Forgotten escrita por S Pisces


Capítulo 30
Deal




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Entro na cozinha onde todos já estão reunidos para o café da manhã. Steve e Pepper, a esposa do Tony que eu só conheci depois que vim morar aqui, terminam de ajeitar a mesa enquanto Clint e Natasha, conversam animadamente sobre algo. Tony mexe no celular enquanto Bruce olha para o nada. Sento-me em silêncio e então, Steve e Pepper, fazem o mesmo. Todos começam a comer em silêncio, até que o mesmo é quebrado quando a música “Demons” começa a tocar.

Todos olham para mim e então me dou conta que é meu celular tocando. O pego pronto para atender quando vejo o nome na tela.

– Droga. – murmuro e rejeito a chamada, desligando o celular em seguida.

– Você não vai poder evita-la para sempre. – Steve comenta.

– Só estou ganhando tempo. – respondo ríspido.

– Ganhando... ou perdendo tempo? – Natasha pergunta, séria. Suspiro e volto a comer em silêncio, sendo imitado por todos.

E assim se segue por todo o resto da manhã. Um silêncio ensurdecedor toma conta da torre. Tony e Bruce trabalhando em algum novo projeto, Steve treinando e Natasha e Clint, fora da torre. Geralmente não fico só por muito tempo, sempre tem alguém me enchendo de perguntas e me seguindo pela mesma. Acho que eles tem medo que eu entre em depressão.

Minha saúde tem piorado a olhos nus e a cada novo dia o medo de apodera um pouco mais de mim. Pego o celular e o ligo e fico assustado com o tanto de chamadas perdidas. A Bels deve está super irritada comigo... e magoada. Mas o que eu posso fazer? Não sei como contar a verdade e nem sei qual é a verdade. Provavelmente ela pensaria que enlouqueci ou que estou arrumando uma desculpa qualquer para terminar.

Ligo a tv, e fico zapeando pelas centenas de canais que disponho, filmes, series, desenho, jogos diversos... deixo em uma serie qualquer e tento prestar atenção, mas nos primeiros 5 minutos percebo que já está na metade da temporada e não entendo muita coisa da história. Mesmo assim, decido usar meu poder de dedução para entender o enredo. Não demora muito e já saquei boa parte da história e quando finalmente as coisas estão ficando interessantes, a tv desliga, assim como toda a torre Avengers. Sobressaltado levanto em um átimo e corro até o laboratório, no caminho a energia é restaurada e logo Jarvis dá o ar da graça.

– Desculpe por isso Sr. O’Cornel. – ele começa – se o Sr. quiser pode assistir desde o primeiro capitulo a série e até mesmo ter acesso aos episódios já gravados da segunda.

– Sério isso? – pergunto animado. – quer dizer, obrigada pela oferta, mas primeiro eu quero saber o que aconteceu. – sigo meu caminho.

– Não é necessário. O Sr. Stark não quer ser incomodado e a energia já foi restaurada. – isso soa muito estranho. Geralmente o Tony não gosta de ser incomodado, mas nunca usou o Jarvis antes para impedir alguém tão descaradamente.

– Tudo bem Jarvis, com o Tony eu me entendo. – ignoro seus apelos e entro no laboratório, onde Tony está tão absorto com alguma coisa que não nota minha presença.

Aproximo-me sorrateiramente e então vejo o que está monopolizando sua atenção.

– O restante do grupo sabe que você tá construindo isso? – pergunto o assustando. Ele se vira e me encara, com os olhos arregalados.

– Hayden! O.. O que você tá fazendo aqui? Jarvis eu não avisei que não queria ser incomodado? – ele pergunta irritado. Sorrio com isso.

– Desculpe Sr. Eu avisei, mas o Sr. O’Cornel ignorou minhas advertências. – Jarvis defende-se.

– E porque você não me avisou que ele estava vindo? – Tony retira os grandes óculos bizarros que está usando.

– O Sr. falou que não queria ser incomodado nem mesmo por mim. – sorrio com isso.

– Porque você não deixa o Jarvis em paz e responde minha pergunta? – sugiro encostando-me numa bancada. Tony suspira.

– O que eu faço no meu laboratório não é dá conta de ninguém. – ele fala.

– Humm... Então acho que não você não vai se incomodar caso acidentalmente eu comente alguma coisa com a Natasha... ou o Steve. – sugiro num tom inocente. Ele me encara, ameaçador.

– Você não faria isso... faria? – pobre Tony.

– Sabe, eu tô muito curioso pra saber o que a Natasha vai fazer com você, afinal, ela foi sequestrada pela HIDRA tentando apagar qualquer coisa relacionada a esse projeto, não foi? – comento irônico.

Na verdade, nos 3 quase morremos naquela malfadada missão, a única coisa boa que ela proporcionou foi a aproximação entre mim e a Nat.

– Você não pode contar nada para a Natasha, tão pouco para Steve. Eles iriam surtar! – começa – eu sei que era pra eu ter apagado tudo, mas admita, é uma ideia genial. Uma ideia que pode mudar o mundo! – afirma eufórico. Reviro os olhos.

– Você realmente acha que eles não vão descobrir? – questiono. – não subestime sua equipe Stark.

– Não os estou subestimando. Só que até que fique pronto, acho melhor eles não saberem.

– E quando fica pronto? – admito que estava muito curioso para saber se daria certo ou não.

– Precisa de mais energia. – ele dá um leve tapa na máquina. No projeto ela parecia uma máquina de lavar, agora, está mais para uma grande geladeira.

– Vai funcionar?

– Para funcionar, precisa de mais energia. – esclarece – por isso houve a queda.

– Então você já está testando? O que você iria usar como cobaia? – me aproximo da máquina. Ele a abre e retira uma lata de cerveja.

– Isso. – reviro os olhos. Ele pega a lata e bebe seu conteúdo, me oferece um gole e como já estou morrendo, acho que um pouco de álcool não vai fazer mal.

– Obrigada. – fico com a lata – então... eu estava pensando. Caso realmente funcione, e eu ainda esteja aqui, eu toparia ser sua cobaia. – me ofereço. Uma ideia surgindo. Tony me observa com uma sobrancelha arqueada.

– E porque você quer ser minha cobaia? – pergunta. Dou de ombros.

– Talvez eu possa viajar até o passado, até o meu passado e descobrir alguma coisa. – vejo os olhos de Tony se iluminarem e sei que ele está planejando alguma coisa.

– Garoto, você é um gênio! – exclama – claro, como não pensei nisso antes?! – ele começa a mexer em suas telas flutuantes.

– Eu não entendi nada. – comento.

– O Capsicle e a Ruivinha nunca vão ser contra meu projeto, se eu falar que só o construí para ajudar você! – entendo o que ele quer dizer.

– Você sempre consegue virar o jogo a seu favor? – dou uma última golada.

– Quase sempre. – afirma convencido. – agora porque você não vai passear e me deixa trabalhar um pouco? – sugere sem nem me olhar.

– Tudo bem. – concordo já me retirando – isso é um acordo? – questiono já na porta.

– Claro. Eu termino o projeto, você me ajuda a convence-los que dará certo e que é por uma boa causa, viaja no tempo, eu salvo você e o Cap. e a Nat vão passar a me amar, assim como toda a humanidade. – eu queria compartilhar dessa certeza que dará certo.

– Eu sempre fico com a parte fácil... – murmuro e saio da sala.

Volto para o ponto de partida, decidido a assistir todos os episódios da tal série quando Steve e Clint entram na sala, conversando.

–. E ai Hay! – Clint me cumprimenta e eu me sento no sofá. – como foi o dia?

– Entediante. E o de vocês? – Steve dá de ombros e Clint sorri malicioso.

– Foi interessante. – começa a ri e Steve o acompanha.

– Odeio piada interna. – comento e as gargalhadas aumentam.

– Hi fellas. – Natasha adentra a sala.

– Nat. – falamos os três ao mesmo tempo. Ela senta-se também e me encara.

– Algum problema? – pergunto.

– Você tem visita. – franzo a testa, sem entender. Natasha limita-se a se pôr de pé e caminhar até a porta, abrindo-a em seguida. Meu coração dá um salto e eu me ponho de pé no mesmo instante.

– Hayden.

– Bels. – murmuro.


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Notas finais do capítulo

Bom domingo pra vocês! :)



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