Cada dia mais Natsu ficava aterrorizado. Á medida que os dias passavam mais dor vinham com eles, porém isso não era novidade, mas agora não era somente isso. Nos dias que se seguiram à conversa com Lucy e Loki, a dor física que sentia passou a ser insignificante comparada a dor mental que surgira. O pesadelo fora trocado por, acreditava Natsu, fragmentos de memórias, os quais não podia interpretar corretamente, eles eram vãos e nem nexo. Pelo menos agora.

Natsu e Lucy mal se falavam, o que não passou despercebido pelos outros do grupo, porém estes nada perguntaram.

Natsu on

Erza: Para onde vamos agora?

Lucy: Para a Magnólia. Quando comecei a procurar por vocês eu mandei cartas para aqueles cuja localização eu sabia. Combinamos de nos encontrar na Magnólia em uma semana. Amanhã fará uma semana desde que enviei a carta.

Levy: Isso é bom, muitos dos membros que você sabia a localização provavelmente sabem a localização de outros membros. No fim, é capaz de encontrarmos todos lá, caso isso não aconteça será, certamente, muito mais fácil achá-los se formos uma guilda novamente.

Juvia: Juvia também acha isso.

...

A viagem a princípio foi calma, chegamos a Magnólia sem grandes problemas. Quando adentramos a cidade percebi como ela havia mudado, não fisicamente, mas emocionalmente. Parecia que a dissolução da guilda havia afetado os moradores, não que eu me importasse muito, mas ainda assim era estranho.

Gray: Vamos para onde costumava ficar a guilda, talvez encontremos os outros lá.

Dito e feito quase todos, senão todos estavam lá, em frente as ruínas do que costumava ser a tão famosa Fairy Tail. Todos nós fomos calorosamente recebidos, porém comigo não foi tão caloroso, os outros membros estavam hesitantes, provavelmente porque meus olhos não possuíam mais o brilho e a vivacidade de antigamente.

Gajeel: Bom, então é oficial, a Fairy Tail está de volta.

Levy: Na verdade não oficialmente. Temos que preencher uns papéis e enviar para o conselho. Se não fizermos isso não seremos diferentes de uma guilda das trevas.

Todos começaram a festejar, eles estavam juntos novamente. Eu não estava animado, porém não me sentia indiferente a isso, afinal eu sei que futuramente precisaria deles.

O barulho era grande, mas parecia que aos poucos estava diminuindo, foi quando percebi: não era o barulho que estava diminuindo, era eu que estava perdendo a consciência. Sangue começou a sair de minha boca. A última coisa que lembro é de ver Happy desesperado em minha frente pedindo por ajuda, mas já era tarde, eu havia mergulhado na inconsciência.