Secrets Behind of Full Moon escrita por wolfievatic, Thaís Zymor


Capítulo 16
Sim, eu o conheço


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! E aí, voltamos! Gostaríamos de agradecer a querida Aninha S2 que recomendou a nossa história. Muito obrigada mesmo! Não sabe como ficamos felizes com isso. Ah, gente eu (TheAnyoneGirl) tenho outras histórias e gostaria muito de vê-los nelas também. Será que vocês podem dar uma passadinha? Tenho a "Nova Earth" que é uma ficção cientifica e supostamente pós apocalítica e "Carta de Suicídio'' uma one-shot sobre, bom, o titulo já diz, ambas originais. É só entrar no meu perfil pra ver. No mais, boa leitura e não se esqueçam de comentar.



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Meu pai. Não, deve existir outro Jonathan Parker em Beacon Hills, só pode. Não posso acreditar nisso. É impossível. Não, não é impossível. Eles não me levaram e fizeram de tudo para não me bater. O trabalho em que ele diz ter que ficar quase a todo momento. A mudança para Beacon Hills, que não foi por causa de seu trabalho e sim porque ele queria vir atrás de Scott. A janela que foi consertada sem meu consentimento, deve ter sido ele, porque sabia o que eu me tornei. Caio de joelhos no chão, como se tivesse levado um tiro no peito. Meu pai, ele é um idiota! Isaac vem correndo até mim e fica me olhando assustado.

— O que foi? O que ele disse? — Ele pergunta.

— Jonathan Parker. — Sussurro.

Embora esteja com uma enorme vontade de me afogar em lágrimas, não o faço. Por isso eles estavam desconfiando de mim, Stiles deve ter pesquisado quem era Jonathan Parker e ter descoberto que ele é meu pai.

— Você conhece? — Balanço a cabeça confirmando.

— Mais do que eu queria, ele é meu pai.

Isaac senta no chão ao meu lado e respira fundo. Parece tão surpreso quanto eu, será que também não contaram para ele?

— Caraca. Mas e aí, o que vamos fazer?

Eu queria poder falar alguma coisa, mas não consigo pensar em nada. Tudo que eu quero é ir para a minha casa e chorar em meu travesseiro.

— Eu vou pra casa. — Praticamente sussurro, pois não quero chorar agora.

— Anne eu não vou contar para ninguém até você decidir, eu prometo.

— Isaac eles já devem saber. Sei que estão desconfiados de mim e esse deve ser o maior motivo. — Ele segura as minhas mãos e olha em meus olhos.

— Olha, o Deaton falou poucas coisas, acho que nem ajudaram em nada. O Stiles achou que talvez o Brett pudesse saber mais coisa, então ele veio aqui depois e isso é tudo que eu sei. — Isaac respira fundo — Eles estão me deixando por fora de tudo também, talvez achem que eu sei de algo.

— Isso é injusto, você nunca os trairia. — Fico com pena de Isaac, como seus amigos poderiam desconfiar dele?

— Acho que é porque eles fariam qualquer coisa pelas meninas que eles gostam, então têm medo que eu faça isso. — Que ele faça isso? Ele gosta de mim?

— Eu não faria você mentir. E eu não, eu não estou insinuando que você goste de mim como eles gostam de suas namoradas. — Ele sorri.

— Muito bonitinhos vocês, mas já está na hora de vocês irem embora. — Brett diz gemendo de dor.

Tinha esquecido completamente de Brett, tantas coisas passando em minha cabeça sem solução. Levanto e Isaac faz o mesmo.

— Se cuida. — Digo para Brett, que ainda se encontra no chão.

— Pode deixar, gatinha. — Isaac bufa e isso me faz dar um sorriso discreto, apesar da situação.

Meus olhos estão ardendo por causa das lágrimas que estou contendo, mas sei que não conseguirei segurar por muito tempo. Meu pai, meu pai, meu pai. É a única coisa em que eu consigo pensar. Volto a olhar para a estrada e por pouco consigo desviar de um cachorro. Freio o carro bruscamente e Isaac me olha preocupado.

— Vá direto pra casa, eu me viro para ir embora. — Ele diz.

— Está muito tarde para você ir embora sozinho Isaac e eu não quero perder mais ninguém. — As lágrimas começam a rolar, mas silenciosamente.

— Eu não vou deixar você dirigir sozinha nesse estado.

— Você não manda em mim, já disse isso. — Não vou deixá-lo ir embora sozinho.

— Nem você manda em mim. E mesmo que você me deixe na casa do Scott, eu vou te seguir.— Bufo.

— Então você vai dormir na minha casa.

Se ele quer ir atrás de mim, vai ficar lá, é muito perigoso ele sair a essa hora com o bando do meu pai atrás deles. Mas se meu pai estiver em casa... Acho que ele não teria coragem. Ou teria? Nem sei mas se o conheço.

— Okay.

Então volto a dirigir e em direção à minha casa. Desligo o carro um pouco distante da minha casa e Isaac e eu o empurramos até ela. Entro pela janela e Isaac entra em seguida. Ele avalia o quarto e ao olhar para a minha cama, ele ri. Então vejo que ele está rindo dos travesseiros que eu coloquei.

— Você é profissional, hein. — Ele sussurra. — Ás vezes eu fugia, meu pai...

Então começo a chorar. Chorar mesmo. Meus amigos estão sumindo por causa dele e de seu bando. Isaac me abraça e eu fico chorando em seus braços por um tempo, um longo tempo. Estou chorando pela Lydia e pelo Liam. Estou chorando por não ter conseguido ajudá-los. Estou chorando por saber que meu pai está metido nisso. Estou chorando porque estão desconfiando de mim. Vou ter que contar para eles que estive com Liam, e que pegaram ele. Precisarei encontrar com eles cedo amanhã, então é melhor dormir. Afasto-me de Isaac e seco minhas lágrimas. Respiro fundo.

— Chega de chorar, isso não vai mudar nada. — Digo mais para mim do que para Isaac.

— Você precisa descansar. Amanhã a gente vai atrás do pessoal ver se eles sabem de mais alguma coisa. — Isaac diz.

Concordo com a cabeça. Arrumo a cama e deito, sem ao menos trocar de roupa, estou com preguiça demais para isso. Isaac deita ao meu lado.

— Dorme bem. — ele diz.

— Você também. — digo.

Isaac fecha os olhos e eu também, minutos depois eu apago. Acordo me assustando com batidas na porta. Cutuco Isaac para ver se ele acorda e então ele abre os olhos. Batem na porta novamente. Coloco meu dedo em cima da minha boca, indicando para ele ficar em silêncio. Ele continua deitado, pois sei que ele praticamente ainda dorme. Levanto e vou até a porta, mas não abro.

— Quem é? — Pergunto bocejando.

— Sou eu. Abre logo dorminhoca. — Ah, é Mary.

— Isaac, vou abrir a porta okay? — Isaac levanta da cama e me olha com a cara toda amassada.

— Você não acha que vai soar meio estranho um menino ter dormido com você? — Ele diz bocejando.

— É minha prima, ela não vai ligar.

— Posso usar o banheiro?

— Pode.

Ele entrou no banheiro que tem no meu quarto e eu abro a porta. Mary me olha de cima a baixo.

— Você saiu ontem e nem me chamou? — Ela diz. Lembro que dormi sem ao menos trocar de roupa.

— Ah, eu saí com Isaac.

Ela sorri maliciosamente e não pude não rir. É tão ruim mentir para ela, mas levando em conta que de fato saí com ele, nem é tanta mentira assim.

— Conte como foi. — Ela diz entrando no quarto e sentando na cama.

— Ele... — Antes que eu pudesse dizer alguma coisa, Isaac abre a porta do banheiro e Mary o olha boquiaberta — Está aqui. — Isaac coçou a cabeça e olhou para mim. — Isaac, essa é a Mary. Mary, esse é o Isaac.

Isaac foi até Mary e estendeu a mão para ela, então ela o cumprimenta.

— Prazer. — Isaac diz.

— O prazer é todo meu. — Mary diz sorrindo.

— Então, eu já vou. — Isaac diz soltando a mão de Mary.

— Mary meus pais estão em casa?

— Seu pai está trabalhando, eu acho e sua mãe foi ao mercado. Cheguei antes dela sair. — Ótimo, assim ninguém veria Isaac sair. "Seu pai está trabalhando" ,bem que eu queria acreditar nisso.

— Ok. — Falo com a voz meio falha.

Isaac se aproxima de mim e sussurra no meu ouvido.

— Vê se não faz besteira, me liga mais tarde, vou falar com o pessoal.

— Vou tentar. — Eu juro, que se eu esbarrar com o meu pai, eu não me responsabilizo pelos meus atos.

— Promete. — Isaac quer demais.

— Não posso prometer nada. — Ele segura a minha mão.

— Por favor Anne, você não pode se colocar em risco. — Como sei que ele não vai parar até eu prometer, resolvo ceder.

— Prometo. — Digo cruzando os dedos da mão que ele não está segurando sem ele ver. Ele dá um beijo em minha bochecha e sai pela janela. Mary me olha confusa.

— Vocês dois dormiram juntos? — Mary pergunta.

— Sim, mas não rolou nada, se é o que você quer saber.

— Ele é muito gato Anne! — Não consegui não rir.

Que Isaac é gato eu sei, mas ouvir Mary dizendo isso é muito engraçado.

— Eu sei.— Digo tentando pensar em alguma forma de agir.

Então recebo uma luz

— Cadê a Cloe?

— Foi com a sua mãe, por que?

— Vamos dar uma saída — Está na hora de conhecer os amiguinhos do papai.

Depois de tomar café, eu e Mary viemos para o quarto de meus pais para dar uma olhada e ver se descobrimos algo. Algum lugar que meus amigos possam estar. Mary me fez várias perguntas, mas eu as respondi com "Acho que meu pai está traindo a minha mãe, então tenho que investigar". Até que ela gostou de fazer isso, disse que estamos voltando no tempo como quando tínhamos nove anos e brincávamos de detetive.

— O que estamos procurando especificamente? — Mary pergunta.

Algum cartão ou papel que tenha um endereço, ou um número. — Talvez assim possamos encontrar o local onde eles estão sendo colocados ou o número de alguém que possamos rastrear.

— Mas você não acha que ele deixaria algo tão perigoso a vista, não é? — Isso!

Ele com certeza não deixaria nada em seu armário, pois sei que ele é inteligente o suficiente para saber que caso eu descobrisse, iria vasculhar suas coisas. Mas aonde ele guardaria?

— Aonde você guardaria algo que não quisesse que ninguém encontrasse? — Mary fez uma cara pensativa e depois estalou os dedos.

— Seu pai não costuma ter um cofre?

— Mas no cofre?

— Nunca viu filmes onde as pessoas não guardam apenas dinheiro lá? — Faz sentido.

Mas o problema é que eu não faço a menor ideia de onde seja o cofre novo dele.

— Não sei onde fica o cofre, me ajude a encontrá-lo.

Comecei a ver atrás dos quadros e Mary o mesmo, mas teve uma hora que ela parou e ficou olhando para mim.

— O que você vai fazer se encontrar algo que o incrimine?

Coço a cabeça mostrando aflição. Apesar de ela apenas estar achando que o que estamos tentando resolver é um caso de traição, eu realmente não sei o que fazer quando encontrar alguma pista sobre o local.

— Depois a gente vê isso... — Ao tirar o quadro com a foto de nossa família da parede, vejo o cofre

— Achei! — Mary ajeitou o que havia desarrumado e veio até mim.

— Sabe a senha?

— Claro que não. — Mary bufa.

— Ótimo. — Ouço barulho de carro, e suponho que seja o da minha mãe. Coloco o quadro novamente no lugar.

— Minha mãe chegou, vamos.

Mary e eu corremos para a sala e fingimos estar assistindo TV. Quando minha mãe abre a porta ,Cloe entra comendo batata Ruffles.

— Não adianta pedir, não vou dar! — Cloe diz sentando no sofá que está vazio.

— Não ouvi ninguém te pedindo nada. — Mary riu e minha mãe tentou esconder um sorriso

— Mãe, meu pai foi trabalhar?

— Foi sim. Quer algo com ele?

— Não. Só estou com saudades mesmo. – Minto.

Meu celular começa a vibrar e então vejo que uma chamada de Stiles. Levanto e me afasto delas.

— Deve ser o namorado dela! — Cloe diz e todas riem.

— Oi Stiles. — Digo.

— Você precisa ir para a casa de Scott agora. — Olho para elas me olhando atentamente.

— Não posso.

— Dá um jeito, é muito importante! — Stiles praticamente grita. Bufo.

— Vou tentar. — Desligo o celular.

Cloe e Mary ficam me olhando esperando que eu diga algo. Como vou dispensar Mary? Ela acabou de se mudar para Beacon Hills, e eu ainda não a levei para conhecer nenhum lugar. Se eu leva-la, será que vai ter algum problema? Ela nem precisa descer do carro.

— Mary, vamos ali comigo — Ela me olha confusa, mas levanta.

— Aonde vocês vão? — Minha mãe pergunta.

— Dar uma volta. — Fecho a porta antes que minha mãe possa protestar.

Falei para Mary que estamos indo à casa de um amigo buscar um caderno, e ela acreditou. É lógico que ela iria acreditar, nunca menti para ela. Com a exceção de agora. Paro o carro na frente da casa de Scott e olho para Mary que está distraída pintando as unhas com um azul escuro.

— Vou lá rapidinho.

— Tudo bem, eu vou terminar isso aqui.

saio do carro e vou até a porta pensando em o que poderia ser importante que Stiles estava tão estressado. Bato na porta, e em menos de 20 segundos Stiles abre a porta. Sua aflição me assusta e eu entro sem ao menos o cumprimentar. Scott está sentado no sofá olhando para o teto e parece tão aflito quanto Stiles. Mas o que aconteceu? Viro-me e Stiles me prende contra a parede. Fico sem reação, mas não o empurro, nem nada. Ele olha em meus olhos com raiva e fico com um pouco de medo, pois nunca vi Stiles assim.

— Acho bom você dizer toda a verdade, se não, as coisas vão ficar feias para o seu lado. — Stiles diz.


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Notas finais do capítulo

E aí, gente? O que acham que acontecerá a partir de agora? Acham que eles acreditarão nela? E o Jonathan, acham que Anne irá confrontá-lo? Acham que Mary descobrirá tudo? Não deixem de comentar, percebemos que no último capítulo ninguém o fez :/ Então comentem aí. (E se possível, passem nas minhas histórias). Um beijão e até o próximo capítulo.



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