Venena anguis escrita por Miss Zahra


Capítulo 17
Gellert has it


Notas iniciais do capítulo

Olá! Um capítulo fresquinho que planta a sementinha da treta na fanfic! Adoro tretas...
Agradecimentos para:
Legss
The Queen Sweet Natty
Lady Lia
Hell Girl
Lihu
Jurinha
Skm
A herdeira

E UM SUPER AGRADECIMENTO PARA:
Crimson Moon



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 – O que você está planejando, Riddle? – Abriu o jogo quando as cervejas foram servidas – Quero que me diga o que caralhos você quer com esse encontro ridículo.

 – Eu apenas estou lhe acompanhando – Inocentemente – Não vejo o porquê de tanta raiva por causa disso.

A garota o encarou com suspeita e bebeu metade da cerveja com um único gole, não perdendo o moreno de vista por um segundo. Sabrina tinha a leve impressão de que ele não seria impedido de mata-la por causa de algumas pessoas dentro do bar que também poderiam ser facilmente eliminadas.

 – Se eu não lhe conhecesse, teria acreditado nisso – Apontou o dedo para o rosto dele – Eu sei muito bem o quão agradável é a sua companhia.

 – Assim você me ofende Srta. Gaunt – O moreno colocou uma das mãos no peito e fez uma expressão triste que era obviamente falsa, mas dava um ar fofo à situação – Eu só desejo agrada-la.

 – Mentiroso...  – Resmungou em ofidioglossia.

 – Assim você me ofende – Sorriu de forma maldosa.

A garota se engasgou. Não esperava que ele entregasse sua ofidioglossia assim de cara. Ficou um pouco aliviada de a sua reação ter sido natural: seria estranho se Riddle descobrisse que ela já sabia sobre a família do sonserino. Seria complicado explicar aquilo. Recuperou-se do choque rapidamente.

 – Você fala? – Perguntou baixinho como quem não acreditava no que acabara de ouvir.

 – Minha cara prima, obviamente que sei falar... – Levou a mão até o rosto dela, acariciando-o levemente – A pergunta principal é: o que você fará a respeito?

Aquela era uma pergunta perigosa. Muito perigosa. Sua escolha naquele momento poderia definir como seria a interação dos dois nos próximos dias, a escolha poderia mudar alguma coisa do futuro. Era uma pergunta perigosa.

 – E-eu não esperava que você fosse meu primo – Na verdade ela não tinha um plano para quando ele a contasse aquilo – Eu não sei como reagir, para ser sincera – Aquela era a primeira vez que estava sendo sincera com ele – Por que está me contando isso agora?

Sua postura calma não se afetou, mas suas feições mudaram de divertidas para sérias rapidamente e o clima mudou de uma tensão meio cômica para uma tensão que Sabrina não conseguiu identificar. Ele pegou a mão dela com delicadeza e beijou-a demoradamente, sorrindo de forma charmosa logo depois. Sabrina sentiu-se derreter. Ele realmente tinha a capacidade de encantar a todos e, infelizmente, Sabrina não era uma exceção. Mesmo que ela tentasse.

 – Eu devo admitir que fui um pouco rude com você no começo, mas foi apenas porque eu estava perdendo o sentimento de que eu era especial como o único descendente de Slytherin – Ele não largou a mão dela – E o fato de você saber meu nome me chocou até que me lembrei de que seu pai conheceu o meu que, por acaso, tem o mesmo nome que eu.

Aquela era uma desculpa boa, talvez fosse verdade.

 – Ele me mostrou o rosto do tal Riddle “pai” uma vez – Decidiu entrar naquela mentira – Me assustei por ver uma cópia dele nos corredores de Hogwarts, devo admitir.

 – É compreensível – Os olhos dele brilhavam em triunfo – Peço desculpas pelos meus atos, senhorita Gaunt.

Deveria ela desculpa-lo? Foi estranho ela ter realmente pensado em aceitar aquilo, mas a Zahra/Gaunt era mais esperto do que aquilo: ficar amiga de Riddle podia ser bastante útil se ela fosse mesmo voltar para o futuro... Poderia contar tudo o que sabia para Dumbledore e evitar todos aqueles acontecimentos horríveis. Tentador.

 – Acho que seu pedido é válido – Sorriu.

 – Apenas válido? – Ele fingiu mágoa – Somos os últimos descendentes e, bem... – O brilho maldoso voltou aos seus olhos – devemos garantir que tenha uma geração sangue-puro, não acha?

Sabrina se engasgou de novo. Ele estava insinuando que era para eles darem uma de Lagoa Azul? Não pôde evitar ficar vermelha ao pensar algo assim. A última fez que fizera sexo parecia absurdamente distante (levando em conta que ela, tecnicamente, ainda não aconteceu) e não conseguia se imaginar abrir as pernas para Voldemort. Por um momento imaginou o Voldemort cara de cobra e um calafrio subiu sua coluna. Nojento.

 – Melhor não... – Sua voz saiu amarga, claramente irritada pela insinuação – Não gosto dessa sua ideia sexista idiota – Pegou a cerveja amanteigada dele e bebeu de uma vez – Não pretendo me casar OU ter filhos.

Ele parecia já saber disso. Talvez ela fosse fácil de ler... Ou fosse só o fato de que suas ações naquela época não batiam com as ações que uma boa mãe faria. A segunda opção era bastante válida. Talvez fosse a correta.

 – E por que não? – Curiosamente, Riddle não a alfinetou por causa de sua rebeldia – Pensei que todas as mulheres adorassem crianças.

 – Eu gosto de crianças – Respondeu – Só não acho que seria uma boa mãe.

Aquilo era verdade, Sabrina podia ser muitas coisas, mas jamais se veria como um bom exemplo de mãe. Não fazia a mínima ideia de o que uma mãe deveria fazer com seus filhos. Sua única figura materna fora sua avó e Narcissa... Sua avó agia mais como avó que mima do que uma avó que banca a mãe e Narcissa não era muito presente em sua vida para lhe dar exemplo.

 – Eu também não acho que eu seria um bom pai – Da uma risada rouca e, por incrível que pareça sincera – Nunca gostei muito de crianças, na verdade.

 – Sempre achei que você não tinha cara de pai – Deu um sorrisinho maldoso – Você tem cara de professor universitário bonitão que está pouco se fudendo pra casamento e crianças.

Riddle pareceu um pouco em choque com a grosseria da garota, ainda não estava costumado com a linguagem “peculiar” que a Gaunt usava para se comunicar.

 – Por Merlim! – Olhou rapidamente ao redor – Não esperava que tivesse essa imagem de mim na sua cabeça.

A garota teve pena de dizer que a imagem que ela tinha dele era muito pior que aquilo. Pobre Riddle... Só que não.

— É sua culpa – Deu de ombros – Você passa essa sensação pra mim.

Algumas garotas sentadas na mesa ao lado apontavam, cochichavam e davam risadinhas. Os rumores começariam (piorariam, na verdade) rapidamente.

 – Mudarei sua opinião, Sabrina – Os olhos dele brilharam em vermelho – E esperarei ansiosamente pelo dia em que me dará filhos.

A garota teve vontade de socar o desgraçado, mas teve que se contentar em dar um sorriso sarcástico.

— É o que veremos – Encarou-o.

(---)(---)

Alvo Dumbledore se encontrava bastante ocupado desde que a misteriosa Sabrina Zahra surgiram em seu escritório sendo carregada por um assustado Tom Riddle. O professor estava bastante curioso sobre as circunstâncias que a deixaram naquele estado deplorável. A noticia de que ela viera do ano de 1998 o encheu de euforia: queria perguntar tantas coisas... Ele e Gellert resolveriam suas diferenças? Ficariam juntos? Pena que não podia perguntar nada daquilo. Não se deve mexer com o tempo.

O grifinório conhecera  Nikolai em sua irresponsável juventude: o jovem russo era quatro anos mais velho, recém-formado e absolutamente brilhante: se formara com mérito em Durmstrang e estava trabalhando como pesquisador para o Ministério da Magia russo, o homem era bastante simpático e sempre ajudava Alvo com os deveres mais difíceis. Alvo o admirava com toda a sua devoção imatura.

Quando Nikolai voltou de uma de suas viagens para a Alemanha com um aprendiz, a vida de Dumbledore mudara para sempre. O momento em que Gellert Grindelwald abriu a porta para que Alvo entrasse foi quando sua vida se preenchera com algo estranho, um sentimento quente e revigorante. Estava apaixonado.

Tudo em Gellert o atraia: seu longo cabelo dourado sempre solto, seus lindos olhos cor de mel e o sorriso de tirar o fôlego que surgia em seu rosto toda vez que Dumbledore o visitava na casa de Nikolai... Passaram de melhores amigos para amantes com absurda rapidez.

Quando seu último ano em Hogwarts começou os dois adolescentes tiveram que se contentar com cartas escritas em códigos para manterem contato. Enquanto Dumbledore estava concluindo sua educação com as melhores notas possíveis, Gellert estava aprendendo tudo que podia com Nikolai e se aventurando com magia das trevas junto de alguns bruxos de caráter bastante duvidoso. Ambos seguiram para caminhos opostos que eventualmente se encontrariam. E não seria um encontro pacífico.

Uma coruja negra entrou por sua janela carregando uma carta e o professor a retirou do bico da ave a abriu, notando que era a letra de Nikolai. Então ele recebera sua carta... Rápido demais. Ele não estava na Rússia. Enquanto lia, sua preocupação apenas aumentava. Não podia ser verdade. Vasculhou o envelope e encontrou uma fotografia.

Nikolai sorria alegremente, acenando. Ao seu lado estava Grindelwald.

Gellert tinha o armário.


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Notas finais do capítulo

Eu estava pensando em fazer uma playlist pra fanfic, o que acham?

Bem, decidi fazer uma pequena enquete sobre com quem vcs shippam Sabrina até agora. Para votar, acesse o link e peça para entrar no grupo:

https://www.facebook.com/groups/531184517034627/

Página do face:

https://www.facebook.com/Mrs.SabrinaGauntRiddle/

Obrigada por lerem!



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