A Arte da Guerra escrita por clariza


Capítulo 20
// Crônica de uma Morte Anunciada //


Notas iniciais do capítulo

HEY THERE FOLKS!!!
*se afasta dos paus e pedras*
Como ces tão???
Esse capitulo vai responder todas (ou a maioria delas) as perguntas de vcs!!!
bjs da tia



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Steve achava irônico ele estar no lugar onde se despediu do amigo quando achou que ele estava morto para achá-lo. Como uma grande conspiração do universo para terminar onde tudo começou o ponto em que Bucky Barnes, seu melhor amigo morreu e se tornou o temido soldado Invernal. Ele ficou feliz por Sam estar ao seu lado não tinha certeza se poderia fazer isso sozinho.

Era uma base escondida em algum lugar entre a Alemanha e a Áustria, coberta de neve onde ele havia travado a ultima batalha ao lado do companheiro, o lugar estava em ruínas, grandes infiltrações cobriam as paredes velhas onde grossos pingos de água caiam em diversos lugares devido ao degelo, era verão.

Ele achou que não havia necessidade de carregar o seu escudo, Bucky o havia reconhecido uma vez e salvo a sua vida ele o reconheceria novamente. O único som que ele podia escutar com clareza era o som de seus passos e o vento crepitando pelos corredores trazendo consigo o cheiro de mofo, eles verificavam cada sala, cada canto, ele deveria estar aqui. Sam olhava as salas do lado direito e ele do esquerdo para agilizar as buscas. Steve notou diversos símbolos e cartazes soviéticos meio arrancados e amarelados pelo passar do tempo. Ouviu o Assovio de Sam a distancia, quando se virou o amigo fez sinal para que ele se aproximasse.

A sala era decrépita, caindo aos pedaços e uma grande cadeira de metal estava disposta no meio dela, Bucky estava agachado, se apoiando no assento de couro dela. Seu primeiro impulso foi de correr até o amigo e ajudá-lo a se levantar, mas, a hesitação o conteve. Se lembrou de como se sentiu claustrofóbico quando tentaram tocar nele assim que foi descongelado, e até onde sabia Bucky tinha estado sozinho todo esse tempo, um ano vagando por ai completamente sem orientação.

―Me Ajude― ele murmurou, sua voz baixa e quebrada. Bucky levantou os seus olhos para Steve, o rosto perdido assustado, os cabelos cobrindo metade da sua face, ele queria dizer que iria ajudá-lo, que faria tudo que pudesse para que ele ficasse bem, mas não era tão fácil, ele esticou os dedos do braço de metal mexendo-se descontroladamente e aparentemente sem o consentimento de Bucky.

Sam o afastou ligeiramente, discutindo imediatamente um plano para ajudá-lo, Tony Stark era a escolha obvia, mas Steve não confiava no Stark para isso.

―Eu conheço um cara ―Sam murmurou, Steve voltou a olhar o amigo.

―Não! ― Bucky disse, tentando colocar-se de pé ―Eu não preciso desse tipo de ajuda, meu braço ficara bom logo, eu dissociei isso é o efeito colateral, eu estive socando arvores.

Bucky voltou a se sentar, ele estava fraco demais para se levantar.

―Porque esteve socando arvores? ― Sam perguntou, afastando-se do homem a sua frente, Bucky sacudiu o cabelo que lhe cobria a face.

―Frustração ―Ele olhou para Sam ―É melhor arvores que pessoas, não acha?

Steve cruzou os braços, intrigado.

―Qual a razão da frustração? ―Bucky suspirou, abaixando a cabeça e afundando o braço metálico na cadeira e amassando o braço dela por completo.

―Eu perdi uma coisa, e não consigo encontrar em lugar nenhum e eu realmente preciso dela ―ele não levantou a cabeça ― Eu estou ficando perigoso sem ela. Eu realmente preciso dela,Steve. Eu não sei o que fazer sem ela.

―O que você perdeu Bucks?

―O gato está louco sem ela, chora a noite inteira, não quer comer, só fica deitando numa blusa velha que tem o cheiro dela, ele nem gosta mais de mim! E ele gostava de mim ― disse vagamente, com uma risada dolorida no final, pensar que alguém estava sofrendo tanto ele sobre Freya era reconfortante, mas esse outro alguém ser um gato cego era divertido.

―De quem você está falando Bucky? ― Steve perguntou mais uma vez, indo até o amigo e agachando ao seu lado, Bucky enfiou a sua mão no bolso tirando uma fotografia e mostrando a Steve, na fotografia Bucky estava de terno em baixo de alguma ponte que ele não reconhecia, ao lado dele - na verdade com seus braços ao redor – estava a também desaparecida Doutora Freya Konstantinovka que ele havia conhecido cerca de um ano atrás, eles pareciam estranhamente felizes, Bucky estava com o cabelo cortado como costumava cortar nos anos quarenta e parecia à vontade de um jeito que ele nunca fora capaz depois de ser descongelado.

Nunca havia passado pela cabeça do capitão a possibilidade de que Freya e Bucky estivessem... juntos... até onde se lembrava o soldado invernal tinha tentado matá-la, a ideia soava ridícula para ele, era apenas mais uma prova do que Freya não era a pessoa que ele pensava que ela era.

―Como isso aconteceu? ―Sam perguntou antes que ele pudesse fazer a mesma pergunta.

―Ela me ajudou a fugir da América, da SHIELD, ela estava fugindo da HYDRA, fomos pra um país tropical e ficamos escondidos lá por quase um ano, ela me ajudou a controlar o soldado, recuperar as minhas memórias a ser algo além dele um equilíbrio, como ela diz. E eles a levaram, eu preciso achá-la.

―Retribuir o favor? ― o capitão perguntou olhando atentamente a resposta de bucky.

―Sim ― James era seu melhor amigo e ele soube que era algo além do que ele estava dizendo.―Mas, eu não consigo mais fazer isso sozinho, Steve, eu preciso da sua ajuda. Eu tentei, eu encontrei três bases diferentes da hydra.

―Espera, você encontrou bases da hydra?

―Eu fiquei em algumas delas, lembro as localizações ― Bucky respondeu enquanto Sam e Steve trocaram um olhar. Eles sabiam da missão da reestruturação da S.H.I.E.L.D, mas ele não sabia até que ponto o seu amigo estava mantendo o seu controle, Bucky poderia ajudar na missão da nova S.H.I.E.L.D. Mas ele não comprometeria a sua missão particular, não antes de ter certeza sobre o estado do amigo.

Ele estendeu a mão para que Bucky pegasse e se levantasse, e assim o amigo fez. com um sorriso tímido quando se colocou de pé, tão alto quanto os outros dois homens na sala, Sam sorriu.

―Eu sou o Sam ― o falcão estendeu a mão, Bucky a apertou com a mão de metal ― Sam Wilson.

―Bucky Barnes ― se apresentou.

―Steve falou um monte de você, então eu meio que já sabia ― Bucky sorriu.

―Fez soar como se eu fosse a namorada dele ou algo do tipo ― brincou o soldado, Sam riu.

―Eu espero que você goste de Paris, cara, é pra lá que temos que ir ― Bucky fez uma careta, tinha memórias horríveis de Paris. Steve riu dessa vez, ele foram uma vez a Paris juntos na caçada do caveira vermelha, ele detestava Paris tanto quanto Bucky.

―Não é exatamente o meu lugar favorito na terra ― eles começaram a sair do lugar, Bucky ainda fraco, respirando cada vez mais o ar fresco que saia, do alto escondido entre a neve Larsen pedia permissão para atirar, Novak olhou atentamente pelas câmeras de segurança analisando atentamente as imagens dos três homens saindo de uma antiga base, a mão dele tocou a barba, analisando as vantagens e desvantagens de acabar de uma vez por todas com os resquícios do soldado invernal.

Ele não mudou de canal quando ouviu os passos firmes de salto alto vindo em sua direção, a garota de cabelos castanhos parou em sua frente, os olhos firmes nele mas ao mesmo tempo ele via o quanto eles estavam vagos, o cérebro dela estava ali, mas não a alma dela.

―Os resultados da combinação do soro alienígena com a radiação gama ― ela entregou a folha parda para o homem, ele os pegou sem prestar atenção.

―Freya minha querida, o que você vê na tela?― perguntou, ela se virou olhando a tela, nenhuma expressão em seu rosto.

―Capitão América, Falcão ― ela estreitou os olhos, buscando o nome do terceiro elemento ―E eu acredito que seja o soldado invernal.

Concluiu, levando a mão ao pescoço e tocando uma medalha de são Kazimierz que ela havia arranjado em algum lugar, nunca soube que ela era religiosa.

―Precisamente, escute, eu tenho um homem em posição eu posso derrubar o soldado invernal nesse exato momento, o que me diz?

―Não! ― ela exclamou.

―Por que não Freya? Ele te sequestrou não se lembra? Tentou te matar.

―Eu sei, mas se fizermos isso agora vai ser uma declaração de guerra a América, o que a HYDRA não precisa agora. ― ela disse, com os olhos ainda na tela ― Precisamos permanecer nas sombras por um tempo.

Novak sorriu satisfeito.

―Você está certa ― ela deu um sorriso tímido de volta para o homem ― Obrigado por sua dedicação Doutora Freya, pode voltar a seu laboratório agora.

―Estou feliz em obedecer ― respondeu mecanicamente a moça, virado de costas e seguindo pelo corredor com a medalha de são Kazimierz na mão, os dedos tocando a pequena inscrição “um castelo nas nuvens” em russo, ela repetiu para si mesma, desejando saber à razão dela ter escrito uma frase que ela não entendia num símbolo religioso que ela não venerava.


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Notas finais do capítulo

Turn the light out say goodnight
no thinking for a little while
lets not try to figure out everything it wants
It's hard to keep track of you falling through the sky
we're half-awake in a fake empire
Fake empire - The National