Forgotten escrita por S Pisces


Capítulo 37
The beginning of a new finale Part: 01


Notas iniciais do capítulo

Hey meus queridos e queridas! Estou de volta (temporariamente) e dessa vez vou deixar os capítulos programados! huahuahua
Como o próprio nome já diz é "O começo de um novo final" então é isso mesmo, está acabando :(
Gostaria de agradecer a todos que leem e comentam e favoritam e recomendam e esperam o final dessa historia que eu simplesmente amei escrever ♥ E agradecer a minha incrível vizinha (que não lê ou sequer sabe dessa fic) por ser tão boa comigo e me deixar usar o pc do seu escritório, huahua
Sem mais delongas... Enjoy!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/615511/chapter/37

  Puxo o zíper da jaqueta, fechando-a completamente e me olho no espelho. O vinco na minha testa deixando bem claro o quão tenso eu estava com tudo aquilo. Respiro fundo algumas vezes, e tento relaxar, mas não passa de uma tentativa falha.

— Hayden, posso entrar? – escuto a voz rouca da minha mãe. Saio do banheiro e vejo ela parada na porta entreaberta.

— Claro. – respondo e ela fecha a porta atrás de si. Sua testa ainda está avermelhada e levemente inchada, onde ela foi atingida no momento da explosão. – como está se sentindo?

— Bem, eu acho. – dá de ombros. – eu estou preocupada com o Steve. – sua voz não sai mais alta que um sussurro. – ele está decidido a pôr um fim nisso, mas eu sei que ele está travando uma batalha interna, na qual ele provavelmente irá perder. – completa.

 Depois do ataque do Soldado, Steve decidiu que era hora de acabar com aquele jogo de gato e rato de uma vez. A princípio ele queria ir sozinho, mas os outros Vingadores e os não vingadores apontaram todos os contras daquela ideia e ficou decidido que todos nós iriamos. Ele não teve energia nem mesmo para se opor a minha ida também.

— Você acredita que ele vai conseguir... “acabar” com essa história? – faço aspas e Natasha entende as entrelinhas.

— Não. – ela fala com um sorriso sem humor. – o Steve é bom demais e leal demais para fazer algo assim. Tenho certeza que ele, nesse exato momento, está maquinando em busca de alguma ideia que possa trazer o Bucky de volta. – esclarece.

— E você não fica chateada por saber disso?

— Hayden, quando o Steve disse que daria um fim ao Bucky, eu apenas deixei que ele me confortasse, mas em momento algum realmente acreditei naquilo. Eu admito que estou... apreensiva. — ela reluta em admitir que está com medo, mesmo já tendo admitido antes. – mas como posso pedir ou exigir isso do Steve?  Ele já me deu mais do que eu esperava que qualquer um conseguisse me dar. – ela suspira pesarosa. – se o Steve matar o Bucky, não será só o Bucky a morrer, o Steve estará matando uma parte de si mesmo.

 Impasse. Estávamos diante de um impasse no qual não só a vida de um “inimigo” estava em jogo, mas também a vida da Natasha e quem o Steve Rogers é.

— Vamos deixar ele decidir. – falo por fim – é a única coisa que podemos fazer no momento.

 Natasha concorda com a cabeça, embora esteja claro nos seus olhos que ela também está maquinando alguma coisa. Acho que no fim das contas, cada um deve estar criando seu próprio plano B.

— Todos prontos? – Stark pergunta assim que adentramos na sala. Encaro todos, Clint com seu arco e flecha, Tony na sua armadura, Maria com um curativo na testa, para cobrir um corte profundo, Bruce está sentado no que restou do sofá.  Procuro pelo líder, que aparece alguns segundos depois.

  Steve está com uma expressão extremamente séria, e apenas concorda com a cabeça e segue em direção ao Quintjet dos Vingadores. Obviamente ele está tentando mascarar qualquer emoção que esteja sentindo.

 O quintjet voa sobre a cidade, deixando todo o movimento urbano para trás.  Segundo as informações do Jarvis, o Bucky estava escondido em uma fábrica abandonada, quase fora do país. O lugar é enorme, o que foi usado como argumento do Stark para vir também. “Você é grande, mas não é 10 Cap! Precisa de ajudar para cobrir o local. Da mesma forma que o soldado pode fugir usando umas das várias saídas, ele pode montar armadilhas. Isso pode ser muito bem uma emboscada.” Mesmo demostrando preocupação, eu continuo achando que o motivo principal do Tony querer vir, não é ajudar o Steve, mas sim vingar sua sala destruída duas vezes pelo Bucky.

— Chegamos. – Stark anuncia.

  A porta traseira é aberta e nós saímos, nos deparando com um crepúsculo incrível. Tanta coisa havia acontecido em menos de 72hrs! A dúvida sobre meus pais havia sido esclarecida, assim como de onde eu vim e porquê. O Soldado havia nos atacado duas vezes nesse meio tempo e agora estávamos indo por um fim em toda essa loucura para que eu pudesse voltar pra casa, embora essa parte fosse responsabilidade do Tony, uma vez que ele criou a máquina.

— Todos já sabem o que fazer. – Steve toma a palavra. – sejam cuidadosos e.... quem o encontrar primeiro. Deixe-o para mim. – sua voz soa estranhamente soturna e não consigo evitar trocar um olhar com Natasha.

 A enorme fabrica tinha umas 5 ou 6 entradas, sendo que apenas 3 pareciam estar em uso. Steve entrou pela principal, Clint e Natasha pela entrada leste e eu pela entrada norte. Tony ficaria dando cobertura aérea e nos mantendo informado, enquanto Bruce permaneceria no Quintjet.

  O lugar é escuro e o fato de estar anoitecendo não ajudava muito. Mantenho minha arma engatilhada e a frente do meu corpo. Apuro meus ouvidos, na esperança de escutar alguma coisa relevante, mas todo som ouvido são os de ratos correndo ou comendo algo.

Tudo bem ai garoto?— a voz de Clint adentra meus ouvidos sobressaltando-me.

Sim. Nenhum sinal dele. — respondo sussurrando. Ao fazer isso lembro da minha primeira missão ao lado do gavião e seguro uma risada.

Qualquer movimento... — ele não precisa completar.

Pode deixar.

  Continuo andando e procurando qualquer vestígio do Soldado, mas a fábrica parecia ainda maior por dentro. Havia madeiras velhas e coisas de metal espalhados por todos os lugares, além de engrenagens soltas. Pelo canto do olho vejo um vulto passar correndo e me viro rapidamente, a arma pronta para entrar em ação, porem tudo o que encontro é um rato enorme com um pedaço de pão, talvez, entre as patas.

— Onde você encontrou isso amiguinho? – murmuro me aproximando. Se ele encontrou pão, é porque alguém anda comendo por aqui.

 Quando estou há uns 5 passos de distância, ele corre assustado. Suspiro e me viro, pronto para voltar a minha busca quando algo bate contra meu peito e me joga longe. Aterrisso sobre um monte de caixas de papelão, e meio que me perco na bagunça. O peito doendo e a arma perdida em algum lugar. Ponho a mão no ponto auricular, chamando por Clint.

Mayday — minha voz soa rouca.

Hayden! Onde você está? — a voz do Clint soa alarmada. Tento olhar em volta e me situar, mas a bagunça não permite que eu veja um palmo acima do nariz.

Não sei. — respondo e escuto passos vindo na minha direção.

Você o encontrou? — abro a boca para responder e então a figura surge a minha frente, me analisando com um olhar frio.

Na verdade ele me encontrou. — respondo por fim.

 O soldado aponta uma arma e antes mesmo que eu pudesse processar, já estava rolando e passando por cima das caixas e outros objetos espalhados no chão. O som das balas se chocando contra o metal reverbera pela até então abandonada fabrica e escuto os ratos guinchando enquanto correm. Engatinho para trás de uma mesa e pego uma segunda arma que estava escondida, a engatilho e olho por sobre a mesa, procurando pelo soldado.

— Sumiu. – murmuro, vasculhando o ambiente escuro atentamente. Como um fantasma da mesma forma que apareceu sumiu, silencioso.

Hayden? droga! Responde!— Natasha fala nervosa.

Estou aqui. Ele sumiu! — respondo. Meus olhos esquadrinhando cada canto que consigo enxergar.

Estamos indo... — ela não completa pois o ponto começa a chiar.

Nat? Nat? — ela não responde, nem mesmo deve ter me ouvido. Retiro o ponto e jogo em qualquer lugar.

  Me ponho de pé e volto a andar. Pé ante pé. Dessa vez muito mais atento que antes. Chego a grandes portas duplas, que ao serem empurradas rangem ruidosamente. Ótimo! Penso enquanto passo por elas e saio no topo de uma larga escada de metal gasta. Embaixo há uma espécie de refeitório, com mesas comprimidas e cadeiras quebradas espalhadas. Apenas 2 das 5 lâmpadas presas ao teto estão ligadas. Escuto um leve sibilar e me abaixo bem a tempo de desviar de uma grossa barra de ferro, que passa voando sobre minha cabeça.

  Ele me ataca novamente e eu desvio. Disparo duas vezes, mas incrivelmente ele consegue desviar, mesmo estando muito próximo de mim. Ele não perde tempo e me acerta no braço, me fazendo derrubar a arma.

— Merda! – exclamo e me afasto o mais rápido possível do meu atacante. Levo a mão ao ponto que não está mais lá e rosno em frustração.

— Agora é só eu e você. – murmura.

  Ele avança sobre mim, a barra descendo em minha direção. Esquivo-me para a direita e dou um soco em seu rosto. Ele cambaleia, mas não o bastante para que eu consiga alguma vantagem real. A barra sai da minha esquerda e voa por cima da minha cabeça, e volta a tentar me acertar ao lado do corpo. Ele desfere o golpe com tanta força que a barra fica presa ao chão e a usando como ponto de apoio, acerto um violento chute em seu peito.

  Dessa vez consigo afasta-lo de mim, e uso essa vantagem para correr. Diferente da primeira vez que lutamos, eu não sentia metade da força e energia correndo em mim, pelo contrário, já estava ofegante. Estou há pouco mais de um metro da escada quando sou puxado com violência para trás e me choco contra uma parede. Tento me levantar, mas a única coisa que consigo é sentir dor.

— Você já me deu mais trabalho... – ele se abaixa ao meu lado. – estou meio decepcionado. – me puxa novamente e dessa vez me joga por cima da grade de proteção em direção ao chão do refeitório.

POV Natasha Romanoff

— Tony! Encontra o Hayden agora! – ordeno enquanto corro com o Clint na minha cola procurando o garoto. Para nossa infelicidade, o lugar era realmente grande, estava escuro e perdemos contato com o ele.

— Calma Nat, o moleque é esperto. Ele deve estar bem. – Clint tenta me tranquilizar, mas sua expressão grave não me passa tranquilidade.

Encontrei ele ruivinha.— estaco. – no refeitório, continue em frente e vire a esquerda. — informa e volto a correr.

Tentava limpar minha mente e não pensar em nada extremamente catastrófico, mas meu lado emocional (mãe) só conseguia pensar bobagens e se recusava a ouvir qualquer coisa racional. Viramos a esquerda e alguns sons chegam até nós. Nada coerente. Entramos no enorme refeitório bem a tempo de ver o Hayden ser jogado por sobre a grade em direção ao chão.

— Hayden! – grito a plenos pulmões.

   Mas antes que ele pudesse tocar o chão, o teto explode e Tony entra, pegando-o ainda no ar.

— Você...! – a voz do Bucky me traz de volta ao presente e em um movimento rápido atiro contra ele.

 Começa uma intensa troca de tiros, e flechas, disparadas por Clint. Pelo canto do olho vejo Tony posicionado na frente do Hayden, protegendo-o. Minhas balas acabam e aproveitando-se disso, Bucky foge.

— Atrás dele! – exclamo, mas não preciso ir muito longe. Logo Bucky volta, voando da mesma forma que o Hayden estava, e cai em cima de uma mesa, partindo-a.

— Agora somos eu e você. – Steve afirma.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Desculpem qualquer erro gramatical e comentem pessoal!
Beijos queridos!