Can You Love Me? escrita por Didi07San


Capítulo 1
Enfim Férias


Notas iniciais do capítulo

Yooo, tudo bem?
Espero que gostem :D
Gente, não sei se essa fic vai agradar, está sendo difícil escrevê-la então, se vc gostou, por favor comente para eu saber :D
Até as notas finais :)



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POV Naruto

O olhar atento a cada linha e página da grande tortura. Os olhos como um gavião procuravam por qualquer erro se quer, não só procuravam como queriam. Eu estava quase me matando com aquela demora... Era o meu destino que estava nas mãos daquele assassino cruel. Eu precisava... Eu necessitava saber...

Como se ele soubesse de toda a minha angústia demorava cada vez mais, parando parar refletir seus complexos conceitos intelectuais. O que seria da minha vida? Uma grande derrota, ou uma grande vitória? Estava nas mãos dele e ele sabia disso. A cada segunda eu quase enfartava, podia prever minha decepcionante falha, tudo indicava isso. A caneta escorregava pela folha rapidamente e a cada final de movimento sentia meu coração gelar. Eu precisava fazer alguma coisa! Podia sentir meu rosto ficar vermelho por causa daquela demora desnecessária, estava cego de raiva! Nada podia me parar quando começasse! Inquieto e batendo o pé no chão estava me sentindo cada vez mais explosivo e impaciente e ele continuava ali, como se tivesse todo o tempo do mundo. Ao analisar uma questão ele parou e largou a caneta na mesa e aí eu não pude me conter!

––– VAI LOGO PORRA! ––– gritei com toda força dos meus pulmões expulsando a raiva de dentro de mim.

Merda.

Ele parou de examinar a folha e levantou os gélidos olhos de águia para mim arqueando uma sobrancelha. Agora sim eu estava ferrado.

––– Desculpa, me exaltei –––ele continuou me olhando e depois, balançando a cabeça negativamente desceu os olhos para a prova.

Ouvi umas risadas do fundo da sala e virei a cabeça na direção delas. Observei à volta os alunos concentrados na tortura realizando o que podia determinar seu fim ou sua salvação. Os garotos que riam de mim se calaram ao perceber meu olhar sobre eles. Eu podia ir até ali e arrebentá-los, mas não faria isso porque minha liberdade era mais preciosa que a vida deles. Sem dúvidas alguma. Depois eu resolveria isso.

Voltei a atenção para minha prova. Que estava nas suas páginas finais abertas. Senti meu coração bater mais forte ao perceber a caneta falhar. Rapidamente o professor trocou e pegou uma nova do seu estojo. A mil pude perceber ele fechar o caderno e pensar na nota final. Me curvei e segurei a borda da mesa esperando ansiosamente o resultado.

C –.

AÍ MOLEQUE! Passei!

Peguei minha prova reverenciando o professor e me despedindo da turma que ainda fazia prova.

––– Valeu Kakashi, toma seus retardados! Quem duvidou de mim, só desejo o mesmo que me desejou! Até o ano que vem, perdedores! É claro... Se vocês passarem ––– falei rindo enquanto pegava minha prova e passava pela porta da sala do penúltimo ano de colégio.

Sempre foi assim. Eu sempre fui o pior aluno do colégio durante todo o ano e no final, na prova de recuperação, sempre conseguia passar e nunca reprovar. E continuaria a fazer isso enquanto tivesse vontade. Sabe que até que eu tinha dó daqueles nerds? Que passavam o ano todo estudando para conseguir ir para a série seguinte, eu obtinha o mesmo resultado e aproveitava a vida como queria.

Era foda.

Passei pelo portão quase esfregando minha prova na cara do tio que cuidava da segurança da escola. Nós sempre tivemos muitos conflitos, como na vez que fugi do colégio e ele ficou meia hora me procurando... Mas nunca me encontrou. Ele me olhou com uma cara feia e logo me ignorou. To nem aí. Passei.

Foda-se.

Foda-se o mundo.

Agora estava livre. Meu pai não iria confiscar meu cartão e eu ia continuar vivendo como antes. Aproveitando a vida ao máximo.

Andei tranquilamente pelas ruas até chegar em casa, eu até poderia pedir para o motorista da nossa família me buscar com a limusine, mas eu queria aproveitar o ar fresco da vitória então fui a pé lentamente... Chegando em casa pude observar a beleza da propriedade, como éramos ricos morávamos em uma mansão no bairro nobre. Ela era nova e moderna, tinha cores básicas como branco e preto e sua decoração era minimalista, de fora dava para ver uma parte da piscina de cinco metros de profundidade que ficava no quintal. Andei pela calçada até chegar na enorme porta de quase quatro metros, ao abri-la tive a esperança de não ter ninguém para me encher o saco.

Estava enganado.

Meu pai apareceu, me recepcionando sério e com os braços cruzados. Ele era um grande empresário e tinha uma metalúrgica de grande prestígio. Suspirei fundo e o encarei com a cara mais cínica que eu tinha.

––– Não devia estar trabalhando papai? ––– perguntei puxando um sorriso de canto.

Ele arqueou uma sobrancelha e se sentou no enorme sofá da sala de estar confortavelmente.

––– Você sabe que está no meu horário de almoço ––– ele falou pegando o copo de whisky que estava em cima da mesa de centro.

Ele encarou o copo de bebida antes de dar um longo gole. Parecia estar pensando qual seria minha próxima fala. Eu apenas dei uma risada de leve ao constatar, que eu era um idiota por estar discutindo com meu pai, enquanto podia estar fazendo coisas bem mais produtivas.

Mas eu não entregaria aquela discussão, eu nunca entrego nenhuma discussão.

––– Ahhhh, você tem um horário de almoço? Nem sabia. Nunca te vejo em casa... ––– falei fechando a porta e me escorando nela cruzando os braços.

Bem, eu realmente não sabia. Ele sempre está trancado dentro da empresa. Só volta altas horas da noite e saí cedo de amanhã, normalmente eu troco palavras apenas necessárias com Minato. Minha mãe é mais próxima de mim, ela trabalha em uma agência de modelos, mas sempre que preciso, ela arranja um tempo para mim, diferente dele, que nem se eu tivesse a beira da morte em um precipício levantaria a bunda da cadeira para ir me ajudar.

Às vezes eu encontro ele nos corredores de casa e me assusto pensando que é um intruso.

Os olhos azuis encontraram os meus e dolorosamente se fecharam. Como se estivesse decepcionado comigo. Normal, causo isso nas pessoas. Ele suspirou e deixou o copo na mesa novamente, se levantou e dirigiu até mim. Continuei parado o encarando como fiz desde que entrei.

––– Naruto, você acha que é fácil bancar seus luxos? Você acha que é fácil ficar cuidando dos negócios doze horas por dia enquanto você está por aí só torrando o dinheiro em bebida e besteira? ––– ele perguntou como se estivesse entediado e cansado.

Fiquei quieto com a mesma cara cínica.

––– Estou aqui por que consegui uma folga no almoço, quero saber como você foi na prova, se você passou afinal ––– ele falou dirigindo o olhar para a prova que eu carregava.

Aquilo já estava me irritando. Ele finge ser o pai preocupado por alguns minutos até depois voltar a ser o pai ausente e que não se importa com nada.

––– Quer enganar quem? Você não se preocupa comigo, está aqui só para me humilhar, pensando que eu não passei... Ficando com aquela ladainha de me colocar em um colégio interno! Mas quer saber? Eu passei! ––– falei cuspindo as palavras enquanto ele me olhava assustado ––– e pode ficar com essa bosta! ––– falei jogando a prova em cima dele e correndo para as escadas acima.

O ouvi me chamar e brigar comigo. Mas eu não estava nem aí, o que mais queria era me trancar no meu quarto e esquecer de tudo. Andei rapidamente até o final do corredor e puxei a porta bruscamente, me tranquei dentro do meu quarto e peguei meu celular que estava em cima da cabeceira.

Disquei os números que sabia de cór, e esperei impacientemente ela atender.

––– Atende droga! ––– esperei mais um pouco quase jogando o celular no chão até que ela atendeu ––– Alô? Shion? Me encontre daqui uma hora no mesmo de sempre... Preciso me distrair.

Desliguei o celular e me joguei na cama suspirando e fechando os olhos.

O mesmo inferno de sempre.

POV Hinata

Minha vida não era a mais fácil de todas. Mas eu não me queixava. Já tinha aprendido a conviver daquela forma. Aquela dificuldade era bem complicada, eu podia ouvir o som da chuva se chocando contra a calçada violentamente, podia sentir o cheiro de terra molhada, podia até falar como estava frio. Mas não podia ver a cor da calçada ou os pingos d’água, não podia ver a terra atingindo uma cor mais escura e não podia enxergar a face de quem eu conversava.

Mas eu era feliz assim. Já fazia tempo que aquilo tinha acontecido, já tinha me esquecido como havia doído ou como sofri no início. Muitas coisas se somaram depois dessa perda de sentido. Conheci muita gente, fiz amizades com muitas pessoas quando era nova, e depois de tudo se confirmaram quando ficaram do meu lado nos momentos que eu mais precisava.

Amigos de verdade eu podia contar nos dedos, nenhum me traía, todos me apoiavam e me ajudavam quando mais precisava, eu agradecia todo dia por isso.

Ouvi um barulho de porta sendo aberta e logo passos em minha direção, provavelmente era um amigo ou meu pai. Ela se aproximou e me cumprimentou.

––– Oi Hina, tudo bem? ––– pela voz pude perceber que era Sakura.

Sakura era minha amiga desde a infância quando eu ainda conseguia enxergar. Ela tinha cabelos róseos por opção, mas sempre muito bem hidratados, sua pele era meio pálida e seus olhos eram de um verde esmeralda muito bonito. Seu corpo era esguio e ela sempre se cuidava muito bem. Tinha a mesma idade que a minha e ela era minha vizinha, então sem querer acabava sendo minha melhor amiga, alguém que eu sempre pude confiar e nunca me decepcionou.

––– Saky, tudo e você? ––– respondi rindo enquanto ia mais para a direita para dar espaço para ela se sentar no sofá aveludado onde eu estava.

––– Tudo ótimo... Acabamos de sair da prova de recuperação e todo mundo passou! ––– ela falou com uma entonação alegre na voz e pude me contagiar com sua felicidade.

––– Que bom! Mas onde eles estão? ––– me perguntei referindo aos nossos outros amigos.

Percebi que ela demorou um pouco para responder, talvez estivesse pensativa.

––– Eles foram comprar comida asiática no novo restaurante que abriu, vão trazer para cá para a gente comemorar! ––– ela ficou mais eufórica ainda e eu ri de seu entusiasmo.

Mas, comemorar o que?

––– Mas temos algo para celebrar? ––– perguntei enrugando a testa.

Novamente ela se calou.

––– Isso eu não posso falar, é surpresa. ––– Sakura falou em tom de provocação, cantarolando a última palavra.

Normalmente não gostava de surpresas, principalmente quando vinha de meus amigos, mas pelo jeito que ela estava animada, devia ser algo muito legal. Indaguei-me se meu pai não ficaria bravo por todo mundo estar vindo aqui em casa, mas logo descartei o pensamento já que, ele sempre prezava por minha felicidade antes de tudo, mas mesmo assim ele era bem exigente, talvez com medo que eu me machucasse de novo.

Me assustei quando ouvi a porta abrir bruscamente, porém depois de ouvir as conversas me tranquilizei, era apenas eles chegando com a comida que estava com um cheiro muito bom.

––– Chegamos! ––– falaram todos em uníssono, animados.

–––Vamos Hina eles estão em frente da porta ––– Sakura falou me ajudando a levantar do sofá.

Logo fui atacada com abraços de urso e conversas entusiasmadas. Quem me abraçou fora Tenten, era alta e os cabelos estavam presos em coques, pude perceber que estava muito feliz em me ver.

––– Hina! É a Tenten, menina, você cresceu hein?! ––– ela falou quase pulando.

––– Só faz alguns dias desde que nos vimos pela última vez Tenten ––– falei rindo enquanto era abraçada mais suavemente por outra garota que tinha o cabelo preso em rabo de cavalo, o cabelo era longo e chegava até a cintura, totalmente liso. Senti o cheiro mais forte de curry, vindo de perto, provavelmente estava com a sacola de comida.

–––Hina tem razão, pare de dramatizar Pucca ––– ela falou rindo, sua voz era fina e eu sabia quem era.

–––Ino, que bom te ver de novo ––– falei alegre enquanto ainda estávamos abraçadas.

––– Também é bom te ver Hina, eu vou ir lá na mesa arrumar os pratos, ok? ––– falava se distanciando indo até a sala de jantar.

––– Seu idiota quer morrer? ––– ouvi uma voz vindo de fora da casa, ela era familiar, diria que era de Neji.

––– Cara, eu só pisei no seu pé, para que agredir? ––– ouvia atentamente e percebi que aquela era Sasuke.

––– Para de se fingir inocente, fez isso de propósito! ––– Neji falou cada vez mais perto da porta, ele estava bem nervoso e a qualquer momento podia iniciar uma briga com Sasuke.

Bem, Neji era meu primo e tinha a cabeça bem esquentada. Embora eu o adorasse tinha que confessar que talvez cresceu muito agressivo e super protetor, mais que meu pai até. Percebi um vulto passar por mim com um leve cheiro de essência de cereja. Lá estava Sakura correndo para salvar o melhor amigo do meu primo. Aqueles dois eram um sarro.

––– Neji! Sasuke! Parem de brigar! Estão parecendo duas crianças mimadas! ––– ela falou ainda mais brava que Neji.

––– Mas foi ele que começou ––– meu primo começava a culpar Sasuke pela briga.

––– Não importa, parem de ser bebezões e vamos entrar e comer como pessoas civilizadas, agora! ––– depois dela falar Neji e Sasuke se calaram e entraram dentro de casa me cumprimentando.

––– Hey Hina, e aí? ––– Sasuke falou se distanciando indo em direção à sala de jantar.

––– Hina, tudo bem? ––– foi a vez de Neji me cumprimentar, ele seguiu junto com o amigo para a mesa, depois de eu o responder.

––– Vamos lá que meu estômago está roncando! ––– ouvi Ino anunciar me alcançando a bengala que eu usava para me guiar.

Nós fomos até onde estava o resto do pessoal. Podia ouvir o som do choque de partos e talheres com a mesa e o barulho do suco sendo derramado dentro de copos de vidro. Todos pareciam se sentar ou estar se sentando enquanto alguns abriam as sacolas e tiravam as marmitas de dentro. O cheiro indiano ficou muito mais forte quando a comida foi descoberta. Pude sentir meu estômago pedir por comida e decidi me sentar. Procurei pela cadeira que ficava no canto, aquele era meu lugar e eu sempre me sentava nele, então todos se acomodavam nos oito lugares restantes.

––– Então, agora que estamos acomodados, o que vocês escolheram? ––– Sakura perguntou tão ansiosa quanto eu.

––– Frango ao curry, arroz indiano e para os adoradores de comida japonesa de plantão, uma porção de Nigirizushi ––– Neji respondeu se referindo a Tenten que amava as comidas orientais como ninguém.

––– Obrigada por lembrar de mim, Neji ––– ela falou com um leve sarcasmo na voz.

––– Não fui eu não, foi o Sasuke mesmo ––– ele falou dando de ombros.

––– Hina, posso te servir? ––– ouvi Ino perguntando.

––– Por favor ––– falei agradecida.

Já fazia tempo que eu conseguia me servir sozinha, mas todos gostavam de cuidar de mim, então apenas deixava, de certa forma se sentiam bem me ajudando e estando do meu lado para tudo.

––– Está aqui ––– ela falou deixando o prato na minha frente.

Peguei os talheres e cutuquei um pouco a comida para ter noção da quantidade que tinha. Tinha o necessário para minha fome, de alguma forma eles sempre acertavam a medida e a porção certa do que eu gostava e iria comer. Vinha mais arroz do que frango, só que como adorava curry tinha bastante molho. O almoço se passou rapidamente, todos estavam comendo e dando risadas enquanto conversavam.

Estavam com uma animação incrível, provavelmente tendo a ver com a tal surpresa que diziam estar organizando. Após o papo e a comida todos nós fomos até a sala e nos sentamos, enquanto assistíamos a TV e conversávamos.

––– Então, essas férias vão ser muito legais, nem posso esperar! ––– ouvi Ino dizer enquanto batia palmas.

Do nado todo mundo ficou quieto e calado, muito ao contrário de antes, quando todos estavam rindo e se divertindo. Curiosa, perguntei:

––– O que foi? Por que todo mundo está quieto?

Podia ouvir uns cochichos como “quem conta?”, “eu conto”, “não, eu conto”. Decidi acabar com tudo aquilo e falei:

––– Contar o quê?!

Houve mais um silêncio e ouvi alguém suspirar. Neji começou a falar animado:

––– Bem Hina, íamos te contar depois, mas já que a bocuda da Ino falou ––– Neji hesitou ao ouvir uma reclamação de Ino, mas logo continuou ––– estamos indo para o Havaí nas férias!

Quê?

––– Todos juntos! ––– foi a vez de Sakura falar.

Quer dizer que eles vão me deixar aqui sozinha? Não estarei sozinha, tem meu pai, mas eu pensava que eles iam ficar para nos divertirmos juntos. Bem, não tinha problema, na verdade. Afinal, eles eram jovens e eu não podia os prender aqui em Denver, só para ficar comigo.

––– Que bom para vocês! Bem acho que ano que vem a gente se encontra de novo, né!? ––– falei forçando um sorriso.

––– Na verdade, você vai junto... Olha que beleza! ––– Sasuke falou animado.

––– Acha mesmo que íamos te deixar aqui? ––– Tenten falou também animada.

––– Mas... ––– comecei a falar indignada, como assim?

––– Mas nada, já está tudo acertado, vai ser rachado não precisa se preocupara com dinheiro ––– Ino exclamou feliz.

––– Vai ter muita gente, vai eu, Sasuke, Ino, Neji, você, Tenten, Kiba, Shikamaru e... Falta mais um... ––– Sakura contava em pensamento.

––– E Naruto. ––– Sasuke terminou.


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Notas finais do capítulo

E aí? Não deu para revisar sorry
Amanhã prometo que reviso kk
Mas, gostaram? Espero que sim.
Deixem nos acompanhamentos e se puderem mandem reviews e favoritos :D :D
Até os comentários o/