O loiro estava sentado na cadeira da cozinha que por alguns dias compartilhou com Hermione, enquanto observava a mesma se mover pelo balcão, pia e fogão com elegância e maestria.

Ela demostrava conhecer cada espaço, cada cantinho até de olhos fechados, e com certeza a mesma saberia andar pelo local com habilidade. A olhando em silencio, começara a notar gestos involuntários que a mesma fazia; como cessar os movimentos por um determinado momento e simplesmente mordia os lábios inferiores, enquanto mantinha o olhar estável em um ponto fixo, mesmo sem olhar diretamente para o lugar.

Segundo gesto, colocava as mãos sobre o balcão da pia e batia os dedos nos azulejos, provavelmente pensando nos próximos passos ou nos ingredientes para refeição que começará até um cheiro delicioso, afinal.

— Hermione? – faz uma tentativa de chamar a atenção dela, ação que deu certo – Será que eu posso tomar um banho? – pergunta, a observando limpar as mãos no avental branco que só agora nota a determinada frase “Aprendendo a cozinhar, algum problema?” Sorriu ao ler a frase, antes de voltar a olha-la.

— Sim, claro – afirma – Aliais, eu também vou tomar um banho – acrescenta – Se importar de tomar um banho no banheiro daqui debaixo? – pergunta, enquanto tirava o avental do corpo, o perdurou no suporto da cozinha, antes de voltar a olhar o homem que continuava sentado na cadeira.

O sonserino afirmou que não, e trocando um selinho, ela seguiu para o banheiro no andar decima e ele para o banheiro no final do corredor. Ambos estavam cansados, no entanto, felizes por passarem boa parte do dia juntos. Draco estava com todos os músculos do corpo tensos e cansados, contudo, pela primeira vez na vida, se sentia bem, sendo útil para algo bom. Finalmente era útil para algo simples e bom.

Hermione sorria debaixo do chuveiro, enquanto relembrava a tarde divertida, apesar das reclamações do loiro, quase o tempo inteiro. Draco a surpreendeu mais uma vez. E algo em seu interior lhe dizia que ele sempre a faria ter grandes surpresas ao seu respeito.

Depois de escolher um short jeans, e uma blusa de manga curta e pentear os cabelos, seguiu para andar debaixo, quando estava a dois degraus do fim da escadaria, parou com a visão bem diante dos seus olhos.

Draco estava de costas, já vestido, com a toalha ao redor do pescoço e com as mãos nas pontas da mesma, secava os cabelos com as duas mãos enquanto balançava a cabeça de um lado para o outro em uma ação leve, no entanto intensa e sexy.

Conseguiu aos poucos sair do feitiço que o homem tinha sobre si, e passando por ele seguiu para a cozinha, no entanto não antes de trocar um olhar intenso com o mesmo que sorriu de leve ao avista-la passar por si.

O sonserino ficou parado no lugar, a vendo se mover mais uma vez pela cozinha e sorriu ao notar que gostava de observa-la, e a cada segundo, se maravilhava com ela. Hermione era várias mulheres em uma só. Tinha hora que ela era; forte, doce, brava, super-inteligente, uma devoradora de livros e agora que estava na cozinha, simplesmente se transformava na melhor chefe de cozinha que poderia existir no mundo inteiro.

— Não vai vir comer? – pergunta, parando no meio da cozinha, com duas taças na mão, olhando o loiro ainda parado no mesmo lugar e sorriu divertida ao entender o que ele fazia – Você estava me admirando, Malfoy? – pergunta, o olhando fixamente – Sim, você estava – respondeu sua própria pergunta, antes se colocar as taças na mesa. Estava se virando para chamar o sonserino, quando bateu de frente com o peito firme, tombando um pouco para trás com o choque do seu corpo contra o dele.

— E você, Hermione? Passou mal, por conta da minha beleza? – perguntou, divertido enquanto colocava suas mãos sobre a cintura da mesma – Isso está com um cheiro muito bom – elogiou a comida dela – O que é? – pergunta, olhando a refeição já posta na mesa, antes de abaixar o olhar para ela.

— Eu não estava admirando seu corpo – garante – Deixa de ser convencido, Malfoy – provocar o loiro – E obrigada – agradece o elogio pela comida – Fiz algo leve e gostoso para a gente. É um tipo de sanduiche ao forno, você vai gostar. Agora veem, vamos comer – completa se sentando na mesa e em seguida foi a vez dele se sentar à sua frente.

E juntos, compartilharam uma refeição simples e gostosa enquanto ele fazia mais perguntas sobre a vida e os familiares da castanha.

(...)

Draco estava com as costas encostado no sofá, sentado no chão, enquanto a castanha se encontrava com as costas apoiadas em seu peito. Ambos agora relaxavam em frente a lareira que aquecia quase a sala inteira.

O loiro passou os braços ao redor dos ombros dela e em reposta, a mesma encostou a cabeça no peito dele com um leve sorriso. Era incrível como ambos se sentiam bem estando juntos, algo incrível para duas pessoas que por seis anos foram inimigos declarados nos tempos de Hogwarts.

— Me conta algo que ninguém saiba – a grifinória sugere enquanto olhava a madeira ser consumida pelo fogo – Algo que você em hipnose alguma se imaginou contando a alguém – completa a sugestão, antes de se virar e olhar profundamente nos olhos cinzas.

— Eu vim ao mundo trouxa há algumas semanas depois que descobrir sobre suas origens, e bom eu comprei um CD – revela, fazendo a castanha olha-lo surpresa.

— Quer dizer que, involuntariamente, eu influencie o herdeiro Malfoy – comenta, sorrindo bobamente por conta da revelação.

— Exato, senhorita Granger – afirma – Que um pedaço? – oferece o morango já mordido, a garota que ainda o olhava com um sorriso bobo nos lábios e um brilho no olhar.

— Quero sim – diz, olhando o morango, e em silencio, observou Draco levar a fruta aos seus lábios, e para a sua surpresa da castanha, o mesmo contornou os seus lábios com a fruta, enquanto a olhava fixamente.

Hermione em silencio, aceitou o gesto enquanto fechava os olhos, e murmurou um gemido de aprovação, enquanto mastigava o morango de olhos fechados. E involuntariamente passou a língua nos lábios, ação que não passou despercebido pelo sonserino que atento e atiçado involuntariamente se aproximou mais da castanha.

A garota voltou a abrir os olhos, e só lhe deu tempo de trocar um olhar intenso com o mesmo, antes dele, avançar sobre sua boca. E então ele a beijou apaixonadamente.

Todos pensamentos lógicos se perderam em questão de segundos para ambos. Os lábios dele eram vorazes, a língua penetrava a boca dela profundamente como se almejasse devora-la por inteira. E a grifnória retribuía o beijo com a mesma intensidade, ansiado por qualquer coisa que ele quisesse.

Por que estava entregue a Draco. Inteiramente a ele. Sem pensar nas consequências das ações que ambos teriam depois, Draco aprofundou o beijo, e com calma a deitou aos poucos sobre o tapete no chão, ficando por cima dela e sorriu entre o beijo, quando a mesma envolveu seus braços em torno do seu pescoço, o puxando-o mais contra si, enquanto a beijava.

O primeiro contanto mais íntimo entre eles, era maravilhoso e fascinante ao mesmo tempo. O desejo corria pelas veias, enquanto a aproximação entre ambos, provocava o mais intenso desejo que crescia de forma intensa entre os dois, enquanto os corpos estavam colados, as bocas mexiam-se em uma perfeita sincronia. O ar se fez necessário e separando as bocas, rapidamente sentiu a boca quente do mesmo em seu pescoço e queixo.

Os lábios dele, eram possesivos contra o pescoço da castanha, no entanto, ao mesmo tempo eram gentis. O loiro distribuía beijos molhados na extensão do pescoço da castanha, como se quisesse provar e sentir em seus próprios lábios cada pedacinho dela.

As mãos da castanha parecia ganhar vida própria e inconscientemente, ou ciente, levou suas mãos a camisa polo que ele usava, e segurando com firmeza a borda do tecido começou a guia-la em direção a cabeça, sorriu ao sentir em seus dedos a pele e o quanto era macia.

Suas mãos arrastaram a camisa para frente e agradeceu mentalmente, por Draco entender sua intenção, e deixando a camisa já próxima ao ombro do mesmo, e o sonserino só teve o trabalho de concluir o trabalho, ação que bagunçou os cabelos e sorrindo, levou a mão direita a cabeça em uma tentativa de arrumar o próprio cabelo.

Hermione observou o gesto que ele fazia, encantada. Ele parecia ter uma fissuração pelo cabelo, e sem sombras de dúvidas, ele ficava irresistível com os cabelos bagunçados daquele jeito. Os lábios voltaram a se chocar e um arrepio subiu a espinha do homem ao sentir as mãos quentes e pequenas dela sobre o seu peito já desnudo.

Então; batidas constantes no vidro da janela, acabou com o clima.

Draco pediu desculpas várias vezes e correu para o banheiro. A castanha continuava no chão ofegante, e depois de conseguir sair do chão, seguiu para a janela, onde a coruja ainda esperava. Pegou a carta, e voltou a se sentar no chão, próxima a lareira, enquanto voltava a lembrar do que aconteceu a alguns minutos atrás sorriu. Ele e ela começara a agir como um casal finalmente.

Não era algo incrível? pensou, ela sorrindo bobamente.