Overdose de Loucura escrita por Pale Moon


Capítulo 11
♥ Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

Eu sei que eu estou devendo um enorme pedido de desculpas para vocês. Sério gente, mil desculpas de verdade! Eu nunca demorei tanto para atualizar essa fic, porém, eu tive um bloqueio terrível na minha criatividade, além de outra coisa que me atrapalhou muito na construção do texto (explicarei melhor nas notas finais). Eu só espero que me perdoem e que ainda tenha leitores por aqui T_T

Enfim, deixando a parte ruim de lado...EU ESTOU SUPER FELIZ COM A NOVA LEITORA!!!! CupcakeAlado, SEJA SUPER BEM VINDA, SUA LINDA, PERFEITA, TESUDA, GATA, FOFA!!! SÉRIO, SUA RECOMENDAÇÃO ME DEIXOU NOS CÉUS!!! Sério, por causa da sua recomendação que eu consegui ir adiante, não sabe como me ajudou e me deixou feliz! Eu ainda irei responder todos os seus reviews, mas fique sabendo que eu amei tê-la por aqui, viu? Seja super bem vinda e espero te ver sempre! S2

Esse capítulo não foi betado, por motivos de: Eu terminei nesse minuto e estou postando agora mesmo para não demorar ainda mais. Depois eu o arrumo melhor, então, perdoem os erros gritantes e qualquer coisa absurda podem falar! :3

Sem mais delongas, boa leitura ~ s2



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Capítulo 11

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Nathaniel corria como o diabo que corre da cruz. Tal frase nunca fez tanto sentido na sua vida como agora. O ruivo andava quase que desesperadamente pelas ruas, segurando de qualquer jeito a guia de Dragon enquanto tentava manter os pensamentos no lugar. Mas tudo o que lhe vinha na cabeça era:

"Que. Droga."

Por sorte havia conseguido pensar rápido diante de tal situação desconcertante, falando para os pais de Castiel que estava de saída com Dragon (pois o cachorro estava estressado), e que precisava passear logo com ele. O casal acreditou de boa, apesar de quererem conversar com o filho após a recente viagem. Todavia, Nathaniel não podia ficar sem fazer nada. Ou melhor, não podia ficar sem falar com Castiel, não agora.

Nunca pensou que nesta sua vida fosse querer tanto falar com o delinquente.

Quase que loucamente, a se ver á algumas quadras distante da casa do ruivo, Nathaniel pegou o celular do bolso da calça jeans e discou o primeiro número das chamadas, que era o seu próprio. Precisava falar com Castiel urgentemente!

– O que foi? - Castiel perguntou ao atender, sendo extremamente "simpático".

– Seus pais... - Nath dizia com a voz ofegante. - E-eles...

– O que? Te ligaram?

– Estão aqui. - Completou, parando para respirar e tentar colocar as palavras em ordem.

Um pequeno silêncio tomou de conta da ligação por breves segundos.

–... Puta eu pariu. - Foi a primeira coisa que Castiel disse ao quebrar a falta de diálogo. - Você tá dizendo que eles estão aí em casa? Tipo, agora?

– Chegaram á uns vinte minutos, mas eu inventei a desculpa que estava saindo com o Dragon. Porém, preciso voltar logo, pois eles estão me esperando. Ou melhor, TE esperando! E eu meio que não sei o que fazer... – Confessou.

– Mas que merda! - O garoto do outro lado da linha exclamou irritadiço. - Não precisa fazer nada de mais. Basta agir naturalmente.

– Você fala "agir naturalmente" como se fosse fácil agir o seu naturalmente. - Respondeu num tom cansado enquanto fitava Dragon, vendo o cachorro cheirar um hidrante da calçada e deixar sua 'marca' ali.

– Eu to aqui, no meio dessa sua família chata, e nem estou morrendo! Então dá um jeito de ser eu na frente da velha que tá tudo certo! Basta não ser um representante idiota e certinho na frente deles que estará tudo OK.

Nathaniel revirou os olhos. Céus, Castiel realmente conseguia lhe tirar do sério e implicar até em momentos cruciais como esse!

– É realmente complicado ter uma conversa séria com você, sabia? - resmungou. - Mas verei o que posso fazer.

– Não dê uma de babaca na frente dos meus pais. - Disse, para logo em seguida encerrar a ligação.

O loiro guardou o aparelho telefônico no bolso do jeans surrado, tendo a leve impressão de que aquela conversa não foi muito produtiva.

Enquanto pensava nisso foi puxado de supetão pelo grande cachorro, tentando controlá-lo e levá-lo de volta para casa. Afinal, precisava voltar, pois os pais de Castiel estavam lá, esperando pelo filho.

E, neste momento, teria que ser o filho deles.

♡ ♥

O susto ao atender aquela ligação foi inevitável para Castiel. Afinal, estava stalkeando o celular alheio quando de repente o aparelho toca, sendo o dono do celular do outro lado da linha. Que merda, heim!

Após encerrar a ligação, o loiro bufou e pensou um pouco sobre o que poderia fazer quanto á Nathaniel com seus pais. Não imaginava que isso fosse um problema tão grande assim, na verdade. O único problema que estava assolando sua mente agora era: Onde diabos poderiam ensaiar?! Não dava para ensinar Nathaniel á tocar guitarra com seus pais por lá, essa ideia agora estava fora de cogitação, já que seus pais sabem muito bem que Castiel odeia o representante babaca (mas mal sabem eles que o representante babaca, no momento, é o filho deles).

A casa do babaca também não estava entre as opções, visto que ali dentro morava a megera da Ambre, e tinha toda aquela família extremamente desconfortável e irritante de Nathaniel. Que saco, essa casa e essa família é toda uma grande merda!

Talvez a única alternativa fosse tocar na casa de Lysandre. Tinha que falar com seu melhor amigo urgentemente, entretanto, as batidas na porta do quarto de Nathaniel mudou seus planos radicalmente. Principalmente quando Castiel revirou os olhos ao abrir a mesma, dando de cara com a mãe do loiro. Aquela mulher parecia ter apenas uma única expressão facial, e o olhava com aquele rosto que era mais medonho que o sorriso da tão famosa Monalisa. Séria e enigmática.

– Por acaso você esqueceu que dia é hoje, Nathan? – A loira perguntou num tom que demonstrava claramente que não estava para brincadeiras.

Cas ergueu uma sobrancelha, não entendendo muito bem o que ela queria dizer com aquilo. Será que era algo que Nathaniel se esqueceu de avisar?

–... Hoje é sábado. Qual o problema? – Tentou ser o mais simpático possível, mas a sua face de desdém não era tão fácil de ser disfarçada, por mais que fosse a face do loiro.

– Não se faça de idiota. – A loira pareceu ficar ainda mais assustadora que o comum. O rosto bem sério, os olhos totalmente íntegros. – E pare de perder tempo. Sabe que quero esta casa brilhando até ás sete. Estou esperando visitas. – E, ao dizer isto, saiu dali cheia de classe sobre seu salto fino e elegante no qual ela parecia fazer questão de usar até mesmo dentro de casa.

Espera um pouco... Sério que teria que arrumar aquela droga de casa para a mãe de Nathaniel receber algumas visitas? Mas que porra está acontecendo, afinal?! Teria que servir de empregada doméstica? Puta merda...

♡ ♥

Só de pensar que depois teria que passear de verdade com Dragon, Nath já sofria por antecipação. Controlar aquele cachorro só por algumas quadras não foi nada fácil, e o ruivo teria dado graças aos céus por chegar á casa. Isso mesmo, teria. Só não o fez porque em casa tinha que enfrentar um problema muito maior do que andar com um cachorro desgovernado: Os pais de Castiel.

Nath engoliu em seco e adentrou a casa com o coração na mão. Nem sabia o porquê de estar tão nervoso, visto que eram apenas os pais do ruivo, mas mesmo assim... Como deveria agir? O que devia fazer? E se eles perguntassem alguma coisa que somente Castiel saberia responder? E se eles...

Ah não, isso não! Sabia que os pais dele eram diferentes, certo? Certo?!

– Filho, até que enfim voltou seu desnaturado! – A ruiva exclamou, já aparecendo na sala ao notar a chegada do mais novo. E mais uma vez não perdeu a oportunidade de dar aquele mega abraço caloroso no mesmo.

Nathaniel, se sentindo sufocado naquele abraço de urso, ficou ainda mais atônito do que já estava. D-deveria retribuir, não é? O que Castiel faria naquele momento? O que o próprio Nathaniel faria naquele momento? Céus, não sabia nem ao menos como reagir á um abraço maternal! E isso é tão patético que chegava á sentir vergonha de si mesmo por ser tão babaca. É só um abraço, caramba!

Entretanto, por via das dúvidas, achou melhor não demonstrar reação alguma.

– Err... – Nath buscou o que falar após o abraço, dando uma rápida olhadela de canto para a guia do cachorro na qual ainda estava segurando, em seguida sorriu amarelo para a mulher mais velha, voltando á falar: - Eu vou colocar o Dragon lá fora. – E não perdeu tempo ao ir aos fundos da casa, usando mais uma vez o pobre cachorro como desculpa para ficar um pouco distante de Valérie.

Ao levar Dragon para os fundos da casa, abaixou-se para tirar a guia que prendia na coleira do mesmo, e só então notou como suas mãos estavam trêmulas. Que patético. Como eu sou patético, céus...!

Eram apenas os pais de Castiel, poxa! Não é como se fossem seres extraterrestres que vieram lhe visitar.

Nath fechou os olhos e respirou fundo, antes de deixar os fundos da casa e Dragon por ali, para finalmente encarar de uma vez por todas aquela família. Família... É, realmente essa palavra era um incômodo para si.

– Cassy, a coordenadora da Sweet Amoris me ligou ontem. – A mulher falou ao notar que o filho adentrou á cozinha. Estava preparando algo para o jantar, mas mesmo estando de costas para o mais novo enquanto preparava algo, fazia questão de manter a conversa.

– Hm... E...? – Buscou não falar muito. Quanto menos falasse, melhor. Estava ainda um pouco atônito diante da situação repentina em ter que lidar com os pais do outro, além de não saber como Castiel agia diante deles.

– Ela me falou que nesses últimos dias você teve uma melhora no comportamento em sala de aula. – Valérie sorriu, virando-se para seu filho e deixando que ele visse aquele sorriso bastante satisfeito. Sempre que recebia algum tipo de informação sobre como seu filho andava na escola, era quase sempre a mesma coisa: Péssimo, desinteressado e inconsequente. Entretanto, a ligação de ontem a deixou surpresa. Felizmente surpresa.

Nathaniel coçou a nuca e desviou o olhar. Á julgar pela felicidade da mulher, ela certamente não deveria ser acostumada á receber esse tipo de notícia relacionada á seu filho. Pudera, Castiel é um verdadeiro delinquente na escola. Mas agora Castiel já não era mais o Castiel...

– É... – Permaneceu parado perto do armário da cozinha, sem saber como agir. Talvez nem o próprio Cas agisse corretamente neste momento, visto que a notícia que deram para ela não era realmente de seu filho.

– Eu fiquei realmente surpresa com isso, até me perguntei se aquela velha chata estava mesmo falando do meu Cassy, haha! – Disse de maneira divertida, olhando para o jeito esquisito e paradão do filho. – E o que você está esperando, menino? Anda, arruma a mesa enquanto eu termino a janta! – Ralhou, voltando á prestar atenção no fogão, preparando algo um pouco mais saudável. Se bem conhecia seu filho, sabia que quando estava fora ele só se alimentava de porcarias.

Em silêncio, o ruivo fez o que lhe foi pedido. Pegou alguns pratos no armário, buscando agir o mais naturalmente possível, sem pensar em nada que pudesse atrapalhá-lo no momento. Afinal, não seria justo com Castiel. Por mais que não gostasse do delinquente, sabia que estava devendo isto á ele, já que ele estava lá, aguentando sua família. Seria injusto de sua parte se não fizesse o mesmo por Cas.

Não que ligasse para ele. Claro que não. Mas era uma questão de justiça, já que o outro estava lá, em sua casa, aguentando sabe-se lá o quê.

Distraidamente colocava os pratos á mesa. Entretanto, em meio á distração, sentiu uma mão firme tocar seu ombro, e ao virar-se deu de cara com Jean-Louis, que falou algo como “estou contente pelo seu novo comportamento, filho”, algo que Nathaniel teria escutado bem melhor se não fosse o susto e o barulho da louça que, inevitavelmente, deixou cair de sua mão, e logo se espatifou no piso, provocando um ruído não muito agradável.

– D-Desculpe... – A voz saiu vacilante e tão logo o ruivo abaixou-se para recolher os cacos do prato quebrado, sentindo as mãos trêmulas.

– Hey filho, tudo bem? – Jean-Louis perguntou preocupado, abaixando-se para ajudar o desastre do mais novo e achando extremamente estranha aquela reação de Castiel, além de Valérie, que também olhava achando aquilo tudo muito esquisito.

– Sim, eu... Só estava distraído. – Sorriu amarelo para o homem ali presente e logo jogou os pedaços da louça quebrada no lixo, tomando o cuidado necessário para não ferir-se, por mais que estivesse levemente trêmulo.

– Está tudo bem mesmo? – O homem insistiu em perguntar, achando seu filho estranho demais.

– Sim, eu só... Só estou meio com sono. Eu vou indo dormir mais cedo... – Murmurou após terminar de arrumar de qualquer jeito aquela pequena bagunça, já fazendo menção de sair da cozinha para ir ao seu quarto. Sim, era isso que deveria fazer.

– Cassy, espera! Não vai nem ao menos jantar, menino?! – Valérie perguntou ao ver o mais novo já saindo do cômodo, visivelmente preocupada com a atitude desconhecida do ruivo.

– Estou sem fome... Err... Boa noite! – E ao dizer aquilo, saiu dali com bastante pressa, seguindo para o quarto de Castiel.

Jean e Valérie se entreolharam após o mais novo sair. De uma coisa ambos tinham certeza: Castiel, definitivamente, não estava no seu normal.

– Eu vou falar com ele. – Valérie disse ao desligar o fogão, passando pelo marido e recebendo um olhar aprovador do mesmo.

♡ ♥

Estava sucumbindo á agonia. Sem dúvidas.

Nathaniel estava visivelmente alterado com aquela simples aproximação. Por um momento até pensou que o pai de Castiel fosse fazer outra coisa... Céus!

O ruivo fechou os olhos e respirou fundo. Em seguida, após tentar acalmar-se um pouco mais, tirou a blusa e deitou-se na cama alheia, sem se dar ao trabalho de vestir alguma coisa mais confortável para dormir. É isso. Só queria dormir. Dormir e acordar em outro momento, em outra instância.

Talvez o ideal, neste momento, é fazer o que sempre fez em sua casa: Ficar isolado no quarto, bem distante dos demais.

E teria feito exatamente isto se alguém não tivesse batido na porta do quarto e, em seguida, entrado no cômodo. Droga! Deveria ter trancado a porta, como sempre faz!

– Cassy? – Valérie o chamou, entrando no recinto e andando até a cama do mais novo ao ver que ele estava deitado na mesma, sentando-se ali.

Nathaniel rapidamente sentou-se sobre a cama. O que ela queria agora? Será que ia brigar pelo prato quebrado?

– Você está estranho. – Afirmou e ficou por alguns segundos em silêncio, esperando que seu filho falasse alguma coisa sobre o comportamento esquisito. Mas como ele permaneceu em silêncio, a mais velha prosseguiu: - Pedindo desculpas por ter quebrado um prato. E ainda não me chamou de velha nenhuma vez, e nem resmungou nada. – Ela riu, falando divertida e apenas provocando seu filho, que era um poço de irritação.

O mais novo apenas coçou a nuca e abaixou a cabeça. Então ela estava preocupada com seu comportamento anormal? Apenas isso?

– Eu sei que você é um chato e não fala nada ‘pra sua mãe, mas se quiser contar o que anda acontecendo, eu estou aqui, ok? – Valérie passou a mão nos cabelos tingidos do mais novo, assanhando-os um pouco e dando um sorriso de orelha á orelha. – Boa noite filho. E vê se melhora dessa TPM. – Brincou, para em seguida levantar-se e dar um singelo e suave beijo na testa do outro. – Ah, e eu guardei o resto da janta na geladeira. Se quiser jantar é só esquentar a comida.

Nathaniel ficou sem reação durante todo aquele diálogo. Ou melhor, monólogo, já que Valérie foi a única quem falou alguma coisa ali. Ficou observando ela sair e fechar a porta, deixando-o sozinho novamente. E mesmo sozinho ainda não sabia como agir diante de tal situação.

Então é assim que são os pais dele? Ou melhor... É assim a relação entre uma família “normal”?

Nath voltou á deitar, preferindo não pensar muito sobre aquilo. Entretanto, um pensamento não saia de sua cabeça:

“Como Castiel tem sorte...”.

Continua...


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Notas finais do capítulo

Então galera, mais uma vez, desculpem a demora! Os dois principais motivos que me fizeram ter esse bloqueio criativo foi: 1- Eu não tenho lá uma família reunida como eu quis mostrar no capítulo, e por isso ficou uma bosta kkkkkkk (sou praticamente filha de mãe solteira e pá, por isso não manjo do assunto :'D)
2- GENTE, EU TÔ APAIXONADA T.T Sério, nunca me apaixonei na minha vida, e isso me fez ficar no mundo da lua kkkkkkkkkkkk Meu Deus, socorrinho! *se mata* -qq

Enfim, é isso. Desculpem os erros e espero vê-los nos comentários, nem que seja para me atirarem pedras :'D -q Sério, preciso de vocês meu povo ;-;

Isso é tudo, pessoal! o/
Beijos e queijos s2



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