A Arte da Guerra escrita por clariza


Capítulo 35
// Eu conheço lugares //


Notas iniciais do capítulo

heeeey there folks,
ainda é 11:32 na Bahia, então estou no horário U.U
sua querida autora está de férias, e viajei, estou na criminalidade usando wifi da vizinha, o capitulo está curtinho pq espero dar a vocês uma surpresa no decorrer da semana.
agradecimento especial a Nyxing pela linda e completamente inesperada recomendação! Especial pra vc minha linda♥



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―Corre― foi tudo que o capitão disse antes que eu me lançasse entre a multidão dando o meu melhor para não esbarrar em ninguém, correndo sem nem saber para onde eu estava indo, e sem saber onde Bucky estava mesmo sem direção, corri pelos vagões junto com as outras pessoas, ouvindo ao fundo o som dos tiros e socos, a pistola estava presa na parte de trás da minha calça jeans, eu não queria tirá-la do lugar e chamar a atenção das pessoas para mim, principalmente quando eu não sabia quem exatamente estava nos atacando, poderia ser a hydra de quem eu estava me escondendo, mas poderia muito bem ser a S.H.I.E.L.D. de quem eu supostamente tinha proteção, mas a esse ponto eu não sabia quem eram os mocinhos e os vilões, e nem de que lado eu me encontrava, se eles me considerariam a mocinha ou a vilã da história, mesmo que essa guerra em parte não fosse sobre mim, essa guerra era entre eles e a America, eles que sentiam a necessidade quase doentia de controle absoluto, isso era sobre o capitão América e o seu desejo utópico de liberdade, ele não entendia o que os humanos faziam quando era dada tamanha liberdade a nós.

Corri pelo terceiro vagão do trem, entrando num vagão completamente vazio ricamente decorado em veludo vermelho e toques dourados, no meio do vagão havia uma mesa redonda com bolos, cupcakes, doces, algumas bolachas salgadas e patê, junto com alguns pedaços de queijo chá e provavelmente café. Olhei em volta a procura de quem havia deixado aquilo para trás ou o porque de não haver nenhum passageiro nesse vagão com a loucura que estava acontecendo do lado de fora, meu primeiro palpite foi hyra, o pensamento fez com que eu me desesperasse não querendo sair por onde entrei e sem querer sair pela seguinte porta, peguei a pistola escondida torcendo para não ter mais do que eu pudesse enfrentar do outro lado, com passos curtos eu fui até a porta e antes que eu pudesse abri-la pelo lado de dentro, a porta foi escancarada revelando Tony Stark usando partes da sua armadura e diversos soldados caídos no chão inconsciente. Dei dois passos para trás, escondendo de volta a arma nas minhas costas, o cara tinha um reator de ark no lugar do coração, não era como se simplesmente eu uma qualquer pudesse dar um tiro nele.

―Exatamente quem eu estava querendo ver! ― ele disse alegremente, me mostrando a mesa de chá ― imaginei que você como europeia gostasse dessas coisas refinadas.

―Está um motim do lado de fora e você está querendo tomar chá das cinco?

―Você não pode me culpar por tentar ser legal, imagino que tenham feito a minha caveira para você tendo em vista que estava falando do modo que eu me visto com os agentes da S.H.I.E.L.D, quero dizer o que tem errado de all star com terno e gravata? Fica divertido. ― deu umbros, sentando na cadeira e implicando que eu deveria me sentar também, ainda relutante eu o fiz

―Tira a credibilidade de nós que vivemos de ciência, a maioria já tem fama de louco ou excêntrico, e é feio. ― tentei me explicar ― e você está aqui pra falar dos seus sapatos?

―Claro que não, eu estou aqui pra ter uma conversa com alguém do meu mesmo nível intelectual! Você tem ideia como é difícil achar alguém com um nível alto de capacidade cerebral? É quase impossível. ― ele se serviu com o chá, pegando um cupcake decorado com raspas de coco ― de qualquer jeito, você pelo o que eu sei é uma pessoa racional, e razoável.

―O que você quer? ― interrompi.

―Eu quero que você fale com a outra metade da sua laranja, convença a ele e faça com que ele faça o capitão deixar de tanta idiotice e assine o acordo e acabe com essa besteira, você acredita que juntaram os dois pra tentar me matar?

―Sério mesmo? Isso é um absurdo ― não pude evitar o tom de ironia na minha voz, que fez o homem na minha frente revirar os olhos.

―Sim! Como se não bastasse o seu namorado ter matado o meu pai, ele tentou me matar também, me pergunto quem mais da minha família ele cruelmente assassinou a sangue frio.

―Bucky não pode ser responsabilizado pelas ações do soldado invernal, é loucura, ele era só uma peça, Hydra matou o seu pai, ele só foi um instrumento.

―E ele não tentou me matar?

―Não, ele realmente tentou, mas eu não o culpo você que foi atacar ele em primeiro lugar, ele só se defendeu, como uma grande pensadora uma vez disse “se me atacar, eu vou atacar”.

―Ele é um assassino em massa.

―E você também é, ou se esqueceu da vez que você criou um robô com inteligência artificial que fez metade de um pequeno país na Europa que poderia destruir a vida em todo o planeta terra que desencadeou um sequencia de lutas e perseguições por metade do globo e o descarrilamento de um trem na Ásia? ― o lembrei de suas ações ― Não seja hipócrita, você é melhor que isso.

―E por isso que eu estou apoiando a lei, doutora ― respondeu, a sua voz mais baixa ― Eu preciso me redimir por essas coisas, eu fiz errado e eu preciso acertar isso.

―Pelo registro?

―Sim, podemos monitorar os heróis, e evitar outros desastres como esse! Fazer as coisas com o menor dano colateral possível.

―Não foi o homem de ferro que fez ultron, foi Tony Stark, todos os heróis não podem ser culpados pelas ações de um único homem, é como culpar todos os alemães pelo erro de um deles, se você quiser controlar e monitorar os seus corpos é uma coisa, mas você não pode controlar as suas mentes ninguém pode controlar a sua, não puderam controlar a do doutor Banner, ou a de Zola que encontrou um jeito de organizar a hydra debaixo dos olhos da S.H.I.E.L.D. e quando conseguem controlar a sua mente como fizeram com a minha, tudo que você consegue é um zumbi sem vontade e sem ações por si mesmo, você deixa uma trilha de pessoas quebradas.

―Como você?

―Como eu.

―Por que usaram você pra alguma coisa ruim.

―E como nós definimos alguma coisa ruim? Eles achavam que estava fazendo certo em criar um terror tão absoluto que a única saída da humanidade era abrir mão da sua liberdade, e o registro me soa basicamente como a mesma coisa.

―Não é a mesma coisa, queremos proteger a população, quantas mortes os heróis causaram, destruição material, quantas pessoas perderam as suas famílias e entes queridos.

―Mas vocês estavam fazendo a coisa certa, policiais não iram parar Loki e o seu exercito, veja bem, eu entendo a sua parte e apoio até certo ponto, a ideia de um controle, sem novos heróis fazendo coisas estúpidas e destruindo tudo na sua rota como speedball, ele nunca visou o bem das pessoas, ele queria aparecer no reality show dele, as ações dele foram catastróficas, mas você não pode culpar todos os heróis pelo erro dele, eu não acho que Demolidor, gavião arqueiro, homem aranha, Luke Cage, o quarteto fantástico estejam fazendo algo ruim. É injusto, especialmente com os que não são figuras publicas.

O homem de ferro me olhava do outro lado da mesa com um olhar que eu não podia ler como se analisasse as coisas que eu tinha dito enquanto procurava as palavras para rebater, eu me coloquei de pé.

―Eu gostaria de sair daqui agora. ― ele acenou, permitindo que eu me retirasse do ambiente, antes de sair pela porta eu me contive, olhando por cima dos ombros ― Eu sinto muito pelo o seu pai, espero que entenda o meu ponto, eu trabalhei com o soldado invernal eu entendo como poucas pessoas como ele não é culpado por nada disso.

―Você vai me ajudar? Falar que ele desse assinar? Deixando essa história de lado, claro.

―Essa não é a minha luta, eu sou a suíça, apenas observo e vou fazer o que eu puder e o que eu não puder para ter certeza que o meu namorado volte pra casa no fim do dia, eu espero que entenda isso também.

―Então você é do time do capitão depois que eu te fiz chá? Isso se chama ingratidão ― eu soltei uma risada.

―Obrigada pelo chá, e eu sou do meu time, eu só não quero que vocês matem uns aos outros e certamente não quero que matem o meu namorado.

Passei pela porta no mesmo momento em que Sam aparecia na extremidade oposta do vagão, sorrindo a acenando, antes que Bucky aparecesse atrás dele, eu corri em sua direção nos encontrando no meio do caminho, nossos corpos se chocando antes que ele me afastasse segurando o meu rosto entre as suas mãos verificando se eu não estava ferida.

―Nós temos que ir― ele disse rapidamente.

―Ir aonde? Estamos num trem em movimento, temos que esperar até a próxima estação ― Bucky me lançou um olhar desesperado ― estamos nas montanhas, não vamos pular desse trem, nos sentamos e esperamos, eu não vou me jogar do trem no meio da neve, e nem você.

Ele me olhou, cruzando os braços profundamente frustrado com o que eu disse, Sam riu enquanto o capitão aparecia pela porta que eu havia entrado segundos atrás suado e respirando pesadamente.

―Todo mundo bem?

―Eu acho que sim― respondeu Bucky, me puxando um pouco mais para perto, mantendo um braço ao redor do meu corpo.

―Ótimo, vamos seguir viagem.


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Notas finais do capítulo

You stand with your hand on my waistline
It's a scene and we're out here in plain side
I can hear them whisper as we pass by
It's a bad sign, bad sign
Something happens when everybody finds out
See the vultures circling, dark clouds
Love's a fragile little flame, it could burn out
It could burn out
I know places - Taylor Swift



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