Venena anguis escrita por Miss Zahra


Capítulo 11
Who's Cedric? / Part 1


Notas iniciais do capítulo

Dividi em duas partes de novo...



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/615567/chapter/11

Tom não conseguia entender o que tinha feito de errado, foi gentil e evitou força-la a correspondê-lo, queria que ela cedesse por si só. E ela o fez por alguns curtos segundos, mas logo depois tratou de empurra-lo com agressividade. Que garota estranha.

Depois daquela cena na frente do Grande Salão as garotas estavam aos prantos, choramingando sobre como todos os seus esforços para conquistar “seu amado Tom” tinham sido esmagados por uma novata com tendências de prostituta. Alguns dos homens que presenciaram a cena pareciam estar sentindo pena de Riddle.

– Seu... Seu... – Jongdae estava na primeira fileira da “plateia” junto com Weasley e a McFusty – Nunca lhe ensinaram que deve-se pedir autorização da dama antes de beija-la?

Riddle encarou o grifinório, recuperando a compostura.

– Um principio bastante grifinório – O sonserino sorriu – Mas prometo testa-lo, Kim – Olhou para Lara e a cumprimentou levemente com a cabeça – Srta. McFusty, espero que esteja passando bem.

Lara retribuiu o cumprimento com um sorriso tímido, confirmando para Riddle que seu charme com as mulheres continuava funcionando perfeitamente. Só pareciam falhar com a irritante (e intrigante) garota Gaunt. Que família de merda ele fora arranjar.

Apenas quando se sentou em uma das confortáveis poltronas do salão comunal foi que sentiu o local do tapa latejar, colocou a mão no local, ponderando sobre o que fazer a respeito de sua prima insolente.

– Meu lorde – Abraxas apareceu junto com Black e Nott – E a reunião que teríamos hoje?

– Chame Avery e Lestrange – Respondeu sem dirigir o olhar ou loiro – Me chamem quando os encontrarem.

O Malfoy fez uma pequena mesura e se retirou, deixando seu lorde sozinho com seus pensamentos.

(----)(----)

Sabrina correu pelos corredores de Hogwarts de cabeça baixa, as lágrimas de raiva e culpa embaçando a sua visão. Correu as cegas até sua mente se acalmar o bastante para identificar onde estava; foi até a Sala Precisa e pediu por algo que lhe acalmasse. A sala se transformou no salão comunal da Lufa-Lufa.

A Gaunt se sentou no sofá perto da lareira, abraçou os joelhos e deixou sua armadura cair, começando a chorar enquanto as memórias a invadiam.

– Não posso entrar aí, Cedrico – Parou de andar – Sou uma sonserina, lembra?

– É a minha sonserina – Cedrico abriu um de seus famosos sorrisos gentis – E tenho certeza que todos vão lhe amar – Pegou a mão dela e puxou-a para dentro.

Sabrina olhou para a réplica perfeita de seu lugar favorito, tudo ali lhe trazia lembranças que tentara enterrar, lembranças felizes que lhe traziam nada mais que dor. Sentia muita falta de Cedrico. Observou o tapete em frente a lareira e desistiu de reprimir as memórias, precisava de Cedrico mais do que nunca.

– E os bruxos aceitaram as exigências dos duendes – Cedrico terminou de ditar e ficou observando a namorada escrevendo rapidamente no pergaminho – Já deu os dez centímetros que Bins pediu?

– Mais do que isso, até – Descansou a pena e sorriu para o lufano – Obrigada por me ajudar.

Os dois estavam estirados no tapete do salão comunal da Lufa-Lufa, rodeados por vários lufanos, os outros alunos nem se incomodavam com a presença de Sabrina, todos a cumprimentavam sempre que a viam. A garota sabia ate mesmo a senha! Simplesmente amava a Lufa-Lufa... Tão repleta de amor e aceitação para dar... Era reconfortante.

– Ganho um presente? – Sorriu e se inclinou, depositando um leve beijo nos lábios da garota.

Sabrina sentiu uma tontura repentina e fechou os olhos, notando que o sofá em que estava tinha mudado: Havia se transformado em um belíssimo e confortável trono negro, solitário na sala vazia. A sonserina se ajeitou na bela cadeira, confusa. Não se lembrava de ter desejado algo como aquilo.

– O que temos aqui?

A Gaunt olhou na direção da voz, identificando Avery e Lestrange.

– Não me lembro de ter pedido uma boa foda, mas vou aceita-la – O sorriso no rosto de Avery lhe deu calafrios.

Procurou sua varinha pelo chão, encontrando-a no chão a alguns metros de distancia. Precisava pega-la.

– Ledo, calma – Lestrange segurou o braço do amigo – Eu pensei em agradar o lorde e... Bem – Apontou para a garota – Ela surgiu bem no trono dele.

– Já que diz – Avery pareceu decepcionado – Vamos prepara-la para ele então.

Correu até sua varinha, mas Lestrange foi mais rápido e usou accio, agarrando a varinha da garota em pleno ar.

– Boa tentativa, garotinha – O sonserino riu, brincando com a varinha dela – Mas não somos idiotas a ponto de deixar você ficar com sua varinha.

Fuzilou-os, sem pronunciar uma única palavra.

– Garota insolente – Ledo bufou – Adoraria fode-la até a submissão, mas Riddle que vai acabar fazendo isso mesmo.

Sabrina levantou-se e foi até Avery , reunindo toda a força que conseguiu e, com um movimento rápido, socou o rosto do garoto com toda a raiva que conseguiu acumular. Avery se desequilibrou, tropeçando nos próprios pés e caindo com tudo no chão.

– Estupefaça! – Lestrange apontou a varinha para a garota.

O feitiço a atingiu.

(----)(----)

– Tom – Malfoy se aproximou – Estamos prontos.

Riddle estava lendo tranquilamente no lotado salão comunal; fechou o livro sem proferir uma única palavra.

– Ledo e Leonard já estão lá – Abraxas seguiu seu lorde pelos corredores – Alex e Orion foram na frente, já devem ter chegado.

O moreno não respondeu e o loiro entendeu que deveria silenciar-se. Os dois sonserinos moveram-se pelos corredores desertos, alunos de sexto e sétimo anos tinham aula vaga nesse horário e os outros alunos mais novos estavam nas salas, assistindo suas aulas. Era a hora perfeita para uma reunião com os seus cavaleiros.

Quando chegaram em frente a Sala Precisa encontraram Nott e Black parados em frente a porta, os dois sorriram maliciosamente quando notaram Tom se aproximando.

– Avery e Lestrange tem algo para você ai dentro – Black gesticulou para a entrada da sala – Acho que milorde gostará da surpresa.

Riddle arqueou uma sobrancelha e olhou para Abraxas, questionando-o com o olhar. O Malfoy apenas deu de ombros. Tom não respondeu os dois cavaleiros e dirigiu-se até a entrada, adentrou a sala sem expressar nenhuma emoção, mas travou em choque mudo ao ver qual era o presente.

Sabrina Gaunt parou de lançar xingamentos furiosos contra Avery assim que pôs os olhos em Riddle, ela parecia assustada. Com medo. A garota estava amarrada ao trono dele, os dois haviam amarrado as pernas dela separadas, abertas. Não era difícil de entender o proposito daquilo.

– Saiam – Ordenou aos dois – retornem apenas quando a porta voltar a se abrir.

Os dois cavaleiros sorriram maliciosamente antes de deixarem seu lorde sozinho com o “presente”

– Que bela visão você decidiu me dar, srta. Gaunt – Sorriu com falsa gentileza – Achei que não quisesse que eu a tocasse.

– Vai se fuder, Riddle – Rosnou, se debatendo – Eu fui praticamente sequestrada.

– É mesmo? – O moreno brincou com uma mecha do cabelo da prima.

Sabrina tentou morder os dedos dele, mas o sonserino tinha bons reflexos e conseguiu se afastar bem a tempo.

– Bastante selvagem – Riu-se, flexionando os dedos.

– Como uma cobra – respondeu com um sorriso ferino.

– Não – Tom retrucou – Cobras gostam de mim – Pensou um pouco – A senhorita é selagem como uma tigresa.

A sonserina o encarou.

– Só termine logo com isso, Riddle – Olhou para o lado.

Porém, Riddle nada fez.

– O que está esperando? – Perguntou para ele – Não vai aceitar o presente de seus comensais?

Riddle riu baixinho.

– Não vou estupra-la, srta. Gaunt.

A boca da garota se escancarou, estava realmente surpresa.

– É essa imagem que tens de mim? – Tom balançou a cabeça – Eu realmente não sei de onde tira essas ideias absurdas, Sabrina.

A garota pareceu sair de seu estado de choque e voltou a encara-lo, como se tivesse respondido a pergunta dele apenas em sua cabecinha. Adoraria conseguir entrar lá.

– Eu não sou um estuprador, Sabrina – Acariciou de leve o rosto dela – Na verdade, não suporto tal prática – Aproximou o rosto do dela – Prefiro que as mulheres venham até mim.

Tom uniu os lábios dos dois por breves segundos, afastando-se em seguida.

– e você virá até mim – O sonserino deu um sorriso zombeteiro, puxando a varinha e apontando-a para as cordas – E eu vou aproveitar cada centímetro de pele da minha tigresa.

Ele murmurou um feitiço e as cordas se soltaram.

– Agora vá para o salão comunal – Observou-a atentamente – Lhe acompanharei até a aula de Slughoorn hoje à tarde.

Ela resmungou algo que ele não se importou em ouvir.

– Lestrange está com a minha varinha – Sabrina pegou a mochila no chão.

– Vá para a aula de poções e eu lhe devolverei lá – Disse simplesmente.

A Gaunt pareceu prestes a ter um ataque de raiva, mas apenas saiu em disparada pela porta, parecendo se sentir muito humilhada pelos risinhos maliciosos que seus cavaleiros deram ao vê-la. Uma pergunta interessante surgiu em sua mente quando a reunião começar.

Por que a garota chamou seu pequeno de “comensais”?

(----)(----)

Sabrina correu até um dos vestiários do campo de quadribol, encolhendo-se contra a parede e abraçando os joelhos. Sabrina estava se sentindo extremamente humilhada, os olhares e as risadas ainda ecoavam em sua cabeça.

Grunhiu de raiva e agarrou os próprios cabelos. Simplesmente odiava Riddle e seus capangas. Encarou um uniforme de quadribol da Grifinória que estava jogado em um banco e se perguntou se haveria alguma chance de conseguir entrar no time de quadribol. Se existisse seria quase nula. Sentia muita falta de voar.

– O treino foi ótimo, pessoal – Uma voz de homem soou da entrada do vestiário – a Sonserina não terá chance contra nós no próximo jogo!

A garota arrastou-se até achar um esconderijo consideravelmente bom... Todos eram péssimos, para falar a verdade. Ficou imóvel enquanto os jogadores iam entrando e atirando as camisas no chão.

– Andou malhando, Jongdae?

– Vai se fuder, Weasley! – Chen jogou uma garrafa d’agua no ruivo.

Fechou os olhos com força quando os garotos começaram a retirar as calças, tapou a boca com as mãos para não fazer nenhum barulho, temia que o menor dos ruídos denunciasse sua posição. Deu uma leve espiada e ficou aliviada em ver que eles já estavam vestidos. E andavam em direção ao seu esconderijo.

Sabrina entrou em pânico e, silenciosamente, começou a lançar diversos serpensortia, sussurrando pedidos de ajuda desesperados em ofidioglossia. As várias cobras deslizaram até os alunos, fazendo-os recuar e correr até suas vassouras. A Gaunt aproveitou a confusão para agarrar suas coisas e fugir.

(----)(----)

Ela estava atrasada.

Não atrasadapara a aula de poções, mas sim atrasada para o horário de receber a varinha sem atrair atenções indesejadas. Agora todos olhariam para eles. Fantástico.

Olhou para o grande relógio na parede, mais cinco minutos e Slughorn chegaria e ela estaria realmente atrasada. Seus cavaleiros presentes na sala estavam comentando com outros sonserinos sobre a “recente foda” de Riddle. Se eles ao menos soubessem o que realmente aconteceu... Tolos.

Algo que Tom não compreendeu foi o motivo de não tê-la interrogado, tinha a garota em uma posição vulnerável e as chances de ela responder suas perguntas era até bastante alta. Mas alguma coisa que ela fez o tirou completamente do rumo. Ela realmente pensava que seria estuprada? Garota tola... Até mesmo Lord Voldemort tinha limites. Garota tola... Por que aquela ideia o incomodava tanto? Não era como se ligasse para a opinião que a garota tinha sobre ele.

– Minha varinha, Riddle.

Tom só notou a presença da Gaunt quando ela se sentou ao seu lado, estava demasiadamente distraído.

– Qual é a palavra mágica? – Incitou, olhando-a nos olhos.

– Crucio? – Respondeu com uma voz repleta de sarcasmo.

Garotinha insolente.

– Se continuar assim, não poderei ajuda-la, Sabrina – Sua resposta veio ácida.

A sonserina parecia contrariada, como se enfrentasse um dilema.

– Por... – A garota pareceu engasgar – Por favor, Riddle.

– Tom – Corrigiu.

– Por favor, Tom – A frase soou mais como um rosnado.

Pegou a varinha da garota e estendeu para ela, Sabrina a pegou rapidamente, evitando tocar na mão dele. Talvez devesse tê-la fodido, quem sabe ela estaria menos fresca.

– Boa tarde – Slughorn entrou as pressas na sala de aula – Hoje temos uma poção que eu particularmente gosto de mostrar para alunos repletos de sentimentos conflitantes.

Riddle revirou os olhos discretamente, Horácio não fazia ideia de o quanto soara idiota com aquela afirmação. O professor foi até sua mesa e tirou a tampa do caldeirão em cima dela.

– Se aproximem, vamos – Gesticulou exageradamente – Quem pode me dizer que poção é essa?

Tom se levantou, arrastando a sua prima até a mesa do professor; os outros alunos deram espaço para que os dois sonserinos passassem. Riddle encarou o liquido rosa dentro do caldeirão com repulsa. Amortentia. Aquela maldita poção.

– É amortentia, professor – Sabrina se pronunciou – A poção do amor mais forte já criada.

Os olhos de Riddle se fixaram na garota.

– Está certa, srta. Gaunt – O professor pareceu animado – Cinco pontos para a Sonserina – Ele se virou para o resto da turma – O cheiro que a amortentia exala varia para cada pessoa, dependendo do que a atrai – Ele aspirou a fumaça rosada com gosto – Mas nenhuma poção pode imitar o amor, a amortentia apenas causa um sentimento de paixão arrebatador.

Algumas garotas lançaram olhares decepcionados.

– Poderia se aproximar e nos dizer o que sente, srta. Gaunt?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

A proxima parte provavelmente vai ser menorzinha...
Comentem e obrigada por ler