A Arte da Guerra escrita por clariza


Capítulo 27
// Tigre à Espreita //


Notas iniciais do capítulo

eu disse Hey there folks e e vcs respondem helloooooo
E ai amores, como foram de enem???? espero que todos passem em numero 1 na faculdade/ curso que vocês querem!! e olha que a minha palavra tem poder!
aqui tem capitulo novinho em folha, espero que gosteeeem!



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Eu podia ver o quanto o agente na minha frente estava com raiva. No rosto dele estampado todos os xingamentos que ele não podia me falar, ele se ajeitou na cadeira, repetindo a ultima pergunta eu sorri mais uma vez cruzando os pés em cima da cama, e jogando o meu cabelo pra cima e fiz um coque, ouvindo atentamente e ficando em silencio, tinha sido esse processo durante praticamente toda à tarde ou pelo que me pareceu ser a tarde inteira. Ele como forma de me punir, havia aumentado a temperatura da minha cela drasticamente, o suor escorria pela minha pele e a roupa grudava no meu corpo agora a temperatura fazia o inverso, ele diminuía deixando a cela cada vez mais fria, o suor secando e grudando em mim e deixando a minha pele grudenta e enjoativa. Eu estava morrendo de sede, mas não iria dizer isso a ele eu tinha deixado bem claro quando ele entrou que eu não falaria com ele. Que eu não falaria com ninguém além do Sargento James Buchanan Barnes. E assim eu tinha me mantido, silenciosa.

―Eu vou perguntar mais uma vez, antes que comece a nevar ai dentro ― ameaçou o homem de meia idade ―O que a hydra quer?

Olhei para a cela e em seguida comecei a rir, ou ele era muito burro ou apenas não conhecia aquele lugar, era impossível fazer nevar lá dentro. Girei as minhas pernas e as coloquei em cima da cama, me deitando e ignorando completamente e encarando o teto alguns minutos depois eu ouvi os passos do homem saindo da sua cadeira e indo em direção a escada e temperatura se normalizando.

Levantei a cabeça pegando embaixo do travesseiro a fotografia que ele havia deixado aqui, olhei pela milésima vez naquela semana, minha mente trabalhando e tentando juntar os pedaços de como aquilo havia acontecido, poderia ser uma montagem, muito bem feita, mas poderia ser porem eu não conseguia juntar na minha cabeça nenhum momento em que eu tivesse usado esse vestido (mas ele poderia ser parte da montagem) ou que eu tivesse sorrido tanto ao lado de alguém.

As duvidas tinham deixado de vir como ondas, agora era um tsunami que me afogava. A maior parte do tempo eu passava forçando a minha mente a achar buracos em tudo aquilo escrito, eu tinha dor de cabeça sempre, minha cabeça sempre parecia estar num lugar distante, diferente. Sempre que eu dormia eu sonhava coisas tão reais, eu via o rosto dele tão perto de mim, eu sentia as mãos dele me tocando, me acariciando me fazendo acordar completamente sem fôlego, a intenção dele quando ele jogou aqueles papeis aqui foram bem claras, ele queria atiçar isso, queria me atiçar. E estava funcionando.

Uma sirene imergiu do lado de fora e num piscar de olhos tudo ficou escuro. Levantei-me da cama meus olhos lentamente se acostumando com a escuridão dando poucos passos até onde ficava o campo de força que me mantinha lá dentro, estiquei a minha mão passando direto até o outro lado, eu poderia ser pega, mas essa era a minha chance, com toda aquela precaução estava dificultando a minha vida.

Corri até as escadas, a subindo e abrindo a porta imensa de algum metal pesado e corri pelos corredores, eu precisava chegar até os arquivos e crackear a segurança deles, o que seria nível impossível, passei pelo corredor os soldados e agentes permanecendo perto da parede, fazendo de tudo para que eles não me notassem, os poucos que me notaram foram facilmente distraídos pelo barulho dos tiros e das explosões do lado de fora, eu permaneci quieta seguindo as cegas pelos corredores em busca da sala de comando. Subi dois andares pelas escadas sem saber direito a aonde ir, os poucos a quantidade de agente diminuindo drasticamente, caminhei até ultima sala completamente de vidro e entrei. Não havia ninguém lá.

Havia uma mesa completamente digital, toquei na tela duas vezes acendendo o painel e se iluminando o holograma surgiu na minha frente, uma imagem com a aguia da S.H.I.E.L.D surgiu no ar junto com o espaço para colocar a senha.

Abaixei-me pegando o hardrive e conectando o usb na parte baixo do painel e deixei a programação funcionar, claro que a organização tinha hackers trabalhando para eles, era mais que compreensível, mas ele nunca poderiam ver que a defesa deles poderia atacá-los tão intimamente.

Com o sistema presente no hardrive eu ativei o programa de descodificava a senha usando o rainbow table,uma tabela de consulta que utiliza um algoritmo de transação memória-tempo, permitindo a recuperação do texto original de uma senha através de uma senha quebrada (hash) que tenha sido gerada por um algoritmo criptográfico de hash. Contando com a minha sorte, a senha já estava gravada no sistema, e tive acesso aos arquivos, abri as pastas encontrando muitas resistências e as quebrando, puxei a lista de 084, objetos alienígenas não identificados, a lista era longa, mas eu sabia exatamente o que procurar, puxei o arquivo sobre o divinador e epafí eles tinham tantas informações jogadas sem se dar ao trabalho de juntar e descobrir para que eles significavam,baixei as localizações, o divinador foi levado para a geladeira, onde a localização era desconhecida e o epafí era mantido onde fora encontrado. No norte da Romênia. Numa igreja medieval em Constança.

Fechei todos aqueles arquivos e coloquei o hardrive onde eu o encontrei, saindo da sala e percebendo que aquele lugar ainda estava um caos, implorei ao universo que todas as câmeras estivessem desligadas. E desci as escadas, ainda sendo ignorada pelos guardas e dessa vez correndo pelos corredores, achar a minha cela foi fácil, desci as escadas ainda sozinha e me sentei na cama, esperando as coisas se tranquilizarem. O que demorou cerca de dez minutos, entre uma irritante sirene e a escuridão total. Após o barulho se acabar. Enviaram uma agente loira e alta para a minha cela, eu estava deitada, fazendo cara de brava.

―Eu bem que tentei agente. Mas esse campo de força é forte, aposto que foi feito para segurar um certo gigante verde. Aposto que quando Loki destruiu aquela caixa de vidro no Helicarrier vocês tiveram que ser criativos.

―Você está certa. ― ela sorriu ― Ela foi feita para segurar o hulk.―Eles não te deram batatas o suficiente?

―Não, na verdade eles me serviram de tudo menos batatas, aposto que a minha mãe contou aquela história de quando eu tenha cinco anos, agente? ― perguntei, com um sorriso.

―Morse, agente Bobbi Morse ― ela se sentou na cadeira para os meus convidados ― Sim, ela contou, apesar de ser uma ameaça sobre você eu pude notar o tom de orgulho dela, toda a sua família tem orgulho de você.

―Acho que o verbo está no tempo errado, ou eles estão ignorando o fato que eu estou presa por terrorismo.

―Você não está presa por terrorismo! ―Bobbi corrigiu ― Está presa por traição e espionagem.

―Bem, isso realmente muda muita coisa ― não pude deixar de sorrir ― eu me sinto como James Bond. Mas eu sou só uma cientista.

―Dois dos caras que eu conheço que são “só cientistas” são gênios, um deles se transforma num monstro grande e verde que ninguém consegue segurar e o outro fez uma armadura de ferro, então eu sempre espero mais dos cientistas.

―Homem de ferro é tão chato, quero dizer ele pode manipular o reator de ark e tudo mais, mas ele é engenheiro então podemos excluí-lo do clubinho da ciência e além do mais o cara usa terno com all star, não podemos realmente levar á sério uma pessoa dessas! ― comentei ― Doutor Banner por outro lado, ninguém sabe mexer com raios gama como ele, se eu pudesse eleger um cientista completo seria ele. E ele sabe usar sapato social, então o levamos a sério.

A agente na minha frente rio.

―Você é legal e esperta, o que ainda está fazendo aqui? ― ela se curvou para frente, apoiando os cotovelos nos joelhos ― O que quer que você queira já deve ter conseguido.

―Vocês me deram de mão beijada não foi? Mas, como eu deletei todas as minhas pegadas vocês ainda não sabem o que eu realmente quero, poderia ter sido um blefe. Eu poderia ter fugido, mas não o fiz você está curiosa.

―Estou sim.

―Eu quero falar com Bucky Barnes, em particular, sem câmeras, sem escutas. ― esclareci.

―E por que iria querer falar com um homem que tentou te matar? ― Agente Morse me olhou atentamente.

―Assunto particular. ―Ela sorriu.

―Eu aposto que é sobre essa foto que você não para de olhar ― o sorriso dela aumentou e a sua expressão se afrouxou ― Eu te entendo, quando você começa a duvidar das suas certezas, tudo fica confuso. Eu fui pega pelo red room alguns anos atrás, eu me esqueci de tudo não sabia mais nem quem eu era, pra quem eu trabalhava, onde eu nasci quando eu nasci eu até esqueci que era casada, mesmo usando uma aliança enorme no meu dedo.

―Eu sou Freya Alinka Kontantinovka, nasci em 25 de julho de 1989 em Sófia, Bulgária me formei aos 15 anos na escola e aos 17 eu tinha dois phd’s, meu irmão foi assassinado pela S.H.I.E.L.D em 2000 um dos seus agentes atirou no coração dele no meio de um bairro residencial na Sokovia, o corpo dele está preservado aqui na Alemanha por que lá é permitido a criogenia ― eu a corrigi ― memória não é o meu problema agente Morse.

―S.H.I.E.L.D não atira em crianças inocentes doutora Freya.

―Eles fizeram, eles viram o meu irmão morrendo e poderiam tê-lo salvo, eu sei que poderiam, o invés disso eles o mataram. Ele nunca fez nada de errado, e ele estava apenas me levando pra casa. E vocês o mataram.

―Então é por isso que você está fazendo isso?

―Não ― eu parei de falar ―Onde está Bucky? Eu preciso falar com ele.

―Eu acho que você não pode falar com ele.

―Por que não?

―Ele foi ferido durante uma missão ― uma onda de choque perfurou o meu corpo, fazendo o meu sangue gelar nas veias.

―O que você quer dizer com isso? ― ela suspirou.

―Eles atiraram nele, perto do coração, saiu da cirurgia faz um dia.

Naquele momento, se eu estivesse em pé eu teria caído no chão, o sangue nas minhas veias parecia ter sido substituído por água gelada e o meu coração por pedras de gelo, eu sentia o meu corpo tremer levemente e naquele momento eu não conseguia mais pensar em nada, era como se o meu cérebro tivesse desligado ou entrado no automático.

Mesmo contra a minha vontade e contra tudo que eu tinha visto dele nos últimos meses, eu me senti dominada por um vazio tão grande quanto o universo, meus olhos estavam molhados e a minha garganta seca, Bobbi ainda estava na minha frente me olhando como se eu fosse desmoronar, e de fato eu estava desmoronando e eu mal entendia o porquê disso, tudo que eu sabia era que ele não podia morrer. Não agora, nem nunca.

―Eu posso te levar lá, se você quiser ― se ofereceu e eu fiz que sim com a cabeça, concordando imediatamente e ficando de pé, mesmo com as minhas pernas de gelatina.

Bobbi abriu a contenção e me caminhou comigo até o lado de fora, ignorando todos os olhares assustados e me levando até a área hospitalar, o que mais diferenciava de todo o restante do prédio era a cor branca, os leitos eram divididos por vidros e cortinas, Bucky estava no ultimo leito, eu parei na frente dele alguns segundos antes de entrar, ao lado dele Steve estava sentado na cadeira do acompanhante, a sua cabeça entre as mãos.

―Por que você está fazendo isso?― perguntei.

―Meu ex-marido uma vez foi atingido uma vez em batalha e eu achei que se ele morresse eu iria morrer junto.

―Ele não é meu marido.

―Mas você se importa, isso é o suficiente.

Eu sorri para ela e entrei na sala. Bucky estava ligado a diversos aparelhos que apitavam freneticamente, um tubo de oxigênio no seu nariz, usando uma roupa hospitalar e coberto até o peito, Steve me olhou enquanto eu atravessava o quarto e ficava na ponta da cama, nos pés dele sem saber o que fazer, apenas me sentindo em pedaços. Peguei a ficha dele e comecei a ler me ater os fatos fazia com que eu me acalmasse. Segundo o registro ele chegou quase morto na base, foi feita uma cirurgia de emergência e eles mal sabiam como o corpo dele funcionava, já que nem todo mundo entendia a anatomia do seu braço biônico. Eu sabia.

Fui até a lateral me sentando na beirada da cama enquanto o capitão me encarava, eu sabia que ele não gostava muito de mim, de alguma forma ele sabia então eu não o dirigi a palavra, apenas me sentei colocando a mão dele sobre a minha mão esquerda e encostando no meu rosto, a mão estava fria mesmo assim eu fechei os meus olhos, a minha mão direita tocou o rosto dele, eu me inclinei quase me deitando sobre ele,os meus lábios perto do seu ouvido.

Sleep baby sleep what are you waiting for? The morning's on its way, you know it's only just a dream, Oh sleep baby sleep I lie next to you the beauty of this mess is that it brings me close to you ―cantarolei no ouvido dele ―Por favor, não morra.




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Notas finais do capítulo

E ai, assim como eu tomaram um tiro com essa fanart???? pq eu tomei.
e as surpresas ainda não acabaram! olha o que eu fiz pra fanfic!
http://avatheredwidow.tumblr.com/post/129188157120/au
a cena final haha
espero que gostem!!!