Overdose de Loucura escrita por Pale Moon


Capítulo 18
♡ Capítulo 18


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, tudo bem? Dessa vez eu vim mais rápido, né? Eu pretendo voltar ao meu ritmo antigo nas postagens, espero que assim eu consiga o perdão de vocês, haha! :D

HOJE O AVISO É DIFERENTE: Bom, aqui no Nyah nem foi nada muito alarmante(esse tipo de coisa meio detestável aconteceu mais pelo spirit), mas ainda assim quero deixar esse texto aqui. Gente, no capítulo passado eu relatei que a Debrah sofreu abusos físicos do namorado dela, e algumas pessoas chegaram á culpá-la, falaram que era bem feito, apenas a xingaram(por ela ter beijado o Nath, e sequer ligaram para a surra), entre outras coisas desagradáveis. Eu não quero bancar a autora chata, mas como professora que sou na minha vida pessoal, eu gosto sempre de deixar lições de moral (tanto nas minhas fics, como nas minhas notas), e vou deixar meu recadinho aqui: Violência contra uma mulher(principalmente vinda de um homem) é covardia! Por mais que a gente não goste da personagem, por mais sacana que ela seja, nada justifica a garota apanhar de um homem! Isso é errado, violento, grotesco e covarde! Sei que a grande parte do meu público alvo de leitores são garotas/meninas/mulheres, e eu gosto de deixar claro que todas nós somos manas, irmãs! Não vamos louvar algo horripilante contra uma garota só porque ela cometeu algum erro. Afinal, quem nunca errou na vida? Eu mesma sou uma pessoa que já traiu um ex (não me orgulho disso, sei que errei feio), mas sei também que isso não justifica uma surra, ou alguma outra violência (mereço, no máximo, levar chifres de alguém, rs). NADA justifica um ato de violência, nem verbal e muito menos física! Enfim, espero que tenham compreendido o textão, e reflitam sobre o caso! s2

Bom, voltando para as notas normais... É o mesmo de sempre: Capítulo não betado, qualquer erro feioso me avisem e boa leitura! s2



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♡ Capítulo 18

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Os lábios de Debrah pareciam cobiçar esse beijo á bastante tempo. Como se estivesse perdida em meio ao deserto e o ósculo de agora fosse o oásis que tanto precisava.

Já Nathaniel... Sua mente estava em branco.

Estava beijando Debrah, a ex-namorada de Castiel. Este súbito pensamento o fez acordar, trazendo sua linha de raciocínio de volta para a órbita!

— Debrah, não! – Nath deixou claro que aquele não era o momento ideal, ao segurá-la pelos ombros e empurrá-la de leve, apenas para afastá-la, acabando com o beijo repentinamente. Tão de repente como quando começou.

— Isso... Isso ‘ta errado. – O ruivo falou mais para si mesmo que para a garota, negando com a cabeça e soltando-lhe os ombros, dando alguns passos para trás. Não podia ter feito aquilo! Aquilo era... Era uma covardia! Uma covardia com Debrah, em beijá-la como se fosse o ex-namorado dela. E uma covardia com Castiel, em beijar a ex-namorada do mesmo. Não estava acreditando que havia feito aquilo!

— Cas...? – Debrah chamou o nome do ex, como se estivesse se perguntando o que ouve. Depois, ajeitou melhor a toalha que lhe cobria. Aquele simples gesto fez com que o ruivo a olhasse e analisasse mais uma vez o seu busto e ombros, onde os cabelos castanhos molhados caiam de forma graciosa, grudada na pele alva.

No que Nathaniel estava pensando para se permitir cair em tal situação?!

— Desculpe... – Debrah murmurou baixinho, encolhendo os ombros e abaixando a cabeça. – Você ainda deve ter raiva de mim. E eu aqui tentando te beijar... – Ela riu, sem o mínimo de graça.

Mas Nath sequer escutou o que ela disse. Estava absorto em seus pensamentos, que bombardeavam sua cabeça de uma forma maluca! E a maior pergunta que rondava a sua mente era: O que Castiel faria?

Depois de longos minutos em um silêncio constrangedor, Nath ergueu a cabeça e fitou a garota de cabelos castanhos, que continuava em dúvida se deveria sair ou se ficava esperando ele dizer algo. E Nathaniel tinha que dizer algo.

Engoliu o seco e respirou fundo. Ele tinha que dizer algo. Só não sabia o que deveria dizer.

— Debrah, eu...

— Tudo bem. – Ela sorriu, interrompendo a fala alheia. – Eu vou vestir minhas roupas. – Deu de ombros e voltou em direção ao quarto de Cas, saindo rapidamente do recinto, deixando o outro sozinho mais uma vez.

— O que eu fiz...?! – Murmurou para si mesmo, passando ambas as mãos nos cabelos, colocando a franja falsamente ruiva para trás, deixando os fios assanhados. Estava em total desespero. Um desespero interno.

Nath andou de um lado para o outro, pensando no que fazer quando Debrah saísse por aquela porta e viesse falar consigo mais uma vez. Queria poder ligar para Castiel, mas corria o risco de ser ouvido por ela. Ligar para ele agora, com ela dentro de casa, não era uma boa ideia. Ninguém poderia saber da loucura que estava acontecendo com os dois, afinal.

Mas o pior de tudo não era Debrah. Ou o momento, de fato.

Pois... Como contar o que houve para Castiel? Isso sim era o pior dos males!

Ele vai me odiar. Ele vai pensar, de novo, que eu tentei ‘tomar’ Debrah dele. E dessa vez, eu detesto admitir, mas ele vai ter razão em pensar nisso, pois é isso que vai parecer. Que maldição!

Nathaniel poderia ficar maluco com aquela quantidade de pensamentos que corroíam sua cabeça. Esses pensamentos só aumentavam o sentimento de culpa em si. O garoto andava de um lado para o outro, se permitindo sofrer com antecedência.

Mas á quem ele queria enganar? Era óbvio que o pior de tudo não era o beijo de Debrah, ou a possível explosão irritadiça de Castiel quando soubesse o que aconteceu.

O pior era saber que Debrah fez aquilo porque pensava que estava falando com o próprio Castiel. Ela não beijou á si, ela beijou o Castiel. E o verdadeiro Cas, o que ele faria?! Iria corresponder? Iria esquentar a situação? Ele ainda... Sentiria desejos por ela?!

Aliás, será que ele ainda gosta dela?

— Deve gostar... – o ruivo chegou á tal conclusão sozinho; sentindo um nó angustiante crescer em sua garganta, um nó tão acerbo e detestável que era impossível de engolir.

— Castiel, desculpe pelo beijo. – Debrah pareceu surgir no recinto como uma assombração, assustando de leve o ruivo, que se virou agilmente para ela e tentou fingir calma. – Eu sei que eu não devia ter feito isso.

— Ah, isso... Esquece. – Suspirou. Quanto menos falasse, melhor.

Debrah sorriu para ele, enquanto amarrava os cabelos. Ela estava vestida agora (amém!), e olhava para si de um jeito mais ameno, se é que aquele tipo de olhar era compatível com a personalidade dela.

— É que... – Ela encolheu os ombros, suspirando – Quando eu estava perto de você, eu me lembrei de quando a gente namorava. E como eu me sentia segura perto de você. – Ela riu baixinho. Não pretendia parar de citar os motivos que á levaram ao beijo. – Eu lembro quando eu te dei aquele chaveiro de gatinho, para você colocar no seu celular. Você disse que achava gatos um animal ‘muito irritante’, mas ainda assim colocou no seu celular e ficou usando por um bom tempo. Ou quando tentou me ensinar á tocar guitarra, eu era uma negação na hora de trocar as notas...

Debrah parecia ter um resquício de felicidade com aquelas memórias do namoro. Já o outro não podia fazer nada, apenas ficar em silêncio. Afinal, Nathaniel não sabia nada sobre os dois. Não “lembrava” de nada. Não tinha como se recordar.

—... Ah, do que eu estou falando?! – Ela debochou e riu de si mesma, respirando fundo. – obrigada Cas. Você... Me salvou hoje.

O ruivo negou com a cabeça e respirou fundo também.

— Tudo bem. E, Debrah... É melhor você ir. Eu realmente não estou com cabeça para conversarmos sobre o nosso passado. – Disse o que deveria ter sido dito á mais tempo, andando até a porta e abrindo a mesma.

— Claro. – ela concordou com um pouco de tristeza, mas sabendo que ele estava coberto de razão. Em seguida afirmou com a cabeça e andou até a saída, dando um último sorriso para o rapaz de madeixas vermelhas.

— Ah, Debrah, mais uma coisa...! – Nath a chamou quando ela passou por si, fazendo-a parar no meio do caminho e olhar para trás, esperando ele prosseguir. – Não saia mais com esse idiota covarde.

Ela afirmou com a cabeça, dando um sorriso de verdade, pela primeira vez. Um sorriso pleno de alegria.

— Vou saber me cuidar agora, Gatinho. – Respondeu. – Até depois, e... Obrigada!

Ela acenou com a mão e saiu. Nath ficou observando-a, até ela sumir de vista, e ainda assim ele continuou fitando a rua deserta. Normalmente ele teria se oferecido para acompanhá-la, visto que o horário era ligeiramente perigoso. Mas não podia ficar muito tempo perto dela. Não podia correr o risco de falar alguma coisa que Castiel não falaria.

Mas afinal, o que ele não falaria?

Será que se não estivesse no lugar de Castiel, ele teria reatado o namoro com Debrah?

Nath finalmente entrou e fechou a porta. Encostou a testa na superfície de madeira e fechou os olhos com força.

Que merda! Ele com certeza ainda era apaixonado por ela!

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♥♡

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— Por que eu estou me incomodando tanto com isso? Não é como se fosse da minha conta. Não é como se eu ligasse... – Nath sussurrava para si mesmo, enquanto fitava distraído o teto do quarto.

Estava deitado na cama com um olhar vazio, tentando se convencer de que não ligava para Castiel e Debrah.

Mas por que se incomodava tanto? Por que doía tanto?

Era algo tão... Esquisito.

Talvez estivesse apenas se sentindo injustiçado, afinal, Debrah armou algo consigo e com Castiel, fazendo os dois se detestarem. Isso era um fato.

Mas... Não conseguia se convencer disso, por mais que tentasse. Ele sabia que o real motivo não era esse.

Mas ele não sabia qual era o real motivo dessa dor.

Ele sequer sabia onde estava doendo. Que tipo de angustia era aquela.

Uma agonia que sufocava seu âmago. Seu estômago doía, assim como seu peito; e seus pulmões pareciam ter esquecido como se trabalha com o oxigênio.

Era sufocante e desesperador.

O que estava acontecendo?!

Nath pegou o celular do ruivo que estava em seu bolso, ligando o aparelho e começando á usá-lo sem o menor sentido. Ele não sabia o que estava procurando. Só sabia que procurava alguma coisa. E em meio á sua caça ele descobriu algumas fotos de Debrah com Castiel. Fotos ainda do tempo em que eles namoravam. Fotos... De casal.

Por que estava olhando aquilo?

Ou melhor: Por que Castiel ainda não apagou aquelas fotos?!

Era tudo óbvio agora: Ele ainda tinha esperanças de voltar com ela.

E se ele estivesse em seu corpo verdadeiro, eles haviam reatado o namoro naquele momento do beijo. Nath era apenas um empecilho.

Apenas isso.

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E se Nathaniel pensou que no dia seguinte as coisas ficariam mais fáceis, ele se enganou radicalmente. Tudo pareceu ficar ainda mais complicado após uma noite mal dormida.

Nath estava se sentindo um lixo. Não sabia exatamente o motivo, mas sabia que estava no fundo de uma fossa.

O beijo em Debrah, o fato de enganá-la, a confusão em querer adivinhar o que o verdadeiro Castiel faria em seu lugar, o que ainda poderia restar entre eles dois... E o que poderia voltar naquele relacionamento... Tudo isso eram coisas que estavam o deixando maluco.

— Por que eu estou tão neurótico? – Nath perguntou para Dragon, que se encontrava sentado ao seu lado no sofá, com a cabeça apoiada em suas pernas, enquanto o ruivo terminava de comer mais um sanduíche. O cachorro apenas olhava de uma maneira desejosa o alimento, e Nath vez ou outra tirava um pedaço para o cão.

O ruivo suspirou e olhou mais uma vez a hora no visor do celular. Estava na hora de ir para a Sweet Amoris. Estava na hora da aula (mais que na hora, até). E estava na hora de enfrentar a fera.

Tinha que contar para Castiel e faria isso ainda hoje. Não ia esconder isso dele. Não seria covarde á tal ponto.

O caminho até a escola foi com seus pensamentos em plena ebulição. A sua “mera curiosidade” foi tão grande em saber mais sobre Cas e Debrah, que o loiro ontem á noite chegou á olhar algumas coisas no meio do guarda-roupa de Castiel. E acabou encontrando o que não queria ver...

Lá, escondido no meio de várias revistas de música, havia vários presentes antigos de Debrah, inclusive o tal chaveiro de celular que ela mencionou.

Mas por que ele foi mexer nas coisas de Castiel?! Tsc... Como se o próprio Nathaniel soubesse a resposta.

Ele simplesmente estava ficando maluco.

E sua maluquice piorou ainda mais ao chegar ao terraço, local aonde ele, Castiel e Lysandre iam para conversar, e encontrou seu próprio corpo ali, observando a escola sem muito interesse (e com cara de sono).

— Eu odeio acordar cedo. – Foi a primeira coisa que Castiel reclamou ao vê-lo. – Quando eu voltar pro meu corpo, vou precisar dormir muito para recuperar essas horas de sono!

— Bom dia para você também, Castiel. – Nath revirou os olhos e suspirou, deixando a mochila de Cas de lado e indo até onde ele estava, perto das grades, olhando lá para baixo também.

Ele parecia estar sem saco para nada, mal humorado por completo. Mas ele sempre estava assim no começo da manhã, não era nada de novo sob o mesmo sol matinal. Entretanto... Nath tinha sim algo muito novo para contar.

— Castiel... – tentou começar o diálogo.

— Hm?

É; ele definitivamente não estava com muita vontade de conversar.

— Eu... Preciso contar uma coisa. – O ruivo virou-se para ele, com um olhar sério. E aquela seriedade toda deixou Castiel ligeiramente preocupado, e curioso, o fazendo sustentar o olhar.

Lysandre, neste mesmo instante, ia chegando ao terraço. Mas ao escutar a última frase de Nath parou de andar e ficou parado por perto, escondido de um modo que eles não pudessem vê-lo, atrás da parede (Pois é, não era nada vitoriano, mas seria menos ainda se fosse interromper aqueles dois!).

— Eu... – Nath engoliu o seco.

Não era fácil falar aquilo. Como deveria dizer? “Ah Castiel, você está bem? Em falar nisso, ontem eu beijei a sua ex-namorada usando seu corpo, me aproveitando da situação.”

Definitivamente não deveria ser assim!

— Fala de uma vez. – Castiel começava a ficar impaciente com a demora dele, já que ele apenas abria e fechava a boca, sem dizer uma palavra.

— Ontem... – Nath respirou fundo. – Ontem a Debrah foi até a sua casa.

Castiel ficou longos minutos em silêncio. Quase uma eternidade.

— E o que ela foi fazer lá? – Enfim o loiro se pronunciou, virando o rosto para voltar á olhar a escola.

Nathaniel percebeu a inquietude e desconforto dele ao tocar no nome dela. Imagine a reação dele ao descobrir que tocou diretamente nela, de fato.

— Ela estava com uns problemas com o atual namorado. Parece que ele é um imbecil intolerante com ela. E...

— E? – o incentivou á falar. Precisava saber o que havia acontecido. Droga, não gostava da ideia de ter Nathaniel sabendo das coisas de sua ex. Incomodava-lhe. Algo incomodava.

— E... No meio da conversa, ela me beijou. Q-quer dizer, ela te beijou. Ela achava que estava falando com você, e...

— Ela o quê?! – Castiel interrompeu, voltando o rosto para si, fitando-lhe diretamente no olhar acinzentado. – Você a beijou?!

— Eu...

— Responda a droga da pergunta, Representante! Você se aproveitou da situação para usar o MEU corpo e beijar a minha ex?! – Castiel estava possesso. Nunca havia o visto tão irritado assim, nem mesmo nas brigas tolas que eles travavam pela escola.

E aquela ira deixava tudo mais claro: Ele ainda gostava dela.

 

Continua...


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Notas finais do capítulo

Esse capítulo foi mais focado no Nath, o próximo será com mais ênfase no Castiel (isso não é considerado um spoiler, né? -q)

Bom, obrigada quem leu até aqui, e caso você tenha pulado as notas iniciais, eu peço que leia, por favor! E quero deixar claro que não estou com raiva de ninguém, eu apenas me senti na obrigação de fazer vocês refletirem! s2

Bom, espero ver todos e todas nos comentários! Estarei respondendo os reviews amanhã(estou indo dormir agora -q) Até o próximo cap! o/

Isso é tudo, pessoal!
Pale Moon.



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