Venena anguis escrita por Miss Zahra


Capítulo 32
Peace


Notas iniciais do capítulo

Olá! Demorei! Mas é porque tive provas e chamadas orais de verbos por um tempão kkkk
Lembram aquela fanfic de Crepúsculo que mencionei nas notas faz alguns capítulos? O primeiro capítulo (que é enorme) já foi postado! Você não precisa saber muito da história de crepúsculo, só precisa conhecer os personagens principais e o resto a fanfic explica por si só (ela segue uma O.C). Eu gostaria que vocês, caso queiram, acompanhem a fic... Minha auto-estima precisa e eu realmente me esforcei nesse primeiro capítulo!

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Agradecimentos:
Kiara
Evy Bianchi
sandrinha
The Queen Swetty Natty
Senhorita Sena
Jihffer
Bela_Cristina

Aproveitem o capítulo!



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 – Certamente, é um milagre.

Sabrina não conseguiu identificar de quem era a voz, sua mente ainda estava confusa e dormente. Demorou alguns segundos para perceber que estava deitada em uma cama confortável e que as vozes ao seu redor eram das enfermeiras e do dos professores. Remexeu-se na cama e chamou a atenção deles para si, gemeu de desconforto.

 – Srta. Gaunt? – Ouviu madame Hopkins chama-la – Você consegue me ouvir?

Resmungou um sim que foi compreendido pelos demais se levar em conta seus suspiros de alívio.

 – Está sentindo alguma coisa? – A enfermeira perguntou novamente.

 – Dor – Murmurou e conseguiu se sentar, abriu os olhos, mas manteve a cabeça baixa por conta da claridade – O que aconteceu?

 – Do que se lembra, Sabrina? – Dumbledore lhe perguntou calmamente.

 – Eu fui buscar em presente – Buscou as lembranças em sua memória, mas sua cabeça doía profundamente, tornando difícil a concentração – Uns homens me cercaram e nós duelamos... – Pôs as mãos na testa – Lembro de muita dor.

 – Talvez ela tenha batido a cabeça em algum lugar – Madame Hopkins informou aos outros – Preciso que olhe para cá por alguns segundos querida... MERLIN!

A bruxa deixou a varinha cair quando a sonserina olhou para ela.

 – O que significa isso? – Slughorn encarou a garota com os olhos arregalados – Dumbledore... Como isso aconteceu?

 – Não faço a mínima ideia – O diretor da Grifinória encarou a garota nos olhos – Pode ser uma sequela da exposição à magia negra, mas não tem como sabermos.

A morena não estava com paciência para aquele drama sem sentido, todo o seu corpo doía e a garota se sentia absurdamente desconfortável. Sentia-se incompleta e algo dentro de si ardia, mas ela não sabia o que.

 – Podem me dizer o que está acontecendo? – Encarou os dois professores e as enfermeiras com irritação, acordou com um humor péssimo.

 – Talvez seja melhor lhe mostrar – Madame Hopkins pegou um espelho de cima do criado mudo e entregou para Sabrina.

Com uma sobrancelha arqueada, encarou-se no espelho. Teve que conter um grito de horror. Seus olhos não eram mais o belo cinza-esverdeado que estava tão acostumada, agora estavam vermelhos como sangue, a garota teve a impressão de que eles brilhavam, mas julgou que aquilo era impossível... Se bem que se ela foi capaz de mudar a cor dos olhos para algo tão anormal como vermelho-sangue, por que não seria possível que eles brilhassem?

 – Não sabemos explicar como isso aconteceu – A velha se pronunciou depois de algum tempo – Podemos fazer alguns exames se quiser... Para ver se tem jeito de reverter isso.

 – O que aconteceu? – Perguntou novamente, encarando o próprio reflexo com bastante atenção.

 – Você foi atacada por soldados de Grindelwald, senhorita – Slughorn começou a explicar calmamente – Levou várias maldições horrorosas e seu ferimento se abriu novamente, nós achávamos que você não sobreviveria.

 – Sua sorte foi o jovem Tom ter lhe encontrado rápido o bastante – Dumbledore acrescentou.

Com a menção do sonserino, algo dentro de Sabrina se acendeu. Uma estranha vontade de se levantar e ir atrás do primo, agarrar-se nele. Franziu o cenho, de onde tinha vindo tudo aquilo?

 – Onde Tom está? – Perguntou rapidamente e colocou o espelho de lado, não aguentava mais encarar seus novos olhos.

 – o diretor Dippet foi chama-lo – Dumbledor tocou seu ombro delicadamente – Ele ficou bastante preocupado.

Ignorou o comentário do grifinório na intenção de tentar se livrar da estranha euforia que se apossava dela.

 – E os homens que me atacaram? O que aconteceu com eles?

 – Fugiram – Respondeu rapidamente – Os aurores estão fazendo o possível para rastreá-los, mas não conseguiram progredir muito desde que chegaram – Os olhos do diretor brilharam – Mas eles tem certeza que foi um ataque aleatório.

Sabrina segurou um suspiro de alívio, o que menos precisava era a atenção indesejada dos aurores. Ouviu a porta se abrir e se virou para ela automaticamente, sentindo seu coração explodir de alegria ao ver Tom passar por ela. Levantou-se da cama de supetão, quase caindo por causa da tontura e correu até ele que a pegou nos braços com uma feição preocupada.

 – Sabrina! – Ele a segurou delicadamente, encarando-a – Seus olhos... O que aconteceu? Você está bem?

Segurou o rosto dele entre as mãos brutalmente e o beijou. Madame Hopkins e o diretor Dippet ofegaram audivelmente, mas a garota não se importou. O beijou de novo, de novo e de novo, ignorando completamente as pessoas presentes na sala. Beijá-lo era tão bom! Tão certo! A agonia que sentiu há alguns minutos havia desaparecido completamente e ela se sentia completa, nas nuvens.

 – Srta. Zahra! – Uma voz que reconhecia muito bem a tirou de seu nirvana pessoal – Isso é um absurdo! Como ousa assediar o senhor Riddle dessa maneira?

A professora Everheart se calou quando Sabrina a encarou com os olhos cheios de fúria.

 – Em nome de Merlin o que é isso? – A mulher gaguejou, encarando Dumbledore – O que aconteceu com os olhos dessa garota?

 – Não sabemos – Foi a resposta da enfermeira – Achamos que pode ter sido a extensa exposição à magia negra.

Enquanto conversavam Sabrina se entretinha nas carícias que Tom lhe fazia, quase ronronando ao sentir as mãos dele alisarem suas costas delicadamente e os lábios do moreno beijando-lhe o rosto de forma discreta. Ele parecia tão desesperado por contato físico quanto ela.

 – Mesmo assim – Everheart elevou a voz na direção dos dois – Isso não justifica esse comportamento inadequado para com o senhor Riddle!

 – Deixe os dois terem seu reencontro, Hadassa! – Slughorn a repreendeu – O casal quase foi separado pela morte, não estrague o momento dos dois!

 – Casal? – A professora parecia chocada – A srta. Zahra e o sr. Riddle são um casal?

Tom a pegou no colo e a levou de volta até a cama, deitando-a delicadamente.

 – Você precisa descansar Sabrina – Sorriu gentilmente – Não se esforce demais...

A morena segurou a mão dele com força para impedi-lo de se afastar mais e o mesmo sentou-se ao lado dela na cama, soltando uma risada baixa em meio ao desespero da namorada.

 – Precisamos saber se o ferimento não vai voltar a se abrir – A jovem Pomfrey se aproximou da sonserina – Se importa se eu der uma olhada?

— Não, não – Ficou ereta na cama – Pode dar uma olhada.

 – Poderiam nos dar licença? – Pomfrey educadamente pediu para os homens se retirarem – Acredito que a senhorita vai ser liberada em breve, não se preocupem.

Os homens se retiraram, Tom sorriu para ela antes de sair.

(----)(----)

Todos se calaram quando ela entrou no Salão Principal. A garota se sentiu desconfortável com todos os olhares, mas seguiu seu caminho até a mesa da Grifinória sem deixar seu desconforto transparecer. Sentou-se ao lado de Chen e o cumprimentou com um sorriso.

 – Não tive a oportunidade de lhe agradecer por ter me ajudado – Ela tocou o ombro dele – Obrigada Jongdae.

 – Eu não consegui fazer nada, pra ser sincero – Ele deu de ombros, um pouco desanimado – Foi Riddle que deu uma surra neles.

— Foi mesmo? – Começou a comer.

 – É – Ele respondeu com um tom brincalhão – Ele conseguiu fazer meu ódio por ele diminuir um pouco.

Sabrina riu e deu tapinhas no ombro do amigo.

 – Fico feliz que você esteja aderindo a filosofia paz e amor, Chen – Sorriu para ele – Faz muito bem para a alma, sabe? – Olhou para Billy – E você? Também está superando o ódio pelos sonserinos.

O ruivo assentiu com a cabeça, sem olhar para ela. Ele andava estranho desde que presenciou o ataque de fúria da amiga contra Sosie, não estava falando com ela.Se Chen notou o estranho clima entre os dois, nada disse. Os dois amigos continuaram conversando até terminarem o almoço. Quando acabaram de comer, cada um seguiu seu rumo: Chen voltou com Billy para a sala comunal da Grifinória para terminar uns deveres que tinham deixado para última hora e Sabrina decidiu ir estudar História da Magia na biblioteca (já que não conseguia ficar acordada na aula de Bins, decidiu estudar por si só). Jogou-se em uma das confortáveis poltronas de couro de lá e acomodou o livro de história em suas pernas, se concentrando nas palavras ali registradas. Estava tão concentrada no livro que não percebeu um vulto se aproximando por trás e em poucos segundos seu pescoço estava sendo agarrado por mãos fortes.

Sabrina agarrou-se nas mãos do atacante, cravando as unhas na carne dele, mas as mãos não vacilaram. O agressor a puxou para trás e a derrubou da cadeira, fazendo um grande barulho ecoar pela biblioteca. A sonserina se debateu na tentativa de soltar-se, mas foi jogada bruscamente contra uma parede atrás da estante de livros mais próxima. A Gaunt gemeu de dor e ergueu os olhos para encarar seu atacante. Era um aluno da Lufa-Lufa.

 – O que está fazendo? – Gritou para ele – Enlouqueceu?

Sua voz sumiu quando encarou os olhos dele. Eles estavam nublados e vazios, como se a pessoa não estivesse completamente sã.

Maldição Imperius.

Sabrina agarrou a varinha e lançou um Petrificus Totalus no lufano. O aluno caiu no chão, paralisado, mas o olhar vago não deixou seu rosto. A sonserina correu até encontrar um professor.

(----)(----)(----)

 – Ele realmente estava sobre o efeito da Imperius – O professor McFusty confirmou para todos os outros professores reunidos na biblioteca, o aluno lufano foi colocado em cima de uma das mesas e todos os professores da escola tinham sido chamados para averiguar a situação.

 – Talvez tenha acontecido durante o ataque em Hogsmead – Slughorn sugeriu com apreensão – Devíamos checar os outros alunos para ver se encontramos outro que também foi enfeitiçado.

 – É o melhor a se fazer – Everheart concordou, parecendo extremamente incomodada com toda aquela situação – E o que você estava fazendo sozinha na biblioteca durante o feriado, srta. Gaunt?

 – Estudando – Respondeu educadamente, sem querer estragar sua imagem para os outros professores.

— O senhor Riddle poderia estar te acompanhando – Ela deu bronca, como se Sabrina não estar acompanhada pelo namorado fosse algo terrível.

A menção do primo mexeu com algo dentro dela, mas empurrou aquela sensação para longe.

 – Eu não preciso dele para viver, sabe? – Temeu ter sido mais grosseira do que queria, mas Everheart ia considerar tudo que ela dissesse uma ofensa.

 – Pare com isso, Hadassa! – O professor McFusty parecia indignado – A jovem Sabrina passou por muitas provações nesses dias, ela tem direito de querer ficar sozinha!

Se a professora se ofendeu com a explosão do colega, não demonstrou, mas também não se desculpou com a aluna. Nas próximas horas, os professores moveram todos os alunos para o Grande Salão em busca de outros que estivessem sob os efeitos da maldição, mas não encontraram mais nenhum. Todos foram liberados e enviados direto para as camas já que a vistoria tinha durado o resto da tarde. Todos ficaram furiosos, mas Dumbledore foi o professor a dar a notícia e ninguém estava muito afim de discutir com ele, então obedeceram com resmungos contrariados.

Muito mais tarde, no dormitório, Sabrina estava inquieta. Estava deitada desde que tinha sido mandada para lá e, por mais que se revirasse debaixo dos lençóis, não conseguia encontrar uma  posição que a ajudasse a dormir. Algo dentro dela queimava e se remexia, ansiando por contato. Levantou-se da cama bruscamente, surpresa por não ter acordado suas companheiras de quarto, e saiu de mansinho pela porta, se dirigindo ao dormitório masculino do sexto ano.

Na ponta dos pés, abriu a porta calmamente e adentrou o quarto, tentando identificar qual cama seria a de Tom. Descartou as camas com vassouras visíveis por baixo delas (inclusive a que tinha seus reposteiros abertos e Avery estava claramente deitado lá) e procurou qualquer indício do primo pelo quarto. Seus olhos se fixaram numa mesa de estudos perfeitamente arrumada, mas os reposteiros da cama estavam fechados e não tinha como Sabrina ter certeza se aquela era a cama do primo, então decidiu dar uma espiada para ter certeza. Quando afastou a cortina do reposteiro, teve sua visão ofuscada por uma forte luz.

— Também não está conseguindo dormir, Sabrina? – Tom perguntou com um sorriso malicioso no canto dos lábios.

Ela não respondeu e engatinhou na cama para se deitar ao lado dele, fechando o reposteiro e puxando os lençóis.

 – Você está muito ousada – Riddle riu baixinho – O que Everheart, sua professora favorita, diria?

 – Se você continuar falando – Ameaçou, se aconchegando contra o corpo dele – Eu vou embora e foda-se você.

Ele riu pelo nariz, colocando o livro que estava lendo de lado e pegando sua varinha.

 – Nox – Murmurou e tudo ficou escuro de novo.

Sabrina se aconchegou mais contra o primo, a angústia que sentiu mais cedo desaparecendo. Sentiu-o abraçando-a e sorriu. Sentia uma paz que não experimentava fazia séculos.


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Notas finais do capítulo

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