Forgotten escrita por S Pisces


Capítulo 18
Dangerous?


Notas iniciais do capítulo

Hey! olha quem apareceu! hehehe Mil desculpas pelo atraso, minha casa está em reforma e eu estava estudando para o vestibular que estou fazendo (provas ontem, hoje e amanha ¬¬') e ai já viu né?
Sem mais delongas... Enjoy!



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POV Steve Rogers

Depois de quase uma hora rodando entre salas de exames e consultórios médicos, tanto eu quanto Natasha fomos liberados para ver o Hayden, que estava em uma situação bem mais complicada.

Assim que o “surto de adrenalina” dele passou, ele caiu inconsciente nos braços de Natasha, que permaneceu ao lado dele como um cão de caça fiel ao seu dono. Da mesma forma que a Natasha, nós também perdemos comunicação com a base, Coulson enviou um grupo de apoio que chegou na hora certa. Eles levaram Hayden e conseqüentemente Natasha em um quintjet e eu e o Bucky (que continuava desacordado) em outro. Natasha não permitiu que Bucky e Hayden viajassem no mesmo quintjet e depois do que eu presenciei, também não achei... Saudável, que ambos voltassem juntos para a base.

Assim que o quintjet pousou, Bucky foi levado para uma cela especial, onde seria avaliado e contaria com supervisão 24horas. Hayden foi encaminhado para a ala hospitalar e eu e Natasha também. Passei por procedimentos rápidos, alguns exames de sangue e radiografias, tiveram que fazer uma sutura no meu abdômen, no local atingido por Bucky. Vesti uma camisa branca que me foi entregue e antes que eu pudesse ir atrás do Hayden ou de qualquer outra pessoa, Coulson me parou, obviamente queria saber o que aconteceu durante a missão.

– Capitão – ele me cumprimenta.

– Diretor. – o cumprimento de volta. – Será que podemos conversar depois? Eu quero muito ver o Hayden. – sou direto.

– Eu entendo Cap, mas infelizmente precisamos conversar agora. De qualquer forma, o agente O’Cornel ainda não pode receber visitas. – ele também é direto. – Acho melhor nos sentarmos. – ele indica um banco afastado.

Com um suspiro derrotado, caminho até o mesmo e me sento, sendo imitado por Coulson.

– Então – ele continua – O que aconteceu? – pergunta com seriedade.

Penso um pouco, tentando me situar no tempo. Olho para um relógio na parede e vejo que são 04h45min da manhã. Mal consigo acreditar que em pouco mais de 2 horas, sai em uma missão com o Hayden para resgatar Natasha, descobri que a Hidra estava de volta e que meu antigo melhor amigo continua aliado a ela. E que ele só não matou a Nat graças ao Hayden, que agora está no hospital, por culpa minha.

– Bom, chegamos ao local como planejado e lá dentro decidimos nos separar, assim poderíamos cobrir mais espaço e encontrar a Nat mais rápido. Então segui por um lado enquanto o Hayden desceu para os outros andares, em busca de alguma coisa no subsolo. O prédio estava muito quieto, havia pouquíssimas pessoas trabalhando lá e não tive dificuldades em me livrar de quem apareceu no meu caminho. – tento ser o mais preciso possível – Continuei procurando pela Nat, mas toda a situação estava estranha demais, quer dizer, havia uma agente da SHELD ali, sendo feita prisioneira, mas eles não pareciam preocupados com isso. Então a idéia de que aquilo era uma cilada começou a fazer sentido. – dou uma pausa na narração para respirar e mais uma vez uma onda de culpa me invade, se eu tivesse ouvido o Hayden e dado um fim a minha luta com o Bucky como a Nat havia me dito nada disso teria acontecido. Cai numa cilada.

Olho para Coulson que continua me encarando com expectativa, prestando a máxima atenção a cada palavra.

– Entrei em contato com Hayden que também não tinha conseguido nenhuma pista do paradeiro da Nat, entretanto... – faço uma pausa enquanto penso na próxima parte da historia. Eu não fazia a mínima idéia do que o Hayden havia feito, se realmente era o projeto do Stark e se ele conseguiu se livrar dele.

– Entretanto? – Coulson diz, me incentivando a continuar. É perceptível seu desconforto por está me “interrogando” acerca da missão.

– Entretanto ele havia encontrado alguma coisa, uma espécie de laboratório onde para entrar era necessário ter uma senha, ele havia decidido continuar sua busca pela Nat, mas mandei que ele voltasse lá e descobrisse do que se tratava. Depois disso não consegui mais entrar em contato com ele, nossos comunicadores emitiam apenas um chiado.

– Quanto a isso, descobrimos a causa. Eles tinham um aparelho naquele prédio que bloqueava qualquer sinal que estivesse fora da freqüência utilizada por eles. Dessa forma ficava mais difícil detectar e capturar qualquer informação deles e caso algum espião conseguisse entrar lá, não conseguiria emitir pedidos de socorro ou vazar informações. – explicou Coulson.

– Mais um ponto pra Hidra – dou um riso frio – Eles planejaram cada passo nosso lá dentro. Sabiam que eu iria atrás da Nat e deixaram o Bucky lá apenas esperando por mim. Ele parecia mais ensandecido que da última vez, seja lá o que fizeram com ele, deixaram-no ainda mais forte e enfurecido.

– Eu sinto muito Capitão. – Coulson coloca a mão no meu ombro – Imagino o quanto deve ter sido difícil pra você enfrentar novamente seu antigo amigo.

– Só não esta sendo mais difícil que ver o Hayden novamente no hospital. – abaixo a cabeça, constrangido – O Bucky teria matado a Natasha sem nenhuma piedade se o Hayden não tivesse impedido. Eu devia ter posto um fim nessa loucura.

– Não seja tão duro consigo mesmo Cap. Todos nos entendemos o quão difícil é pra você lidar com os fantasmas do seu passado. – Coulson me dá dois tapinhas no ombro e se levanta. – Eu preciso ir Cap, qualquer coisa é só me chamar.

Levanto-me e ele me estende a mão.

– Obrigado Diretor. – agradeço, apertando sua mão.

– Não há de quê Capitão Rogers. Mantenha-me informado sobre a situação do garoto. – ele diz e em seguida vai embora, sendo seguido por dois agentes.

Olho para o fim do corredor, e tomando coragem caminho até lá. Sentindo-me tão cansado como não me sentia em anos.

POV Natasha Romanoff

Chego a Torre completamente exausta depois de passar horas na ala hospitalar da base. Horas esperando que o garoto acordasse, mas o medico descartou essa possibilidade. Ele estava exausto demais e provavelmente dormiria o resto do dia. Conversei com Hill, que ficou responsável por me ligar assim que o Hayden acordar.

Já estou praticamente dentro do elevador quando escuto uma voz me chamando.

– Natasha? – viro e encaro Bruce, que está com uma xícara nas mãos. – Bom dia! Como foi a missão? – obviamente pela sua expressão, ele não sabe que a missão foi um completo desastre.

– Um desastre – falo – Fui pega, presa em uma sala sem portas, quase morri de frio e salva duas vezes pelo Hayden. – concluo com um suspiro cansado.

– Pelo Hayden? Achei que ele estivesse fora da missão. – comenta Tony, entrando na sala.

– Como o Hayden salvou você? Quer dizer, como ele foi parar lá? – continua Bruce, ignorando a presença do Tony.

– Ele foi com o Steve, em uma missão para me resgatar. Primeiro me salvou da sala, depois me tirou dos braços do Soldado Invernal. – explico.

Os olhos de ambos ficam arregalados com minha declaração.

– Como assim “te tirou dos braços do soldado Invernal”? – pergunta Tony, curioso.

– O Soldado estava enfrentando Steve, mas como vocês sabem, ele é o Bucky, então Steve não quis acabar com ele, mas ele quase acabou comigo. Me aplicou uma chave de braço que quase lesionou minha coluna. – abaixo a gola da blusa que uso e mostro as marcas roxas no meu pescoço. – Hayden lutou com o soldado de igual para igual.

– Deve ter sido uma briga feia. – comenta Tony, apenas reviro os olhos.

– E como ele está? – pergunta Bruce.

– Apagado no hospital. Mas ficara bem. – aperto novamente o botão do elevador e a porta se abre.

– Espera! – chama Tony – Você não vai contar o resultado da missão? Você conseguiu...

– Eu vou tomar um banho e descansar. – interrompo Tony. Não estava com cabeça para falar sobre minha malfadada missão agora. – Depois te coloco a par da situação. – entro no elevador e vejo Tony e Bruce trocarem um olhar significativo. Ai tem...

Assim que chego ao meu andar, corro para o banheiro e ligo a torneira para encher a banheira. Preciso de um banho relaxante. Retiro a roupa e coloco a jaqueta do Hayden em cima da cama. Entro na banheira e aos poucos a água quente começa a dissipar a tensão dos meus músculos. Logo lagrimas começam a descer quentes pelo rosto. Por duas vezes encarei a morte de perto como não havia encarado há muito tempo.

Choro até a água esfriar e quando isso acontece decido sair da banheira. Minha pele já estava enrugando. Enxugo-me e coloco uma roupa confortável, seco o cabelo, pego a jaqueta do Hayden e saindo do meu andar, vou para a lavanderia.

Como não sei lavar roupa, simplesmente jogo a jaqueta lá dentro e coloco sabão em pó, ligo a maquina e enquanto ela é lavada vou comer alguma coisa. Chego à cozinha e ao abrir os armários sinto falta do Steve, afinal, com ele aqui ninguém morre de fome. Depois que saímos do armazém e fomos levados para a base não falei mais com ele, primeiro porque ele preferiu ir acompanhando o Bucky, depois porque tivemos que passar por toda aquela burocracia medica insuportável. De qualquer forma, não sei se tenho cabeça para conversar sobre tudo o que aconteceu.

Usando meu limitado talento na cozinha preparo um sanduíche “natural” e volto para a lavanderia, contudo, quando estava passando pela sala, não pude deixar de ouvir uma conversa que me fez parar.

Você acha que o Hayden fez parte de algum experimento? – escuto a voz baixa de Bruce.

Não foi você mesmo que acabou de dizer que o sangue dele é claramente modificado? – diz o Tony, também num tom de voz baixo – Sendo assim, que outra possibilidade nós temos? – agacho-me perto da parede e coloco a cabeça dentro da sala.

Como a área dos sofás é levemente rebaixada consigo ver os dois. Tony sentado despojado no sofá com um copo em mãos, provavelmente deve ser whisky e Bruce em pé, parecendo bem preocupado.

Nós devemos visitá-lo no hospital, talvez lá eu consiga outra amostra de sangue dele e possa fazer mais alguns testes e analises. – Bruce encara Tony – Se for confirmado, esse garoto pode ter uma combinação bem perigosa correndo nas veias.

Combinação? Sobre o que diabos eles estão falando?

Acho que a questão não é essa. – diz Tony tomando de uma única vez o conteúdo do copo.

E qual é a questão? – questiona Bruce com o cenho franzido, parecendo tão confuso quanto.

Se for confirmado, o próprio garoto pode representar um perigo. – fala Tony de forma soturna. Bruce o encara, e posso ver que ele está analisando essa possibilidade.

Hayden perigoso? Ele pode ser várias coisas, mas perigoso eu duvido muito, entretanto, parece haver alguma coisa estranha correndo nas veias dele e isso, assim como acontece com o Dr. Banner, pode representar perigo.

– Boa tarde. – fala Steve entrando na sala. Rapidamente fico ereta.

– Hey Cap! – começa Tony, voltando ao tom de voz normal – Ficamos sabendo do que aconteceu. Como o garoto está? – pergunta num tom curioso e preocupado ao mesmo tempo, e posso até imaginar o porquê.

– Ele continua dormindo, mais segundo os médicos é normal. – Steve olha em volta, como que procurando alguma coisa, ou alguém – A Nat está aqui? – questiona.

– Está sim Steve. – responde Bruce – Ela chegou e foi direto para o andar dela. Disse que precisava descansar. – explica.

– Então é melhor deixá-la descansar. – Steve diz cabisbaixo

– Acho melhor você fazer o mesmo Capsicle. – fala Tony, dando um tapinha no ombro dele – Sentimos muito pelo seu... Amigo. – Steve o encara e por alguns segundos espero ver o Tony voando pela sala. Mas Steve simplesmente agradece com um meneio de cabeça e se retira da sala.

– Parece que as coisas não estão nada boas entre eles. – comenta Tony. Reviro os olhos.

– Eles acabaram de voltar de uma missão complicada, ao que parece a Natasha quase morreu, o ex melhor amigo dele retornou depois de meses desaparecido e o garoto... – Bruce não termina.

– Nós vamos descobrir qual é a do garoto. – Tony afirma.

Começo a ficar irritada com as suposições do Tony sobre o Hayden. Obvio que o garoto é um mala, mas como ele pode ter tanta certeza que o garoto representa perigo? Tony idiota! Com um suspiro irritado, sigo meu caminho até a lavanderia, onde encontro a jaqueta já lavada e seca. Viva a tecnologia! Agradeço mentalmente com um sorriso. Volto para meu andar e dobro a jaqueta cuidadosamente, a guardo e em seguida jogo-me sobre a cama e tento dormir um pouco.

Hayden perigoso? Será?


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado. Vou tentar postar na quarta, mas não é 100% certeza.
Comentem!



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