Venena anguis escrita por Miss Zahra


Capítulo 13
Who's Cedric? / End


Notas iniciais do capítulo

OIIIIIII
Aqui está o capítulo novo! E com capa nova tb kyaaaah!
Agradecimento:
Alana Lysander
Queen Ally
FlaPotechi
Carol Chase Lovegood
Amayu



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/615567/chapter/13

Tom não sabia o motivo de a prima estar tão abalada apenas por ter sido chamada para sentir o cheiro da amortentia, uma tarefa consideravelmente fácil. Um pouco humilhante, talvez, mas fácil. Sua tigresa não parecia mais tão aterrorizante e selvagem agora. Deveras entediante.

O sonserino se pegou pensando em que cheiro a garota Gaunt sentiria ao inclinar-se sobre a bancada: seria ele forte como o cheiro característico dos grifinórios ou acolhedor como o dos lufanos? Exótico como o de um corvino ou amadeirado como o de um sonserino? Adoraria usar aquilo contra ela.

Houve um barulho perto da saída da sala. Todos viraram para a direção do som, observando os dois grifinórios atrasados entrando na sala. Weasley e Kim enrubesceram profundamente ao receber o olhar irritado de Slughorn, o ruivo tateou nervosamente os bolsos e retirou um pedaço de pergaminho de dentro dele, estendendo-o para o professor ao se aproximar.

– “Talvez” – Tom pensou enquanto Slughorn lia o bilhete – “Sabrina sinta o cheiro de um desses idiotas”.

– Jongdae, venha aqui e me diga o que sente – O professor deu tapinhas bem-humorados nas costas do coreano.

– Cheirar a amortentia, senhor? – Jongdae parecia ainda mais nervosos do que a garota Gaunt – E-eu não acho que seja uma boa ideia...

– Bobagem! – Slughorn cortou a fala do aluno – Todo gênio de quadribol precisa de uma amável esposa para ajuda-lo a relaxar.

Tom revirou os olhos, precisar de uma esposa lhe soava o cúmulo do ridículo; mulheres podiam ser extremamente ignorantes e obtusas, sabem nada mais nada menos do que dar despesas. Seus olhos inexpressivos se fixaram na prima e se viu perguntando se ela daria menos despesas que as outras.

Algumas garotas deram risadinhas e Riddle voltou a realidade, encarando o grifinório muito vermelho inclinado sobre o caldeirão enquanto as garotas apontavam para Sabrina animadamente. O coreano irritante ousou se apaixonar por uma Gaunt? Sentiu-se bastante ofendido somente em pensar na possibilidade de ter um grifinório em sua árvore genealógica.

– Ho Ho! –Slughorn riu animadamente, passando os olhos por Kim, Gaunt e Riddle – Esse ano é mesmo bastante interessante.

Tom não achava nada daquilo interessante, sua manobra de fingir interesse na Gaunt estava lhe dando mais problemas do que soluções; talvez estivesse na hora de mudar de abordagem. Deveria ter tentado a aproximação violenta primeiro: a imagem da Gaunt se contorcendo aos seus pés lhe causava uma deliciosa onda de contentamento.

– Canela – Tom saiu de seu transe ao ouvir a voz da prima – E biscoitos de chocolate...

Um lufano? A Gaunt aparentemente possuía um gosto horrível para bruxos. O sonserino sentiu uma fúria inesperada invadi-lo, a imagem de sua prima se contorcendo de dor foi substituída por uma visão excitantemente inapropriada: Sabrina embaixo de si, nua, o rosto vermelho e a respiração acelerada enquanto seus seios balançavam a cada investida de Tom contra ela, pedidos de desculpas escapando de seus lábios: “me perdoe, milorde”. Mostraria a ela que a Sonserina era a única casa com homens de verdade.

Ouviu um choro alto seguido do estrondo do caldeirão caindo no chão. Riddle voltou seus olhos para a origem do barulho, vendo a prima aos prantos.

– C-cedrico! – Soluçou – C-ced... E-eu devia ter impedido você de ir! – A Gaunt pareceu se esquecer dos outros alunos – Volte... por favor... – As pernas dela estavam tremendo – Por que você tinha que morrer?

A ultima fala da sonserina causou um pequeno alvoroço: os garotos estavam estupefatos e as garotas foram subitamente abatidas por uma compaixão sincera e tentaram se aproximar de Sabrina. A reação dos colegas pareceu tirar a garota de seu estado deseperado, ela fixou os olhos vermelhos pelo choro em Tom antes de fugir da sala de poções.

– B-bem – Slughorn limpou o suor do rosto com um lenço – Estão liberados... Não temos mais poção mesmo.

Jongdae literalmente disparou porta afora, provavelmente tentaria alcanças a morena. Tinha que tirar o grifinório do caminho... Ou apenas conquistar Sabrina antes dele.

Mas como faria isso?

(---)(---)

Chen agarrou suas coisas o mais rápido possivel e correu atras da garota dos seus sonhos, ignorando completamente os gritos de Billy. O coreano já sabia que não era correspondido, mas jamais pensara que o amado da garota estava morto. Para ser honesto, achava que era Riddle (ficou muito feliz em saber que não era o Riddle).

Parou de andar em um corredor vazio, finalmente se tocando de que não fazia ideia de para onde a sonserina havia fugido. Caminhou as cegas mais um pouco e se perguntou para onde ela iria depois de sofrer tal “humilhação”; foi invadido pela culpa: se soubesse do tal Cedrico, teria mentido sobre o cheiro da amortentia e pouparia a cobra se ser atormentada por lembranças tão dolorosas.

Balançou a cabeça com força para espantar aqueles pensamentos, Sabrina não era uma cobra, ela apenas teve a falta de sorte de ter sido colocada naquela casa horrivel. Virou o corredor e deu de cara com a cabeleira cacheada de Lara e quase derrubou a pobre garota com a força do impacto.

– Me desculpe Lalá – Segurou a lufana para que ela não caisse – Não notei você chegando

– E eu estava lhe procurando faz um bom tempo – Agarrou o braço do grifinório e obrigou-o a segui-la – Sabrina não está se sentindo bem, eu a levei pro meu dormitório.

O aperto no coração de Chen diminuiu, pelo menos sabia dizer onde a garoa estava. A McFusty puxou o amigo até a entrada do salão da Lufa-Lufa, onde foi empurrado para dentro sem cerimônia nenhuma e os poucos alunos presente no lugara não pareceram se importar com a presença de uma aluno de outra casa. Pessoas maravilhosas, esses lufanos.

– Ela está muito abalada – Lara guiou Chen até os dormitórios – O que aconteceu para ela ficar desse jeito?

O coreano não achou certo contar para Lara sobre o antigo namorado da amiga.

– É bastante pessoal – Foi o que resolveu responder – Ela vai lhe contar quando se sentir confortável, eu acho.

A lufana nada disse, apenas abriu a porta do dormitório e revelou a imagem de uma Sabrina encolhida em cima da cama da amiga, rodeada de outras alunas da casa amarela. Almas gentis tentando alegra-la.

– Sabrina? – O grifinório se aproximou – Você... – Engoliu em seco – você está bem?

A sonserina olhou para ele e depois para as garotas, não falaria com uma plateia presente. Tão orgulhosa... Chen pediu para as meninas sairem e elas o fizeram sem questionar, fechando a porta delicadamente ao passarem. Jongdae se viu sozinho com Sabrina no quarto.

– Me desculpe – Suspirou – Eu devia ter mentido sobre o cheiro – Sentou ao lado dela – Pouparia a dor de cabeça.

A garota negou com a cabeça.

– Posso perguntar quem é esse Cedrico? – Perguntou nervosamente – Não precisa responder se não quiser...

Sabrina o interrompeu.

– Ele era... – Fez uma pausa – o amor da minha vida.

Chen encarou o chão ao sentir a característica dor no peito, mas evitou demonstrar o quanto aquela frase o afetou. Tinha que ser forte por ela.

– O que aconteceu com ele? – Não queria pressiona-la, mas precisava saber o que aflingia sua amada.

Houve uma pausa.

– Ele foi morto – Respondeu – Por bruxos das trevas.

Isso chocou Jongdae.

– um grande amigo trouxe o corpo dele de volta – Beslicou a palma da mão – Olhos abertos e vazios, rosto sujo de terra e com alguns arranhões... – Umideceu os lábios – Eu vi o corpo antes dos pais dele, a mãe dele me abraçou naquela noite – Riu meio grogue – Ela nunca gostou muito de mim.

Chen pensou em segurar a mão da morena, mas não achou que seria uma boa ideia. Observou os belos olhos cinza-esverdeados (agora meio inchados pelo choro) da sonserina: estavam repletos de dor e angústia. Se perguntou por quantas situações perigosas ela teria passado... Por que ela decidira lutar ao lado da resistência? Talvez quisesse aproveitar qualquer oportunidade de ficar ao lado do tal Cedrico. Sabrina Gaunt era um total mentira.

– Sinto muito por faze-la se lembrar disso – Suspirou, consrangido.

– Não é culpa sua – Ela garantiu rapidamente – Slughorn estava com vontade de me obrigar a cheirar a poção – Ela fez uma careta e o coração de Chen bateu mais rápido, as caretas de irritação a deixavam extremamente adorável aos olhos do garoto – Aquele velho quer me jogar para cima os sangue-puros machistas que ele anto ama.

– Achava que ele queria lhe jogar para cima de Riddle – Não conseguiu conter a observação.

A morena bufou.

– Riddle? – Olhou para o amigo com uma sobrancelha arqueada – Prefiro o Abraxas, o cavalheirismo dele é sincero.

Os dois riram brevemente, se encarando logo depois.

– Fiquei feliz em saber que não era o cheiro do Riddle, sabia? – Disse sem pensar – Quando você cheirou a amortentia.

Sabrina olhou para os lados por alguns segundos antes de fixar seus olhos claros nos castanhos do amigo, ela pegou a mão dele entre as dela e apertou gentilmente com um sorriso amável e pesaroso nos lábios trêmulos.

– Chen – Falou um pouco baixo – Não sei se ou quando conseguirei seguir em frente... – Seu sorriso aumentou consideravelmente – Mas, sinceramente, espero que seja por você que eu me apaixone.

O grifinório arregalou os olhos e suas bochechas esquentaram, o coração disperando e quase saltando da boca. Apertou a mão dela, muito vermelho, e abriu um sorriso tão grande que seus olhos quase se fecharam. A garota riu e abraçou o amigo.

– Você é incrível, Chen – Sussurrou.

E, naquele momento, Chen se sentiu mais do que incrível.

(---)(---)

Dezembro chegou trazendo nevascas fortes e ventos capazes de arrastar um adolescente magro demais. Sabrina passava cada vez mais tempo com Jongdae, Billy e Lara, os alunos da Grifinória e da Lufa-Lufa haviam finalmente se tocado que a garota transferida não tinha o menor interesse em Tom Riddle. As sonserinas e corvinas não pareciam tão convencidas.

Fazia quase uma semana que o sonserino em questão não se aproximava da prima; rumores diziam que ele estava chateado pela garota não ter sentido o cheiro dele na poção, mas a morena sabia que ele estava planejando algo. Teria que ficar de olho.

Honestamente, não se importava com o súbito afastamento por parte do garoto: se sentia inesperadamente livre e despreocupada levando em conta onde (ou seria quando?) estava. Os dias com os dois grifinórios e a lufana eram absurdamente tranquilos: se resumiam em risadas e estudo em grupo. Sabrina estava feliz.

– Mas pra que precisamos aprender a conjurar um patrono se todos os dementadores estão sob controle? – Billy abaixou a varinha, frustado.

Os quatro amigos estavam praticando feitiços em uma sala vazia à algumas horas: o feitiço do patrono era um particurlamente complicado para os grifinórios e para a lufana. Até aquele momento Lara fora a única a fazer algum progressos considerável.

– Nunca se sabe quando um bruxo das trevas pode subir ao poder e lançar os dementadores contra a população – A Gaunt explicou pela quinta vez – sem contar que precisa dele para tirar notas altas nos NIEM’s de feitiços e DCTA. – Olhou para os dois garotos – Algo que vocês precisam para ser aurores.

Jongdae e Billy gemeram.

– Eu adoraria conseguir um patrono corpóreo – Lara suspirou, sonhadora – Imagino qual será a forma do meu...

– Qual é a forma do seu, Sabrina? – Chen puxou o assunto – Já consegue fazer um?

– Aprendi no quinto ano – Respondeu.

– Faz pouco tempo, então... – Billy comentou.

Sabrina imaginou a reação dos amigos caso descobrissem que ela na verdade tinha 17 anos e que o quinto ano que frequentara foi, tecnicamente, há dois anos. Sentia falta daquela época, sentia falta dos gêmeos, sentia falta de Harry, Ron e Hermione, sentia falta de Jongin e Draco. Sentia falta de Cedrico.

Repreendeu-se por voltar a pensar na morte do ex-namorado, se concentraria apenas nas lembranças boas. Recordou-se de quando ele a ensinou a jogar quadribol: começou a chover alguns minutos depois de começarem a voar e ambos ficaram encharcados em segundos, tiveram que interromper o reino e voltar para o castelo pingando e sujos de lama, quase foram pegos po Filch e riram muito no dia seguinte.

– Expecto Patronum! – Apontou a varinha para a porta e um elegante tigre prateado saiu da ponta e saiu flutuando pela sala.

– É belissimo! – Lara exclamou, alegre – Espero que o meu seja tão majestoso quanto o seu, Sabrina.

– Dizem que quanto maior o patrono, mais poderoso é o bruxo – Billy comentou, encarando o tigre.

– Acho que era sobre ferocidade – Retrucou Chen – Não tamanho.

– Tanto faz – O ruivo deu de ombros.

As duas garotas riram.

– Nós vamos continuar amanhã – A Gaunt olhou para a janela.

– Amanhã tem quadribol! – Resmungaram os dois grifinórios.

– Suas notas são mais importantes que quadribol! – A lufana repreendeu.

Depois das garotas puxarem a orelha dos amigos, cada um tomou seu rumo para os respectivos salões comunais. Treinar depois do jantar era a melhor alternativa para fugir do olhar penetrane de Everheart. Ela faria de tudo pra impedir Sabrina e Lara de praticarem feitiços que não fossem básicos.

– Srta. Gaunt! – Uma voz masculina soou atras de si – O que faz pelos corredores a essa hora da noite?

– Abraxas, olá – Sorriu para ele e parou de andar, esperando que o loiro a alcançasse – Lhe faço a mesma pergunta.

O sonserino parou ao lado dela, ainda sorrindo, e estendeu o braço para ela que o aceitou de bom grado. Sentia uma estranha simpatia pelo Malfoy mesmo ele sendo um dos comensais mais fiéis de Voldemort. As ironias da vida.

– Sou monitor, senhorita – Galante – Estou apenas fazendo meu dever – Guiou-a pelos corredores – O que você está fazendo? Odiaria lhe dar uma detenção.

– Tenho permissão especial de Dumbledore – Mostrou o bilhete para o amigo – Nada de detenções para mim.

– Do rei da Grifinória? – Pegou o pedaço de papel – Não acredito em suas incriveis habilidade de convencer grifinórios a lhe ajudarem – Leu o bilhete – Praticando feitiços? – Os olhos cinzas dele se fixaram na garota - Quais?

– Estou tentando ensinar o feitiço do patrono para meus amigos – Respondeu simplesmente, dando de ombros – Ele adiciona uns pontos extras muito úteis em feitiços e DCTA.

Abraxas pareceu bastante surpreso.

– Sabe conjurar um patrono? – Perguntou ao chegarem no salão comunal – É um feitiço dificil!

– Aprendi no quinto ano – Entrou no salão, distraida – O patrono é um feitiço fácil depois que você pega o jeito.

– O patrono, srta. Gaunt? – A voz do Lord das trevas interrompeu a linha de raciocínio da garota – Um encantamento deveras complicado – Deu um de seus sorrisos misteriosos – Estou orgulhoso.

Seu interios se contorceu de raiva e sua mão tensionou em direção a varinha, mas a movimentação defensiva dos comensais a deteve: Avery, Lestrange, Black, Nott e Rosier... Todos estavam lá. E ainda tinha Abraxas, mas ele não parecia muito confortável com a ideia de atacar a garota.

– Enfia esse orgulho no cu porque eu não precis dele – Se contentou em rosnar – Agora mande esses vira-latas que se acham cães de guarda me deixarem passar!

Avery ameaçou atacar, mas Riddle lhe lançou um olha reprovador e ele se acalmou, claramente com medo de seu mestre. Os olhos de Tom se voltaram para a garota, analisando as feições irritadas da mesma e depois descendo pelo pescoço, busto, barriga, cintura e coxas. Ele encarou as coxas da prima por um tempo exageradamente longo e a única reação da sonserina foi enrubescer: nunca tinham olhado-a de forma tão indecente antes. E sem discrição nenhuma! Riddle nem se preocupara em esconder a malícia em seu olhar. O que tinha acontecido para ocorrer aquela súbita mudança de motivação?

– Rosier – Falou depois de alguns minutos – D e espaço para a pobre Sabrina passar, ela deve estar cansada.

O comensal em questão se moveu e se afastou, deixando o cominho até os dormitórios livre e a Gaunt deu passos orgulhosos até a porta, sentindo olhar de todos em suas costas. Teve a leve impressão de que alguém encarava sua bunda, mas torceu para que fosse só imaginação.

– Sabrina! – Tom a chamou – Ainda lhe terei submissa e de joelhos aos meus pés – Deu um sorriso de canto zombeteiro.

– Vai se foder – Foi o que conseguiu responder ao chegar na porta.

– Acredite, srta. Gaunt – A voz dele assumiu um Tom perigoso - Não serei eu a ser “fodido” nessa situação.

A fala do sonserino a deixou paralisada em total choque, em pânico sobre o que aquilo significava.

– Pode se recolher agora, Sabrina – A voz dele soou divertida – Tem minha permissão, se é isso que está esperando.

Quis se recusar a obedecer, mas a fala dele a afetara demais para conseguir formular uma frase: apenas abaixou a cabeça e entrou rapidamente no corredor que levava aos dormitórios femininos. Pôde ouvir a risada rouca do Lord das Trevas atrás de si.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Comentem ;-;
A fanfic está começando a chegar onde eu quero... Hehe
Ganho recomendações?