Doce Ironia: Os papéis se invertem. escrita por Mrs Prongs


Capítulo 3
O1 ▬ What the hell?!


Notas iniciais do capítulo

*Juro solenemente que não pretendo fazer nada de bom.*

WASSUP?
Nossa, o capitulo veio rápido. Até eu estou surpresa. HAUHSUASH.
E aí, amoras? Como estão?
Antes de mais nada, eu queria esclarecer algumas duvidas que eu observei ter surgido devido ao prólogo. Duvidas essas que eu não entendi muito bem, porque bom... foi meio obvio. Ahsuahs. Para as leitoras que ficaram com duvidas, eu sugiro que voltem a sinopse da historia, ou que se liguem na explicação que darei agora – apesar que eu também vou usar a sinopse para explicar.
Desde que postei o trailer eu avisei que essa historia seria um devaneio independente de DI e que esse devaneio não alteraria o final de Doce Ironia. Bom, isso ficou claro. E isso vai acontecer devido ao modo como a história irá se dar.
A SINOPSE DE DI 2.0 DIZ CLARAMENTE:
“"E se ele estivesse com outra garota?" - Ashley Dursley.
Uma festa de Natal muito animada.
Uma dose de Whisky de Fogo além da conta.
Se tinha algo que Ashley Dursley era péssima, era em lidar era com vassouras, James Sirius Potter e claro... bebidas. Oh, ela ainda não sabia por que insistia em tentar consumi-las.
Depois de um pequeno acidente envolvendo seu ponto fraco alcoólico, Ashley se vê presa em um devaneio do qual simplesmente não consegue se desconectar. Um devaneio que parece real. Real demais.
De volta àquele dia em que retornou da França depois de três anos longe de todos, a ruiva se vê diante de uma pequena surpresa. Um James Sirius Potter completamente diferente do que ela deixou e com um nem tão agradável, porém ruivo, brinde.
Stephenie Foster. Sua mais nova namorada.
Chocada com a mais nova descoberta, Ashley vê, diante dos seus lindos olhinhos verdes, o jogo virar completamente e os papeis serem invertidos. Porque dessa vez ela seria James Sirius Potter e teria que suar a camisa para conquistar o seu homem de volta e provar que só tinha lugar para uma ruiva na sua história.
Era uma ironia. Uma doce ironia.
Mais uma vez.”

Bom, essa é a sinopse. Acho que só ela explica o que aconteceu no prólogo, não é? HUSHAUS. O prólogo foi apenas uma descrição do acidente alcoólico da Ash, que a levará em direção ao devaneio – ou universo paralelo – que começará NESSE CAPITULO.
Sobre ele... eu gostei HSUHAUS. Serio. Espero que gostem também. E não esqueçam de me dizer o que acharam, beleza?
Vejo vocês nas notas finais.
Enjoy it.
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*Malfeito, feito.*



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LEIAM AS NOTAS INICIAIS. LEIAM AS NOTAS INICIAIS.

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Havia algo estranho.

Essa foi a primeira coisa que se passou pela minha linda cabecinha ruiva logo quando acordei na manhã seguinte. Havia algo muito bizarro. Eu não sabia exatamente o que havia me alertado para isso, já que bom... eu poderia fazer uma lista de coisas que me pareciam levemente fora do lugar naquele momento.

Primeiro, eu não estava com uma dor de cabeça infernal. Nenhuma dorzinha, nenhum enjôo, nenhuma vontade de cometer um doce suicídio. Nada. Absolutamente nada. E, considerando a quantidade de doses de firewhiskey que a ruiva aqui ingeriu ontem a noite, - ainda queria assassinar aquela coisa ruiva chamada Fred Weasley (nada contra ruivos, até porque eu sou ruiva e nós somos divos) – eu deveria estar, pelo menos, com uma enxaqueca como se alguém estivesse abrindo minha cabeça com um machado. Ou me sentindo como se tivesse passado duas horas ouvindo minha adorada avó Petúnia falar.

Havia vários tipos de tortura nesse mundo.

Mas eu não sentia nada. Quando abri os olhos naquela manhã, já esperando aquela sensação de querer o doce conforto da morte, eu me senti... perfeitamente bem. Como se tivesse dormido umas doze horas de sono direto, e completamente disposta. Por um segundo me questionei se o George finalmente havia conseguido inventar algo que dizimasse a ressaca e se alguém havia enfiado isso em mim enquanto eu estava apagada. Era a única explicação. Eu nunca acordava disposta – normalmente quando eu acordava, tudo o que eu desejava era minha cama novamente – e, com certeza, não acordaria disposta depois de uma noite como aquela.

Porém, depois de parar de franzir a testa me questionando onde havia ido parar a ressaca que eu deveria estar sentindo, eu finalmente me atentei a segunda coisa que estava, realmente, fora do lugar ali.

Eu estava na casa dos meus pais.

Na casa dos meus pais e não no meu cafofo – modo carinhoso de chamar o meu apartamento minúsculo – o qual era localizado na Londres trouxa, próximo ao Caldeirão Furado e que eu dividia com a Audrey. Eu havia comprado meu próprio cantinho – dividindo o lugar e as despesas com a minha melhor amiga, afinal os preços estavam EXORBITANTES atualmente – havia dois anos, pouco depois da minha volta para Londres, depois de uma temporada na França, freqüentando a AMB.

Havia decidido que esse era, definitivamente, o primeiro passo para a minha independência. Digo, por mais que eu fosse sentir falta de achar casa limpa, roupa lavada e comida pronta – mamãe, passei plenamente a valorizar o seu trabalho! – isso era algo que eu sentia que deveria fazer (e que poderia ser bem pior se eu não fosse, bom... uma bruxa). Afinal, eu havia acabado de arranjar um emprego excelente no St. Mungus e, mesmo estando ainda em período de residência e experiência, eu provavelmente teria um emprego estável pelo resto da minha vida só por ter a AMB no meu currículo. Eu estava satisfeita com o rumo que a minha vida estava tomando, mas havia chegado a conclusão que eu nunca seria completamente responsável por mim mesma, e assumir o meu papel de adulta, enquanto ainda morasse sobre o teto dos meus pais.

Portanto havia feito a proposta a Audrey, de dividir um apartamento com ela. E a fabulosa havia topado quase que imediatamente, já que estava cansada de depender da ajuda dos pais que viviam mandando dinheiro da França para a morena poder se bancar, enquanto estudava e tentava se estabilizar. Nós duas estávamos procurando a nossa independência e estávamos felizes com isso.

Mesmo com o fato de que dividir um apartamento com a sua melhor amiga, pode ser um risco de vida. Para ela. Só Merlin sabia quantas vezes eu havia feito as contas se matar a fabulosa e passar uma temporada em Azkaban poderia valer a pena (serio, qual era o problema dela em simplesmente lavar a maldita louça quando eu estava fora?!). Porém, com o tempo, nós conseguimos estabelecer uma espécie de lista de regras e tarefas a serem cumpridas e assim evitar um provável homicídio dentro da nossa amada casa. Claro que o fato da Audrey passar mais tempo na casa do Fred, e de vez em quando eu na do Sirius, ajudava bastante.

Ou seja, estávamos contentes de ter o nosso próprio lar.

Então, porque em nome das cuecas de patinhos de Merlin, eu estava na casa dos meus pais?!

Enquanto me sentava na cama, minha testa se franzia ainda mais. Meu quarto estava exatamente como eu me lembrava, e como havia deixado antes da minha mudança para o meu apartamento. Claro que estava. Meus pais jamais mexeriam nas minhas coisas – acho que na esperança de um dia eu voltar para debaixo das suas asas, mesmo que secretamente eu desconfiasse que a falta de gritos dentro da residência fosse um alivio – e no cafofo não teria espaço para nem metade das minhas coisas que tinham ali. Então eu havia levado comigo apenas minhas roupas e outras coisas extremamente básicas, deixando o resto na casa das pessoas mais importantes da minha vida, como uma lembrança de uma fase que eu havia deixado para trás.

Me levantei calmamente, aliviada e ainda meio confusa por nenhuma tontura me invadir. Nem nenhuma ânsia de vomito, ou vontade de me jogar pela janela. Nada. E, enquanto ia em direção ao banheiro do quarto, me perguntava por que raios o Sirius havia me deixado ali e não na minha própria casa. Ou na dele. Mas sim na casa dos meus pais.

Então eu gemi indignada, fazendo uma careta. Provavelmente os seres donos dos genomas masculinos e femininos que geraram essa ruiva temperamental aqui, haviam feito o moreno me deixar na sua casa, depois das cenas de ontem a noite. Minha careta se intensificou ainda mais junto com uma sensação de vergonha extrema.

Merlin só podia gostar muito de me fazer sofrer.

O que será que eu havia aprontado depois de beber tanto firewhiskey? Provavelmente não algo legal. Provavelmente algo vergonhoso. Provavelmente algo que comprometeu minha dignidade ruiva – se é que ela ainda existe. As lembranças de ontem estavam claras e ao mesmo tempo turvas – se é que isso fazia sentido – o único indicio do meu deslize alcoólico provocado por um certo ruivo filho da puta.

Desculpa Angelina. Você não tem culpa da peste que tem como filho.

Minhas ações pareciam meio nebulosas. Eu só lembrava perfeitamente de ter bebido todas e depois ter apagado nos braços do Sirius. E então acordado na casa dos meus pais. Lembrar de aparatar na casa do moreno, para perguntar por que em nome de Merlin ele NÃO ME LEVOU PRA MINHA CASA?! Não queria nem imaginar a bronca fenomenal que levaria dos meus adorados progenitores, assim que pisasse os meus pés lá em baixo.

Ótimo. Eles sempre me faziam me sentir como se tivesse na adolescência novamente.

Prendendo minha juba ruiva que chamava de cabelo em um rabo de cavalo desajeitado, eu simplesmente comecei a sair do quarto descendo as escadas em seguida. Meu plano era ouvir logo as reclamações sobre meu gênio e minha impulsividade, comer algo e simplesmente sair dali o mais rápido possível. Tinha que ver o Sirius e tinha plantão no St. Mungus.

Pensando bem, se eu tivesse de ressaca, eu estaria com sérios problemas.

Obrigada por isso, Merlin. E isso é uma novidade.

– Mãe? Pai? – chamei, já no ultimo degrau, estranhando o silencio na casa. Nenhuma conversa, nenhum ruído, nenhum monologo sobre a filha ruiva geniosa que provavelmente dormia no andar de cima. Nada. Isso me fez franzir a testa. – Olá? Alguém em casa? – falei novamente, mais alto, obtendo o silencio como resposta.

Murmurando um “estranho” para mim mesma, caminhei em direção à cozinha. Hoje, teoricamente, era um domingo, depois de um feriado, então meus pais não estavam no trabalho. Onde infernos eles haviam se enfiado?

Pegando uma pêra na geladeira, rumei em direção à sala novamente, pegando telefone fixo em mãos e discando o número do meu pai, agradecendo por trouxas saberem se virar muito bem, mesmo sem magia. Era impressionante o que eles faziam sem uma varinha.

– Ashley? – a voz do meu pai, soou do outro lado da linha, parecendo levemente preocupada.

– Pai? – falei rapidamente antes que ele viesse com o tema “Ashley não é tolerante a bebidas e devia se lembrar disso”, porém eu podia entender sua preocupação. – Onde você e a mamãe estão?

– No trabalho, querida. – a voz dele era doce e isso fez uma expressão de confusão se estampar no meu rosto por três razões.

Ele não parecia bravo por sua filha ter ido desacordada para casa depois de beber todas.

Como assim ele estava no trabalho junto com a mamãe? Era domingo!

Porque raios ele não estava bravo?!

– No trabalho? – minha voz ecoou em confusão.

– Sim. – ele respondeu, antes que eu pudesse continuar. E então eu ouvir sua voz murmurar o meu nome, provavelmente avisando a minha mãe com quem falava antes de voltar sua atenção para mim. – Desculpe não estarmos com você nesse momento. Deve estar sendo difícil, querida, mas saiba que estamos aqui. Como está se sentindo?

– Bem? – eu estava tão confusa que minha resposta saiu como uma pergunta. Mas o que, em nome de Merlin, papo era aquele?

– Hum. – ele parecia descrente e ao mesmo tempo... com pena? – Tivemos que resolver uns problemas, mas em breve estaremos em casa novamente. E então poderíamos sair e fazer algo legal. – propôs como se tentasse me animar.

– Okay. – falei lentamente, sabendo que isso não seria possível. Meu pai estava passando bem? – Eu não posso. Estou de plantão hoje.

– Plantão? – dessa vez ele parecia confuso.

– Sim. – minha voz expressava minha incredulidade. E minha testa estava provavelmente parecendo um tomate enrugado do tanto que eu a franzia. – É a minha vez de fazer plantão no St. Mungus.

– St. Mungus? – ele repetiu parecendo meio alarmado. – Ash, querida, você tem certeza que está bem?

– Estou ótima. – retruquei. Eu literalmente não sentia nenhum efeito da bebida. Estava completamente apta à trabalhar. Me perguntava se ele estava bem. – O que faz no trabalho? Hoje é domingo! – me agarrei a única coisa que parecia coerente no momento.

Houve uma pequena pausa, onde eu pude ouvir claramente meu pai falar algo apressado para minha mãe e em seguida voltar a se dirigir a mim.

– Filha... hoje é quinta-feira. – sua voz parecia meio em pânico. – Você deve estar em choque. Estou voltando pra casa, não saia daí!

Completou alarmado, antes de simplesmente bater o telefone na minha cara. Na minha cara! E ainda me deixando com um ponto de interrogação esculpido na mesma.

Infelizmente eu não pude pensar sobre as muitas coisas estranhas naquele breve dialogo, porque no instante seguinte a companhia tocou, me despertando da confusão e me obrigando a caminhar até a porta. Provavelmente deveria ser o Sirius para saber como eu estava. Mesmo na casa dos meus pais não tendo nenhum feitiço anti-aparatação, ele nunca aparatava dentro da mesma e sim do lado de fora para em seguida tocar a campainha. Tanto por educação, tanto porque meu pai infringiu essa regra a todo membro da família que possuísse uma varinha. O que havia se tornado, bom... muitos.

Porém, quando abri a porta, não foi o moreno que eu vi.

– Audrey? – minha voz saiu mais como um questionamento, mediante a confusão que me sentia. Porque raios a fabulosa tocou a campainha? Ela nunca fazia isso! E porque ela estava ali? Ela deveria estar com o Fred, na casa dele, e depois voltaria para o nosso apartamento onde eu iria encontrá-la mais tarde. Estaríamos de plantão juntas naquela noite, mesmo que em áreas diferentes.

E porque ela me olhava daquele jeito?!

– Ash. – sua voz parecia carregada de uma pena oculta, o que fez minha expressão se retorcer em confusão mais uma vez. – Posso entrar?

Desde quando a Audrey se perguntava se podia entrar na casa dos meus pais? Porém ela parecia levemente desconfortável, o que me fez lhe olhar estranhamente enquanto abria espaço para ela adentrar o cômodo.

– O que faz aqui? – perguntei enquanto caminhava em direção a sala, com ela em meu encalço. – Pensei que fosse te ver mais tarde.

– Quis saber como você está se sentindo. – ela fez uma pausa e mordeu o lábio inferior com força, lançando um olhar meio hesitante e de piedade em minha direção. Comé? – Está tudo bem?

– An... eu estou ótima. – falei lenta e finalmente, ainda a olhando como se ela fosse uma extraterrestre.

– Eu sei que três anos é bastante tempo. Mas não acho que algo tenha mudado em nossa amizade, além dela ficar mais forte. Você ainda é minha irmã e por ontem posso dizer que eu ainda sou uma irmã pra você... – ela começou a tagarelar rapidamente, me fazendo me inclinar para trás na tentativa de entender suas palavras. Porque elas não tinham sentido nenhum. –... então você sabe que pode se abrir comigo. Eu estou aqui, agora, para você.

– Okay... – pronunciei lentamente, ainda olhando para a morena na minha frente com os olhos meio arregalados. Quanto tempo era da casa dos meus pais ao St. Mungus mesmo? – Tudo bem. Eu sei.

– Que bom. – ela suspirou parecendo ter tirado um peso de suas costas. E então me olhou, exibindo um sorriso forte que não ocultava a preocupação e pena em seus olhos. – Vou perguntar novamente: como está se sentindo? Seja franca. Foi um golpe duro.

– Golpe duro? – ecoei a sua frase em duvida. – A bebida? Oh, não. Nem com ressaca eu estou. O que, bom, é um milagre. E meio estranho.

– Bebida? – dessa vez foi ela que ecoou em confusão, arregalando em seguida seus lindos olhos castanhos em minha direção. – Você bebeu, Ashley?!

– Bom, sim. – minha testa se franziu, dessa vez se questionando se a minha melhor amiga estava com problemas mentais porque ela não fazia lógica nenhuma. – Você está com amnésia?

– Eu não acredito nisso. Você sabe que tem baixa tolerância para bebidas, ruiva!

Ta, me conta algo que eu não sei. Talvez você devesse ter me lembrado disso ontem a noite. Era o que se passava em minha enquanto eu observava em duvida, a morena se levantar do sofá em que estava, pegando minhas mãos entre as suas.

– Eu sei que deve estar sendo difícil. Deve estar doendo... – ela começou, me fazendo inclinar o corpo para longe dela. – Mas não faça isso com você. Foram três anos difíceis pra ele e bom... você não mandou noticias. Sei que esperava algo diferente, mas isso era meio previsível considerando a situação. Não que eu também não esteja chateada com isso... porque estou! Mas você afogar as magoas em bebidas, não vai adiantar nada. Você pode se abrir comigo. Sou sua melhor amiga. Alivia esse coração, estou preocupada com você.

Eu fiz uma breve pausa, tentando entender suas palavras, antes de olhar nos olhos da minha melhor amiga.

Mas do que raios você está falando?! – perguntei com “educação”, porque, honestamente, já estava começando a ficar assustada.

Ela franziu a testa.

– Do James, oras. – respondeu prontamente, como se esperasse que com aquelas palavras, eu fosse desmoronar em sua frente.

– O que tem o Sirius? – também franzi a testa. Havia acontecido algo?

– Bom... vocês conversaram ontem. – Audrey respondeu lentamente se inclinando na minha direção com um olhar que eu conhecia bem. Um olhar clinico. Ao que parecia, minha melhor amiga não achava que eu estava em minhas perfeitas faculdades mentais. Isso era irônico. – Deve ter sido difícil o reencontro de vocês. Todos nós estamos preocupados sobre como você está lidando com isso.

– Eu vou repetir a pergunta: do que raios você está falando? – arregalei os olhos afastando as mãos dela das minhas.

Ela se endireitou rapidamente, me olhando meio alarmada.

– Você parece meio confusa.

– É porque eu estou! – me exasperei.

– E não parece nem um pouco arrasada. – completou ainda mais preocupada.

– Eu não faço idéia do que você está falando. – decretei, erguendo as sobrancelhas. Porque, em nome de Merlin, eu deveria estar arrasada? Nem com ressaca eu havia ficado!

– Você. E o James. – a morena falou, franzindo cada vez mais a testa em resposta a minha expressão de interrogação. – Ontem, quando você chegou. Você foi encontrá-lo. A gente tentou te impedir, mas você já tinha aparatado.

– Você está falando grego.

– A briga! – ela parecia meio em pânico agora, e olhou nos meus olhos como se buscasse algum indicio de alguma doença. – Você foi encontrá-lo na esperança de resolver as coisas, mas não tinha idéia do quanto havia mudado quando você estava fora. Que ele havia seguido em frente durante os seus três anos na França.

– Audrey... você bebeu? – dessa vez eu que estava alarmada enquanto olhava para a morena de olhos arregalados. – Eu não voltei da França ontem. Isso já tem três anos! Eu e o Sirius não brigamos ontem a noite. Nós nem sequer discutimos, não mais que o normal pelo menos.

– Oh.

– Não me olha assim. – rosnei, porque ela tinha uma expressão assustada e preocupada que estava me irritando. – Você não está fazendo sentido. Que papo é esse que eu deveria estar arrasada? Ou que eu e o Sirius brigamos? E sobre a França? Ontem estávamos todos reunidos juntos para comemorar o Natal, o seu casamento com o Fred em duas semanas e o meu recente noivado com o Sirius. Eu apenas bebi um pouco mais além da conta.

– Ashley... – a Audrey falou lentamente se erguendo, me olhando como se eu fosse cair a qualquer momento. Ou criar uma segunda cabeça. – O Natal é daqui à três meses. Acho que você não está se sentindo muito bem. Deve estar em choque.

– Audrey, isso é uma piada? Porque não tem graça. – me ergui também, antes de começar a caminhar em direção ao telefone. – Você não está fazendo muito sentido. Vou te levar ao hospital. No mínimo deve ter bebido demais ontem a noite e está sentindo o efeito agora. Você não é a melhor para bebidas também.

Porém não pude continuar minha caminhada, porque no instante seguinte eu senti um feitiço se chocar com as minhas costas, expulsando todo o ar dos meus pulmões e me arremessando em direção ao sofá, onde eu caí sentada e olhando de olhos arregalados para a Audrey, ao mesmo tempo em que não conseguia mover nenhum dos meus membros.

Ela tinha me lançado um feitiço? Pelas costas?!

Sua expressão era meio culpada, porém sua preocupação dominava ainda mais. E eu conhecia aquele olhar. Era o olhar de uma médica que estava diante de um paciente e seu quadro a preocupava... e muito.

– Audrey! – ralhei enfurecida. – Qual a droga do seu problema?! Retira o feitiço agora!

– Desculpa divônica, mas é pro seu próprio bem. – ela explicou apressada, começando a caminhar em direção ao telefone. – Você está em choque. Isso é transtorno de estresse pós-traumático. Vou levar você à um médico especializado nisso. Vai ficar tudo bem.

– O QUE?!

– Sua mente está reprimindo a lembrança dolorosa e implantou outra em seu lugar. Foi uma pancada muito grande, eu entendo. Sua consciência não conseguiu lidar e achou uma solução menos dolorosa. – a morena começou a explicar enquanto parecia tentar lembrar como um telefone funcionava. – Porém fugir da realidade é preocupante e não vai levar a nada.

– Eu não estou com transtorno de estresse pós-traumático Audrey! – gritei irritada. – Você que está maluca!

– Divônica... – ela se voltou na minha direção, enquanto eu ainda a olhava de olhos arregalados. – Quanto mais cedo você aceitar a situação, mais cedo você vai poder enfrentar o problema de frente. Sei que ama o Jay. E sei que ele ter te esquecido e te trancado do lado de fora, deve ter doído. E sei que sua mente não conseguiu suportar perde-lo. Mas essa não é a saída!

– Audrey, isso é uma droga de uma piada não é?!

– Eu vou chamar alguém que possa te ajudar e vou estar ao seu lado para lidar com isso. Mas o primeiro passo é você entender que a sua mente está traindo você. – a morena parecia além da preocupação e desespero. – Eu cheguei aqui pensando que te encontraria com um balde de sorvete de chocolate, em frente a TV assistindo um filme trouxa ridículo de um romance qualquer e com o rosto parecendo um tomate murcho de tanto chorar. Achei que teria que catar cada um dos caquinhos do seu coração, mas o que acabei encontrando foi bem pior. Você está em choque e eu estou tentando te ajudar!

– Eu não preciso de ajuda!

No mesmo instante a porta da sala se abriu, revelando meu pai que correu porta adentro, parando de olhos arregalados para a cena de uma Audrey com a varinha apontada para mim, e eu imobilizada com um feitiço.

– Pai! – gritei em alivio.

– Tio. – a morena se aproximou falando em tom apressado e preocupado. – Acho que ela está em choque. Não para de falar sobre uma festa de Natal que estava com todos nós ontem a noite e que estávamos comemorando o meu casamento com o Fred e o recente noivado dela com o James. – frisou as últimas palavras com um olhar cheio de significados. – Acho melhor procurarmos ajuda, acho que ela está sofrendo de estresse pós-traumático.

– Oh, mas que inferno! – eu achava que podia matar alguém quando me soltasse.

– Isso é possível? – meu amado pai se colocou ao lado de Audrey, perguntando parecendo meio em pânico. O que raios estava acontecendo? Aquilo era uma pegadinha não era? E porque meu pai estava envolvido nisso? O senso de humor dele sempre foi horrível!

– Sim. – a fabulosa torceu de leve a boca. – Quando uma pessoa passa por uma situação difícil e traumática, muitas vezes sua mente não pode lidar com isso. Não consegue suportar a dor. Acho que o golpe do “rompimento” com o James foi demais para ela. Aparentemente, ela dormiu chorando suas dores e, durante o sono, seu subconsciente a convenceu e arquivou longe do seu alcance aquela memória dolorosa, colocando uma bem mais feliz no seu lugar. Uma que ela pudesse lidar. Talvez a ruiva tenha até sonhado com essa festa de Natal e quando acordou achou que fosse verdade e, sua mente que sofria, preferiu acreditar nisso.

– E agora? – ele questionou enquanto minha mãe entrava na casa e se colocava ao seu lado com uma mão sobre a boca e eu apenas os olhava em pânico com tudo aquilo. – A levamos para o St. Mungus? Eu poderia ligar para o Harry...

– Poderíamos pedir que o James viesse aqui. – minha mãe falou com as mãos sobre o peito. – Talvez se ela o visse...

– Eu quero o Potter longe da minha menina! – meu pai rugiu irritado. – Olha como ela está! Ele já fez demais não acha?!

– A culpa não foi dele, querido. Foram três anos. Ele apenas seguiu em frente. Ninguém poderia imaginar que a Ashley lidaria com isso assim.

– Talvez ela precise de um choque de realidade. – Audrey acenou com a cabeça. – Mesmo que doa. Porém não acho que ela vá ficar feliz em saber que nós contamos ao James que ela está nesse estado por causa dele. Seria meio humilhante, vocês sabem como ela é orgulhosa.

Orgulhosa.

What the hell... – comecei gritando e chamando a atenção dos três em minha direção. – Do que vocês estão falando? Tudo o que eu fiz foi beber um pouquinho demais ontem a noite, em uma maldita festa, ao ser desafiada pelo babaca do seu noivo!

Os três se entreolharam.

– Desculpe divônica... – a Audrey deu um passo a frente, empunhando a varinha e me pedindo perdão com os olhos. – É para o seu bem.

– Não ouse... – comecei rugindo.

Estupefaça! – a voz da morena soou e tudo o que eu vi foi o raio vermelho vindo em minha direção, e em seguida... escuridão.

Eu mataria a Audrey.

.

[...]

.

Se eu havia achado estranho o fato de não estar sentindo nada ao acordar naquela amanhã, eu não poderia reclamar mais agora. Quando abri os olhos pela segunda vez naquele dia, eu tinha uma dor de cabeça infernal. Eu quase podia imaginar que a veela falsficada estava dançando em cima da minha cabeça, com aqueles saltos inumanamente grandes, que apenas ela conseguia se equilibrar.

Eu estava de volta ao meu quarto na cada dos meus pais. E um pouco desnorteada, com a súbita pulsação constante em meu crânio. Os fatos pareciam desconexos e sem sentido. E claro, minha cabeça ruiva se recusava a colocá-los no lugar.

Resmungando ao me sentar, eu dei de cara com quatro pares de olhos me observando. Três com preocupação e um com curiosidade. Porém, ao encarar minha mãe, meu pai e a Audrey – prontamente ignorando o medibruxo ao seu lado – eu senti meu rosto se tingir de púrpura de ódio, ao mesmo tempo que as memórias que pareciam desconexas, voltavam para seus lugares.

A Audrey tinha me lançado um feitiço?! E meus pais não tinham feito nada?!

Really bitch, really?!

– Quando eu por as mãos na minha varinha... – comecei ameaçando a morena que sorria culpada para mim.

– Senhorita Dursley. – o medibruxo me interrompeu me fazendo virar a cabeça bruscamente em sua direção. Ninguém havia falado para ele a regra de nunca interromper a ruiva aqui?! Nunca interrompa a ruiva aqui! – Como se sente? – completou alheio ao meu humor.

– Capaz de cometer um homicídio e ir com um sorriso para Azkaban pagar por isso. – silabei.

– Olha divônica, foi para o seu bem. – a Audrey deu um passo a frente se explicando enquanto erguia as mãos.

– Você me atingiu com um feitiço! – me indignei levantando da cama e apontando um dedo para ela. – Duas vezes! – completei quase gritando.

– Você não estava falando coisa com coisa! – ela retrucou no mesmo tom, parecendo meio desesperada. – Eu não sabia o que fazer, falou?

– Mas o que, em nome de Merlim, eu disse?! – levei as mãos ao meu cabelo ruivo. – A única coisa que eu falei foi explicar o que eu havia feito ontem a noite! Se não queriam saber, não perguntassem!

– Tudo bem, senhorita Dursley. Acalme-se. – eu ia dar um soco naquele medibruxo. E olhe que eu era uma. – Nos diga então, o que você fez ontem à noite? – adicionou com expectativa, trocando um olhar com meus pais e com a minha melhor amiga que naquele momento eu queria trucidar.

– Matei Dumbledore. O que você acha que eu fiz?! – falei irônica para em seguida acrescentar, irritada. – Eu fui para a fuckin’ festa de Natal na Toca. Por causa de uma aposta com Fred imbecil Weasley, eu bebi um pouco demais firewhiskey. Apaguei e acordei aqui hoje pela manhã. Por acaso você está com amnésia? – completei para a fabulosa.

Os quatro trocaram olhares.

– É psicológico. – o doutor, me ignorando completamente, se dirigiu aos meus pais. – Podemos tratar isso, mas vai requerer tempo. Precisamos preparar a mente dela, para a mesma aceitar a noticia que recebeu. Eles eram tão próximos assim?

Nenhum dos outros respondeu.

– Alguém vai explicar o que, em nome de Merlim, está acontecendo aqui? – me exasperei chamando a atenção deles. – Eu vim parar em um planeta alienígena?

– Querida... – minha mãe avançou, segurando de leve a minha mão e me olhando com compaixão. – Você só está passando por muito estresse e por um choque muito grande. Vamos te ajudar. Sei que amava o James, mas tem que seguir em frente.

Um suspiro irritado escapou de meus lábios.

Eu não faço idéia do que vocês estão falando!

– Nós sabemos e iremos cuidar de você, senhorita Dursley. – o medibruxo tentou parecer compreensivo. – Você poderia vir comigo ao St. Mungus. Ou se consultar periodicamente. O que preferir.

– Eu não preciso de um tratamento. – joguei minhas mãos para o alto para expressar minha indignação. – Eu sequer tenho um problema!

– O primeiro passo, é a aceitação. – foi a única coisa que ele disse em resposta e eu o imaginei fazendo uma linda viagem janela a baixo. - E, pelo visto, ela é uma pessoa com temperamento muito forte. – se virou em direção a Audrey que assentiu prontamente. – Precisa se acalmar. Recomendo uma colônia de Alecrim. Duas gotas de alecrim, bergamota, cidra e flor de laranjeira. Misture em meio litro de álcool de cereais e deixe ficar por sete dias consecutivos.

– Enfia essa colônia de alecrim no seu... – comecei com o rosto púrpura.

– Ashley! – meu pai ralhou comigo, me interrompendo.

– Pelo visto, esperar sete dias é muito. – o medibruxo se virou em direção a minha família. – Eu posso arranjar a colônia para vocês. É quase uma emergência.

– Fora do meu quarto. – minha voz era baixa e mortal. – FORA! – gritei empurrando todos porta a fora, enquanto nenhum deles moveu sequer um passo, batendo a mesma em seguida.

Tentei controlar a respiração. O que, em nome de Merlim, estava acontecendo?!

Só poderia ser uma pegadinha. Uma piada. Porque estavam todos agindo daquele jeito? E porque até um medibruxo chamaram para mim, como se eu fosse um ser longe de minhas faculdades mentais? Tudo bem que eu não era o ser ruivo mais ajuizado do mundo, porém louca eu também não era!

Mas, a idéia de que aquilo seria o que os babacas que eu chamo de amigos entenderiam como uma pegadinha, ia por água a baixo ao pensar nos meus pais. Minha mãe jamais concordaria com algo assim e o senso de humor do meu pai era semelhante ao de uma porta.

Então o que raios estava acontecendo?

Caminhei em direção ao meu espelho e encarei a minha expressão confusa e ainda irritada, enquanto as palavras da Audrey ecoavam em minha cabeça.

“-Você. E o James. – a morena falou, franzindo cada vez mais a testa em resposta a minha expressão de interrogação. – Ontem, quando você chegou. Você foi encontrá-lo. A gente tentou te impedir, mas você já tinha aparatado.”

“Vocês conversaram ontem. Deve ter sido difícil o reencontro de vocês. Todos nós estamos preocupados sobre como você está lidando com isso.”

Não importava quantas vezes e de quantos modos eu repassasse as suas palavras em minha cabeça, nenhuma delas fazia mais sentido. Eu e o James não havíamos brigado noite passada ou em qualquer outro momento do dia. Não mais que o usual, pelo menos. E com certeza, nenhuma briga que seria levado a serio – o próprio moreno dizia que as nossas discussõezinhas era o charme da nossa relação.

Então do que raios eles estavam falando?

A Audrey havia agido como se eu tivesse voltado ontem da França. Isso já havia acontecido tinha três anos! Ainda lembrava perfeitamente do momento porque com certeza não era algo que eu pudesse esquecer. Porém muita coisa havia acontecido depois disso.

O Natal daqui a três meses? Por favor. Havíamos trocados os presentes ontem pela manhã e eu havia ganhado um vestido lindo dos meus pais. E claro, a Audrey havia me dado um pingente que enfeitaria a pulseira já cheia de outros pingentes que todo ano ela sempre me dava. E o Sirius havia me comprado outro anel que agora fazia companhia a minha solitária de noivado, repousando na minha mão direita.

Oh, não.

Onde estava a droga do meu anel de noivado?! E o anel que eu havia ganhado ontem a noite?! Era a única coisa que se passava na minha mente, enquanto eu olhava em horror para a minha mão fina e pálida. Em pânico, fui até a cama balançando os lençóis e tentando ouvir desesperadamente, o som do metal contra o chão. Não aconteceu. Vasculhei o quarto inteiro em busca dos objetos e nada.

Com um suspiro, me sentei na cama e afundei a cabeça em mãos. Eu não podia ter perdido aquelas alianças. O que eu falaria para o Sirius?

Então meus olhos bateram na mesinha de porta retratos, e minha testa automaticamente se franziu em confusão. Caminhando lenta e hesitantemente, eu fui em direção a mesma observando atentamente cada um dos objetos ali, a sensação de não entender nada, aumentando cada vez mais.

Eu havia levado aqueles porta-retratos dali. Todos eles. Todo e cada um deles deveriam estar, naquele momento, no meu cafofo enfeitando a pequena estante do meu mini quarto. Não era possível que alguém houvesse trago de volta para ali, e não havia razão para que alguém o fizesse. Então como eles haviam parado ali?

Com os lábios pressionados juntos, eu peguei um deles em mãos, minhas sobrancelhas juntas. Era o porta retrato em que eu e a Audrey estávamos juntas e que eu, acidentalmente, havia quebrado na minha mudança para o meu próprio apartamento e que não teve concerto. Aquele quadro nem deveria existir mais.

Por um segundo, um pensamento louco me ocorreu. Era como se eu realmente houvesse voltado ontem do meu período na AMB, na França e a Audrey tivesse razão. Era como se tudo o que eu tivesse vivido e passado – meu noivado com o Sirius, minha mudança, o quase casamento da Audrey chegando – não houvesse acontecido. Seria uma explicação racional – se aquilo fosse racional – para o fato do anel que eu nunca tirava do dedo, não estar no meu dedo. E para que eu houvesse acordado na casa dos meus pais. E que todo mundo estivesse me tratando como se eu fosse insana por mencionar uma festa que supostamente nunca aconteceu. E por aquele porta-retrato existir.

Por um segundo eu realmente me questionei se eu estava ficando maluca.

– Não, deve haver uma explicação. – falei para mim mesma, colocando o porta-retrato de volta em cima da mesa.

E foi então que a compreensão me atingiu como um soco, me fazendo cambalear e segurar no móvel para me equilibrar ao mesmo tempo em que eu ouvia a minha razão gritar xingamentos em minha direção e minha boca se abrir em choque.

Oh, não.

Não.

Não.

NÃO.

Eu sempre soube que era horrível para bebidas, mas não seria até aquele ponto seria?

Oh, seria. Seria sim.

Ao lembrar de mim mesma, tonta, meu mundo girando 360 graus, enquanto desmaiava nos braços do Sirius, eu coloquei minha cabeça em mãos, gemendo em indignação.

Era isso.

Eu estava, literalmente, presa em meu subconsciente.

Já havia acontecido antes. Não com essa intensidade, vividez e, com certeza, eu sabia na hora que só poderia estar sonhando, porém havia acontecido. Eu ainda estudava na Beoxbatons e havia bebido além da conta em uma das muitas festas do colégio. Foi naquele dia que eu aprendi que “Ashley Marie Dursley” e “firewhiskey” não combinam. Daquela vez, eu havia acordado um dia depois na ala hospitalar, depois de um sonho mega maluco envolvendo uma banda trouxa que eu sequer gostava.

Porém dessa vez parecia ser diferente. Primeiro que devaneios causados pela bebida não deveriam ser tão realistas. Segundo porque envolvia as pessoas que eu conhecia e amava e eu estava presa na minha mente, em um universo louco paralelo criado por mim sem eu sequer notar, sem saber quando eu iria despertar para a realidade. Terceiro que, teoricamente, eu nem deveria ter me tocado que estava em um devaneio. Mas eu sabia. Claro que sabia.

Maldito firewhiskey.

Maldito Frederich Weasley.

Por Merlim... como será que eu estava fora da minha própria mente – céus isso era bizarro. Com certeza, eu estava apagada. Mas a quanto tempo? Eu não iria demorar muito a acordar, iria?

E claro... eu estava presa em um devaneio do meu subconsciente, devido ao consumo excessivo de álcool.

Isso não seria bom.

Isso não seria nada bom.

O que o meu subconsciente ruivo havia reservado para mim?


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Notas finais do capítulo

*Lumus*

E ENTÃO? AJSNDLJASND O QUE ACHARAM? A ASH TIPO, MDS QUE PORRA É ESSA, ONDE EU VIM PARAR, ESSE POVO TA MALUCO, É HILÁRIO. Esperem só para o próximo capitulo quando ela, finalmente esbarra com James Sirius Potter. Vem “Ashlices” pela frente? Vem “Ashlices” pela frente.
Me deixem saber o que vocês acharam okay? É importante e tals.
E, ontem eu percebi que o Nyah! cortou o final das minhas notas finais do capitulo anterior. E eu estava agradecendo à vocês pela resposta que DI 2.0 está tendo. Serio. Vocês são as melhores.
Quero mandar um abraço especial para a Little Angel que me fez CHORAR RIOS com o seu comentário no trailer. Na boa garota, vem cá me dar um abraço. E claro, quero também agradecer a Victoria que me mandou um MP mega lindo, com palavras fofas que me fizeram querer colocar ela em um potinho e me disse que queria recomendar Doce Ironia: os papeis se invertem no trailer, mas o Nyah! não permitia (valeu por isso!). De qualquer forma, vocês são demais. OBRIGADA GATINHAS.
Espero que todas as duvidas em relação ao andamento da fic tenham sido tiradas. E claro, como sabem, o próximo capitulo vem depois da atualização de OC.
ME DIGAM O QUE ACHARAM, ME DIGAM O QUE ACHARAM.
Xx
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*Nox*