A Sacerdotisa Da Lua escrita por Chibichiin


Capítulo 5
Capitulo 5




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Naquela ocasião o castelo estava mais agitado do que o normal, até mesmo para a semana anterior a festa da colheita. A festa em Sky estava praticamente toda pronta e pela primeira vez todos os outros sacerdotes chegaram mais cedo e o numero de pessoas que tinham ido apenas para a festa tinha aumentado.

Henry foi o primeiro a chegar e foi direto para o salão principal, Ariana já estava lá e usava um vestido longo azul largo e de botões nas costas. O que deixou a ruiva surpresa foi ao ver que o sacerdote estava acompanhando de uma mulher, era mais velha do que ela, tinha longos cabelos muito cacheados e castanhos, olhos profundos muito escuros e uma pele em tom de caramelo que nunca tinha visto antes. Ariana se levantou rapidamente e foi em direção aos dois.

– Boa tarde Henry. Quem é sua acompanhante? – Perguntou tentando ser cordial, mas apenas a analisando, ela era sem duvida diferente.

– Essa é Lady Joana, uma nobre de Britannia, minha esposa. – Henry respondeu calmamente e segurou a mão da mulher ao seu lado com mais força.

– Esposa? Prazer em conhecê-la, mas não recebi o recado que tinham se casado.

– Fizemos a cerimônia em Britannia. Foi melhor fazer de maneira mais discreta. Vou apresenta-la para as outras pessoas da casa, acho que Cecilia está chegando, porque não a cumprimenta e a Atlas, ele estava em missão nos últimos festivais não é mesmo?

– Sim, eu estou com saudade deles. Vou encontra-los, até mais tarde Henry, Lady Joana.

Ariana foi rapidamente ao encontro de Atlas, depois que se virão em Sky devido a uma missão diplomático o rapaz passou três anos separado das responsabilidades como escolte da princesa e agora retornava a Sky acompanhado de Cecilia. Quando aqueles olhos negros cruzaram com os olhos verdes Atlas ficou paralisado.

Ele voltou a seus pensamentos quando a garota cumprimentou a princesa primeiro e logo após lançou um sorriso para ele. Atlas sorriu sem jeito e disse.

– Você mudou bastante Ariana... Digo cresceu bastante.

– Sim, não posso continuar uma criança para sempre. – Ela riu graciosamente e pegou a mão de Cecilia com doçura. – Vamos, Cecilia, Henry trouxe a esposa e é uma mulher exótica.

– Irônico você chamar alguém de exótica. – A princesa riu, mas foi seguindo a garota e logo atrás vinha Atlas ainda atônito sem conseguir dizer praticamente nada.

– Isso é um pouco verdade, mas não tem problema. É estranho pensar que ele já está casado.

– Apenas diz isso porque é a mais nova do grupo. Você nunca parou para pensar em casamento? Dizem que a sacerdotisa da Lua é aquela que mais aguarda o dia de seu casamento.

– Casamento? – Ariana parou um pouco como se pensasse. – Nunca pensei nisso. É muito raro para alguém do clã se casar e mesmo quando isso acontece a família é matriarcal então é bem difícil pensar em casamento.

– Ariana... – Cecilia abaixou um pouco o tom de voz, parecia estar confusa. – Pelo visto o seu sangue diluído realmente afeta as coisas. Não vai demorar para você entender...

– Do que está falando?

– Não é nada, agora me leve para conhecer a esposa de Henry. – Disse em tom mais altivo.

Ariana não parecia particularmente incomodada com o fato de não receber uma resposta, e continuou andando ao lado de Cecilia e se encontraram com Helena que apenas as cumprimentou e continuo seguindo seu caminho não importava quanto tempo passasse a aura de orgulho da princesa não passava.

Galahad chegou pouco mais tarde naquele dia, estava um pouco exasperado e acabou primeiro indo se encontrar com Joana e Henry e depois foi ao jardim de inverno. Cecilia estava sentada mais ao canto calada como costumava ficar e Atlas estava sentado ao lado de Ariana e conversavam alegremente.

– Como anda suas viagens? Soube que anda viajando bastante.

– De fato, os países são realmente muito interessantes, o reino de Joana me deixou surpreso, porque eles cultuam o Deus invisível.

– O Deus invisível? Então não veneram os deuses elementais? Que coisa estranha...

– Um pouco... Mas é assim que as coisas funcionam por lá e até tem muitas lendas por isso...

Galahad se aproximou discretamente enquanto observava os dois conversando, alguma coisa parecia errada aos seus olhos. Ariana, aquela bela garota, não foram os três anos que Atlas ficou sem vê-la que a transformou, foi apenas um ano, um ano desde o ultimo festival e tinha deixado de ser botão para ser rosa.

– Ariana... – O sacerdote chamou e a garota rapidamente virou o olhar para ele, foi como se um choque tivesse passado por todo seu corpo. O que era aquela sensação?

– Galahad.... – Um sussurro seco saiu de seus lábios e se levantou quase como um salto e se jogou sobre os braços do sacerdote o abraçando. A sensação que estava esperando, aquele abraço.

– Esse sentimento, era exatamente o que eu estava buscando. Minha querida Ariana... – Galahad deu um pequeno sorriso e tocou o rosto da garota com cuidado.

– Eu não sei o que é esse sentimento... Confortável, mas ou mesmo tempo tão estranho.

– Isso não me parece nem um pouco estranho.

– Desculpe, eu nem pensei... Estamos fazendo uma cena... – Ariana sorriu sem jeito e se esquivou dos braços de Galahad.

– O que foi isso? – Atlas perguntou se levantando também, ainda um pouco chocado e quando foi se aproximar novamente de Ariana.

– Não se aproxime, não é como se fosse possível para você entender. – Cecilia disse rapidamente. – É a primeira vez que se encontram desde que ela amadureceu é normal isso acontecer.

– O que quer dizer com isso?

– Não se preocupe, fica mais claro depois. Mas não os incomode.

– Sim...

Atlas continuou a observar de longe o jeito doce que os dois conversavam um com o outro, o relacionamento entre eles tinha mudado muito. Como se de um momento para o outro se tornassem bem mais do que amigos e aquilo incomodava o cavaleiro profundamente. Tentou afastar aquele pensamento, era melhor não fica imaginando coisas que não existiam.

Os quatro sacerdotes se sentaram como sempre na frente do trono, Henry se levantou e fez seu discurso anual, naquele ano em especifico tinha sido ainda melhor e pela primeira vez em cinquenta anos que as flores amarelas tinham desabrochado. Todo ano elas apenas chegavam como botões e morriam antes de abrir.

O salão estava todo enfeitado com elas e todos estavam realmente felizes, ainda mais com o casamento de Henry com Joana, o qual seu país estava agindo de maneira estranha a algum tempo, medidas para enfraquecer os demais reinos a sua volta e se fortalecer através disso.

O rei estava de muito bom humor, a rainha nem tanto e a princesa estava normal, um pouco impassível, mas um pouco animada. Atlas ficou um pouco afastado dos quatro sacerdotes e se descuidou de seu dever de ser o segurança de Cecilia, pois seus olhos estavam concentrados na doce Ariana.

Depois do discurso antes de começar o grande banquete o rei se levantou e deu um grande sorriso:

– Este ano tivemos ainda melhores condições, o casamento de nosso sacerdote Henry, o florescimento das flores amarelas que simbolizam amadurecimento, as alianças entre os quatro reinos está mais forte do que nunca e esse ano iremos realizar o torneio entre todos os reinos para decidir o melhor. Agora aproveitem as apresentações antes de começarmos o banquete.

A música começou a tocar e um magico apareceu, depois um teatro e quando todos estavam esperando loucos para comer a música recomeçou algo mais calmo e profundo e foi quando Ariana se levantou e todos os olhares se viraram para a sacerdotisa. Ela puxou o vestido que rápido caiu sobre seu corpo. Por de baixo ela estava de top, com missangas que caiam sobre seu ventre, e amarrado com fios muito finos dourados nas costas possibilitando a visualização de sua marca nas costas, uma saia que ia até os calcanhares e toda sua roupa formada de vermelho e dourado.

Ela se dirigiu por movimentos lentos que acompanhavam a musica até o centro do salão onde continuou a dançar, os movimentos abertos, belos, calmos, delicados e ao mesmo tempo impetuosos e apesar de poder ser considerado sensual não lhe parecia vulgar. Era simplesmente perfeito, seus cabelos vermelhos balançavam e se misturavam com a cor de suas roupas e parecia que estava pegando fogo.

Todos ficaram calados apreciando, mas também não sabiam o que pensar ou que fazer, apenas ficaram estáticos. Atlas não desviou o olhar apenas pensava como estava bonita e como gostaria de estar ao seu lado, muito mais do que mera atração física e muito mais do que apenas a amizade a qual estavam acostumados. Galahad por outro lado apesar de seu olhar estar tão inflamado de desejo quanto o do cavaleiro tinha algo mais algo como ciúme e raiva que sobressaiam sobre seus olhos castanhos.

Ela terminou a dança as pessoas ainda demoraram alguns momentos para se estabilizarem e só depois as palmas e os cochichos. Parecia que tinham gostado, mas também foi polemico demais todos pararam para comentar e dizer a loucura que aquilo representava. Apesar que os nobres mais jovens não pareciam incomodados com a dança. Galahad foi o primeiro a se aproximar de Ariana e simplesmente a puxou pela mão até um salão mais afastado.

– O que pensa que está fazendo? – Ele perguntou seriamente, logo depois de se certificar que a porta da sala estava trancada.

– Eu apenas estava dançando, está no meu sangue, foi minha primeira apresentação pública.

– Uma dança? É a sacerdotisa da Lua deveria ter mais consciência do que faz.

– Não creio que tenho feito algo errado. Se a Deusa achar inapropriado poderá me repreender depois. Mas o senhor não tem nada haver com isso. Apenas me deixe em paz. – Ariana se afastou e foi em direção a porta.

– Nada haver com isso? Sou o sacerdote sol! Sou o seu destinado.

– Destinado? Não seja tolo Galahad, mesmo que fosse assim, mesmo que fosse sua prometida não poderia me controlar dessa maneira.

– O que está dizendo, Ariana? Pensei que já tivesse entendido quando me viu mais cedo. – E dizendo isso Galahad retirou a camisa e ficou apenas com a camiseta de dentro a qual deixava seu braço a marca do sol em seu braço direito a amostra. – A marca é importante.

Ariana parou por um momento e como se seu sangue se aquietasse se aproximou devagar do rapaz em pouco sem jeito e de maneira calma e sensível tocou com os dedos pequenos a marca do sol. Sentiu algumas lagrimas rolando sobre seu rosto e depois se afastou. Estava assustada uma sensação diferente, única, mas não era inteiramente prazerosa.

– O que é isso?... – Disse em um sussurro rouco e logo sentiu os grandes braços de Galahad a abraçando.

– É a marca, o poder que emana dela, o jeito que isso nos atraia e mesmo assim você a mostrou para todos, a marca da lua a nossa decisão. – E naquele abraço apertado ele tocou sobre a marca que fez a garota recuar rapidamente.

– Não. Isso não faz o menor sentido.

– Não sente nada? Pode mesmo dizer isso?

–Estou sentindo alguma coisa, atração talvez, mas é um sentimento estranho. Parte de mim diz para abraçar a sensação e a outra diz para rejeita-la. Meu sangue está fervendo.

– Ariana... – Galahad a segurou novamente, mas ela rapidamente puxou a mão e se afastou.

–Não faz sentido Galahad. Não sei o que os deuses esperam de mim, mas não sei dizer mais nada. Sou uma sacerdotisa apenas pela marca, mas não serei nada mais do que uma sacerdotisa, já me basta o sacrifício de ser sedentária.

– Ariana, você tem de entender. Por que acha que as flores amarelas desabrocharam esse ano? Não pode imaginar que é apenas por um acaso. – Quando terminou a frase, Ariana rapidamente ficou com o rosto corado e se afastou novamente abrindo a porta da sala.

– Não sei o que está dizendo. Eu vou indo.

– Não pode simplesmente ir fugindo disso. – Ele disse, mas não foi atrás dela, daria mais tempo, sim tempo era o que ela estava precisando, tempo e talvez uma boa conversa com a Deusa.

Aquela noite era de lua minguante e por alguma e quando chegou bem no meio da noite quase de madrugada Ariana ainda estava no culto quando simplesmente se levantou e como se possessa por alguma coisa. Saiu de dentro do castelo e foi andando descalça pelas ruas vazias e ladrilhadas até a praia de areia muito branca e fina onde as ondas batiam com força. Lá encontrou outra presença que também muito provavelmente não deveria estar ali. Cecilia estava um pouco mais próxima ao mar também com os pés na areia, mas as aguas lhe cobriam os joelhos. E naquele momento que se viram, a princesa puxou o capuz e seus longos cabelos incrivelmente negros e cacheados caíram majestosamente sobre seus ombros, seus olhos eram longos e cor e de uma cor que era a mais difícil de se descrever algo entre o dourado e o marrom e o formato de seu rosto era perfeitamente simétrico em um tom caramelo simplesmente perfeito.

– É realmente o esperado da mulher mais bela do mundo. Não acredito que realmente a faz ficar escondida sobre esses panos. - Ariana disse dando um olhar mais sério, mas sua voz saiu ainda mais aveludada do que o normal, mais doce, mas ou mesmo tempo muito mais assustadora e é como se tivesse uma aura entorno dela.

– Sempre prefiro um rostinho bonito. – Ela riu de maneira áspera e com uma voz um pouco mais grossa, praticamente masculina. – Também não pode dizer muita coisa e quanto a essa sua?

– Ela é linda não é? Mas tão complicada.

– Por quanto tempo vai deixa-la solta?

– Deixe a garota se divertir mais um pouco, vou apenas deixar a marca fazer o trabalho. Nunca houve uma vez que isso deu errado.

– Ela é diferente, sabe disso, só pelo sangue ser misto isso acontece.

– Isso não foi uma escolha minha, estava tudo indo tão bem, sabe que minha outra escolha é tão bela quanto.

– Sei disso, mas Ariana de fato tem uma aura diferente, muito exótica. O que pretende fazer daqui para frente?

– Ainda temos tempo antes do eclipse, pretendo deixa-la livre mais um pouco. Em breve tudo estará em seu lugar.

–Tudo tirando é claro por Britannia que está em movimento.

– Não entendi o que deu na cabeça daquele rei, Fortuna aquela louca ainda achando que é importante.

– Não se preocupe minha querida Lua, tudo vai dar certo, Fortuna não poderá agir até que tenha um receptáculo. Britania apenas tomou um pequeno reino, com o resto deles ao seu lado ano tem de se preocupar.

– Você tem razão, ela precisa de um corpo para poder se materializar. Então sem problemas, por enquanto vamos seguir com os planos. É melhor prepara-la para isso. – Ariana disse dando um pequeno sorriso e Cecilia se aproximou e se ajoelhou ainda sobre a praia e beijou-lhe a mão da outra.

– Estamos aqui juntos para isso, não estamos? Afinal eu, o Mar, sou seu servo, servo eterno.

– Levanta-se meu amado Mar, vamos juntos em frente e nos tornaremos os melhores. Agora só precisamos de um eclipse.

Cecilia se levantou e tampou o rosto novamente antes de retornarem para o castelo. Ariana apenas saiu do quarto para se despedir dos outros sacerdotes. Galahad beijou-lhe a mão antes de sair.

– Eu virei vê-la novamente em breve. Mantenha isso em mente.

– Apenas vá logo. – Ariana disse ficando um pouco vermelha.

Cecilia e Atlas saíram apenas mais tarde naquele mesmo dia devido ao fato da princesa estar se sentindo um pouco indisposta e na hora que a sacerdotisa da Lua retornava para seu quarto passou por sua mãe que estava aos sussurros com alguém, mas estava muito distante para ver ou ouvir. E por um momento foi tomada de vontade súbita de ver com quem Yasmin conversava.

Quando se aproximou apenas pode contestar que era um homem e que falava ainda mais baixo do que a cigana. Estavam separados apenas por uma fresta de uma porta de madeira, os dois estavam dentro de um almoxarifado, mas a garota foi interrompida por Atlas que se aproximava.

– Ariana que bom que consegui te encontrar antes de partir de volta para Teleos. Não consegui falar com você depois que Galahad te tirou da sala.

– Desculpe, eu acabei ficando afastada durante o resto da noite devido a Deusa.

– Ela te puniu pela dança?

– Na verdade nem ao menos mencionou. Não acho que seja um problema.

– Ainda bem. – Ele deu um pequeno sorriso e depois ficou um pouco sem graça. – Digo, seria uma pena que não pudesse dançar foi muito bonito.

– Fico feliz que tenha apreciado. Pelo visto Galahad ficou incomodado.

– Incomodado?

– Ele me deu uma bronca por causa da marca. – Ela completou um pouco sem jeito, e deu um pequeno sorriso.

– Não se preocupe com isso, parecia que você estava se tornando fogo, principalmente pelos seus lindos cabelos vermelhos.

– Meus cabelos?

– É claro e seus lindos olhos verdes, é um conjunto perfeito.

– Você é o único que elogia a cor de meus olhos. Desde a primeira vez que nos vimos.

– Isso porque os outros não sabem apreciar as coisas mais belas e simples. É claro que a beleza vem em varias formas, mas eu particularmente gosto do jeito que manifesta em você.

– Não diga coisas como essa Atlas. – Deu uma pequena risada sem jeito, e o rapaz se aproximou um pouco mais e pegou a ponta daqueles cabelos vermelhos e o beijou.

–É claro que digo. Você mesma disse que sou o único que elogia seus olhos. Então devo dizer bastantes vezes para se convencer.

– Realmente Atlas. Volte logo para perto de Cecilia. Ela vai apreciar a companhia.

– Não desvie de assunto, Cecilia está um pouco cansada nada demais. Mas de qualquer maneira, vou participar do torneio desse ano.

– O torneio que o sua majestade vai realizar em honra de Helena?

– De fato, quero provar minhas habilidades como cavaleiro e essa é sem duvida a melhor oportunidade.

– Então desejo boa sorte, então até então.

– Realmente, Ariana, não seja tão fria. – Ele deu uma pequena risada e foi se afastando. – Mas ficarei ao seu lado não se preocupe com isso.

– Não me provoque. Tenho sangue cigano não sou exatamente confiável. Lembre-se disso, meu caro Atlas. – Dizendo isso cada um foi para um lado e só se viram novamente, mesmo que distantes quando a carruagem que levava ele e a princesa retornavam para Teleos.


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