Segunda chance escrita por MylleC


Capítulo 1
Isso não é possível, mas é.


Notas iniciais do capítulo

Oi genteee, Sou louca por postar essa fic? SOU kkkkA fic é baseada no filme E se fosse verdade, mas não é um copia okay, ela esta devidamente ajustada para o universo de Arrow e a personalidade dos personagens. Então o Arqueiro e afins existe. Vou testar o retorno que ela vai ter, se não tiver vou excluir.Espero que gostem, boa leitura!



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POV Felicity

–Oliver! Não vou ficar aqui discutindo isso com você, é ridículo. – Fui a passos largos até as escadas da Verdant. Deixando um Oliver furioso pra trás.

Mas o que ele queria? Essa insistência absurda de invocar com Barry, dizendo que ele já estava bem e que eu não precisava ficar tanto tempo longe. Falando como eu tivesse ficado em Central por um mês, foi apenas uma semana. Eu não ia largar o Team se era disso que ele tinha medo.

Ouvi um barulho, provavelmente Oliver esmurrando alguma coisa la em baixo. Fechei a porta e passei pela boate lotada. Chovia muito forte do lado de fora e quando cheguei ao meu carro já estava ensopada.

–Droga.

Estava quase chegando em casa e a chuva não cedeu, pelo contrario, pareceu aumentar, tudo parecia contribuir para o meu péssimo humor aumentar e me fazer ter mais raiva dos meus malditos pensamentos que não saem de Oliver e essa briga estúpida. Parei no sinal vermelho e o esperei ficar verde, para então seguir caminho. Ao começar a atravessar o cruzamento ouvi uma alta e grossa buzina muito perto de mim. Apenas olhei pela janela por um segundo a tempo de ver dois faróis enormes de um caminhão na toda velocidade, instintivamente tentei pisar no acelerador, mas já era tarde demais quando senti o baque na lateral do carro, o que veio a seguir foi apenas escuridão.

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POV Oliver

Subi para a boate, encontrando Dig que aparentemente ia descer as escadas.

–Nada está acontecendo hoje Dig, pode descansar. –Gritei em meio a musica alta da boate.

–Tem certeza? Onde está Felicity?

–Foi para casa. –Respondi mal humorado.

Diggle revirou os olhos e me encarou sério.

–Vocês discutiram novamente, não foi?

–Dig, nem começa. –Pedi uma bebida qualquer no bar para Thea.

–Qual foi o motivo dessa vez? –Perguntou.

Suspirei ainda irritado.

–Barry. –Beberiquei minha bebida e desviei o olhar do olhar acusador de Jhon.

–Oliver, quando você ira perceber que esse ciúmes todo que você...

–Não é ciúmes. –Retruquei, o interrompendo. –É só...

–Ciúmes. –Completou. –Oliver, você tem sentimentos por Felicity, está na hora de reconhecer isso, antes que seja tarde demais.

Tomei o resto da minha bebida, desistindo de discutir com Jhon. Isso era ridículo, Felicity era minha amiga, minha parceira e a única que eu nunca tentei nada alem disso, por que eu sei que Felicity não é do tipo que se dorme com alguém em uma noite e esquece no dia seguinte, e mesmo que fosse eu nunca seria um canalha irresponsável com ela como eu fui com todas as outras no meu histórico. Uma coisa que eu nunca faria era machucar Felicity. E principalmente fazer dela um alvo por conta da minha vida perigosa a qual ela já estava envolvida até demais. Me relacionar com ela era a mesma coisa que pintar em neon um alvo em suas costas.

Observei Dig olhar o celular e sua expressão se tornar preocupante, ele olhou pra mim.

–Lyla me pediu para ver o noticiário urgente.

Corremos até a cave e liguei no monitor do computador o canal do noticiário.

–...Aparentemente bêbado e com ferimentos superficiais. – Dizia a jornalista, letras grandes no rodapé da tela diziam “Acidente deixa vitima em estado grave.” – Já a vitima dentro do carro atingido teve ferimentos graves, os bombeiros acabam de tirá-la das ferragens do carro e os paramédicos a estão transportando para a ambulância.

A filmagem filmava a distancia o corpo imobilizado na maca, não era muito possível ver seu rosto, mas aparentemente havia muito sangue. A jornalista ocupava o maior espaço na tela.

–Segunda as informações de um dos policiais, a documentação encontrada revelou que a vitima é Felicity Smoak.

Dig e eu nos olhamos aterrorizados. Senti a cor sumir do meu rosto e tudo que pude fazer foi pegar meu celular e apertar o número de Felicity.

–Desligado. –Sussurrei para Jhon. Sua expressão tão assustada quanto a minha.

–Vamos para o hospital Oliver! –Saiu do transe e corremos pelas escadas.

Não, tudo poderia acontecer menos isso, Felicity não podia... Não, nada poderia acontecer com ela, ela não podia me deixar, eu não poderia perdê-la, não ela também.

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Chegamos ao hospital e tivemos que esperar, pois Felicity estava em cirurgia. Roy, Thea, Laurel e Walter estavam ali também.

–Vou ligar para Barry, Oliver. E... Alguém precisa ligar para a mãe de Felicity.

Meu estomago se revirou, eu deveria dar a noticia. Mas, como eu daria uma noticia assim para a mãe dela, dizer que sua filha estava em cirurgia a beira da morte?

Concordei com a cabeça e peguei o celular de Felicity do meu bolso, que estava inteiro por estar dentro de sua bolsa na parte de trás do carro.

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Donna logicamente não recebeu a noticia nada bem, disse que pegaria o primeiro vôo para cá e deveria estar aqui por volta das sete horas da manhã.

Horas depois um médico enfim apareceu para dar noticias. Sua expressão não era nada boa e um arrepio subiu por minha espinha, ao mesmo tempo em que meu coração se apertou de medo.

–Como ela está?

–O caso da Srta.Smoak é bastante complicado, fizemos as cirurgias necessárias, ela tinha três costelas quebradas, um braço e mais algumas fraturas, que já foram devidamente cuidados, também precisou de uma transfusão de sangue. A parte preocupante é a cabeça que sofreu uma forte pancada, seu cérebro está gravemente inchado. Isso significa que a Srta.Smoak está em coma.

Coma. Isso significava que ela podia ou não acordar. Passei as mãos no cabelo, sentindo tudo dentro de mim desmoronar mais um pouco, o pesadelo só piorava.

–Ne-nenhuma previsão de quando ela pode acordar? –Roy perguntou.

O médico negou com a cabeça.

–Sinto muito, o que resta é esperar e torcer para não ter nenhuma seqüela quando e se ela acordar.

–Podemos vê-la? –Perguntei.

–Sim, mas um de cada vez.

Sem hesitar fui rapidamente até a porta que dava para o corredor nos quartos e o médico me acompanhou, me levando até o quarto de Felicity. Depois de subir alguns andares com o elevador, enfim cheguei ao seu quarto.

Entrei no local e meu coração se comprimiu mais um pouco com a cena na minha frente. Fechei os olhos por um momento e os abri, respirei fundo e fui até o seu lado na cama. Um braço e uma perna estavam engessados. Envolto em sua testa havia uma faixa branca, metade de seu rosto estava roxo. Havia alguns corte com pontos e dois dedos da mão também imobilizados. Aparelho medindo seus batimentos cardíacos, algo ligado em sua veia, provavelmente algum medicamento e um respirador também ligado a ela.

Minha Felicity, quebrada como uma boneca de porcelana. Senti as lágrimas quentes escorrerem por meu rosto e não me preocupei em secá-las. Cuidadosamente peguei em sua mão.

–Me desculpe. – Sussurrei, a voz embargada pelo choro incontido. –Fui um idiota por ter brigado com você daquele jeito e agora tem a possibilidade de eu nunca mais... –Minha voz falhou e mais lagrimas desceram. –Sinto muito Felicity, eu sinto muito.

Fiquei ali por mais algum tempo até o medico vir me chamar. Desci até onde todos os outros esperavam, eles se levantaram ao me ver e me encararam, parecendo esperar uma reação. Desviei o olhar para eles não perceberem as lágrimas que ainda rolavam pelo meu rosto, coisa que acho que não adiantou muito. Passei a mão rapidamente para secá-las e caminhei até a saída.

–Olie... –Ouvi a voz de Thea.

–O próximo já pode ir, preciso fazer uma coisa. –Forcei minha voz a sair firme e empurrei a porta enfim saindo do local.

Me deparei com um carro de policia ali. Lance levava um homem para a viatura, ele tinha apenas um grande esparadrapo na testa e mancava um pouco. O reconheci do noticiário, era o homem que dirigia o caminhão que bateu no carro de Felicity. Cerrei o punho e me controlei muito para não ir la e quebrar mais ainda a cara dele. Lance me viu ali e parou para me encarar por um momento. Voltou a andar e enfiou o cara no carro.

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Três meses depois.

Acordei agitado e suando, como vem acontecendo nos últimos meses. Pesadelo com Felicity e seu acidente, mas esse acima de todos os outros pesadelos foi o pior, o mais realista. Sonhei com nossa briga naquele dia e em como ela saiu brava comigo, mas diferente do que realmente aconteceu no meu sonho ela dizia me odiar, logo depois ouço buzinas do caminhão e o baque no carro como se eu também estivesse dentro do carro dela na hora. Foi tão real que meu coração parece que vai sair pela boca.

Tomei um longo banho para tentar me acalmar, mas não adiantou muito. Sai do chuveiro e me arrumei. Olhei no relógio e ainda eram nove e meia. O horário de visitas no hospital começa ás dez. Fui em direção a porta e a abri. Pulei para trás me assustando com quem está na minha frente.

–Felicity? –Perguntei cético.

Quando ela havia saído do hospital? Porque ninguém me ligou? Ela já poderia estar de pé? E porque sua expressão pra mim era tão confusa?

–Oliver? O que está fazendo aqui? Ou o melhor, o que eu estou fazendo aqui?

–O que? –Perguntei confuso. –Você por acaso fugiu do hospital ou coisa assim e perdeu a memória? –Me lembrei que o médico disse que se ela acordasse poderia existir sequelas.

–Hospital? Que hospital?

–Felicity, qual q ultima coisa de que se lembra?

Ela pareceu pensar um pouco e seus olhos Crisparam, sua expressão se fechou e deu um passo para trás.

–Estou furiosa com você!

–O que? – Okay, não esperava por isso. Na verdade estou começando a duvidar que isso seja real. Já alucinei com Shado uma vez. Mas, Felicity não está morta. Ela provavelmente se lembrava do acontecido pouco antes do acidente, nossa briga, por isso diz estar furiosa comigo.

–Isso mesmo! Com essa cisma com o Barry! –Continuou.

–Felicity, precisa se acalmar, olha você... Você sofreu um acidente e... –Só então percebo que ela está com a mesma roupa daquele dia, não só a mesma roupa, mas está arrumada exatamente igual.

Franzi o cenho e engoli em seco, estou mesmo alucinando?

–Olie? –Ouvi a voz de Thea e olhei para o fim do corredor.

–Com quem está falando? –Perguntou.

Olhei para Felicity e olhei para Thea, abri a boca para responder e Thea balançou a cabeça me cortando.

–Não importa, venha tomar café logo se quer chegar ao hospital a tempo para visitar Felicity. –Se virou e sumiu pelo corredor.

–O que deu em Thea? – Felicity perguntou indicando com o polegar o lugar por onde Thea havia sumido. – Oliver, acho que sua irmã precisa de óculos, e um muito, muito forte.

Ergui minha mão hesitante, torcendo com todas as minhas forças para que isso não seja uma alucinação. Aproximei minha mão até chegar perto da dela e a toquei levemente, bem, na verdade eu tentei tocá-la. Minha mão simplesmente atravessou a dela. Nós dois demos passos para trás assustados.

–Como diabos você fez isso?

–E-Eu... –Meu coração se apertou, não era de verdade. Ela não estava ali, minha mente estava criando uma alucinação de Felicity. Toda a esperança que eu senti achando que eu ela estava bem novamente se esvaíra. Segurei as lagrimas, sentindo o nó em minha garganta.

–Porque está me olhando assim? Oliver, como fez aquilo?

Mordi o lábio, sentindo raiva de mim mesmo, da minha mente, da vida por estar me pregando uma peça tão cruel como essa.

–Você não está aqui... –Falei mais para mim mesmo do que pra ela.

–O que? Claro que estou aqui!

–Não! Você está em coma no hospital! –Gritei. Mas assim que ela recuou tentei me acalmar.

–O que? –Fez novamente uma cara pensativa e seus olhos se arregalaram. –Oh, meu Deus! É verdade, eu me lembro! O caminhão, ele... –Levou as mãos na boca por um momento. –Eu estou em coma?

Okay, talvez isso não seja tão da minha imaginação assim.

–Sim... –Falei hesitante.

–E quando eu vou acordar?

–Nós... Não sabemos, estamos esperando por três meses. –Isso era loucura, eu estava conversando com uma alucinação, explicando o porque dela ser uma alucinação. Talvez eu ainda esteja sonhando.

–Três meses?

Ou talvez eu esteja acordado e... Oh Deus.

–Espera, espera, espera. Você está aqui mesmo? Tipo, o seu espírito? Esse tipo de coisa existe? – Só podia ser sonho. Me recuso a estar acordado e ficando louco ou sei la.

–Não me sinto um espírito. – Respondeu - Me sinto... Normal.

–Normal? –Soltei um riso irônico pelo nariz. - Felicity, não sei se você percebeu, mas isso... –Atravessei sua mão novamente. –Isso não é normal.

–Isso não é normal, você também não é, porque está me vendo?

Isso era uma boa pergunta, talvez por estar ficando louco. Não, isso parece real demais, não estou sonhando e não estou louco!

–Boa pergunta. –Murmurei. –Hm, Talvez se eu levar você até o seu corpo você consiga voltar! Tipo, grudar o seu espírito ou o que for, no corpo – Tive a idéia, me sentindo cada vez mais maluco.

Observei seus olhos, sua pele, sua respiração. Era como se ela realmente estivesse ali. Definitivamente é real.

–Tipo Peter Pan costurando sua sombra? Oliver, isso é muito estranho.

–Ta. –Concordei. - Me diz. Você vê alguma luz ou coisa assim?

–Luz? Não vejo luz nenhuma.

–Tem certeza?

–Tenho!

–Que bom, porque eu acho que se você estivesse vendo uma luz não seria bom entrar nela. Alias, se aparecer alguma luz, não vá pra ela.

Felicity me olhou de forma estranha e impaciente.

–Não estou vendo luz nenhuma, tenho certeza. Esse papo ta muito maluco. Me leve logo para o meu corpo. Acho que isso soou mais maluco ainda. –Disse, atropelando as palavras como sempre.

Sorri, bem. Essa ilusão ou realidade ou piração da minha mente não está tão ruim assim. É quase como se eu estivesse ao lado de Felicity de verdade. Tirando o fato de que eu não podia tocá-la.


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Notas finais do capítulo

Okay, esse capitulo não ficou muito grande nem muito WOW, mas é só pra dar um inicio.Gente! Comecei essa fic, mas não vou abandonar "I can't lose you" okay? O próximo cap só sai semana que vem na quarta (Das duas fic)Enfim, se gostaram, Comentem pra eu saber okay? Bjsss. Semana que vem posto o próximo (Se tiver retorno) talvez eu poste antes se tiver muito ansiosa kkk (provavelmente vou postar antes porque sou o cumulo da ansiedade, mas não prometo.)OBS: Tava pensando aqui, e espero que tenha ficado claro (principalmente pra quem não viu o filme) que Felicity não é transparente ou tem características de fantasmaespirito. Ela é como se tivesse ali mesmo e só quando alguém ou algo a toca é que atravessa.