“— O que é dela, é dela. E de mais ninguém.”

Falar sobre Rose nunca é uma tarefa fácil, ela é uma pessoa que você não consegue nunca descrever em poucas palavras, é preciso tempo, você tem que conhecê-la e viver com ela para entender quem ela é. Mas bem, quando falam de Rose para mim, a primeira coisa que eu consigo pensar é: A ruiva é extremamente ciumenta.

Com seus pais, com seu irmão, com os primos, com a vassoura e com seu patinho de borracha. Com seu melhor amigo e com seu gato. Ela tem ciúmes da cadeira em que senta na mesa. Ciúmes da vovó e do vovô, ciúmes da sua cama e ciúmes das flores que planta no quintal de casa. Rose tem ciúmes de tudo que a rodeia.

E quando ela está com ciúmes, bem, não é muito bonito. Ela é do tipo possessiva, ela vai marcar território e vai gritar para os quatro ventos que aquilo é dela. E só dela. Ela é sufocantemente amorosa, um pouquinho grudenta, de fato um amor de pessoa, mas não chegue perto de nada que ela considera seu.

É um pouco assustador, até. Uma vez, quando estávamos no segundo ano e Hugo deu seu primeiro beijo, ela meio que ameaçou matar a menina. Não foi bonito, a pobre coitada chorou por horas -não que eu não tenha gostado disso- mas ainda assim, as vezes acredito que ela precisa de algum tipo de tratamento de desapego.

Até porque isso é uma coisa que no final do dia a magoa. Não é como se ela tivesse sabido lidar com quando Albus foi selecionado para a Sonserina e tornou-se amigo de Scorpius Malfoy. Não. Definitivamente não. Na verdade ela surtou. Era o melhor amigo dela. Mas acredito que com o tempo ela tenha superado esse fato, já que também fez amizade com a doninha júnior.

Rose é intensa, ela ama excessivamente e acredito que seja seu medo da perda que a faz assim. Ela é enérgica e te faz se sentir benquisto, apesar de não deixar mais ninguém te fazer sentir assim. Ela é exagerada e adorável. Ou talvez ela seja apenas Rose, àquela Weasley neurótica.

Lily Luna Potter sobre Rose Weasley