Monster Love escrita por Creatività


Capítulo 8
Hero


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora, estive trabalhando avidamente para lhes dar um final digno nessa minha curta história. Sim, teremos apenas 10 capítulos e 1 epilogo, então já vá apreciando comigo os momentos finais.



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_Sério que temos companhia?

_Parece que sim... Aliás, Dr. Banner – Natasha diminuiu a voz porque os outros se aproximavam – como você quer que te chame quando estiverem por perto?

_Você pode me chamar do que quiser...

“Até de garoto bobo e apaixonado.”

_Mas se chama os outros de Clint e Steve então prefiro que me chame de Bruce.

_Dr. Banner ! Que bom que os testes estão progredindo – Capitão Rogers o cumprimentou com um aperto de mão forte.

_Obrigado Capitão, esse era o nosso objetivo.

Clint fez menção de abraçar Natasha, ela se esquivou receosa, ainda se sentia vulnerável pelo que acabara de acontecer minutos antes da chegada da comitiva surpresa. Bruce escondeu as mãos nos bolsos da calça que vestia, não queria partilhar com outros os traços dela que ainda estavam impregnados nele, podiam ate pensar que era uma expressão de insegurança, e vulnerabilidade mas na verdade era puro ciúme.

_ Você não esta usando protetor solar Nath? Seu rosto esta vermelho?

_Você não tira ferias Clint? Não se deve desperdiçar um clima tropical desses.

_Não tenho tanta sorte de estar em uma missão numa ilha paradisíaca.

Por mais incomodado que estivesse se sentindo, Bruce notou que era uma conversa divertida entre amigos. Ate mesmo o Capitão sorria das amenidades que conversavam a caminho da cabana. Com a distração ele acabou esquecendo do desejo de comer algo diferente das comidas enlatadas da cabana, mas Natasha não.

_Quase esqueci! Vocês nos esperam na tenda, estávamos pretendendo ir atrás de comida de verdade.

_Ótimo, vou com você e o Dr. Banner fica com o Capitão - Barton se ofereceu.

_Nada disso, eu e o Dr. Banner vamos e vocês ficam. Conheçam a ilha enquanto estamos ausentes.

Quando estavam sozinhos no jato Bruce decidiu falar.

_Para onde vamos?

_Encontrei uma cidade pequena aqui próximo, a chance de sermos reconhecidos são quase nulas.

_Não é uma boa ideia me colocar entre os civis.

_Eu estou com você.

Sentados lado a lado no jato, ela afagou a mão dele e sorriu. Um carinho simples mas com a força de uma raio, uma pontada gostosa dentro do peito, uma pequena chama aquecendo aquela geleira que era seu interior. Reconfortante mas também amedrontador, aquele sentimento estava chegando a um lugar que permanecia inalcançado a muito tempo, o que era um sentimento gostoso se transformou em angustia e sofrimento.

A sineta da porta do pequeno restaurante e lanchonete da cidade de Fox anunciou a chegada daquele casal desconhecido. Uma ruiva curvilínea e de pele clara, um homem da mesma estatura, de sorriso tímido e gentil. Natasha verificava o cardápio, Bruce conversava com a atendente escolhendo uma sobremesa. Escolheram porções para viagem e sentaram numa mesa diante da janela a espera do pedido. Não estava lotado, havia uma dúzia de pessoas espalhadas nas mesas, mulheres, homens, crianças... Um ambiente familiar já esperava esse tipo de convivência devido ao tamanho da cidade. Natasha levantou-se para pegar uma garrafa de água, antes de retornar a garçonete quis saber:

_Vocês estão hospedados aqui?

_Não, só de passagem.

_Formam um belo casal.

Ela percebeu a intenção da garçonete, uma mulher bonita escondida atrás de um uniforme medíocre sem graça. Seria divertido ver ate onde iria a ousadia daquela mulher.

_Não somos um casal, apenas amigos.

O brilho nos olhos da garota era notório, quase riu da situação. Quando encontrou Bruce observando o ambiente, não parecia esta nervoso com toda aquela movimentação, cauteloso sim, não se assustou quando a gentil garçonete que o atendera repousou na mesa dois copos de soda com gelo, ele agradeceu surpreso.

_Cortesia da casa para os visitantes - a moça entregou o de Natasha e antes de entregar o dele pôs um guardanapo dobrado em baixo e saiu.

_Pensei que fosse apenas eu que notasse o diamante bruto que você é.

_Bruto sim, mas de joia preciosa eu passo longe.

_Olhe o guardanapo.

_Mas porquê?

Ela mesma pegou o pedaço de papel e mostrou para ele o rabisco com o nome e o telefone da garçonete, Kelly.

_Para uma garota de cidade pequena ela esta me saindo muito urbana.

Ele movimentava as mãos inquieto com aquela constatação, a única mulher que lhe interessava estava diante dele. Numa das raras atitudes espontâneas ele encontrou as mãos dela em cima da mesa e as segurou, puxou-as para perto de seus rosto e beijou a palma. Continuou segurando e acariciando sentindo o frescor, não eram mãos finas e delicadas, haviam marcas que comprovavam seu trabalho, cicatrizes, elevações ásperas e marcas, mas eram as mãos pequenas e mortais de Natasha, armas mortais e perigosas, capazes de estrangular mas também de proporcionar alucinações apaixonadas.

Presa. Era assim que ela se sentia cada vez que ele a tocava, seja com luxúria ou carinho como fazia agora, ela se sentia entregue e dominada, seu corpo dava sinais disso cada vez que ele se aproximava, era quase doloroso resistir.

Uma buzina estridente de caminhão soou alto e logo em seguida gritos histéricos. Aturdido ele quis correr e arrastar Natasha, mas ela o segurou com um puxão.

_Olhe!

Uma carreta seguia descontrolada na direção do pequeno restaurante no fim da rua. O veículo descia a ladeira esbarrando em outros carros menores e casas, devido ao grande porte ele conseguia destruir tudo que tocava, descontrolado e veloz.

_Ao lado tem um posto de gasolina, Bruce não há tempo para tirarmos essas pessoas daqui.

_Isso é loucura! Onde eu estou atraio infortúnios!

_MEU FILHO! MEU FILHO!

Kelly, a garçonete, começou a gritar desesperada, mas um homem a segurou antes que saísse de dentro do estabelecimento aos gritos. A rota do caminhão descontrolado estava traçada, ele atingiria o posto e também o pequeno restaurante. Um garoto de cabelos escuros, de mais ou menos cinco anos estava parado em frente a uma das bombas de gasolina, curioso observando o corre-corre. Kelly socava o homem aos prantos para chamar a atenção do menino distraído.

_Leve todos para os fundos – ele pediu nervoso – agora.

_O que você... – ela sabia o que ele iria fazer, e tinha que ser rápido – faça! Ela segurou o rosto dele entre as mãos, mantendo os olhares na mesma direção. Queria beijá-lo antes, um Vingador não colocava seus interesses em primeiro lugar, a segurança de todos ali era o principal. Segurou na gola da camisa e abriu com um puxão fazendo alguns botões voarem longe.

_Não queria que rasgasse a camisa, é a que mais gosto.

Ele se afastou rumo a porta, numa fração de segundos o outro cara rugiu ao correr em direção ao caminhão desgovernado. Teria quer ser comedida, a ideia não era só barrar o avanço, mas não deixar também que a carga se espalhasse, toras de madeira de grande porte, certamente provinda de alguma madeireira da cidade.

Hulk encaixou as duas mãos nas laterais e fincou os pés no asfalto, a força do impacto ainda o arrastou por alguns metros até a frenagem total do veiculo. Mas infelizmente a carga se desprendeu e as toras deslizaram, atingiria o garotinho no posto antes que pudesse chegar até ele. Ele arrancou a parte de trás da carreta lançou-a no ar enquanto corria na direção do posto. Para o desespero das pessoas que pensavam que ele havia jogado parte da carreta no restaurante. A peça bloqueou a passagem de parte da carga, chegando a parar o avanço bem próximo à entrada, mas da janela todos observaram quando ele desviou as toras se mantendo no caminho para que nada fosse atingido. uma das toras escapou derrubando a coluna dianteira do teto do posto e parte dele desabou.

Kelly foi a primeira a correr para fora seguida de Natasha e dos outros presentes, pessoas das casas ao redor também já se amontoavam, tirando fotos e filmando. Hulk estava curvado, quando se ergueu o pequeno garoto estava intacto entre a montanha de músculos. O garoto correu de encontro a mãe. Os flash dispararam deixando Hulk aturdido, Natasha precisava agir rápido.

_Ei Grandão! Sou eu!

Ele olhou na direção dela, ofegante e apreensiva. Tinha que conseguir outra vez, se sentia culpada por trazê-lo, mas isso foi o que mudou o curso daquele final que deveria ser trágico.

_Vamos! Me deixe tocá-lo. O sol já vai se por...

Ela estendeu a mãos, ele aceitou o toque. Tomando com base as ultimas vezes, ela acariciou ali alguns segundos e a fera tombou para trás rugindo. Bruce caiu de joelhos, antes que seu corpo chegasse ao chão totalmente ela o segurou.

_Calma Bruce,vou tirar agente daqui...

_E-eu... estou...estou.

Antes que o erguesse para retornarem ao jato escondido na vegetação ao redor Kelly os alcançou. Com o rosto manchado pelo pranto a mulher o abraçou forte.

_Obrigada! Obrigada moço! Não sei o que você é... mas devo a vida do meu garoto a você.

Ela o beijou com força, ele estava vulnerável e não pode impedir. Um beijo rápido e cheio de gratidão. Ela o soltou e pegou na mão do garotinho.

_Esse é Max, ele é deficiente auditivo.

“Eu quem devia estar fazendo isso.” Natasha quis dizer.

_Ok! Kelly, Max. Isso foi muito lindo mas nós precisamos sair daqui – Natasha afastou os dois e voltou a colocar o braço dele em seu ombro para servir de apoio, pressionou a escuta escondida na orelha – Jarvis, protocolo 046, estamos a caminho.

Os curiosos avançavam rapidamente, a copa das arvores se agitaram e ela se apressou em seguir com ele. Em pouco tempo já estavam voando em segurança de volta para Antares. O jato permaneceu no automático.

_Foi tudo um desastre?

_Não mesmo. Você salvou aquelas pessoas.

_Pelo menos uma vez... o outro cara foi útil.

_Você, você fez a diferença lá, aposto que aquele garoto vai se lembrar de você para o resto da vida.

_O que eu fiz? Perguntou assustado.

_Salvou a vida dele e de quebra roubou o coração da mãe do moleque.

Ele sorriu envergonhado deitado numa maca de socorro que havia no jato. Ela sentou perto dele, no metal frio da aeronave e ficou bem próximo do rosto dele.

_Espero que me perdoe por tê-lo feito sair, e ficar verde.

_Não se desculpe, não há necessidade.

Ela afagou os cabelos dele, desfrutando da sensação gostosa de afundar os dedos na maciez daqueles cabelos já marcados pelos fios brancos, não o achava velho, deveria ser resultado da constante transformação que sofria. Encostou ternamente os lábios na fronte dele e em seguida nos lábios. Já estava se acostumando a tê-lo disponível assim, para beijar com paixão na hora em que quisesse.

_Posso conviver com isso se você me beijar toda vez que eu retornar. A voz dele era um sussurro.

_Verei o que posso fazer quando estivermos com plateia.

_Por falar em plateia, esquecemo-nos das visitas. E não teremos mais aquele almoço.

_Ando fazendo promessas demais, mas posso fazer mais uma: assim que eles saírem, teremos o nosso momento de alimentação saudável, juntos.

Ele se sentou na maca. Estava um pouco mais elevado que ela, ainda sim voltou a capturar aqueles lábios macios e fartos que tanto vinham fazendo ele o outro cara ter anseios pecaminosos. Ela deslizou a mão pelo peito nu, com ele assim tão másculo e carinhoso era um perigo. também tinha aquele perfume amadeirado e viril que a pele dele exalava, bastava chegar perto que dava vontade de agarra-lo com luxuria e fazer...

“Fazer amor...”

Ela estremeceu diante da constatação, não usava esse termo. Sexo era mais abrangente, não envolvia sentimento, nem deixava marcas depois. Fazer amor era perigoso, alguém sempre sai machucado quando a entrega não era mutua. Já não era apenas sexo, isso era de fato, cortejar o perigo e brincar com a sorte. Não teve tempo para pensar mais a respeito, o jato já estava aterrissando na ilha.

_Estou sem camisa.

_Isso é uma droga, era a que eu mais gostava.

_O que vamos dizer?

_A verdade, tinha muito gente brincando com celulares, a essa hora já esta bombando na internet.

_Droga! Odeio essa exposição toda.

_Isso que dá ser um Vingador.

O comunicador dela acoplado ao projetor do jato, transmitiu a imagem do Capitão no holograma.

_Natasha, temos um problema, código HB! Urgente.

Ela se erguer rapidamente e pôs a chamada em particular.

_Estou na escuta Steve... prossiga.

_Não o deixe chegar até aqui, não estamos prontos.

_O que faremos?

_Você é a especialista em plano B.

_Ok! Hora do plano B, me encontre na pista de pouso, e acione o teste 2. Vamos ver do que essa armadura que o Tony chama de Hulkbuster é capaz.


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Notas finais do capítulo

Logo posto mais um capitulo, continue participando deixando sua opinião.



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