Venena anguis escrita por Miss Zahra


Capítulo 24
Wine, candles and Love (01/02)


Notas iniciais do capítulo

NADA DE SEXO AINDA!
Não tive tempo de escrever o capitulo todo, mas n queria deixar vocês sem nada por mais de uma semana... aproveitem!



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Sabrina entrou na barraca carregando algumas sacolas de compras, o mercado estava mais lotado do que ela imaginava ser possível em uma cidade tão e pequena e acabou demorando mais do que esperava. Colocou as sacolas em cima de mesa e olhou ao redor.

 – Tom? – Chamou pelo sonserino – Você está aí?

 – Sim – A voz rouca dele soou perto de seu ouvido e a morena sentiu os braços fortes do primo envolvendo sua cintura.

 – Você me assustou – A Gaunt tentou se soltar, sem sucesso – Eu comprei a comida.

 – Percebi – Ele a abraçou com mais força – Quer que eu prepare?

 – Você cozinha? – Sabrina duvidava que o grande lorde das trevas soubesse algo tão mundano como cozinhar.

 – Eu nunca pensei em me casar – Sussurrou conta a pele do pescoço dela – então eu decidi aprender feitiços úteis para cuidar de casa, culinária, limpeza e coisas assim.

 – Não esperava isso de você – A morena admitiu – eu achava que alguém egocêntrico como você não soubesse cozinhar.

Ele bufou, soltando-a.

 – Eu cuido do jantar – Ele pega a varinha – Vá tomar um banho enquanto isso – Ele abre um sorriso encantador – Prometo não envenenar a comida.

Sabrina tentou evitar o sorrisinho que surgiu em seu rosto, mas pelo brilho nos olhos de Riddle ela soube que falhara.  A morena se encaminhou até o pequeno banheiro da tenda e trancou a porta (Riddle estava se mostrando um grande pervertido), despiu-se completamente e entrou na banheira que se enchera magicamente no momento em que seus pés tocaram a porcelana gelada. Ajeitou-se na banheira com um suspiro de prazer, um pouco de paz, afinal. Fechou os olhos e deixou seus pensamentos menos calculistas tomarem conta.

Lembrou-se de sua avó e de como ela gostava do belíssimo jardim da mansão Zahra, de como seu avô sempre lhe trazia lembranças de todos os lugares em que esteve, de como ela e Hermione costumavam ir para bibliotecas, museus ou zoológicos juntas... Sentia falta daqueles tempos simples.

Depois de lavar-se, saiu da banheira e a água sumiu magicamente. Enrolou-se em uma felpuda e macia toalha azul, soltou o cabelo e encarou-se um pouco no espelho antes de sair do banheiro e ir em direção ao quarto. Entrou no aposento distraidamente, cantarolando alguma música que sua avó cantava para ela quando era pequena e largou a toalha antes de abrir o guarda-roupa.

 – Oh – Uma voz divertida soou atrás dela – Eu não esperava ser presenteado com essa visão por ter feito um simples jantar, farei isso mais vezes.

A garota travou, não acreditando no que acabara de ouvir. Se virou de supetão e encontrou Riddle sentado confortavelmente na cama.

 – Riddle! – Gritou, sentindo o rosto esquentar – O que está fazendo? – Pegou a toalha do chão e se cobriu novamente.

Ele não lhe respondeu, apenas levantou-se da cama e se aproximou dela com passos lentos e um estranho meio sorriso no rosto. A Gaunt se encolheu, sem exatamente saber como reagir com toda aquela estranha situação.  Tom parou a apenas alguns centímetros de distancia da garota, encarando-a com seus olhos verdes repletos de divertimento misturado com outra coisa que a sonserina não foi capaz de identificar. Tom se inclinou e roçou seus lábios nos de Sabrina por breves segundos, afastando-se logo em seguida.

 – O jantar está pronto – Disse antes de sair do quarto.

A Gaunt apenas fechou as cortinas que separavam seu quarto do resto da tenda, o rosto vermelho.

(----)(----)

 – Vejo que agora você está propriamente vestida – Tom brincou ao vê-la sair do quarto – Uma pena, esperava que aquela visão impecável permanecesse até depois do jantar.

 – Sinceramente Riddle – Sabrina resmungou com irritação ao se sentar – Você realmente precisa ficar me lembrando disso?

Um atraente sorriso malicioso se formou nos lábios do belo sonserino.

 – A imagem ainda está viva em minha mente – Ele a olha de cima a baixo – Você fica melhor nua.

 – Se você não calar a boca, eu boto você pra dormir fora da tenda – Ameaçou enquanto se servia, o cheiro da comida estava ótimo.

 – Peço perdão – Ele riu, também se servindo – Estava brincando com você Sabrina, não precisa se irritar.

Ela não respondeu, mas no momento em que pôs a primeira colher na boca, seus olhos se arregalaram.

 – Está delicioso! – Encarou o rapaz em sua frente – Não pensei que ficaria tão bom!

 – Achei que você já tivesse aprendido a não me subestimar – Ele sorriu maldosamente – Especialmente quando se trata de feitiços tão simples.

 – Me perdoe então – Sorriu genuinamente – Eu não queria lhe ofender.

 – Não ofendeu – Respondeu simplesmente – Apenas aproveite a comida e, por favor, não me faça dormir do lado de fora.

 – Você se provou bastante útil hoje – O tom da Gaunt estava cheio de seriedade – Como recompensa, dormirá aqui hoje.

Os olhos verdes de Riddle brilharam e mil ideias pareciam passar pela sua mente.

 – Posso lhe pedir uma coisa, Sabrina? – Ele pareceu hesitar antes de continuar – Eu adoraria dormir com voc

Sabrina não teve a reação que ele esperava, ela apenas terminou de mastigar calmamente antes de respondê-lo.

 – Eu ia sugerir a mesma coisa – Limpou a boca com um guardanapo – Mas acho que o dormir que você falou é diferente do que eu tinha em mente.

 – Provavelmente – Riddle a encarou com expectativa.

 – Eu pensei que depois de toda a ajuda que você me deu, eu achei que seria errado manda-lo dormir no sofá – Ela descansou os talheres na mesa e se levantou – então eu pensei em lhe deixar compartilhar a cama comigo.

Riddle não pôde evitar um sorriso triunfante.

 – Mas... – A Gaunt continuou.

O sorriso sumiu.

 – Um travesseiro vai separar nossas metades da cama e nenhum pode invadir o espaço do outro. – Ela terminou a frase com um sorriso maldoso no rosto – Aceita?

 – Você acabou de jogar um balde de água fria em minhas esperanças – O sonserino fez uma brincadeira, colocando a mão no peito como se ela o tivesse ferido.

 – Lide com isso – Sabrina sorriu e entrou no quarto.

(----)(----)

Sabrina já estava deitada quando Tom decidiu aparecer no quarto, o travesseiro já estava na posição de “muro” que separaria os dois. A garota, de olhos fechados, sentiu a cama afundar um pouco com o peso do primo e suas narinas foram invadidas pelo cheiro delicioso dele. Cerrou os olhos com mais força para manter o foco.

 – Sei que está acordada – Ouviu a risada rouca de Riddle – E sei exatamente o que você quer...

Tudo aconteceu muito rápido.

Em um momento ela estava em seu lado da cama e no outro o travesseiro “muro” estava no chão e Riddle a prendia contra seu corpo em um abraço absurdamente íntimo. O rosto dela contra seu peito e as pernas nuas firmemente presas entre as dele.

 – Riddle! – Gritou, contorcendo-se – Me solte agora!

Não obteve resposta.

 – Riddle! – Gritou mais alto – Eu sei que você não está dormindo!

Ainda sem resposta.

Sabrina bufou e contorceu-se mais na tentativa se se livrar dos braços do absurdamente cheiroso Tom Riddle...

Balançou a cabeça, tentando tirar aqueles pensamentos ridículos da cabeça.

 – Eu te odeio – Resmungou baixinho, sabendo que ele lhe ouvira – Amanhã você dorme no sofá.

E, ainda irritada (e com certeza nada confortável nos braços daquele deus grego com o melhor cheiro do mundo), ela se forçou a dormir.


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Notas finais do capítulo

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