Lendas de um passado escrita por Andreza Martins Petamin


Capítulo 4
Minha alma se rende


Notas iniciais do capítulo

Pessoal, esse é mais um capítulo do desafio da semana musical, dessa vez é baseado na música Not Strong Enough do Apocalyptica feat. Brent Smith.



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Eu não sou forte o suficiente para ficar longe,
Não posso fugir de você,
Eu apenas volto à você.
Como uma mariposa sou atraído pela sua chama,
Você diz o meu nome, mas não é a mesma coisa.
Você olha em meus olhos, fico com descaso com o meu orgulho
E minha alma se rende e você traz meu coração de joelhos

Os dois prosseguiram com o beijo apaixonado e ouviam como se a música entoada em seus pensamentos fosse liberada com todo o ardor, era como se não existisse mais nada e nem ninguém ao redor deles. Kurama tocava o corpo de Botan com todo o desejo do mundo, ao mesmo tempo em que a menina o segurava pelos cabelos.

–Tive tanto medo... pensei que nunca mais... você se lembraria de mim- declarou Kurama, que prosseguia com as carícias-

–Nunca, Shuichi... Nunca esqueceria de você.... Aquele que sempre me amou... que sempre cuidou de mim- declarou Botan completamente envolvida-

–Você é a mulher da minha vida... Por mim a levaria de volta para a terra... continuaríamos com a nossa vida de sempre.... longe de tudo isso- declarou Kurama cheio de desejo-

–Eu quero isso... Mas antes quero esclarecer tudo o que tiver de ser esclarecido, quer saber?- declarou Botan com um misto de desejo e determinação-

E isso está me matando quando você está longe, eu não quero ir embora nem quero ficar.

(cantarolava a menina desesperada)

–Preciso interrompê-los de novo, vocês precisam sair daqui imediatamente, a música vai provocar um abalo e vocês não podem se prejudicar- advertiu Yukina séria-

Os dois se soltaram.

–Vem com a gente, Yukina- convidou Botan com um sorriso amistoso-

–Eu?- perguntou Yukina espantada-

–Sim, você foi como uma grande amiga, graças a você descobri quem sou- respondeu Botan a olhando gentilmente- Além disso, me lembrei do Shuichi- disse ela com um sorriso olhando para o namorado-

Yukina deu um riso discreto.

–E então? O que me diz?- perguntou Botan a olhando com um sorriso animado-

–Não sei, encontrei meu lugar aqui- retrucou Yukina séria-

–Tem certeza? Poderia ir para o templo dos oráculos e morar lá- convidou Botan animada-

Yukina pensou por uns instantes, não sabia o que responder.

–Faremos assim: o convite ficará de pé e você tem todo o tempo do mundo para decidir- resolveu Botan-

–Está bem- concordou Yukina-

–Hora de irmos, Botan- lembrou Kurama, que colocou as mãos nos ombros da namorada-

Botan assentiu com a cabeça.

–Ele tem razão, vão e sejam felizes- disse Yukina com um sorriso gentil, depois ela abraçou a pitonisa-

–Seremos- falou Botan com um sorriso retribuindo o abraço-

Depois, as duas se soltaram do abraço, Botan se voltou para Kurama, os dois acenaram para Yukina e seguiram para a floresta por uma outra trilha que a mulher das neves ensinou.

Chegando na floresta, Botan e Kurama continuavam se olhando como se fossem atraídos um para o outro.

Eu não sou forte o suficiente para ficar longe
O que eu posso fazer?
Eu morreria sem você
Na sua presença meu coração não conheça a vergonha
Eu não vou culpar
Pois você traz meu coração de joelhos

(cantarolava Kurama olhando para Botan)

Não há mais nada que eu possa fazer
Meu coração está preso à você
E eu não consigo me libertar
Veja o que esse amor fez comigo

(cantarolava Botan olhando para Kurama)

–Me diga que não foi sonho, Botan, você realmente se lembrou de mim- pediu Kurama querendo chorar-

–Lembro sim, Shuichi, desde o festival das cerejeiras, nunca irei esquecer da primeira vez que nos vimos- declarou Botan com um doce sorriso-

Kurama, num ímpeto, a abraçou com toda a força puxando a menina para bem junto de si.

Botan permaneceu entregue àquele abraço, se limitou apenas a contemplar os olhos verdes do namorado, ela sentia o coração palpitar mais forte e mais uma vez estavam totalmente entregues ao desejo, não poderiam ser interrompidos.

–É maravilhoso... poder estar.... assim com você- declarou Kurama, que segurou o rosto da namorada-

–Ah, Shuichi... Eu não quero outra vida... Mais nenhuma- declarou Botan afagando os cabelos dele-

–Como eu disse lá na montanha.... Largue tudo isso... vamos voltar para a terra.... Vivermos uma vida longe de tudo e de todos.... como era antes- declarou Kurama, que respirava de modo descompassado-

Não há mais nada que eu possa fazer
Meu coração está preso à você
E eu não consigo me libertar
Veja o que esse amor fez comigo

(cantarolava Botan com um tom de voz bem brando)

–Não se liberte do amor então...Libere seus sentimentos e tudo o mais que você sentir por mim- declarou Kurama, que tocava o rosto dela com desejo-

Botan não pensou em mais nada, agarrou Kurama com todo o ardor e por pouco os dois não caíram no chão, os dois se entregaram a mais um beijo apaixonado regado por lágrimas que insistiam em brotar dos rostos do casal apaixonado, era como se não existissem nada e nem ninguém, ainda mais que estavam sozinhos e em um local seguro, só haviam as árvores como testemunhas, nenhum outro ser animado, pelo menos era o que pensavam.

Os dois continuavam entregues, como se fossem apenas um, o amor deles era tão forte que chegou ao ponto de despertar o adormecido jardim real que há muito tempo estava adormecido na floresta, imediatamente os portões do jardim se abriram, revelando uma infinidade de rosas de todos os tipos que existiam: multicores, matizadas, vermelhas, pretas, brancas, rosas, azuis, amarelas, mescladas, roxas, púrpuras, dentre várias.

Os dois pararam o beijo e contemplaram o belíssimo espetáculo à frente.

–Vem comigo- pediu Kurama segurando as mãos da namorada-

–Para onde?- perguntou Botan curiosa-

–Vou te mostrar algo lindo no jardim real, vamos, você não vai se arrepender- insistiu Kurama animado-

–Shuichi, com você eu vou até o fim do mundo- declarou Botan com um sorriso-

Kurama se sentiu feliz por dentro e rapidamente conduziu a namorada para dentro do jardim, os dois puderam contemplar a belíssima dança das rosas, que nada mais era do que o bater do vento nas pétalas que acabava despetalando algumas rosas, fazendo algumas pétalas voarem com o vento exalando um excelente perfume.

–Isso tudo é tão lindo- elogiou Botan maravilhada-

–Não seria tão lindo se não fosse por você- declarou Kurama sério a olhando nos olhos-

Botan ficou inerte sem saber o que responder.

–Te amo demais, minha deusa, pra mim você é mais linda do que qualquer rosa, mais perfumada, mais perfeita- declarou Kurama ainda sério, a olhando nos olhos e sentindo o coração palpitar mais forte-

–Digo o mesmo de você, meu bruxo raposa, minha vida não teria sentido se não fosse você, te amo, te amo muito, como jamais amei outro homem- declarou Botan séria e com os olhos marejados-

Os olhares dos dois se encontraram mais uma vez, eles não hesitaram em se abraçarem bem forte e dessa vez sem controle algum de suas ações, os dois caíram no chão sendo amortecidos pelo tapete de pétalas que havia se formado abaixo deles.

Alguns diziam que as rosas do jardim real pareciam ser vivas, que quando presenciavam a chegada de alguém que não fossem os guardiões do jardim, elas se despetalavam para receber o recém chegado, dessa forma, as pétalas acabavam formando um tapete real de rosas.

Kurama segurou fortemente Botan para que ela não se machucasse, a menina por sua vez, acabou puxando o namorado para uma brincadeira bem infantil e os dois acabaram rolando pelo tapete como se fossem duas crianças brincando em um tapete emborrachado colorido do jardim da infância, depois disso, os dois acabaram rindo de toda a brincadeira e depois se sentaram um de frente para o outro.

–Acho que fiquei tonto, fazia tempo que não fazia algo assim- brincou Kurama com ar de riso-

–Se estiver tonto, eu cuido de você sem problemas- falou Botan animada e dando umas risadas divertidas-

–Você seria a minha médica?- perguntou Kurama querendo rir-

–Tem dúvidas disso?- perguntou Botan sorridente-

–Não, eu sei que você é capaz disso, que sabe curar meu coração da tristeza- respondeu Kurama sério afagando o rosto da menina-

–E você me ensinou o que é amar- declarou Botan séria entregue aos carinhos dele-

Não há mais nada que eu possa fazer
Meu coração está preso à você
E eu não consigo me libertar
Veja o que esse amor fez comigo

Kurama sentiu uma emoção mais forte do que o normal, seus cabelos acabaram mudando de cor passando de vermelho para prateado, sua forma humana se modificou e apareceram orelhas e cauda de raposa nele, além das roupas dele também terem mudado para um quimono branco, ele assumiu a forma lendária de Kurama Youko.

–Quase havia esquecido dessa sua outra forma. E assim se revelou o grande bruxo raposa fazendo jus à sua alcunha- falou Botan com um ar animado-

–Posso ter mudado de forma, mas meu amor por você ainda é o mesmo, minha deusa- declarou Kurama Youko se aproximando mais ainda da menina-

–Eu sei, acredito em você, meu amor- falou Botan sentindo o coração palpitar mais forte do que antes-

Os dois se aproximavam cada vez mais, suas respirações eram bem próximas, os corações dos dois estavam na mesma sintonia, Kurama puxou a menina para mais junto de si a acomodando em seus braços, os dois se entregaram à carícias e toques ardentes.

–Botan, eu... não posso me controlar mais- declarou Kurama Youko a tocando de modo voraz-

–Então... não se controle...- declarou Botan o tocando também-

–Tem certeza?- perguntou Kurama Youko, que a segurou pelos ombros e fez com que o olhar dela encontrasse o seu-

–Absoluta. É o que mais quero... Ser sua mulher- respondeu Botan séria o olhando nos olhos-

Kurama a segurou fortemente, buscou pelos lábios da menina, que prontamente cedeu a ele, os dois trocaram um beijo intenso e apaixonado, ao mesmo tempo em que os toques eram necessários.

Não há mais nada que eu possa fazer
Meu coração está preso à você
E eu não consigo me libertar
Veja o que esse amor fez comigo

As mãos de ambos tocavam um ao outro como se necessitassem da água do deserto, o desejo aumentava a cada minuto... a cada segundo.

Kurama acomodou Botan deitando- a no tapete de rosas, depois ele foi se debruçando sobre ela ao mesmo tempo em que a menina buscava por ele, os dois estavam se entregando à um momento único de amor quando de repente ouviram uma melodia familiar no jardim, a princípio eles não se importaram, mas a música foi aumentando gradativamente e eles acabaram parando o quase- ato de amor para verem o que estava acontecendo.

–Ora ora, pelo visto interrompi o casal apaixonado, que triste.

–Mime?- perguntou Botan espantada e mais branca do que um papel olhando para o recém chegado, que os encarava de modo ameaçador-


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Notas finais do capítulo

Incrível né gente? Podem comentar.
Ah, já já postarei o próximo capítulo.



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