A Arte da Guerra escrita por clariza


Capítulo 29
// Eu sou o assassino do sol //


Notas iniciais do capítulo

Hey there folks
espero que gostem



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Eu estava toda de preto, e certamente eu não deveria estar me sentindo tão foda quando eu me sentia, Bucky ainda estava na ala hospitalar, eu tinha tomado providências para que quando eu fosse embora ele não interferisse, então, antes de eu me trocar eu sussurrei “sputnick” em seu ouvido e o deixei dormindo, eu sabia que ele ofereceria mais resistência que o necessário e que uma algema não iria segurá-lo no lugar.

Quando Felix explodiu a minha porta, com um sorriso maroto eu lhe atirei um olhar irritado, e uma ofensa em alemão e ele me atirou roupas novas, já que até aquele momento eu estava com as roupas azuis escuras combinando, rapidamente eu vesti as calças pretas, as botas macias a camiseta e a jaqueta de couro, e finalmente soltei o meu cabelo, juntando os arquivos que eu havia separado e deixado os demais onde eu havia escondido, e peguei o pequeno frasco com sangue que eu havia conseguido ha alguns dias.

Felix havia desfeito o campo de força e me aguardava do lado de fora da cela, passei por ele se dizer nenhuma palavra, guardando o sangue no meu bolso e saindo em direção ao corredores bem iluminados, onde as pessoas trocavam tiros, Felix ao meu lado, caminhando como se fosse uma criança num parque de diversões. A arma em sua mão estava agitada ele e nunca parava de sorrir, essa era a coisa mais estranha sobre Felix, violência gratuita o fazia sorrir.

Qualquer pessoa que atravessava o nosso caminho era rapidamente abatido pelo soldado loiro implacável, sorrindo de orelha a orelha a saca soco que dava, entrava num estado de puro deleite a cara tiro disparado, por mais que eu andasse rápido querendo sai o mais rápido possível daquele lugar, ele disse que um carro blindado nos esperava do lado de fora, onze andares abaixo. Onze andares de lutas, explosões e resistência.

―Vamos pegar o elevador ― informei, indo até as portas prateadas deixando que ele ficasse na minha frente em posição de ataque, atirando em qualquer coisa que se mexesse, Felix era uma sniper antes de se submeter as experiencias.

Um tilintar avisou que o elevador estava no andar certo e as portas se abriram, nós estramos na caixa prateada apertando o botão e as portas se fecharam, desviei o meu olhar para o chão, tentando não pensar em nada que me fizesse suspeita, tentei não pensar em Bucky. Antes de eu ir embora ele havia me beijado, tão calmamente como ele costumava a fazer no inicio, como se tivesse medo de me machucar, os lábios dele tão quentes embaixo dos meus as mãos dele tocando a minha cintura e me puxando para mais perto do corpo dele. Ele havia se sentado, e eu estava entre as pernas dele meus braços ao redor do corpo quente dele, me parecendo como se eu fosse uma geleira sendo aquecida lentamente até entrar em ebulição, me senti como se pegasse fogo.

―Você está ai doutora? ― Felix perguntou meus pensamentos de volta pra realidade, pisquei duas vezes, voltando a minha atenção para o rosto dele que estava perto do meu, eu me afastei um pouco.

―Sim, eu estava pensando em como eu vou incorporar o soro.

―Para me fazer melhor? ― perguntou, se aproximando de mim.

―Sim.― Ele deu mais um passo e eu mantive a minha posição o olhando nos olhos.

―Você pegou tudo que precisava? ― insistiu, aproximando a arma do meu rosto e tirando uns fios de cabelo colocando atrás da minha orelha, eu concordei ―Tudo o que precisava?

―Sim, ou está tendo duvidas sobre a minha eficiência? ― ele sorriu, se aproximando e dando um beijo na minha bochecha.

―Nunca ― ele se voltou pro outro lado do elevador, ficando na parte mais espessa do metal e longe das portas, as portas se abriram e uma chuva de tiros vou dentro da caixa, quando eles finalmente cessaram, Felix puxou uma segunda pistola saindo de onde estava e atirando em todos os agentes que estavam a frente, eu coloquei as mãos nos ouvidos, sem querer ouvir o som dos tiros, quando eles finalmente cessaram Felix me instruiu a sair do elevador.

Dei passos pequenos, ainda assustada com a destruição ao meu redor, milhares de cacos de vidro espalhados pelo chão, alguns agentes mortos, o sangue que saia de seus corpos se espalhando e se misturando ao vidro em várias poças vermelhas e grudentas, enquanto eu passava sentia os meus pés amassarem os pequenos pedaços.

Natasha surgiu do nada, pulando do segundo andar como uma especie de felino, os cabelos da cor do fogo brilhando ao redor do rosto dela, ela caiu graciosamente, com um joelho no chão e uma pena esticada para amortecer a sua queda, ela se levantou num segundo apontando duas pistolas para o peito de Felix, com um sorriso nos lábios dela.

―Oi, adivinha quem não vai a lugar nenhum com a cientista maluca? ―indagou animadamente.

―Hey! Eu estou aqui e agradeceria um pouco mais de respeito pela minha profissão, obrigada ― exclamei.

Felix mal pode reagir quando ela avançou por cima dele jogando duas pequenas bolinhas no chão, que explodiram numa cortina de fumaça ele tentou avançar sobre ela, porém o corpo esguio da viúva deslizou pelo chão o acertando com uma rasteira, levando todo o corpo do loiro abaixo quando ela começou a se levantar, Felix agarrou o pé dela, a puxando para baixo junto com ele, com uma perna livre ela chutou o rosto dele fazendo com que Felix cuspisse algumas gotas de sangue, ela se levantou antes que ele pudesse reagir,indo para trás do corpo dele e passando o seu braço pelo pescoço dele, e o erguendo alguns centímetros do chão.

Dei dois passos para trás antes de senti um par de braços agarrar a minha cintura e me jogar por cima dos ombros, correndo de volta para o prédio enquanto eu lutava para me soltar com socos nas costas e pontapés, mesmo assim o homem não me colocou no chão, não até chegarmos numa pequena porta que dava acesso a uma pequena sala escura, parecia a sala do faxineiro, onde finalmente fui colocada no chão e pude ver o rosto de Bucky, no seu novo uniforme de soldado invernal.

Sem mascara, os olhos azuis dele brilhando na escuridão o nariz sangrando um pouco, as têmporas pareciam machucadas assim como o maxilar, tentei não reparar em como ele estava bonito, e sim como eu estava brava.

―O que você está fazendo aqui? você deveria me deixar ir embora, esse era o plano.

―Eu estou deixando, só estou tentando te deixar segura ou eles iriam desconfiar, os vingadores estão aqui, não seria tão fácil boneca. ― respondeu, colocando os braços na minha cintura e empurrando o meu corpo em direção a prateleira metálica, mantive a minha expressão firme, e isso por alguma razão arrancou um meio sorriso dele o fazendo se aproximar ainda mais e derrubar algumas garrafas de desinfetante no chão, suavemente ele tocou o meu ombro com seus lábios arrancando um suspiro involuntário ― Natasha está ganhando algum tempo, quando o meu comunicador apitar eu devo te deixar a vista, você vai levar um dos nossos com você, sua nova missão é fazê-lo se infiltrar junto com você, ser o seu guarda-costas, tá entendendo?

―Não exatamente ― respondi, os lábios macios dele viajando na minha pele, cada vez mais perto do meu pescoço, subindo por ele e tocando o meu lóbulo esquerdo ― Você está deixando meio difícil de me concentrar.

―Quer que eu pare?

―Eu consigo lidar com isso ― retruquei, enquanto ele dava uma leve mordida na minha orelha, fechei os meus olhos tentando conter um gemido.

―Tudo bem, cinco dias, esse é o tempo que você tem.― disse, se afastando completamente do meu pescoço e me olhando firmemente, as mãos dele afundando no meu cabelo.

―Vou fazer o meu melhor ― respondi, fechando os meus olhos sabendo o que vinha a seguir, a colisão das nossas bocas, a língua dele acariciando a minha, suas mãos tocando o meu corpo,eu me agarrei mais forte a ele. Puxando suavemente o seu cabelo, que agora estava razoavelmente longo não tanto quanto costumava ser, mas o suficiente para os meus dedos percorrerem pelos fios.

Minhas mãos apertaram os seus ombros, o trazendo para próximo de mim e ao mesmo tempo, sentindo o comunicador dele vibrar embaixo dos meus dedos, nos afastamos e eu o abracei, o beijando mais uma vez.

―Eu vou voltar logo ― ele deu um sorriso sem graça.

―Eu sei.

Sai na frente dele, pegando o embalo e correndo como se de alguma forma eu tivesse conseguido fugir do soldado invernal, duas paredes brancas completamente iguais depois eu esbarrei em Felix, que me agarrou pelos ombros.

―Estamos cercados ― me informou, o seu rosto completamente cortado e saindo sangue em diversos pontos, tentei não entrar em panico me deparando com duas grandes janelas de vidro, senti os meus olhos brilharem com a ideia.

―Chame o motorista, estamos de quinjet não é?

―Sim, mas…

―Estamos no quinto andar, chama ele ― ele me olhou confuso, até notar as duas janelas, antes que ele perguntasse qualquer coisa eu acenei positivamente, na mesma hora ele puxou o celular do bolso, digitando rapidamente e agarrando a minha mão.

―Lindinha, hora da ação.

Nisso, começamos a correr em direção a janela ele a minha frente já que a sua massa corporal poderia quebrar o vidro e assim o fez, quando o corpo dele se chocou contra o vidro, ele se espatifou em mu bilhão de pedaços voando pelo lado de fora, e o logo em um enorme quinjet parado do lado de fora, aumentei o ritmo da minha corrida, já sentindo a queimação nas minhas pernas e na beirada dele, eu me atirei pela janela caindo dentro do avião rolando, sentindo alguns estilhaços do vidro se afundando nas partes descobertas do meu corpo, quando finalmente parei de rolar eu senti o meu coração pulsando tão forte que preenchia os meus ouvidos, minha respiração pesada e um sorriso brotando no meu rosto.

Felix me olhava de cima, ainda mais quebrado e cortado do que antes, ele sorria para mim junto de um baixinho de rosto afiado com o seu rosto cortado também, deveria ser o suposto ajudando que eu deveria promover a meu guarda-costas, eles me ajudaram a levantar.

―É bom estar de volta ― eu disse,estendendo a minha mão para Felix e ele me entregou o meu celular, eu rapidamente disquei o numero chamando algumas vezes antes de ser atendido ―Alaric, eu sei onde está.


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Notas finais do capítulo

I am the killer of the sun
Just a glimpse of what I have become
You can't tell shelter from the shade
Shadows move and leave you wide awake
Collect your tears, shoot 'em down
Even giants hit the ground

Pressure - Youngblood Hawke