Você precisar pensar em algo melhor, sabe-tudo – completa, notando mais e mais pessoas seguindo para dentro da igreja.

– Malfoy, afinal onde você quer chegar exatamente? – questiona – Alias, pare de me chamar de Granger – ordena firme – Não estamos mais em Hogwarts – avisa – Se nenhuma das minhas sugestões são boas, diga-me você alguma – sugere o olhando desafiadamente.

– Você está namorando comigo? – pergunta direto, olhando a garota fixamente, analisando a expressão no rosto dela.

Em certos momentos, a vida nós prega peças e de fato, a jovem mulher não estava preparada para essa pergunta – O que? – pergunta, se sentido tonta com a pergunta feita por ele, sobre o questionamento de que tipo de relação ambos tinham.

– Não tem importância – ele rapidamente se esclarecer – Só para sabe mesmo que tipo de relação temos; se estamos ficando, tendo algo sem criar expectativa ou outra coisa nem outra – vai dizendo, se sentido um bobo por fazer tal pergunta, a castanha que ainda o olhava.

– Espera, porque isso agora? – pergunta, quando o mesmo segurou sua mão e recomeçou a subir os degraus da igreja. Ela segurava firma na mão dele, enquanto ainda se sentia tonta. Não esperava que ele fosse perguntar algo assim, já que nos tempos de Hogwarts Draco não era o tipo de adolescente que tinha algo sério com qualquer garota.

– Bom, eu tenho que saber – explica, próximo já a porta principal que estava decorada, parando por um momento – Porque eu estou namorando você – afirma, sorrindo para ela por um momento, antes de adentrar no local, com uma grifinória quase petrificada ou em função automática com as palavras ditas por ele.

Rapidamente, ambos avistaram alguns casais de idades diferentes próximos ao altar, e um noivo ajeitado a gravata parando ali a frente. Como se sentissem a presença do casal, os olhos da família da castanha caíram sobre ela e sobre seu belo acompanhante. Por alguns momentos, os olhos de todos se mantinham fixos, uns nos outros, contudo os pais da garota, rapidamente se aproximaram com um sorriso gigantesco nos lábios, por ver a filha. Ao se aproximaram, o casal pode ver as mãos dos jovens entrelaçadas.

– Hermione – a senhora, muito parecida com a filha foi a primeira a se manifestar antes de acolher a filha em seus braços – Eu estava com saudades, meu amor – completa, sorrindo enquanto a abraçava com carinho.

– Eu também, mamãe – confessa, a abraçando de volta – Pai – chamar pelo senhor, antes de ser abraçada pelo mesmo. Não importava quanto anos Hermione tivesse, toda vez que abraçava seu pai simplesmente se sentia uma menina de novo.

– Olá, querida – o pai, murmura a abraçando com fora – Quem é o rapaz? – pergunta, olhando o rapaz loiro parando a alguns passos deles. A garota sorriu com a pergunta azeda do pai.

– Pai, mãe esse é o Draco – começa a apresentação enquanto envolvia seu braço ao redor do braço do dele – Meu namorado – completa, olhando os pais, antes de se virar para olhar o loiro fixamente. Acabará de afirmar para os pais, e principalmente para o mesmo que também o namorava. Afirmação que pegou homem de surpresa, contudo não poderia estar mais satisfeito.

– É um grande prazer, Sr. e Sra. Granger – afirma oferecendo a mão ao pai da namorada, que rapidamente apertou a mão do mesmo enquanto o analisava. Já a senhora Granger, o abraçou com carinho feliz pela filha estar namorado.

– Me chame de Luiza, querido – pede – Venham – os chama, antes de segurar a mão da filha e guia-la em direção ao altar, onde estava seus tios paternos, avós e mais alguns familiares. Aos poucos, Draco foi apresentado a todos, que o recebiam com sorriso gentis nos lábios, apesar de terem sidos pegos de surpresa pelo namoro da castanha.

Todos tomaram suas posições, e se sentando no segundo banco da fileira principal, Draco e Hermione permaneceram de mãos dadas enquanto o padre dava início a cerimonia. Após os noivos fazerem os votos, e assinarem os documentos, todos se posicionaram na porta da igreja para saldar os recém-casados com pétalas de rosas. Ao final, todos seguiram para salão de festa, onde os noivos já aguardavam os convidados, para juntos celebraram um pouco mais pelo casamento.

– Hermione – a noiva, diz o nome da prima ao avista-la se aproximar, para dá a ela e ao esposo o parabéns pelo casamento – Você veio – completa, antes de abraçar a prima com carinho. E ao olhar para frente, Heloisa pode ver o loiro de terno parado a alguns passos de ambas – Quem é esse pedaço de mal caminho? – pergunta, sussurrando próxima ao ouvido da prima, que sorriu divertida.

– Esse é o Draco, meu namorado – respondeu, sorrindo enquanto voltava passar seu braço ao redor do loiro, que passou o braço ao redor da cintura da mesma, antes de sorrir rapidamente para a mesma, antes de se voltar para a prima da namorada.

– Foi um belo casamento – o sonserino elogia – E a propósito, parabéns pelo casamento – da os parabéns, sorrindo verdadeiramente – Felicidades, aos dois – completa, olhando para a noiva e noivo – É melhor irmos sentar – explica, vendo que muitas outras pessoas queriam cumprimentar o casal pelo casamento, e se despedindo dos noivos, seguiu para mesa onde os pais da castanha estavam. E a mãe da mesma questionou de onde ambos se conheciam e ocultando boa parte das brigas, tanto ela quanto ele explicaram tudo.

Heloisa se aproximou e sentando-se na mesa, começou a participar da conversa que agora envolvia o tema; destino. Segundo a mãe de Hermione, sua filha e seu genro estavam destinados a se encontrarem no momento certo, e Heloisa concordou com a tia, e se juntando a discussão, a mãe da noiva, a avô e outra prima, reafirmaram que foi o destino de fato.

– E você, prima o que acha? – pergunta, a noiva perguntando a castanha que só olhava a discussão que se seguia em silencio, e claro troncando sorrisos cumplices com o sonserino que estava do outro lado da mesa. Porque de fato, eles nem podiam imaginar que chegariam a ter algum tipo de relacionamento após Hogwarts.

– Eu? – pergunta, e todas as mulheres afirmaram com a cabeça, antes de olha-la com expectativa – Bom, acho que nós dois precisamos amadurecer primeiro, e só depois do amadurecimento estaríamos prontos para tentar termos algo – explica de uma forma pratica, olhando para todos antes de fixar o olhar no loiro.

– Ou seja? – Heloisa, incentiva a castanha a prosseguir, contudo Draco tomou a frente.

– Foi de fato; o destino – afirma – Agora, os senhores vão me dá licença, mas a senhorita, me conceder a próxima dançar? – pergunta, logo ficando de pé com a mão estendida para a mesma.

Hermione sorriu, antes de segurar firme a mão do namorando e sorrindo, deixou ele guia-la até a pequena pista de dança, muito bem decorada para os noivos e casais. O loiro envolveu a cintura dela, e sorrindo a puxou delicadamente para mais próximo de si, em reposta, a mesma envolveu seus braços ao redor do seu pescoço, e aconchegando contra o corpo um do outro ambos se moviam lentamente, ouvindo a bela música que preenchia o lugar.

“Heart beats fast

Colors and promises

How to be brave

How can I love when I'm afraid to fall

But watching you stand alone

All of my doubt suddenly goes away somehow”

“O coração acelerado

Cores e promessas

Como ser corajosa?

Como posso amar quando tenho medo de me apaixonar?

Mas ao ver você sozinho

Toda a minha dúvida de repente se vai de alguma maneira”

“One step closer

I have died every day waiting for you

Darling, don't be afraid I have loved you

For a thousand years

I'll love you for a thousand more

Time stands still

Beauty in all she is

I will be brave

I will not let anything take away

What's standing in front of me

Every breath

Every hour has come to this

One step closer”

“Um pouco mais perto

Eu morri todos os dias esperando você

Querido, não tenha medo eu amei você

Por mil anos

Eu amarei você por mais mil

O tempo para

A beleza em tudo o que ela é

Terei coragem

Não deixarei nada levar embora

O que está à minha frente

Cada suspiro

Cada momento nos trouxe aqui

Um pouco mais perto”

Corpos colados, respirações interligas, e corações batendo na mesma sintonia, mostravam com exatidão o quanto a canção, e o momento mexiam com ambos. De olhos fechados, a castanha se deixava ser guiada por ele enquanto se perdia no clima do momento. Ao certo, não sabia dizer se era o momento, a música, Draco ou tudo, só sentia seu coração transbordar de amor e de uma felicidade que para ela não tinha explicação.

“I have died every day waiting for you

Darling, don't be afraid, I have loved you

For a thousand years

I'll love you for a thousand more

And all along I believed I would find you

Time has brought your heart to me

I have loved you for a thousand years

I'll love you for a thousand more

One step closer

One step closer

I have died every day waiting for you

Darling, don't be afraid, I have loved you

For a thousand years

I'll love you for a thousand more

And all along I believed I would find you

Time has brought your heart to me

I have loved you for a thousand years

I'll love you for a thousand more”

“Eu morri todos os dias esperando você

Querido, não tenha medo, eu amei você

Por mil anos

Eu amarei você por mais mil

E o tempo todo eu acreditei que encontraria você

O tempo trouxe o seu coração para mim

Eu amei você por mil anos

Eu vou amar você por mais mil

Um pouco mais perto

Um pouco mais perto

Eu morri todos os dias esperando você

Querido, não tenha medo, eu amei você

Por mil anos

Eu amarei você por mais mil

E o tempo todo eu acreditei que encontraria você

O tempo trouxe o seu coração para mim

Eu amei você por mil anos

Eu vou amar você por mais mil”

A música chegou ao fim, e segurando na mão do loiro, ela o guiou para mesa onde estava alguns minutos atrás. Rapidamente, percebeu todos seus familiares, sorrindo de uma maneira cumplice e radiante para ela, e rendida sorriu de volta, porquê sem sombras de dúvidas, estava feliz, plenamente feliz.

Draco pegou duas taças de champanhe, e entregando uma a sua acompanhante, engatou uma conversa sobre os variados assuntos, com os tios e o pai da namorada, seu sogro. Hermione sorriu ao notar que mesmo conversando com os outros, o mesmo segurava de forma carinhosa sua mão por debaixo da mesa. Uma agitação fora do normal, tomou conta do lugar, e se virando para ver o porquê de tal confusão, o loiro e a castanha rapidamente perceberam o porquê da gritaria; a hora de jogar o buque. Sorriram, antes se voltar para a conversa com seus distintos parceiros, deixando de lado a gritaria que se seguia.

A noiva contou de um até três, antes de lançar o buque com força, e voando pelo ar, todos acompanharam a trajetória do buque, que caiu diretamente no colo da castanha. Draco virou o rosto para ver o que estava acontecendo, e a grifinória olhava o buque em seu colo incrédula. Na mesa, pais, tios, avôs, a prima e os noivos olhavam surpresos. Os olhos cinzas caíram sobre o buque no colo da namorada surpreso, e viu pelo olhar da mesma que ela também estava um tanto chocada.

– Bom, já temos nossa próxima noiva – Heloisa, se pronunciar alto por conta do microfone já em mãos – Tio é melhor se preparar para o casamento – completa sorrindo, arrancado gargalhadas de todos, menos da bruxa e do bruxo.

Eles se entreolhavam incrédulos, contudo não se podia negar o que tinha acabado de acontecer bem diante dos seus olhos. E a prova continuava no colo da castanha.

– Bom, eu sei que não é normal – Heloisa diz – Mais que tal um beijo para fechar com chave de ouro? – pede, sorrindo maliciosamente para o loiro e prima. E em questão de segundos, múrmuros pedindo beijo, começou no salão e rendidos, ambos se trocaram um selinho demorado. O casal se separou, sorrindo envergonhado, um para o outro. Aos poucos todos foram perdendo a atenção nos mesmos, e segurando a mão do namorado a castanha o levou para a varanda do primeiro andar.