Segunda chance escrita por MylleC


Capítulo 3
You always be my girl


Notas iniciais do capítulo

Eaeeee gente. Eu disse que sou ansiosa, postando o cap antes do dia e sim, vai ter cap na terça também. Terminei de escrever o 5, então resolvi postar o 3 logo. E vocês merecem, obrigada pelos comentários lindos, suas divas kkk Enfim, Boa leitura!



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–Oliver... Você não está bem? Já comeu hoje? Talvez esteja com febre. –Diggle respondeu.

Comecei a andar de um lado pro outro, mordendo a ponta da minha unha.

–Oliver! Ele vai te por num hospício.

–Não! Eu estou falando sério Diggle. Eu não sei como, mas quando eu acordei hoje de manhã ela estava ali. Bem ali. E ela esta aqui agora, bem atrás de você andando de um lado para o outro falando que você vai me por num hospício.

–Então a “Felicity” –Fez aspas com a mão. –Tem razão, porque eu estou cogitando essa idéia.

–Não estou brincando Jhon, nem ficando louco. Ela está aqui, tentei levá-la até seu corpo no hospital pra ver se ela conseguia grudar novamente e acordar, mas não funcionou e...

–Oliver! Isso é loucura. Está ouvindo o que está dizendo? Você está alucinando. O que anda bebendo? Está tomando algum remédio ou coisa assim?

–Não estou tomando nada!

Diggle suspirou e continuei observando.

–Jhon, olha só para o Barry, você já pensou que aquilo poderia ser possível?

–Isso é diferente Oliver e você sabe! Olha. –Vi lagrimas brilhando nos olhos de Jhon e um nó se fez dentro de mim. –Sei que isso tudo com a Felicity vem mexendo muito com você, com todo mundo. Mas... Já fazem três meses e só nos resta esperar. Pode ser que esteja perdendo as esperanças e sua mente está reagindo assim, mas você precisa ocupar a mente com outra coisa e deixar as coisas acontecerem. Por mais saudades que você tenha, se estiver mesmo vendo Felicity agora, fique sabendo que não é saudável ou normal.

Oliver parecia ter desistido de convencê-lo que eu estava ali. Provavelmente notando o mesmo que eu, as lágrimas que Jhon segurava. Queria tanto poder abraçar meu amigo agora. Senti lagrimas descendo dos meus olhos e me coloquei na frente de Jhon.

–Hey, eu estou aqui... Jhon. –Tentei tocar seu braço, mas minha mãe atravessou como sempre. -Queria que pudesse me ver. –Sussurrei. Desejando que ele pudesse me ouvir. Mas isso não aconteceu. - Eu vou acordar, eu prometo.

–Tenho que ir Oliver, vim apenas saber se vamos visitar... Felicity depois do almoço.

Oliver respirou fundo e concordou com a cabeça.

–Vamos.

–Okay, ah e, antes que eu me esqueça de avisar, Barry está aqui em Starling.

Oliver concordou novamente e Jhon se virou para sair, mas antes seu olhar se fixou em um ponto da sala, onde Oliver havia apontado que eu estava. Algo dentro de mim se aqueceu e uma esperança cresceu, era como se ele me visse. Mas ele apenas suspirou tristemente e se virou, enfim saindo da sala.

Senti mais lágrimas rolarem e as sequei, me virando para Oliver.

–O que você tinha na cabeça? –Perguntei. O que ele fez foi loucura, Jhon podia ter tido uma reação bem diferente. –É claro que ele não ia acreditar.

–Eu tinha que tentar! Porque só eu consigo te ver? Isso é tão frustrante, chego a me questionar se não estou mesmo ficando maluco.

–O que? –Estava chocada. Isso não podia acontecer, ele não podia começar a achar que estava louco agora. O que ele faria depois, iria me ignorar e esperar que eu sumisse? -Você não está! –Falei desesperada. -Eu estou mesmo aqui, não pode começar a achar que está louco, é o único que pode me ver, não posso perder isso. E se você começar a se convencer disso e não puder mais me ver e eu ficar sozinha e... –Parei de falar, percebendo que já estava falando demais.

–Hey. –Oliver me chamou calmamente, se aproximando e tentando tocar meu ombro. Mas parou antes de tentar fazê-lo, se lembrando que não conseguiria. –Me desculpe, não quis dizer isso. Eu não... Não vou mais pensar que estou louco, não vou parar de te ver Felicity. Não se preocupe com isso.

Xxxxxxxx

Fiquei na Cave enquanto Oliver, Dig, Laurel e Roy tinham saído. Caitlin os guiava e Barry estava ali, mas se caso precisassem de reforços ele iria ajudar. Caitlin tinha acabado de perder a localização de um dos bandidos e o outro tinha entrado em um lugar com segurança ao qual ela tentava hakear a fechadura para abrir passagem para os outros. Cisco tentava localizar o que eles haviam perdido.

–Achei! Na esquerda com a Amsterdã. –Instruiu.

Roy e Laurel foram atrás dele, enquanto Oliver e Diggle aguardavam Caitlin abrir a fechadura. Oliver parecia impaciente e minhas mãos pinicavam de vontade de hakear logo aquilo. Mas eu não conseguiria tocar o teclado. Caitlin enfim conseguiu e Oliver e Diggle invadiram o local. Logo havia luta e tiros para todo lado.

–Oliver, cuidado! –Gritei. Mas me lembrei que no momento ele não podia me ouvir, e muito menos os outros. Droga.

Era completamente frustrante tentar ajudar, mas ninguém me ouvir. Por um momento Caitlin perdeu as imagens da câmera e não tínhamos mais visão da luta.

–Oliver! –Gritei perto do comunicador na orelha de Caitlin, tentando que Oliver me ouvisse. –Você está bem? Oliver!

Nada.

–Oliver? –Caitlin finalmente chamou. -Oliver, o que está acontecendo, vocês estão bem?

–Oliver! –Gritei novamente.

A imagem na câmera voltou ao mesmo tempo em que Oliver enfim respondeu.

–Estou bem Felici... Caitlin. Levei um tiro, Diggle também de raspão. Mas conseguimos, estamos voltando.

Respirei aliviada. Nem tanto, já que os dois estavam feridos.

Roy e Laurel também se manifestaram. Os dois estavam bem e prenderam o bandido. Depois de um tempo todos eles chegavam na cave.

Corri até Oliver, hesitando em tentar tocá-lo. Eu queria abraçá-lo, mas me lembrei que não podia sem que o atravessasse.

–Você está bem? –Perguntei.

–Estou bem.

Caitlin que vinha até ele achou que ela falava pra ele. Tinha a caixinha de primeiros socorros na mão e começou a tratar do buraco no ombro de Oliver, Aparentemente a bala entrou e saiu.

–Já é o terceiro tiro em dois meses Oliver, precisa tomar mais cuidado! –Ela o repreendeu.

–Terceiro? –Gritei. –Como diabos você conseguiu tudo isso?

Oliver tinha um irritante meio sorriso no rosto enquanto me olhava fixamente. Observei seu corpo já sem a jaqueta do arqueiro e percebi as duas novas cicatrizes, tentando não me distrair com o abdômen que estranhamente parecia que eu não via a meses, impossível. Caitlin já começava a costurar a ferida que viraria uma nova cicatriz.

Cisco cuidava do tiro de raspão de Diggle. Olhei apreensiva para os dois, me sentindo inútil.

–Queria poder fazer alguma coisa. –Murmurei para Oliver e me sentei ao lado dele na mesa.

Ele me olhou.

–Você não pode, mas está tudo bem. –Deixou escapar sua resposta pra mim. Percebi o quanto ele fazia aquilo no automático, se esquecendo que só ele podia me ver e que as pessoas o achariam louco.

Caitlin olhou questionadora pra ele.

–Só estava pensando alto. -Mentiu pra ela.

–Acho que devemos ir, precisamos estar na Star Labs amanhã. –Disse Barry. –Queria poder ver Felicity antes de irmos, mas o horário de visitas já acabou.

–Barry, você tem super velocidade, não precisa de horário de visitas. –Disse para ele, como se ele pudesse me ouvir.

–Tem razão. –Disse Oliver.

Todos o olharam confusos.

–Ah, quero dizer. Barry, você tem super velocidade, não precisa de horário de visitas, ninguém nem vai te ver entrar.

–Verdade. Você tem razão. –Concordou.

Percebi o olhar desconfiado de Dig para Oliver. Apesar de não ter acreditado, ele ficou cismado com a conversa de mais cedo. Notei em como Oliver aparentemente parou de invocar com Barry , o que me faz acreditar ainda mais que ele apenas brigava comigo por eu estar longe da cidade e não por qualquer outro motivo. Claro Felicity, que mais motivo poderia ser?

Xxxxxxx

Era estranho acompanhar Oliver até o apartamento que ele estava dividindo com Thea. Eu queria ir para a minha casa, mas pra que? Ficar olhando pro nada? Ou no caso ficar observando minha mãe que não pode me ver ou ouvir? Seria torturante.

–Ãn... Tudo bem se eu ficar aqui, certo? –Perguntei para Oliver. Ele me olhou confuso e expliquei. –É só que... Você é o único que pode me ver e me ouvir, e é o único momento que eu me sinto um pouco mais... Viva.

Oliver sorriu compreensivo enquanto entravamos em seu quarto.

–É claro que você pode ficar aqui. Já me acostumei a tê-la por perto e seria tão estranho pra mim quanto pra você se ficasse sozinho depois de hoje.

Sorri e concordei, indo até sua cama e me sentando nela.

–Vou tomar um banho e já volto.

–Tudo bem. –Concordei.

Oliver tomou banho e logo voltou para o quarto usando uma calça de moletom e sem camisa. Engoli em seco enquanto me levantava de sua cama e fui até a poltrona, me sentando nela.

Oliver me olhou e franziu o cenho.

–Porque saiu? Pode deitar na minha cama se quiser. –Disse.

–Ah, não Oliver, a cama é sua e...

–Deixa de besteira Felicity, pode se deitar ao meu lado. Ou se preferir, fica com a cama que eu fico na poltrona.

Ri com sua sugestão.

–Oliver, eu nem sei se posso dormir, provavelmente não. Não vou tirá-lo da sua cama.

–Então venha. –Chamou.

Fiquei pensando em como aquilo soaria se fosse em outras circunstancias, do tipo eu acordada. Provavelmente não conseguiria deitar na mesma cama que Oliver e ficar quieta. Felicity Smoak que pensamentos são esses? É o Oliver.

Exatamente. É o Oliver.

Concordei em um movimento de cabeça e me deitei ao seu lado na cama, tentando me livrar dos pensamentos malucos da minha cabeça. Nos viramos um de frente para o outro, apenas nos olhando. Vi os olhos de Oliver começarem a se fechar, mas ele abria logo em seguida, como se lutasse contra o sono.

–Oliver, durma. –Falei baixinho.

–Não quero. Não estou com sono.

Sorri, Oliver era mesmo um teimoso.

–Seus olhos discordam. –Falei.

Vi algo em seu olhar que provavelmente nunca vi. Um enorme receio,medo. Quase que frágil.

–Você literalmente não quer dormir. –Conclui. -Do que tem medo Oliver?

Ele suspirou vencido. Me olhou intensamente e confessou.

–Tenho pesadelos a noite. Não pesadelos de quando estava perdido ou nada assim, já estou acostumado com eles e não me incomodam mais. Meus pesadelos mudaram desde o dia do seu acidente e eu os tenho quase todos os dias.

–Porque tenho a impressão de que eles são comigo?

–Sempre o mesmo sonho. Nós estamos discutindo feio, pior do que realmente foi... Você diz que me odeia e sai. Logo em seguida eu sinto a batida do caminhão como se eu estivesse lá dentro com você.

–Oliver... –Chamei seu nome, chocada por tal pesadelo.

–E... Eu estou com medo de que se eu dormir, você não esteja mais aqui quando eu acordar. Foi tão bom Felicity, ter você no meu dia. Ter você quando fomos a CQ e a ouvir falar demais, se embolar. Ficar irritada. Foi bom ter você na Cave, foi bom eu estar em luta e pensar que eu tinha que me focar ali, tinha que ficar bem porque você deveria estar na cave surtando, pois não podia falar comigo pelo comunicador ou nos ajudar na missão. E quando levei o tiro, só consegui pensar em como você ficaria furiosa quando soubesse, e foi bom ter essa sensação novamente. Eu quis voltar pra cave logo, porque estava louco para ouvi-la brigar comigo por eu ter me machucado. E eu não posso, não sei se consigo acordar amanhã e não ter mais você aqui comigo. Você me perguntou se eu estava falando sério quando disse que senti sua falta. Eu não senti falta apenas de você na cave como minha parceira. Senti falta de tudo, senti falta da Felicity Smoak. Minha parceira, mas acima de tudo. Minha amiga, minha garota.

Sentia as lágrimas emocionadas nos meus olhos. Me lembrei do dia em que ele disse que eu sempre seria sua garota.

Levantei a mão no meio de nos dois e a abri. Um gesto um pouco tolo, já que ambos sabíamos que não podíamos nos tocar, mas eu o fiz. A esperança de sentir algo borbulhava dentro de mim.

–Sempre? –Perguntei, sabendo que ele também se lembrava da frase daquele dia e entenderia minhas palavras.

Oliver sorriu e também abriu sua mão, a aproximando da minha, parando antes que elas se atravessassem como se tivéssemos nos tocando.Um brilho estanho se fez no meio de nossas palmas quase unidas e eu quase podia sentir o toque. Fechei os olhos, aproveitando a sensação daquele “quase”.

–Sempre, Felicity. –Respondeu.

Abri os olhos, encontrando os dele me olhando brilhosos, um sentimento a mais ali que não consegui identificar.

–Durma. –Sussurrei. –Prometo que estarei aqui quando acordar amanhã e nos próximos dias também.

–Promete? –Perguntou sonolento.

–Eu prometo. –Sussurrei de volta.

Oliver fechou os olhos e logo percebi que ele havia dormido. Fechei os meus, mas como esperado eu não conseguia dormir, sequer sentia sono. Apenas fiquei ali, deitada o observando. Tão tranqüilo e lindo. Meu coração pulsou mais forte no peito e me senti entranha por sentir essas coisas quando eu sou um fantasma. Era estranho, mas bom. Novamente me dava a sensação de vida, sempre me sentia bem, viva, ao lado de Oliver.


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Notas finais do capítulo

Eaeee gostaram? Infelizmente Dig não acreditou, mas ainda tem muita água pra rolar e vamos ver o que acontece. O próximo capitulo vai ter a volta da secretária inútil do Oliver kkk Vai ter mais Mama Smoak. E também vai ser um capitulo bem tenso, então preparem os cores de vocês. Bjsss, comentem e até terça.