Venena anguis escrita por Miss Zahra


Capítulo 41
Loss [01/02]


Notas iniciais do capítulo

Demorou, mas olha eu aqui!

Sabiam que eu sou oficialmente uma aluna de veterinária da federal??? Sou a mais feliz.

Não sei quando o próximo capítulo vai sair, mas preparem os corações! Vai rolar muita coisa.

AGRADECIMENTOS

sandrinha
Nellyel
Gabs
CatrinaEvans
Evy Bianchi
Isah Black
Duda
Natty
AnaHemp

aproveitem ♥



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/615567/chapter/41

A primeira coisa que viu ao abrir os olhos, foi o rosto preocupado de Tom.  

Sabrina estava confusa. Estava de volta em Hogwarts? Sua boca estava seca e com um familiar gosto de ferrugem. Franziu o cenho e analisou o rosto do homem em sua frente, ele estava falando alguma coisa, mas Sabrina não conseguia ouvi-lo.  

Tentou se mover, porém Tom a impediu. Irritou-se, queria saber o que estava acontecendo! Respirou fundo para falar, mas se arrependeu amargamente. Sentiu uma dor insuportável em seu tórax e foi aí que suas memórias voltaram. Grindelwald, o alemão fodido, a fuga, a casa chacoalhando, o pedaço de madeira atravessando seu corpo. 

— Eu vou morrer. – Disse sem hesitação, a voz falha e a boca enchendo-se de sangue. – Eu vou morrer. 

— Você não vai morrer! – Tom rosnou para ele, seus olhos vermelhos, encarando-a. – Não deixarei... – Seu tom suavizou e o bruxo a pegou em seus braços com cuidado. – Vai ficar tudo bem, vamos voltar para Hogwarts e poderão lhe ajudar. 

— Você não deveria tirar a estaca? – Ouviu uma voz perguntar, parecia ser de Jongdae. 

— No momento, essa estaca é a única coisa impedindo Sabrina de morrer de hemorragia. – Tom respondeu. – Está mantendo o sangue dentro.  

— Nós não podemos ir embora sem a Lara! – Outra voz, Billy, gritou. 

— Lara está aqui? – Conseguiu perguntar. – Nós não podemos deixar Lara para trás... – De alguma forma, Sabrina sabia que Tom estava encarando Billy com o mesmo olhar cheio de ódio que ele reservava para seus piores inimigos – E pare com isso, você sabe que está errado.  

Os olhos dos dois se encontraram e Tom tentou lutar contra o pequeno sorriso que surgiu em seus lábios, quase invisível, mas Sabrina já conhecia cada detalhe do rosto do sonserino e conseguiu ver claramente. Ela percebeu que ele achou graça ela estar tentando dar ordens nele mesmo estando daquele jeito.  

Sabrina sentiu vontade de dar uns gritos nele depois, caso sobrevivesse a tudo aquilo. 

— Vamos atrás de Lara então. – Tom finalmente quebrou o silêncio, seu rosto novamente impassível, embora seus olhos tivessem retomado o brilho raivoso. – Mas temos que ser rápidos, podemos ser interceptados por algum seguidor de Grindelwald a qualquer instante. 

Todos pareceram concordar, pois logo o grupo começou a se mover, mas Sabrina estava sonolenta demais para prestar atenção aonde estavam indo. Apenas fechou os olhos, aconchegou-se contra o calor agradável de Tom e sentiu algo em sua alma acordar. 

Seu ferimento ardeu antes da dor começar a diminuir. 

—-----------------------------------------------------

Lara conseguiu se jogar atrás de uma das vigas do corredor antes do feitiço de Ícaro atingi-la e a garota observou a rocha derreter onde a maldição tinha acertado, fazendo um cheiro forte tomar conta do ar. Os olhos da lufana arderam e ela tossiu, mas manteve-se atenta, sabia que morreria caso se distraísse além da conta.  

Lembrou-se de uma das dicas que Sabrina havia lhe dado: Fique calma e tente escutar os passos do inimigo.  

Ela fechou os olhos e escutou. Os sapatos deles faziam um barulho suave no chão e difícil de acompanhar, mas dava para ouvir. Abriu os olhos e saiu de trás da coluna para lançar um bombarda. Errou feio, não havia escutado direito e acabou lançando o feitiço quase um metro a mais para a esquerda. Ícaro reagiu rápido e a atacou com algum feitiço das trevas que a garota não conhecia, o protego que ela usou para se proteger mal aguentou o impacto. 

Lara xingou baixinho, escondendo-se novamente. Não podia demorar demais por causa do alto risco de outra pessoa aparecer para ajudar o italiano. Precisava de um plano. Ouviu os passos dele, o som se aproximando pela esquerda. Tinha que acertar daquela vez, outro erro custaria sua vida. Respirou fundo e saiu de trás da coluna. Lançou um Vermillious na direção do rapaz, a bola de luz avermelhada acertou o braço de Ítalo e ele chiou de dor, jogando-se no chão e gritando palavrões. 

Lara hesitou, mas foi dando passos curtos em direção ao namorado, procurando pela varinha dele no chão. Se conseguisse imobiliza-lo, não teria que viver com a culpa de ter matado outra pessoa. Não sabia se conseguiria viver com a culpa.  

Ítalo se mexeu tão rápido que Lara só teve tempo de cobrir o rosto com o braço quando o rapaz lançou um diffindo em sua direção. A lufana gritou ao sentir um corte profundo se abrir de seu ombro até o meio do antebraço; ela jogou-se no chão e se arrastou para trás de uma mesa. Choramingou ao olhar para o braço todo ensanguentado; rasgou sua roupa em algumas tiras e tentou enrolar o ferimento.  

— Tudo seria mais fácil se vocês não tivessem tido a ideia ridícula de vir até aqui. – O corvino rosnou audivelmente, seus passos ecoando na sala a medida que ele se aproximava. – Se vocês apenas tivessem ignorado as loucuras de Riddle, talvez eu e você poderíamos ter até nos casado. – Olhou para cima e viu o rapaz dando um sorriso maldoso para ela – Mas você tinha que querer bancar a heroína, não é? Como se Everheart não se matasse para ensinar às mulheres o lugar delas. 

Lara discretamente tateou os arredores e fechou a mão ao redor de um pedaço de madeira, sentindo sua ponta afiada. Agarrou com força. 

— Enfim... – Ítalo apontou a varinha para ela. – Uma pena ter que matar um rostinho tão bonito. 

Lara chutou o garoto direto nas bolas. 

O corvino encolheu-se, o rosto contorcido em uma careta, mas suficientemente perto para que a garota enfiasse a estaca de madeira no olho dele. 

Só percebeu o que tinha feito depois de sentir o sangue encharcando seus dedos. Ofegou, encarando o olho arregalado de Ítalo. O rapaz ainda teve força para agarrar a mão da garota antes de despencar por cima dela, morto.  

Lara ficou ali, deitada embaixo do cadáver de Ítalo, seu ex-namorado, o rapaz por quem esteve apaixonada por meses, em choque. A situação era surreal. Lara apenas encarou o teto, nem ao menos sentindo o peso do corpo. Nunca havia matado antes e, definitivamente, não queria ter que fazê-lo de novo.  

Depois de vários minutos, conseguiu reunir a coragem de tirar o corpo de cima de si e se levantar. Os rapazes ainda estavam por aí e poderiam precisar da ajuda dela.  

 

—----------------------------------------------------

 

Mesmo de olhos fechados, Sabrina sabia que eles estavam perdidos. Eles iam para a esquerda, paravam, discutiam e iam para algum outro lado. Era óbvio que aqueles corredores estavam enfeitiçados para confundir intrusos, mas o grupo não tinha tempo para sentar e tentar descobrir como desfazer o feitiço. Tom estava cada vez mais irritado, era fácil de notar o corpo dele ficando tenso quando se estava nos braços do mesmo.  

— Fique acordada. – Ele murmurou para a garota e ela só grunhiu. 

— Eu estou. 

— Abra os olhos então. – Retrucou com um rosnado. 

Sabrina abriu os olhos e encarou o rapaz com visível ódio, fazendo com que o mesmo sorrisse, para sua raiva. 

— Aí está... – Murmurou suavemente – A mesma ferocidade que eu tanto adoro. 

Aquilo foi o bastante para que o rosto da sonserina esquentasse e ela desviasse o olhar, fazendo-o rir.  

— Riddle. – Chen chamou a atenção dos dois. – Essa porta estava aqui antes? 

— Não. Tom respondeu, a seriedade voltando ao seu rosto. – Vamos entrar. 

— Essa porta surgiu do nada e você quer entrar? – Billy perguntou desesperado, ele era o menos confortável do grupo. – Enlouqueceu? 

— Você tem um plano melhor? – Tom perguntou, sua voz tão fria que teria dado calafrios em Sabrina caso ela não estivesse acostumada com os humores fodidos do namorado.  

Ex-namorado. Sussurrou uma vozinha irritante na cabeça da garota. 

Billy não respondeu e o grupo passou pela porta.  

O lugar que eles entraram não era bem uma sala, mas sim uma enorme campina com duas trilhas. Parado entre os dois caminhos, havia um manequim com uma boca desenhada em vermelho e várias lâminas de tesoura coladas em suas mãos. Perto da porta de onde eles vieram, havia uma bacia de pedra com "coloque suas varinhas aqui" escrito em vibrantes letras douradas. Ao lado da bacia, havia um pedestal com um pergaminho. 

— Kim, leia. – Tom mandou, ajeitando Sabrina em seus braços. Ele estava ficando cansado, mas se recusava a deixar outra pessoa carregar a garota.  

— Essas duas trilhas levam a portas, uma se chama porta da verdade, a outra porta da mentira. – O coreano começou a ler. – Esse boneco estranho aí, veio de uma das portas. Temos que fazer uma pergunta que revele o caminho certo para a porta da verdade. – Arregalou os olhos. – Se fizermos a pergunta errada, o manequim vai nos matar. 

Billy prendeu a respiração audivelmente.  

— E como temos que deixar nossas varinhas nessa bacia para fazer a pergunta, não teremos como nos defender. – Tom murmurou, pensativo. – Mas o fato de termos encontrado essa sala mostra que estamos no caminho certo. 

— Não temos escolha – Sabrina concluiu o pensamento do lorde das trevas, fazendo com que os rapazes olhassem para ela. – Nunca acharemos a Lara se não descobrirmos onde estamos. 

Tom bufou, irritado por ela ainda não ter esquecido da amiga.  

— Só perguntem logo. – Sabrina fechou os olhos e se aconchegou melhor nos braços de Tom, tomando bastante cuidado para não piorar sua situação. – Eu estou morrendo, lembram? 

— Você não está morrendo – Riddle rosnou. –Coloquem suas varinhas na bacia, agora! – Ele praticamente gritou e os dois rapazes obedeceram, colocando também a varinha de Sabrina lá. – A minha está aqui. – Gesticula com uma das mãos, balançando a varinha. –Estou segurando Sabrina, coloque a minha por mim. 

Quando todas as varinhas estavam na bacia, o grupo atravessou as runas no chão e se aproximou do manequim, que ergueu-se bruscamente.  

— Qual é sua pergunta? – A voz do manequim era assustadora, falhando com barulhos de pedaços de madeira batendo um no outro. 

Se errassem, morreriam. 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Quero teorias sobre o que vai acontecer no próximo cap, viu?



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Venena anguis" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.