Overdose de Loucura escrita por Pale Moon


Capítulo 4
♡ Capítulo 04


Notas iniciais do capítulo

Geeeente, tô feliz! Tenho duas novas leitoras super lindas, a Jowlly e a uma garota qualquer. Sejam bem vindas, suas lindas! *-*
Também tô feliz porque escrevi tudo ontem, deu tempo de postar no prazo, haha!

Enfim, não betei esse capítulo por pura preguiça mesmo, desculpem os erros.
Boa leitura



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♡ Capítulo 04

Esse poderia ser considerado o dia mais cansativo e bizarro da sua vida. E olha que o dia ainda nem acabou.

Um suspiro pesado saiu de seus lábios finos quando chegou a casa. Ou melhor, em frente á casa do representante de merda. A residência dele era um pouco longe da escola e foram necessários alguns bons minutos andando até chegar, já que era bem mais longe que sua casa de verdade. Por sorte Nathaniel não tinha o costume de voltar junto com Ambre, ou seria um saco ter que aturar aquela loira irritante. É, talvez nem tudo tivesse perdido, afinal.

Ao entrar na morada ficou alguns segundos parado. A casa de Nathaniel era enorme se comparada á sua. Logo deu de ombros e seguiu adiante, em direção ao quarto do representante, já que ele só faltou lhe implorar para que ficasse o tempo todo lá dentro. Não que ele precisasse pedir por isso, já que Castiel não tinha nada para fazer naquela casa, com aquele povo que mal conhecia.

E novamente Castiel estava lá, no quarto terrivelmente arrumado e organizado do loiro, onde todas aquelas paredes brancas e cortinas azuis lhe deixavam com dor de cabeça. Mas que droga de quarto, pensou consigo mesmo ao fechar a porta atrás de si, jogando a mochila do outro pelo chão.

Não tinha nada para fazer ali. Não era muito chegado á leituras, e parecia que só tinha isso para fazer naquele quarto, pois a estante de livros de Nathaniel era gigante.

Tsc, que tédio...

Castiel se jogou na cama sem pensar duas vezes, já que era a única coisa boa que tinha ali dentro.

– Ai cacete...! – Resmungou ao sentir um desconforto dolorido nas costas ao se jogar de uma maneira nem um pouco delicada na cama. Procurou em baixo das cobertas para ver se tinha algo por ali no qual tivesse se jogado em cima, mas não havia nada. Logo subiu apenas um pouco a blusa branca que usava, tocando na região das costas onde estava dolorido, notando pela primeira vez o hematoma arroxeado marcado na pele alva do loiro.

Não havia notado isso mais cedo, afinal, quando tomou banho e se vestiu fez praticamente tudo isso de olhos fechados, o mais rápido possível, evitando ao máximo olhar o corpo daquele loiro irritante. Agora que estava reparando nos hematomas, e ao levantar um pouco mais a blusa, notou que não era uma coisinha de nada. Caralho, onde esse loiro andou se metendo, afinal?!

Mas Castiel não teve muito tempo de se perguntar aonde aquele loiro andava se enfiando (no bom sentido), pois logo o celular tocou em seu bolso. Com um resmungo, pegou o aparelho telefônico, atendendo-o.

– Você vai acabar com todos os meus créditos se ficar me ligando o tempo todo! – Foi a primeira coisa que falou ao atender, já que durante o caminho para casa o outro lhe ligou duas vezes e ainda ficou mandando mensagens sobre “não interagir com ninguém em casa”. Tsc.

– Eu só quero saber se está tudo bem... – Murmurou em meio á um suspiro pesado do outro lado da linha. Estava até meio sem jeito em ficar enchendo o saco de Castiel, mas não dava para evitar a sua preocupação. Tinha que ter plena certeza de que o outro não ia fazer nada de errado estando na sua pele.

– Ta tudo ok sim, para de me encher! – Resmungou – Já deu comida pro Dragon? – Perguntou a única coisa que realmente lhe preocupava naquele momento, revirando-se na cama confortável, que, querendo ou não, tinha um cheiro agradável.

– Err... – Nathaniel coçou os fios avermelhados, ficando sem jeito. Na verdade ainda estava fugindo do cachorro. Ao chegar foi devorado pelo mesmo, só Deus sabe o sufoco que foi se livrar daquele cachorro gigante e se trancar no quarto. – Eu vou fazer isso agora. – Murmurou uma resposta não muito convincente.

– Você vai fazer isso agora sim! – Ralhou com o outro que estava judiando seu pobre Dragon, fechando a cara e ficando ainda mais irritado. – Troca a água dele e coloca a ração. O saco de ração ta na parte de baixo do armário da cozinha.

– Se seu cadáver for encontrado na sua casa não me culpe! – Suspirou derrotado, recebendo um “vai logo” como resposta e um “tu tu tu” indicando que a ligação havia sido encerrada.

♡ ♥

O ruivo respirou fundo, segurando com incerteza a maçaneta da porta enquanto sentia o peito palpitar feito um louco. Estava nervoso, muito nervoso. Era a hora de encarar aquele cachorro gigante, e o pior, sabendo que ele estava faminto.

– Espero não virar comida de cachorro... – Murmurou para si mesmo e girou a maçaneta. Logo que abriu a porta deu de cara com um Dragon extremamente eufórico, pulando em seu colo e o fazendo cair de bunda no chão, com o pastor de beauce extremamente alegre, balançando o rabo e lambuzando seu rosto todo de baba e alegria. – Arg! – Resmungou, tentando se livrar, mas logo notou que o pobre cachorro parecia inocente.

Dragon abanava o rabo, feliz por estar com seu dono, e Nathaniel notou isso. Não conseguiu conter um sorriso. Pensou em colocar a mão na cabeça do cachorro para fazer carinho, mas ficou com um pouco de medo no início. Logo se levantou e saiu andando da forma que podia, com o cachorro pulando em cima de si e agarrando suas pernas o tempo todo, até chegar à cozinha. Quando pegou o saco de ração, o bicho pareceu enlouquecer. Sério, bateu a doida no cachorro, que ficou ainda mais atacado e tentando pular em cima de si, o desequilibrando o tempo todo.

– Meu Deus, á quanto tempo o Castiel não te dá comida, heim? – Perguntou como se fosse capaz de receber uma resposta verbalizada do animal, rindo consigo mesmo ao ver a alegria do cãozinho (que de “Zinho” não tinha nada). Logo foi até os fundos da casa, vendo perto da casinha do cachorro as vasilhas dele. Uma vazia e outra com um pouco de água. Colocou a ração e até ficou com medo de Dragon se mijar de emoção em suas pernas, mas ele rapidamente saiu para ir devorar a comida recém colocada. Em seguida trocou a água, como Castiel havia pedido, e ainda hesitando um pouco pousou a mão sobre a cabeça do animal, fazendo um carinho de leve perto da orelha que se mantinha de pé, parecendo sempre atento.

Talvez Dragon não fosse um assassino comedor de fígados.

Riu consigo mesmo e saiu dos fundos da casa, deixando Dragon degustando a ração. Fechou o portão dos fundos para que ele não entrasse mais tão cedo em casa e suspirou aliviado ao notar que havia sobrevivido, por mais que estivesse todo sujo de pelos e saliva de cachorro. É, não foi tão difícil assim.

O problema veio só depois: Quando notou que Dragon havia feito sujeira no tapete da sala. Não havia visto aquilo quando chegou da escola, pois estava ocupado demais tentando sobreviver das presas sedentas do cachorro. Mas agora que andava mais tranquilo pela casa, notou a cagada (literalmente falando) que o cachorro havia feito.

– Essa não... – Murmurou consigo mesmo. Suspirou cansado e foi atrás de utensílios de limpeza, tentando dar um jeito naquela sujeira fedida. Acabou por passar algum produto qualquer de limpeza após recolher aquela coisa nojenta com um saco plástico, como as pessoas que caminhavam com animais de estimação faziam (sentindo muito nojo em fazer aquilo). Em seguida deixou o tapete nos fundos da casa para pegar um sol após passar uma água no mesmo, notando que Dragon já tinha terminado de comer e dormia tranquilamente na casinha de cachorro própria para ele.

Nathaniel suspirou cansado com aquilo. Resolveu voltar para o quarto e descansar um pouco após um banho, mas foi só entrar no cômodo que ele mudou de ideia. Preciso dar um jeito nesse quarto imundo, pensou consigo mesmo e bufou impaciente. Não queria ter que passar o dia inteiro naquele quarto horrendo que parecia ter sido colocado de cabeça para baixo, tamanha era a bagunça daquele cômodo. Após um suspiro cansado de antecipação – porque limpar aquilo não seria nada fácil – Nathaniel prendeu os cabelos ruivos que tanto lhe atrapalhava para em seguida começar toda a arrumação.

E como imaginava: Não foi nada fácil! Aquele quarto parecia não ver uma vassoura á séculos, e Nathaniel até se perguntou como Castiel conseguia dormir ali dentro. No meio de suas arrumações achou até alguns pedaços de pizza velha perto do criado mudo, pelo chão, o que o fez soltar uma exclamação de nojo. Recolheu todas as roupas jogadas pelo chão, arrumou a cama, varreu todo aquele quarto e passou um pano pelos móveis, deixando o ambiente bem mais respirável. Após um bom tempo nessa tarefa complicada o agora ruivo deu uma pausa apenas quando escutou o celular chamando.

– Já deu comida ‘pro Dragon? Trocou a água dele?

– Já sim, ele ta lá na casinha dele, dormindo. – Suspirou cansado, sentindo a pele extremamente branca de Castiel pingar de tanto suor. – E você, o que está fazendo ai em casa? Espero que não tenha feito nenhuma bobagem.

– Eu ‘to entediado. – reclamou o loiro, com uma voz de resmungo do outro lado da linha. – Não tem nada ‘pra fazer no seu quarto. A sorte é que tem uns HQs aqui, ao menos tem isso para passar o tempo.

– Você... hm... Não saiu do quarto, né? – Perguntou verdadeiramente preocupado.

– Já disse que não! – Falou ainda mais resmungão. Nathaniel só falava nisso: “Não saia do quarto, não saia do quarto, bla bla bla”. – To aqui lendo HQ, sem nada pra fazer nessa droga que você chama de quarto.

– Bem... – O ruivo mordeu o lábio inferior. Imaginava que Castiel ficaria entediado, só esperava veemente que ele não ficasse vagando pela sua casa. Não que fosse um campo minado, mas conhecendo a boca de Castiel como conhecia (no bom sentido, por favor) sabia que era perigoso ele andar por ai com aquela língua ácida e afiada dele. – Meu notebook fica guardado na minha estante de livros. Se quiser usar a internet... – Não gostava da ideia de alguém mexendo em seu computador, mas como só usava para trabalhos, pesquisas, estudos e afins, não teria problema nenhum com isso.

– Ok ok. Cuida do Dragon por mim! – Falou antes de encerrar a ligação.

Nathaniel suspirou pesadamente e colocou o celular sobre o criado mudo ao lado da cama de Castiel. Estava cansado daquele dia que foi praticamente uma faxina, e resolveu ir tomar um banho. Tirou a blusa e seguiu em direção ao banheiro, sabendo que novamente teria que encarar o tormento que era tomar banho nessas condições.

Que maldição, heim!

♡ ♥

Após passar um bom tempo lendo as HQs que Nathaniel tinha pelo quarto, Castiel finalmente resolveu tomar um banho. Desde que chegara da escola ainda não havia ido, porque, veja bem, não é lá algo muito agradável ficar olhando o seu rival pelado, principalmente quando você está literamente na pele dele. Andou em direção ao banheiro que tinha no quarto do loiro, tirando a roupa em seguida e jogando de qualquer jeito no cesto de roupas sujas que tinha por ali.

E foi nesse momento que parou para observar-se melhor no espelho, já que da outra vez havia acabado de acordar e ainda estava desesperado pelo o que havia acontecido. Estava apenas usando uma boxer naquele momento e assim pode ver o reflexo do torso completamente despido de Nathaniel.

O corpo alvo estava repleto de marcas arroxeadas, em especial nas costas onde tinha mais hematomas. Franziu o cenho e aproximou-se ainda mais do espelho, se encarando fixamente e se perguntando aonde diabos aquele loiro conseguiu todas aquelas estigmas. Tocou com um pouco mais de força em uma delas, que estava um pouco mais em cima das costas, afundando o dedo ali e sentindo doído. Cara, aquilo ainda estava dolorido! Deveria ser algo recente. Perguntaria depois para o representante idiota como ele conseguiu tudo isso. Murmurou qualquer coisa como “deve ter apanhado por ai por ser um cdf irritante” e logo entrou no boxe do chuveiro, retirando a última peça de roupa restante e fazendo o máximo possível para não olhar para baixo.

Como da outra vez, o banho não durou seis minutos. Logo saiu dali com uma toalha branca amarrada na cintura, pegando a primeira roupa casual que encontrou pelas gavetas, achando uma calça moletom azul escura e uma blusa de manga curta verde. Nem se deu ao trabalho de arrumar aos cabelos. Fitou o relógio que tinha próximo da cama, notando que já passava de sete da noite, e sentiu a barriga roncar. Até sentiu vontade de ir lá em baixo comer qualquer coisa, mas não sabia como Nathaniel agia com seus pais e não queria dar bandeira de qualquer esquisitice. Talvez o melhor a fazer naquele instante fosse dormir, por mais que Castiel não fosse acostumado a dormir cedo, e no dia seguinte, ou de madrugada, acordaria para ir assaltar a geladeira.

Ao deitar na cama confortável do loiro Castiel escutou alguém batendo na porta. Olhou de esquina para a mesma, resmungando mentalmente para quem quer que fosse do outro lado.

– Sim? – Buscou falar o mínimo possível para não levantar quaisquer suspeitas sobre não ser o Nathaniel (por mais que nesse momento ele fosse – infelizmente).

– Sou eu, Nathaniel. – A voz da mulher madura soou do outro lado da porta. Não muito alto, porém, o suficientemente alto para se ouvir. – Estou entrando. – Ela falou e após alguns segundos já abria a porta do quarto e encarava seu filho, sem entrar realmente no quarto, apenas mantendo o corpo magro encostado á porta aperta.

Castiel sentou-se na cama e ficou quieto, esperando ela falar. Que droga, aquilo não era nada bom. Não sabia como deveria agir na frente da mãe de Nathaniel. Então, a melhor coisa a se fazer era manter-se em silêncio, apenas.

– Não vai descer para jantar? – Ela perguntou seriamente. O semblante daquela mulher parecia ser apenas esse, como se não existisse outra expressão facial naquele rosto. Apesar de ter dois filhos, era uma mulher jovem e muito bem conservada. Magra e alta (tipo, alta ‘pra caralho mesmo) e relativamente jovem.

– Ah... – O loiro coçou a nuca, sem saber como responder realmente. – Eu não tava com muita fome. – Mentiu descaradamente, já que estava morto de fome.

– Nathan. – Sua mãe o chamou, deixando sair um suspiro em seguida. Olhava sério para o mais novo, que parecia não estar querendo conversar com ela. E, bem, ele realmente não estava querendo conversa. – Sabe que isso é apenas uma fase. Já falei várias vezes... Ele vai mudar. É só uma questão... Profissional. Logo tudo vai voltar aos conformes. – E após dizer isso, a mulher saiu dali de uma maneira bastante elegante, fechando a porta.

Castiel ergueu uma sobrancelha loira e ficou com uma cara de besta para o nada, ainda sentado na cama.

Afinal de contas, do que ela estava falando?

Continua...


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Notas finais do capítulo

O que será essas marcas no corpo do Nath, heim povo? :v (como se vocês não soubessem -qqq). E gente, alguém aqui já limpou cocô de cachorro do tapete? É TERRÍVEL! x.x hauahuhuahuahuahu Isso é só o começo do começo da convivência deles. A tendência é piorar, acreditem. E então, o que será que vai acontecer agora? tan tan taaaaan

É isso, deixem a opinião de vocês nos comentários, é valiosa para mim e me ajuda a escrever mais e mais! *-*

Beijos e queijos