-Que bela espécie você é? Falou um vampiro na entrada da caverna onde me alojava aquela noite

Levantei me imediatamente em posição de defesa e rosnei. “como pode ser tão tola Izabella Swan, deixar-se distrair com lembranças, acorde Bella você não esta mais cercada por um clan que pode te proteger, Bela idiota” Rosnei novamente enquanto falava. – Quem é você?

-Calma criança

-Criança? Rosnei indiguinada

-Calma, não venho lutar criança , só estava de passada e percebi seu cheiro?

-Então vá embora. Pude Perceber seus olhos na cicatriz que Leah tinha me presenteado.

-Essa marca. Falou apontando para meu ombro – Foi feita por um lobisomem não? É diferente das marcas deixadas por nossa espécie. Falou já sentando-se um pouco afastado no chão.

-Sim, foi. Mantive me de pé, iria seguir os conselhos de Jasper e não confiar em vampiros.

-Sente-se, faz muito que não converso com alguém, mas antes me responda qual seu nome?

-Izabela Swan, e o seu?

-Brás

-Porque seus olhos são dourados Izabella?

Então expliquei o porque de meus olhos e sua cor dourada, obviamente sem mencionar aquela família. Durante uma semana conversamos até que precisei caçar e nos separamos, me perguntava se todos os nômades eram como Brás, pacíficos. Mal eu imaginava que teria essa resposta logo mais.

Vivi isolada por mais dois meses, até meu próximo encontro, mais um nômade de olhos vermelhos, uma vampiro de pele bronzeada, uma pele que as revistas de moda pagariam verdadeiras fortunas para poder estampar em suas paginas. Encantaria qualquer mulher, menos a mim que um dia tive aquele vampiro em meus braços. Como ainda não confiava em vampiros me mantive a distância preparada para alguma eventualidade. Por causa do silêncio resolvi me pronunciar.

-Qual seu nome?

-Zoey e o seu?

-Izabela Swan. Percebi um certo desconforto naquele vampiro que me encarava.

-Você tem alguma habilidade especial Izabella?

Achei aquela pergunta um tanto quanto estranha, será que ele estava usando alguma habilidade contra mim?

-Porque a pergunta Zoey?

-Porque meus dons não funcionam com você.

Rosnei indiguinada, como ele ousava tentar fazer algo comigo. - E qual seria esse seu dom?

-Posso, digamos, provocar alucinações, um tanto perturbadoras.

-Sinto muito não ira funcionar comigo. Possuo uma barreira mental, nada me afetará.

-Barreira mental? Então esta suscetível a ataques físicos ? Falou não contendo mais um sorriso.

Logo após me atacou, tive minha primeira luta contra outro de minha espécie. Pensei em tudo que Emmet e Jasper me ensinavam, eu lutei da melhor maneira que pude. - Porque?, foi essa a minha única pergunta. Ele parou o ataque e ficou me encarando. Ambos estávamos machucados, eu com uma marca de dentes em meu pescoço e braço esquerdo, meu pulso estava bastante machucado. Meu oponente não estava muito melhor, com minha falta de habilidade em lutas, eu simplesmente mordia o que estava ao alcance de meus dentes. O que resultou em uma mordida no olho de Zoey quando este perdeu o contato com meu pescoço e uma mão que só o que restou foram dois dedos. Eu repeti a pergunta.

-Porque?

-Não se faça de tola, há dez anos você e suas irmãs mataram minha companheira. Ele gritou se arremessando novamente em mim.

Começamos a luta novamente, ele com a mão naquele estado não conseguia mais me prender, então foquei meus ataques no outro braço, melhorei muito cada golpe, ainda recebi uma mordida muito dolorosa no peito acima de meu seio esquerdo, mas esta mordida custou-lhe a decapitação e seu desmembramento. Enquanto juntava seus pedaços falei para sua cabeça que ainda demonstrava dor em sua face.

-Sou vampira a dois anos, não pode ter sido eu que matei sua companheira.

-Seus olhos dourados são a prova!

-Não. Há outros como eu. Onde os encontrou? Perguntei querendo saber alguma pista, talvez eu descobrisse uma outra propriedade dos Cullen.

-Alasca, em Denali, um clan de mulheres que vive por lá.

-Sinto muito, mas não faço parte deste clan, e nem de qualquer clan.

Atei fogo naquele vampiro, não tinha porque e nem queria sentir pena de alguém. Um dia depois, os pequenos pedaços que tinha perdido já tinham deixado lugares a cicatrizes. Não pude deixar de sorrir com a ironia, alguns meses nesse ritmo eu teria que ser considerada irmã de Jasper. “Droga Bella, pare de considerar eles parte de sua família.”

Já fazia um ano que fui deixada por aqueles que um dia considerei minha família, depois de Zoey não tinha mais nenhum prazeroso encontro com outro igual a mim. Imaginei que não avistava outros pois andava por terras ensolaradas, e só me movia a noite para caçar. Uma noite qualquer resolvi seguir meu caminho até a próxima cidade e tive a surpresa mais dolorosa de todos os tempos. Maria, a criadora de Jasper.

-Você tem olhos dourados. Falou aquela vampira circulando em minha volta em passos humanos. –Não faz parte das mulheres de Denali. Mais alguns passos a minha volta – Eu não a conheço. Parou novamente em minha frente –Então deve ser? Ela fez uma pausa como se pensasse. - Como vai Edward, Bella? E Jasper, continua vegetariano?

Me surpreendi com suas palavras, como aquela vampira poderia saber tanto de minha antiga família.

-Vejo sua surpresa Bella, sou Maria a criadora de Jasper, Petter e Charlote estiveram por aqui e me contaram sobre Edward estar apaixonado por uma humana, o resto foi uma simples dedução.

-Prazer Maria, mas estou de passagem.

-Sinto muito Bella, mas vocês, os Cullen’s me tiraram algo importante. E você já deve saber a vingança entre nós é um desejo muito forte.

A luta com Maria foi realmente muito dolorida. Ela já tinha uma mão perdida. Eu alem de ter tido o antebraço direito arrancado logo abaixo do cotovelo, meu braço esquerdo ganhou outra marca e o mesmo ombro que Leah tinha mordido ganhou mais duas cicatrizes. Alem disso tudo, precisei ver a satisfação de Maria cuspir um pedaço de minha nuca.

“O que vou fazer” pensei, Maria era uma guerreira de fato, mesmo sem uma mão ela mantinha-se focada, porém eu não me libertava da dor que sentia. Foi quando uma lembrança me invadiu.

F. Back On

-Esqueça de tudo a sua volta Bella, e nunca ataque pela frente, sempre por traz ou pelos lados, vamos agora tente.

F. Back Off

Saltei em direção a Maria, trocamos alguns golpes, nada fatal, resolvi fazer o que Jasper me falou, em vez de saltar corri até Maria ela se lançou em mim, Como eu estava correndo e ela no ar, pude mudar de posição e saltei para o lado agarrando seu braço pondo os pés em seu tronco, arranquei o braço na altura do ombro. Sem uma mão e o braço vi ela dar as costas e se preparar para correr, mas me coloquei a frente dela e a levantei pelo pescoço, ela ainda tentou me chutar mas a joguei em um monte de pedras. Imediatamente corri até ela e arranquei seu pescoço com uma mordida e desmembrei suas pernas.

Resolvi ir embora, se Maria vive do mesmo jeito quando vivia com Jasper, não demoraria outros apareceriam, e não estava para ter mais pedaços arrancados. Juntei os pedaços de Maria e toquei fogo, enquanto olhava o fogo não pude deixar de agradecer Jasper em pensamento. “Obrigado” . Então reparei em algo mexendo perto de mim, foi estranho ver parte de meu braço movendo sem estar em meu corpo, peguei e coloquei no lugar, ele colou-se perfeitamente, mas ainda demorei dois dias para ter sua sensibilidade de volta ao normal. O resultado dessa luta foi o seguinte, uma fina marca onde meu braço se colou novamente, mordida em varias partes, e uma provável Alice feliz quando soubesse do destino de Maria.

Depois dessa brilhante conclusão e alguns suvenirs das lutas que já enfrentei, resolvi voltar as minhas origens, algo me dizia para fazer isto. Estava próximo de Forks em uma noite, quando vi pela primeira vez aquilo que me deixou surpresa.