Cap 6. Quase Morte

Vi pela primeira vez aquilo que me deixou surpresa.


Lembrei imediatamente daquele lobo negro que tive que afastar quando esperava na fronteira dos Quilleuts. Ele rosnava para outros dois lobisomens, mas esses verdadeiros filhos da lua. Olhei o céu e la estava uma brilhante lua cheia.

Eu tinha sido avisada, se entrasse nos territórios dos Quilleuts eu seria morta, mas e daí, eu já estava morta mesmo, morri quando perdi minha família, vivia como uma nômade sem ninguém para se importar se eu estava bem ou não.

Corri na maior velocidade que podia, peguei os lobisomens de surpresa. Me joguei ao lado do corpo de um deles arrastando ambos vários metros a diante. Eles eram muito fortes, pude lembrar nesse momento Carlisle e falando sobre eles.



F.Back ON



- Os meninos da lua Bella, eles não se transformam quando querem como os Quilleuts, eles dependem da lua cheia e não possuem escolha, quando transformado deixam de serem racionais, agem por instintos, instintos muito primitivos, vampiros são os únicos inimigos naturais deles, e os únicos capazes de detê-los. Mas como agem somente por instintos, qualque coisa que eles considerem uma ameaça será alvo deles.

- E como se derrota eles Carlisle?

- Cortando, rasgando, arrancando pedaços. Enfim eles ainda são de carne e osso, corte pedaços, arranque partes, somente assim é possível. Mas não se engane Bella, os meninos da lua são muito fortes mais fortes do que nós, mas somos mais rápidos e mais resistente. Nosso veneno apesar de poder matar um dos Quilleuts, não tem o mesmo efeito neles, mas ainda sim nossos dentes são a maneirar mais eficiente de despedaçá-los, apenas a força bruta pode não ser o suficiente.



F.Back OFF

- Corra garoto. Falei para o lobo.

Mordi seu dorso imediatamente, logo que choquei com ele, senti seu sangue escorrer pela minha boca, tinha um gosto horrível, parecia que algo pútrido se misturou ao sangue. O outro lobisomem mostrou seus caninos longos para mim e pulou em minha direção com ânsia de me morder, consegui desviar, mas agora os dois estavam na minha frente, rosnei como nunca antes tinha feito, essa luta deixou de ser apenas para proteger aquele Quilleut, agora era uma luta de dois inimigos naturais, o ódio ficava estampado em minha face. Eu rosnei mostrando meus dentes, ambos os lobisomens rosnaram em resposta, e um uivo foi ouvido, o lobo acabara de avisar os outros Quilleuts, todos deviam estar se transformando e ficando a par da situação, não esperei pela confirmação, corri em direção ao lobisomem, aproveitei que era muito mais rápida e corri em forma de arco para atacá-lo pelo flanco esquerdo, ele percebeu meu movimento mas não foi rápido suficiente para desviar, mordi seu pescoço agora arrancando uma nesga de sua carne, com um lance de pescoço fui jogada contra umas arvores. Enraivecida corri em sua direção ele correu contra a minha, eu parei esperando por ele, um choque direto eu sairia perdendo, ele era mais forte, eu recuava a cada bote de sua mordida, socava seu focinho, rosnei com um misto de fúria e diversão, quando com um dos meus socos uma parte de seus dentes voou para fora da boca, ele sacudiu a cabeça com a dor, aproveitei esse momento e pulei em suas costas para morder-lhe, ele me lançou novamente contra as arvores, não antes de eu levar junto uma de suas orelhas, vi ele uivar mas agora de dor, quando me levantei para lutar vi Sam em forma de lobo surgir dentre as arvores e se por na minha frente, meu oponente também percebeu o novo convidado, ouvi mais ao longe galopes de lobos se aproximando, olhei para o lado e vi com pavor o lobo negro caído, procurei o outro menino da lua e vi Jacob mordendo o pescoço do lobisomem com certa dificuldade e Leah com uma das patas entre os dentes, ambos puxando em direções opostas, ou guinchos de dor eram assustadores. Leah e Jacob sempre foram os mais rápidos, devem ter chegado antes e ido ajudar o lobo, o meu oponente percebeu a desvantagem e seus instintos de sobrevivência logo falaram mais do que os de ódio por minha espécie, ele correu para longe.

San não se moveu para ir atrás do fugitivo, mas saltou em cima do outros que estava preso, mordendo seu lombo de forma definitiva. Eles deviam ter se comunicado mentalmente no mesmo momentos os 3, Jacob, Leah e San puxaram em direções distintas dividindo o lobisomem em três partes.

Como se fosse programado San o soltou e caminhou até mim rosnando, Leah o acompanhou, Jacob resignado caminhava ao seu lado. Outros lobos estavam chegando e esperavam a situação se desenrolar. A minha surpresa foi o lobo negro aparecer mancando entre mim e San. O silencio reinou por alguns minutos, e Jacob, San e o lobo negro voltaram a sua forma humana.



- Expliquei a eles que você me salvou.

- Esta livre para ir. Falou San

- Obrigado Bella, mas...

- Eu sei Jacob, não posso ficar, eu só vim para ajudar mesmo. Então me vou, não retornarei.


Então sai correndo para algum lugar esperando não ter que participar de mais nenhuma luta. Mal sabia eu que minha vida iria mudar novamente muito em breve.


Faz um ano e seis meses que vivo como nômade, faz um ano e seis meses que dói por ter sido abandonada. Faz a mesma quantidade de tempo que pensar em Edward está proibido e também que a proibição não faz sentido algum, pois penso diariamente nele, mesmo sendo a coisa mais dolorida da minha existência. Eu pensava que eu podia um dia reencontrá-lo e seriamos novamente uma família de vampiros felizes. “Chega Izabela, eles te abandonaram, Edward te abandonou.” “ Mas e se ...”. “Chega Izabela Swan”. Eu pensava e me recriminava.

Me envolvi em inúmeras lutas, em cada luta colecionava algumas cicatrizes, depois do menino da lua, enfrentei mas um punhadoo vampiros, quatro fêmeas e 3 macho, todos acabaram me machucando, mas nenhum chegou perto de Maria, aquela vadia tinha arrancado meu braço alem de muitas mordidas. Conheci alguns vampiros que eram conhecidos de minha antiga família, mas todos que sabiam que um dia eu fui uma Cullen acabavam desconversando e partindo. Nunca dei muita importância pois achava que nômades não eram muito sociáveis e não gostavam de ficar muito tempo com alguém, mas bastava tocar no nome Cullen que a vontade deles de partir sempre ficava maior e imediata.

Ser uma nômade me ensinou a ficar sempre alerta, senti o cheiro de três vampiros se aproximando, eles também já tinha me avistado, eram dois machos e uma fêmea, a fêmea vinha com a mão dada com um deles e tinha um rosto gentil ao me olhar, os outros também pareciam amigáveis.

“Espero que não queiram lutar, não sairia viva num embate com três vampiros.”

- Ola. Cumprimentei-os

- Ola Criança. Olhei feio para o parceiro da fêmea. – Sinto muito, não quis ofender. Balancei a cabeça em sinal para deixar de lado.

- Veja Daniel meu irmão. Que garota linda, poderia ser sua companheira. Imediatamente deu um passo para traz. Isso fez o lider deles sorrir.

- Creio que não querida Diana, ela parece não gostar de Daniel. Agora o lider riu abertamente. “Só o que me faltava, um conflito familiar”

- Não zombe de meu irmão Ariel meu amado.-Criança. Falou agora dirigindo-se a mim. – não gostaria de se juntar a Daniel e ao nosso clã, não achas Daniel um belo vampiro.

- Desculpe Diana, certamente seu irmão é um belo vampiro, mas prefiro seguir minha vida solitário, e quanto as suas intenções de ser parceira de Daniel, sinto muito, mas já tive meu único parceiro.

- Teve? Ele está...

- Morto. Era assim que queria pensar nele, apesar de não conseguir. – Ele foi morto a mais de um ano.

- Sinto pela sua perde criança. Falou Ariel gentilmente o que o olhar de sua parceira não era, ela agora estava a um passo de mim.

- Ousa, rejeitar meu irmão sua vadi... Falou ela cutucando meu ombro com o dedo em riste. Definitivamente não gostei da atitude daquela mulher, eu parecia estar ficando selvagem com todas aquelas lutas e meu novo estilo de vida, sem ter com quem manter um certo grau de civilidade. Olhei para o dedo dela, quando ela ousou me chamar de vadia, arranquei-lhe o dedo fora.

- Não ouse você sua vampira encostar as mãos em mim e me ofender. Rosnei alto e raivosa, Ariel parecendo o mais experiente ali passou a frente dos dois e rosnou contragosto de minha atitude . Daniel também rosnou, e talvez mais inconseqüente pulou em minha direção. Um ataque frontal daquela maneira eu evitaria tranquilamente, me desviei de suas mãos e o agarrei pelo pescoço o jogando no chão com muita violência, porem um baque forte ao meu lado me jogou vários metros arrastando pelo chão. Ariel tinha me acertado. Diana me chutou o estomago, arfei com a dor, mas consegui desviar do próximo ataque, quando toquei o chão me desviei de Daniel que me atava pelas costas, desviei e saltei em suas costas agarrando ambos os braços e chutando suas costas levando ambos os braços comigo. Um a menos no jogo. Diana ficou transtornada vendo seu irmão sem ambos os braços, Ariel que tinha os golpes mais eficientes se juntou naquele Ballet mortal, não raramente se ouvia rosnados e o atritos dos corpos, a luta já decorria por 10 minutos, quando tive meu braço arrancado por Ariel, Diana me atacou pelo lado que não tinha como me defender, Daniel ainda sem os braços falava para me queimarem. Ariel me jogou no chão e prendeu minhas pernas arrancando uma logo em seguida, enquanto Diana arrancou meu outro braço na altura do ombro. Eu achava que tinha encontrado meu fim, não tinha mais como me defender, e então Areil e Diana foram tirado de cima de mim, vi dois corpos se jogando neles, ouvi rosnados e carne de vampiros sendo destroçada, Este foi o fim daquele clã, Ariel, Diana e Daniel estavam sendo incinerados.


- Fique calma, viemos te ajudar. Uma voz melodiosa falou.