A Arte da Guerra escrita por clariza


Capítulo 30
//O que eu aprendi é tão essencial//


Notas iniciais do capítulo

HEEEEEEY THERE FOLKS!!!
chegamos ao trigésimo capitulo, gostaria de agradecer não somente a Matty Healy como Lady Gaga também e é claro todas vocês lindxs que me ajudaram que estão aqui todos os capítulos, ou não, as que chegaram agora, aos fantasminhas a todos que ajudam os números a subir e me deixam feliz todas as vezes que eu vou nas estatísticas.
Agradecimento especialíssimo a Gessikk por ter deixado uma linda recomendação, muito obrigada mesmo, fiquei muito feliz e emocionada e esse capitulo é especialíssimo pra vc!
Titia ama todas vocês e agradeço cada comentário, cada favorito, me deixa bem feliz ♥



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25 de Abril de 2010, Chelm/Polônia



Toda a base parecia a mesma aos meus olhos, todos os corredores, todos os guardas e salas, eu caminhava olhando para os lados em busca de qualquer coisa que me fizesse memorizar aquele lugar, eu provavelmente não conseguiria sair sozinha daquele lugar e não esperava que alguém me mostrasse as saídas, todas aquelas pessoas, os cientistas e guardas não pareciam amigáveis todos carregavam expressões raivosas, como se tivessem constantemente irritados.

O único som era o toc toc irritante dos meus sapatos batendo contra o chão de porcelanato branco eu me senti envergonhada a cada passo, desejando que se abrisse um buraco e eu caísse dentro dele e ficasse por lá mesmo. A minha frente Alaric Kava me guiava, os passos dele não escandalosos como os meus, mas baixos e constantes e decididos pelos corredores, eu tinha ampla visão da nuca dele a sua voz ao mesmo temo mansa e monótona falava sem parar sobre os detalhes do meu cargo, não havia mencionado uma palavra sobre a nossa conversa de meses atrás, na verdade soava como uma pessoa completamente diferente, até a sua aparência estava diferente, antes ele parecia um homem de meia idade, agora ele não parecia ser muito mais velho que eu, como se de alguma forma tivesse rejuvelhecido, eu não o teria reconhecido se não fosse os seus icônicos olhos heterocromáticos, um tão azul quanto um diamante e o outro castanho como a terra.

Ele falou sobre a grandiosa história da hydra, das pesquisas e dos grandes feitos, dos avanços científicos que haviam feitos, eu me sentia uma novata num enorme parque de diversões feito especialmente para mim, a ultima sala que ele me levou era enorme e outros cientistas já trabalhavam lá, três para ser especifica.

Um garoto muito alto de olhos negros assim como a sua pele que parecia ser o mais velho de todos, ao seu lado uma garota loira estava entretida em seu microscópio, e olhando para mim estava um garoto ruivo, ele sorriu ao me ver.

―Então aqui esta você, entregue na toca dos nerds, se divirta ― Alaric disse, girando em seus calcanhares ―E não se esqueça da regra numero um do clube da luta.

―Nós não falamos do clube da luta?― respondi insegura, Alaric olhou para trás com um meio sorriso em seus lábios e piscou, deixando me sozinha na toca dos leões.

Eu voltei a minha atenção para as pessoas dentro da sala, a garota havia retirado os seus olhos do microscópio e me encarada com as suas mãos na cintura, na verdade os três me olhavam atentamente fazendo que eu me sentisse ainda mais sem graça, principalmente por que eu não tinha ideia do que fazer. Eu sorri tímida para eles, acenando levemente.

―Oi eu sou a Nana! Anastácia Janicki na verdade, mas todo mundo me chama de Nana e Nana é muito melhor que Anastácia, esse nome é meio trágico você sabia que uma das filhas do imperador da Rússia se chamava assim, isso foi tipo, revolução russa, mas ela morreu. ― ela tomou uma pausa ―Horrivelmente, eles disseram pra ela e as irmãs que eles iriam tirar uma foto então ela se produziu toda e colocou as suas joias e quando ela chegou no lugar da foto eles fuzilaram ela e a sua família, porém as joias apenas fizeram com que ela ficasse gravemente ferida e não morta então os guardas enfiaram as suas baionetas nela até que ela morresse sangrando ao lado da sua família.

―Trágico ― foi tudo que eu consegui responder, eu conhecia essa história mas o jeito que ela contou, num folego só e com os grandes olhos azuis tristes de alguma forma deixou aquilo ainda mais triste.

―Eu sou só o Oliver ― disse o garoto ruivo ― Nana aqui tem um toc sobre origem de nomes e coisas trágicas que aconteceram com as pessoas que tem esse nome.

―Eu sou Vladmir ― disse o outro rapaz, sorrindo para mim.

―Eu sou Freya ―proferi olhando para Nana esperando que ela falasse alguma coisa sobre o meu nome, ela cruzou os braços notando todos os olhares da sala nela.

―Não ― ela disse,apertando os seus braços e negando com a cabeça ― Me recuso a ser a louca dos nomes.

Ela voltou para a sua posição inicial, deixando uma clima bem tenso na sala, Vladmir olhava para mim com seus lábios comprimidos como se tentasse não rir.

―Nanna, esposa de Balder, filha de Nep. Quando Balder é assassinado se desespera e joga-se na pira funerária com seu amado. Então duplamente trágico ― Nana se levantou lentamente do seu microscópio, reprimindo um sorriso em minha direção.

―Freya, deusa do amor e da fertilidade, também deusa da magia e da adivinhação. Teve vários deuses com amantes. Segundo seu mito sempre esteve a procura de Odur, seu marido perdido, enquanto chorava suas lágrimas se transformavam ouro e âmbar. Acompanhava Odin nas batalhas e compartilhava os mortos das guerras, onde metade dos guerreiros mortos iam para o seu palácio. Ela possui uma carruagem de gatos negros e cinzentos e uma capa feita de penas de gavião que usa para andar pelos nove reinos.

―Isso faz muito sentido, por que eu amo gatos, estava até pensando em comprar um ―continuei ignorando a parte que a deusa Freya era bem promiscua.

―Eu sei onde está tendo uma feira de gatos,eu posso te levar lá ― ela disse, me chamando para que eu me aproximasse e assim eu o fiz, olhando com curiosidade o que ela estava analisando algumas amostras de sangue ela olhou para mim com um sorriso ― Bem vinda ao projeto soldado invernal.

Nana apontou para mim uma pasta parda com algumas palavras em russo em vermelho gritante levemente desgastado, eu abri a parta onde havia uma foto de um homem moreno usando uma especie de chapéu das forças armadas, um soldado e uma lista preenchida de modo vago, sem informações de nascimento ou idade nada que me desse alguma ideia de quem ele era ou o que fazia para hydra, do lado havia uma foto mais recente e muito maior numa especie de câmara coberta de gelo ele parecia diferente da primeira foto, como se apesar de ser a mesma pessoa parecia como se tivesse sido possuído ou algo do tipo, o cabelo estava maior, uma expressão de dor em seu rosto fez o meu coração se contorcer no lugar.

―O que aconteceu com ele? ― perguntei sentindo a minha voz quebradiça, a loira me deu um sorriso compadecido.

―Já te falaram que as vezes ignorância é uma benção? ― acenei positivamente com a cabeça ― esse é um desses casos.

Ao final do meu expediente fui para casa sozinha, preparei uma lasanha de caixinha já que cozinhar não era o meu forte e me deitei, vendo um programa de perguntas e respostas até ouvir duas suaves batidas na minha porta,me levantei mantendo os olhos na tv dando de cara com Alaric.

Me assustei com a visita dele eu realmente não esperava a visita do meu supervisor a noite ajeitei a minha roupa deixando que ele entrasse, sem muita cerimonia ele entrou na minha casa se sentando na quina do meu sofá e cruzando as pernas, e me encarando como se eu tivesse atrasada, sentei na extremidade oposta esperando que ele dissesse alguma coisa, os olhos dele me intrigavam, pareciam flechas me perfurando, incomodas.

―Eu preciso que você faça um serviço pra mim, fora da hydra ― disse finalmente. ―Mas dentro da hydra, meio que um trabalho infiltrado.

―Hydra não parece o tipo de lugar que tolera infiltrações.

―E não é ―afirmou com um sorriso ―Por isso você não pode ser pega.

Não respondi, considerando a possibilidade de A) ser um teste e B) ele estar louco.

―Quando eu te entreviste eu vi algo em você que eu nunca vi em nenhum dos outros candidatos, você sabe que além da ciência a coisas além da sua compreensão como os anjos azuis.

―Isso é um mito, não há provas ― cortei a sua fala.

―Não há? ―Alaric sorriu se aproximando de mim.

―Não.

―E se eu te provar?

―Vai se pintar de blue man group?

―Tava pensando em smurf, eles são mais fofos, mas não era a minha ideia de provas ― ele segurou a minha mão ― venha comigo.

Coloquei um casaco e o segui escada a baixo, onde pegamos um grande carro preto que nos levou pelas ruas calmas de Chelm até a floresta, onde ele me obrigou a descer e andar pela floresta de coníferas numa noite fria, meus passos esmagavam as folhas amareladas e pequenas rochas , a nossa volta penas o vento batendo nas folhas que ainda resistiam e o som dos pequenos animais a minha respiração saia dos meus lábios em enxoradas formando nuvens de ar se condensando, por final paramos em frente a uma grande caverna coberta por musgo verde Alaric tomou as rédeas indo até a pedra e limpando uma pequena parte onde um painel digital azulado se acendeu permitindo que ele digitasse a sua senha, e a pedra de alguma forma se abriu, dando lugar a uma grande instalação de alta tecnologia.

O loiro me convidou para entrar, ainda incerta eu entrei ouvindo os meus passos ecoando pelo lugar completamente coberto por telas enormes, um grande laboratório de alta tecnologia, as superfícies polidas em metal frio, no centro havia uma grande especie de caixão feito de vidro com diversos tubos em azul saindo, o caixão parecia imerso em gelo, e algo azul estava dentro, a grande caixa de vidro parecia pairar no ar.

Me aproximei, olhando o que havia dentro, um homem de cerca de dois metros de altura, sem nenhum fio de cabelo na cabeça e completamente azul, algumas partes do seu rosto parecia estar se deteriorando, um olho faltando a diversas marcas de costura por toda a extensão do corpo azulado do alienígena. O anjo azul era real, e se parecia como descrito nos livros nórdicos que eu havia encontrado, eles estavam certos. antes que eu pudesse me virar senti Alaric segurar o meu corpo puxando o meu ombro para trás e tocando o meu pescoço com uma lamina fina, quando eu tentei me afastar Alaric passou a lamina no meu pescoço que explodiu em sangue, a dor tão fina e irritante quanto cortar o dedo com papel, as minhas pernas fraquejaram o meu corpo tombando no chão entrando em colapso, os meus olhos lacrimejaram a minha mente em pensamentos desconexos.

Alaric ainda acima de mim, se afastou voltando com uma seringa com um liquido azul e a injetou perto do meu corte fazendo a dor cessar e que eu voltasse a respirar normalmente, a minha mão tremula tocou a região do pescoço onde havia sido cortardo, não havia o menor sinal que aquele lugar tivesse sofrido algum tipo de violência, não havia cicatriz ou marca somente a dor fantasma na minha mente, e o sangue em volta de mim provando que aquilo era real, ele havia tentado me matar, o loiro se agachou me ajudando a sentar, eu me afastei dele sentindo vontade de socar a cara dele, de arrancar todos os dentes do sorrisinho irônico dele.

―Desculpa princesa, se eu falasse não iria te convencer.

―Você cortou a minha garganta!― exclamei, ainda tremendo de medo.

―Sim,sim,mas eu te salvei provei que eu estou certo e por isso você precisa me ajudar.

―Você tentou me matar!― Alaric rolou os olhos.

―Sim, podemos prosseguir no assunto? Essa coisa de matar é tão segunda guerra mundial e que período chatinho, faltava tudo, e tinha aquele babaca de marca maior do Hitler “ temos que matar os judeus e ciganos” Sério, ta pra nascer pessoa mais chata que aquele baixinho.

―Você conheceu Hitler? ― ele concordou ―Quantos anos você tem?

―Se não perguntamos isso para as damas por que é falta de educação também não devemos perguntar aos cavalheiros! Mas, desde que você perguntou com esses seus olhinhos assustados, eu sou mais velho que a terra.

Não respondi nada, deixando a minha respiração se normalizar, eu só estava conversando com Matusalém.

―Bem perguntando Freya, meu plano e por que eu preciso da sua ajuda! você é realmente muito sagaz, eu quero voltar pro meu planeta.

―Você não pode fazer isso sozinho?

―Nope, eu preciso abrir um portal e eu venho procurando por três seculos a chave dele, mas eu não posso tocar a chave, tem que ser aberto por um humano e eu soube que é de posse da hydra.

―E o que eu ganho com isso? ― perguntei, olhando em seus olhos.

―Seu irmão, você viu o que isso pode fazer no corpo dos humanos, me ajude e eu trago o seu irmão de volta, vivo e com uma saúde de ferro.

Não pude evitar de perder o folego, o meu coração pulando no meu peito como um beija flor em voo,meu irmão, tudo o que eu sempre quis, todos os anos de estudos finalmente teriam um resultado.

―Estou dentro.


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Notas finais do capítulo

What I've learned is so vital
More than just survival
This is my revival
This is a revival

Revival - Selena Gomez